terça-feira, 10 de novembro de 2015

Estudo das Ervas na Umbanda "Ko si ewè, Ko si Orìsà" 
Para Umbanda assim como em todos cultos de matriz africana, não há Orixá sem folhas, a vida natural pulsa no reino vegetal e o poder das divindades se manifestam em suas folhas sagradas.
Neste curso, onde já formamos mais de 4 mil pessoas nestes últimos anos, permite uma imersão no fundamento e na ritualística mágico-religiosa com as ervas.
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Não é possível entender o presente e preparar o futuro sem conhecer o passado.
GRATUITO, um presente nesta semana da Umbanda, faça parte do seleto grupo de Umbandista mais conscientes da religião.
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                                 Espiritismo e Umbanda

Alexandre Cumino


Kardec é cientista e pesquisador, um homem do mundo moderno-positivista, para quem a magia representava algo atrasado com relação à religião, e esta atrasada com relação à ciência.1

É dessa forma que surgem alguns pontos de conflito entre kardecismo e Umbanda, e que alguns dos “Espíritas Ortodoxos” usam para recriminar a prática umbandista, ou simplesmente para salientar sua condição oposta aos preceitos de Kardec.

Coloco abaixo algumas passagens da obra de Kardec que não se enquadram na prática da religião de Umbanda, principalmente no que diz respeito à Magia, como bem ilustrou Leal de Souza, começando pelo livro O que é o Espiritismo:

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.

Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

Podemos defini-lo assim:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal. (p.55)

Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo.

Aquele que crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não implica crença nos Espíritos e nas suas manifestações...

Para novas coisas são necessários termos novos, quando se quer evitar equívocos.

Se eu tivesse dado à minha Revista a qualificação de espiritualista, não lhe teria especificado o objeto, porque, sem desmentir-lhe o título, bem poderia nada dizer nela sobre os Espíritos, e até combatê-los...

Se adotei os termos espírita, espiritismo, é porque eles exprimem, sem equívoco, as idéias relativas aos Espíritos.

Todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas. (p.74)

Longe de fazer reviver a feitiçaria, o Espiritismo a aniquila, despojando-a do seu pretenso poder sobrenatural, de suas fórmulas, engrimanços, amuletos, e talismãs, e reduzindo a seu justo valor os fenômenos possíveis, sem sair das leis naturais. (p.116)

Vejamos algumas considerações do O Livro dos Espíritos: 551. Pode um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado, fazer mal ao seu próximo?

Veja o Anexo “O Espiritismo é uma Religião?”

É considerado ciência a aplicação de um método ao estudo de certo objeto.

O que é o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2006. “Não; Deus não o permitiria.” 553.

Que efeito podem produzir as fórmulas e prática mediante as quais pessoas há que pretendem dispor do concurso dos Espíritos? “O efeito de torná-las ridículas, se procedem de boa-fé.

No caso contrário, são tratantes que merecem castigo.

Todas as fórmulas são mera charlatanaria.

Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico, nem talismã, que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais.

” a) – Mas, não é exato que alguns Espíritos têm ditado, eles próprios, fórmulas cabalísticas?

 “Efetivamente, Espíritos há que indicam sinais, palavras estranhas, ou prescrevem a prática de atos, por meio dos quais se fazem chamados conjuros.

Mas, ficai certos de que são espíritos que de vós outros escarnecem e zombam da vossa credulidade.

”4 Estas considerações são um contraponto, para que não se confunda Umbanda com Espiritismo (“Kardecismo”), embora tenham muitas semelhanças e pontos em comum.

“Kardecismo” é origem para Umbanda de mesmo nível e respeito que suas outras origens.

Kardecismo é raiz para Umbanda, assim como Judaísmo para Cristianismo, no entanto Umbanda não tem apenas esta raiz.

Kardec, quando questionado, de forma direta, se espiritismo é religião, afirma que “formalmente não” mas “ideologicamente sim”.

Exu e Espiritismo Faço esse adendo no Material de Apoio deste Curso Virtual apenas porque muito se questiona se há Exus trabalhando nas lidas espíritas.

É preciso que fique claro que o nome “Exu” é algo empregado na Umbanda para definir os “Guardiões do Templo” e “Guardiões Pessoais”, entidades que trabalham em todas as religiões.

Embora haja Guardiões dedicados a esta ou aquela religião, também há aqueles que militam em mais de uma religião, e também guardiões pessoais que acompanham seus médiuns onde eles forem.

Logo, o fato de observarmos guardiões no espiritismo não nos dá o direito de chamá- los de “Exus”, pois essa é nossa forma de identificá-los.

Assim, vejamos a presença de alguns deles na literatura espírita, e que se fosse em ambiente de Umbanda não restaria dúvida de sua identidade.

Vou me limitar apenas a transcrever alguns trechos de livros da série "Nosso Lar" de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Título Ação e Reação (pg. 62):

De súbito, um companheiro de alto porte e rude aspecto apareceu e saudou-nos da diminuta cancela, que nos separava do limiar, abrindo-nos passagem.

Silas no-lo apresentou, alegremente.

Era Orzil, um dos guardas da mansão, em serviço nas sombras.

A breves instantes, achávamo-nos na intimidade de pouso tépido.

Aos ralhos do guardião dois dos seis grandes cães acomodaram-se junto de nós, deitando-se-nos aos pés.

Orzil era de constituição agigantada, figurando-se-nos um urso em forma humana.

No espelho dos olhos límpidos mostrava sinceridade e devotamento.

Tive a nítida ideia de que éramos defrontados por um penitenciário confesso, a caminho da segura regeneração.

O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2006.

Veja Espiritismo é religião? Título Nos Domínios da Mediunidade (pg.53):

Três guardas espirituais entraram na sala, conduzindo infeliz irmão ao socorro do grupo.

Título Nos Domínios da Mediunidade (pg.251): Apenas o irmão Cássio, um guardião simpático e amigo, de quem o assistente nos aproximou, demonstrava superioridade moral.

Podemos encontrar muitas outras referências em outros títulos espíritas, para não nos alongarmos na questão cito apenas um título do autor espiritual J.R.Rochester, que se é polêmico no entanto tornou-se um clássico, Os Magos (Ed. Boa Nova).

Nessa obra encontramos um certo “Abin-ari”, espírito sem luz que vive de retirar de nosso meio os espíritos rebeldes e "larvais" que se voltam contra a humanidade, e para tal ele usa como ferramenta um tridente.

O mais curioso é que esse livro foi psicografado na Rússia no final do século XIX, pouco antes de surgir a Umbanda no Brasil.

A Natureza do Ser Através de um estudo profundo realizado no astral, é que nos chega a conclusão de que, ao contrário do que muitos pensam, os espíritos trazem em si características intrínsecas, de naturezas masculina ou feminina, podendo eventualmente encarnar em corpos que não são afins com sua natureza, para reequilibro, em outras palavras “aprender o que é do outro sexo”, ou encarnações missionárias programadas e previstas...

E aí reside o fato de homens terem como “Orixá Ancestral” (não é o Orixá de frente logo localizado dentre os trabalhos de Umbanda) um Orixá masculino e mulheres um feminino...

O que é verificado e explicado nas obras de Rubens Saraceni e no texto de André Luiz (Evolução em Dois mundos pg137 e 189) abaixo: Pg.137

Origem do Instinto Sexual – Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios.

A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veiculo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa.

Pg.189 Como se iniciou a diferenciação dos sexos?

Os princípios espirituais, nos primórdios da organização planetária, traziam, na constituição que lhes era própria, a condição que podemos nomear por “teor de força”, expressando qualidades predominantemente ativas ou passivas.

E entendendo-se que a evolução é sempre sustentada pelas inteligências superiores, em movimentação ascendente, desde as primeiras horas que a reprodução sexuada começou, sob a direção delas, a formação dos órgãos masculinos e femininos que culminaram morfologicamente nas províncias genésicas do homem e da mulher da atualidade...

Agora, dentro do contexto Umbandista, nas obras “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”, “Orixás Ancestrais” e “Doutrina e Teologia de Umbanda” (p. 75 e 90) a origem do ser é explicada de forma detalhada e racional, onde nos são apresentados os sete planos da vida, e a evolução do ser, que desde sua origem, sua centelha original (a estrela da vida), já apresenta natureza masculina ou feminina, passiva ou ativa.

Onde aparece um “Orixá Ancestral” dominante que pode ser Masculino ou Feminino, em concordância com a natureza do ser, e outro “Orixá Ancestral” recessivo, que juntos formam o casal de Orixás que sempre nos acompanharam e sempre acompanharão em todas as nossas encarnações, pois são o “Pai” e a “Mãe” que nos qualificaram antes mesmo de adentrarmos no ciclo reencarnacionista, quanto ao “Pai de cabeça” e “Mãe de cabeça”, “Orixá de Frente”, a cada encarnação é um que assume, dependendo do que mais precisamos absorver da divindade naquela encarnação, o que denota um comportamento passivo ou ativo por parte das entidades em evolução que estagiam nesses planos.

Com relação a esse assunto, peço leitura e paciência, teremos uma aula dedicada para tal, assim como teremos uma aula para explicar Orixá de Frente, Ancestre e Juntó.

Divindades e Espiritismo

O assunto Orixá é complexo, e como Divindades de Deus ainda no contexto kardecista também encontraremos texto de André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos (Pg.21): “CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR –

Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as inteligências Divinas a ele agregadas em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo deste hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, em conformidade com os desígnios do Todo Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.

Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma Divino e convertem-no em habitações Cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a Lei pré- determinada, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim de vez que o espírito criado pode formar ou Co-criar, mas só Deus é o Criador de toda a eternidade.

” Creio que nesse texto Kardecista encontramos elementos que nos ajudam a entender as “Divindades”, que em comunhão com o Criador resumem parte do que entendemos por “Orixás”.

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