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Posted:
27 Jun 2013 03:30 AM PDT
Dia desses, ao
conversar com um amigo, consideramos uma expressão que é bem conhecida: "Tudo dá
certo no final. Se não deu certo ainda, é porque não chegou ao final".
Considerei a utilidade de conversar com você, querida Alma amiga, sobre o que é
"dar certo" e sobre o que é "final".
Quando partimos
de uma definição bem pensada sobre nossas metas, projetamos nossos anseios e
desejos do momento, em busca da realização de um estado que - no futuro- serve
de promessa de satisfação do desejo de prazer ou mesmo da satisfação da redução
de nossos sofrimentos. Uma meta encerra um condicionamento, uma expectativa.
A meta está
condicionada à nossa zona de conforto, que informa o que pode ser conveniente
para nós e a expectativa é aquela expressão do desejo que contem em si a
promessa de nossa satisfação futura.
Quanto ao
'final', assim como toda causa tem seu efeito e todo efeito se torna causa
novamente, todo final torna-se um novo começo, se encararmos um dado momento
como final.
Então, o fim só
existe enquanto ‘fim’ de uma impressão que temos da nossa realidade (que envolve
relações, experiências, representações do que capturamos com nossos sentidos
físicos ou mesmo além dos físicos), já que este 'fim' marca um começo ou
recomeço.
Projetamos o que
é "dar certo" algo, sem considerar que este ‘certo’ representa um desejo de
satisfação de nossas conveniências, e, por isso mesmo, caso não cheguemos a um
resultado que se assemelhe com nossa projeção de resultados, tendemos a
rejeitar os fatos como se apresentam ( nem sempre o conveniente é conveniente de
fato).
Mas... "deu
errado", muitas vezes, com o fluir de nossas vidas, revela-se terreno fértil
para um "dar certo" que nem havíamos cogitado.
Você já viveu
algo assim? Um momento entendido como desastroso, ruim, rejeitável, mas que com
o fluir das águas da vida, revelou-se o início de algo muito bom? E o contrário:
você já experienciou alguma realidade, entendida como boa, mas que com o tempo
revelou-se infrutífera ou até contraproducente?
Essa breve
reflexão tem um propósito: estimular você, Alma amiga, a considerar que o
momento que você está vivendo - caso você o considere ruim - pode, ao "final"
ser o contexto de grandes oportunidades. Nesse caso, independendo de ser bom ou
ruim o momento - de contentamento ou de insatisfação - experimente pensar que
tudo já deu certo.
A realidade não
é o que parece ser, e sim o que a gente acha que é. Os sentidos informam, a
mente cuida de dar significados. Isso não é um convite para ficar de braços
cruzados, pois tudo já deu certo, tampouco uma sugestão de autoengano. É um
convite para que você reaprenda a significar sua realidade e experimente alguma
tranquilidade, algum contentamento.
Podemos
constatar facilmente, que na vida fenomênica - no mundo aparente - alternam-se
períodos de calmaria e de tormenta. Na tormenta tendemos a nos entregar ou a nos
esforçarmos para nos mantermos em pé. Na calmaria costumamos relaxar e curtir os
momentos.
Mas essas
calmarias e essas tormentas não são, obrigatoriamente, estados interiores. São
fatos e acontecimentos do mundo aparente. Em nossos mundos
internos, sempre, sempre, sempre pode ser uma planície gostosa, florida,
primaveril (isso requer treinamento, mas vale muito à pena, pois você e como
você experiencia sua existência em relação com o fenômeno valem muito à
pena).
Portando,
levante a cabeça - quer esteja em uma aparente calmaria ou tormenta - e preste
atenção em você!
Sinta,
respirando fundo, a vida fluindo e você fluindo na vida. Se calmaria, utilize o
momento para plantar, para aprender, progredir; se tormenta, valha-se do momento
para redescobrir suas forças, para perceber seu potencial e sinta-se potente,
capaz, hábil para seguir adiante, experienciando um crescente “sentir-se em
tranquilidade” em seus mundos internos, aprenda, are a terra para plantar.
Perceba-se no
agora, e redescubra sua tranquilidade de modo incondicionado, pois ela está
disponível para você tanto na calmaria quanto na tormenta. E jamais, jamais se
entregue, se abandone. Jamais!
Tudo dá certo,
principalmente quando o ‘certo’ é nossa serenidade, nossa realização
existencial, nosso reconhecimento de nosso potencial. Liberte-se das condições:
assim você experimentará uma vida plena.
Disposição,
ânimo, força!
Um
abraço, do seu amigo Lucius Augustus, In.
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