domingo, 12 de fevereiro de 2012

EXISTE VIDA APÓS A VIDA..........



Sem dúvida que há. A certeza de uma vida continuada após esta que estamos no atual momento é de certa forma o inicio para uma vida bem mais longa e duradoura. Conforme a corrente filosófica ou religiosa que sigamos. Os caminhos são dos mais diversos, peguemos como exemplo a corrente cristã, mais comum em nosso meio, que tirando os vários entendimentos presentes na linha citada podemos enumerar a que divulga a ida ao Inferno ou ao Céu. Mesmo sendo algo injusto quando analisamos friamente é o que muitos crêem.
 

Segundo as últimas estatísticas a idéia da preexistência através de uma nova vida em Espírito consciente está sendo largamente divulgada e aceita independente das correntes cristãs que se segue.
A idéia reencarnacionista está tomando corpo e tendo cada vez mais credibilidade, inclusive por carregar consigo uma racionalidade bem fundamentada. Inúmeros exemplos catalogados pela ciência moderna acerca de lembranças de outrora, sem contar que a população atual não se rende mais a fabulas antigas que tentam explicar acontecimentos tidos como “sobrenaturais”, peguemos por exemplo a Bíblia, que tida como um livro sagrado e sugerido como a “palavra de deus”, nada mais é que relatos históricos e contraditórios. Allan Kardec se apropria dos temas morais contidos nela para ilustrar várias questões das obras Espíritas, sem revogar claro a importância deste livro que influência e ampara milhões de pessoas todos os dias mundo a fora. Só que ao lermos fica fácil constatar que Deus nosso Pai, Deus Criador, que é infinitamente Justo, Infinitamente Bom, não poderia inspirar intolerância, racismo e preconceito em seu livro. Com o advento do Novo Testamento que trás consigo a Boa Nova de Jesus e tantos outros bons exemplos de como proceder, ainda percebemos um ranço cultural que influencia e demonstra se tratar de uma obra humana e não divina.
Pois bem, voltando ao tema do texto, vemos na Bíblia Jesus afirmando que “Meu reino não é deste mundo; é nele, e não sobre a Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas obras.”¹, deixa claro a todos que o que aqui plantamos será colhido em outro local, e que seguindo uma vida reta, sempre pensando no próximo, e no bem coletivo teremos momentos de alegria neste “Reino”.
                                                                                                                                                                                                                                                              ¹(JOÃO, cap. XVIII, 33-37).
O Espiritismo não desmente tal afirmativa de Jesus, apenas a interpreta de outra maneira, aos que crêem ser possível gozar de eterna felicidade ou eterno suplício tendo para isto uma única chance. Uma única vida. Citando também outra passagem bíblica onde Jesus diz a Nicodemos:
“Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que renascer de novo. Nicodemos lhe disse: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez? Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de eu te dizer que importa-vos nascer de novo. O Espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Perguntou Nicodemos: Como se pode fazer isto? Respondeu Jesus: Tu és mestre em Israel, e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo, que nós dizemos o que sabemos, e damos testemunho do que vimos, e vós, com tudo isso, não recebeis o nosso testemunho. Se quando eu vos tenho falado das coisas terrenas, ainda assim não me credes, como creríeis, se eu vos falasse das celestiais?”                                                                                                    (JOÃO, III: 1-12)

Vejam que Jesus deixa claro a Nicodemos que além da carne somos dotados de um Espírito, e é este que preexistirá e colherá todos os méritos de nosso esforço enquanto encarnado. Jesus deixou todo um legado de bons exemplos e sabedor de nossa dificuldade em agir como ele, nós renova as oportunidades de melhora continua e progressiva.
“A reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos judeus sobre essa questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas, porque só tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma idéia precisa da maneira porque isso se daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo chama, mais justamente, de reencarnação.” – (Evangelho Segundo o Espiritismo – Cp IV)

A idéia de reencarnação está inserida na humanidade bem antes da vinda de Cristo, citamos acima a respeito dos Judeus, mas temos também os Budistas e os Hinduístas, é fato que são teorias ainda nos dias atuais incompleta devido ao tempo de sua concepção, e não foram “atualizadas” com o desenvolver da humanidade, mas o mais belo é que no campo moral todas as filosofias e doutrinas carregam consigo uma unicidade de respeito ao próximo, e isto que nos importa, mais importante até do que crer na reencarnação é Amar ao próximo como recomenda os grandes missionários do passado, fazendo isto estamos construindo nossa estrada futura com menos obstáculos, Deus não nos deus apenas um caminho para chegar até ele, mas a singularidade da mensagem de amor é universal.
O Espiritismo ao demonstrar a reencarnação através de uma filosofia bem pautada e documentada nos permite vislumbrar novos horizontes acerca de nossa existência. Os caminhos dos filhos de Deus são constantemente cruzadas e graças ao livre arbítrio que nos é concedido onde nos é permitido nos equivocar enquanto ainda estamos perdidos na ignorância do saber o que é melhor para nós, vamos evoluindo e progredindo, ou como disse Allan Kardec: “NASCER, MORRER, RENASCER AINDA E PROGREDIR SEMPRE – TAL É A LEI”. Uma existência é muito pouco para que tenhamos consciência de nossos acertos e erros, quem aqui está desprovido de egoísmo e orgulho? Mas basta olharmos para a humanidade de outros tempos e vermos que muito melhoramos, o quanto temos progredido e entendendo nosso próximo em várias situações. Consciências globais estão nos levando a pensar e repensar nossas atitudes em relação ao próximo, aos animais, ao planeta.
Até o conhecimento que sempre foi restrito hoje está aberto a todos, a internet é um campo disseminador que une os povos, que liberta outros, que faz com que sejamos ouvidos em nossos menores sentimentos aprisionados. Revoluções silenciosas são travadas e nações sucumbem ao simples clamor de várias almas com objetivos comuns. O conhecimento estando tão acessível como agora, permite que as pessoas passem a saber o que é Reencarnação, explicando sem as alegorias épicas.
O livro dos Espíritos que é a reunião de vários ditados de Espíritos sábios, foi reunido por Allan Kardec nesta obra, descortinando o véu de nossa ignorância a respeito deste assunto, leia, e caso tenha dúvida nos interrogue, será sempre um prazer conversar com todos sobre este maravilhoso assunto.

O avanço da rivalidade religiosa

Seguidores da umbanda e do candomblé são vítimas de preconceito, sobretudo dos evangélicos, e a Justiça e a polícia não estão preparadas para lidar com o crime

Juliana Dal Piva e Michel Alecrim
Uma característica atribuída ao povo brasileiro é a tolerância religiosa. O caldeirão de culturas que formou o País teria propiciado a convivência harmônica entre os diferentes credos, ao contrário de outras nações onde violentas disputas derramam sangue inocente. Na prática, porém, a realidade é outra. Seguidores das religiões afro-brasileiras sempre conviveram com a desconfiança alheia. Nos últimos tempos, há indícios de que a situação se agravou. Somente no Rio de Janeiro, são contabilizados, por ano, quase 100 casos de agressões morais ou físicas envolvendo intolerância religiosa em relação aos praticantes de umbanda e candomblé. “Em sua maioria esmagadora, os ofensores são membros das igrejas neopentecostais”, afirmou à ISTOÉ Henrique Pêssoa, delegado da 4a DP, no centro da cidade, que há três anos recebeu uma designação especial e pioneira no Brasil para cuidar de casos que envolvem crimes de viés religioso.
“Cada neopentecostal tem a missão de ganhar adeptos, é uma obrigação religiosa, daí o proselitismo. A missão é clara: divulgar e converter”, explica a antropóloga da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Sonia Giacomini, que pesquisa o tema há 20 anos. Ela diz que o intuito de arrebanhar mais e mais fiéis é bastante organizado. “Existe uma certa logística. Por exemplo, uma igreja é instalada onde havia um cinema pornô, pois ali seria uma área especial para fazer uma conversão, cheia de pessoas vulneráveis”, apontou.
O problema é que a busca por fiéis transforma-se, às vezes, em perseguição. Na Ilha do Governador, na zona norte, há denúncias na 4ª DP de representantes de religiões afrobrasileiras contando que terreiros (os locais onde são realizadas as cerimônias de umbanda e candomblé) estavam sendo destruídos e seus líderes escorraçados da Ilha por traficantes evangélicos neopentecostais. “Ali, criamos a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) porque era extremamente necessário”, diz Ivanir dos Santos, membro da comissão. Este e outros 39 casos em todo o País foram denunciados em um relatório produzido pelo grupo que reúne 12 religiões e entregue ao presidente do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, Martin I. Uhomoibai.
Entre as denúncias, está a da Associação da Resistência Cultural Afro-Brasileira Jacutá de Iansã, que não conseguiu abrir conta-corrente na agência Abílio Machado da Caixa Econômica Federal, em Belo Horizonte (MG). Os diretores contam que esperaram quatro meses para receber a seguinte resposta: o banco é livre para abrir conta de quem quiser, e não queria a associação como correntista. Em São Paulo, a Associação Beneficente de Oyá e Ogun acusa a prefeitura de discriminação por ter lacrado sua sede no bairro de Santa Mariana, sob a alegação de desrespeitar o zoneamento. Segundo eles, o desrespeito se deve unicamente ao fato de eles estarem no local. Até na considerada sincrética Salvador (BA), a prefeitura foi denunciada por ter destruído parcialmente o terreiro Oyá Onipo Neto no bairro de Imbuí. No processo, diz que o terreiro era vizinho à propriedade de um funcionário da prefeitura que não gostava da proximidade com o templo. Os três casos ocorreram em 2008 e ainda estão sendo investigados.
No Rio, um dos terreiros mais antigos do País, de 1908, foi derrubado recentemente. Funcionava no município de São Gonçalo, não muito longe da capital, em uma pequenina casa, que foi posta abaixo para a construção de um galpão. A iniciativa da demolição foi do dono do imóvel, o militar Wanderley da Silva, 65 anos, que desconhecia a importância do endereço. O problema, segundo lideranças religiosas regionais, não foi o ato dele e, sim, o da prefeita de São Gonçalo, Maria Aparecida Panisset (PDT), que teria ignorado os pedidos de umbandistas para salvar o local tombando-o. A prefeitura expediu uma nota dizendo que nada poderia fazer porque a casa era particular. Mas outro caso envolvendo a prefeita Maria Aparecida, que é frequentadora da Primeira Igreja Batista Renovada, provoca dúvidas entre os religiosos.
Maria Aparecida estaria forçando a desapropriação de um local onde funciona outro histórico terreiro, o Centro Espírita Caboclo Pena de Ouro. O presidente da Casa, Cristiano Ramos, diz que a explicação oficial é a construção de um Complexo Poliesportivo no local – embora haja um centro esportivo com características semelhantes na região. O caso virou, em abril, uma disputa judicial. “Tentei negociar várias vezes, mas ninguém quis me ouvir”, diz Ramos, que alega não ter recebido informações sobre indenização até agora. Procurada por ISTOÉ, a prefeitura não deu retorno.
Muitas iniciativas para combater a perseguição ainda dependem de apoio governamental. Por exemplo, o tombamento de templos – que são pedidos e não são atendidos pelas prefeituras –, a morosidade na apuração de denúncias de perseguição e a falta de providências contra policiais que se recusam a investigar casos de intolerância. Para o delegado Henrique Pêssoa, saber a abrangência exata desse tipo de crime, que tem pena de um a três anos de reclusão e multa, é quase impossível. Os registros raramente são feitos de maneira correta e, além disso, a lei não costuma ser cumprida. A bancária Elisângela Queiroz descobriu isso na prática. Chamada de “macumbeira safada” por um colega de trabalho, ela procurou uma delegacia, mas recusaram o registro da ocorrência. “Chegaram a me dizer que era apenas uma briguinha”, contou ela.
Pesquisa recente da Fundação Getulio Vargas aponta que 0,35% da população declarou ser praticante de religiões afro-brasileiras. O teólogo Jayro de Jesus acredita que é muito mais e até estima um crescimento de quase 70% no número de terreiros nos últimos 30 anos. “Acho que as pessoas estão sendo segregadas e, por isso, não tiveram a altivez de se autodeclarar nos censos”, afirma. Ele faz parte do grupo que está discutindo o mapeamento dos terreiros existentes no Brasil, com apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial. A expectativa é de que os trabalhos comecem no início do próximo ano e durem até 2013. Em um levantamento feito em 2011, foram localizados até agora, somente na região metropolitana do Rio, 847 terreiros. Com os dados obtidos, o próximo passo será a implementação de um Plano Nacional de Proteção Religiosa. Para impedir a propagação de conflitos movidos pela religião, é preciso agir rápido.

Por que alguns vencem e outros não? Por Cristinatormena

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