terça-feira, 9 de abril de 2013

Eu sou Orixá Exu! Parte 01


Por Alexandre Cumino

Sou um poder primordial, ancestral e divino. Sou anterior a tudo e a todos.
 

Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética.

Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material.
 

São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos moralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vivem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos. Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Estes fracos sempre caem nas armadilhas do destino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo e sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falando daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e perfumes na intenção de disfarçar sua feiura interior e sua podridão tão inevitavelmente exposta.
 

Aos fracos, eu reservo as loucuras consideradas tão normais neste mundo de valores invertidos. Aos fracos é permitido, por algum tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verdadeira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas. Não no inferno católico, mas em seu inferno particular e independente de qualquer religião, em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram esconder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho. Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhante, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios.
 

Eu mesmo chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu chegarei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você finge ter e tantas outras que finge não ter, em sua hipocrisia sem limites. Chegarei exultante em coragem absoluta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profundos não lhe permitem ter ou possuir.
 

Sou irreverente e é por isso que me divirto com certas situações. Me divirto ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio. Me divirto por que sempre que me mostro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas sombra, me cubro com seus vícios e me coloco de frente para eles. Neste momento, eu represento tudo o que está reprimido em seu ser, lhes ofereço a oportunidade de limpar sua alma, lhes dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e inconsistente.

Junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vinho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acorda de uma ilusão apenas para cair dentro de outra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho, em que abandonam o ego num sentido mais baixo e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados. São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o virtuosismo é algo muito além disso, este é o falso virtuosismo, o virtuosismo daqueles que se tornaram orgulhosos de serem virtuosos. São homens apegados ao desapego, são viciados na autoimagem de virtuosismo, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Muitos são considerados santos, muitos sustentam esta imagem por uma vida inteira até que um dia vão se deparar com Caronte, o barqueiro. Um dia passarão pelas portas de Obaluayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omulu. Verão que a pena de Oxóssi, empunhada por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos moveram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encruzilhadas.
 


Eu, Exu Orixá, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante. A estes, eu sirvo com amor e satisfação, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sim, é isto que me move: o desejo e o prazer, e coloco todo o meu poder, minha força e vitalidade na casa das virtudes.

O virtuoso é sempre alguém de coração tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas. O virtuoso, de fato, é o forte que não necessita de se autoafirmar. O virtuoso é o forte de fato. O virtuoso é alguém que simplesmente é o que é e não pretender ser nada além de mais um alguém realizado consigo mesm
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Exu é Orixá- Parte 1

Eu sou Orixá Exu! Parte 01


Por Alexandre Cumino

Sou um poder primordial, ancestral e divino. Sou anterior a tudo e a todos.
 

Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética.

Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material.
 

São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos moralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vivem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos. Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Estes fracos sempre caem nas armadilhas do destino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo e sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falando daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e perfumes na intenção de disfarçar sua feiura interior e sua podridão tão inevitavelmente exposta.
 

Aos fracos, eu reservo as loucuras consideradas tão normais neste mundo de valores invertidos. Aos fracos é permitido, por algum tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verdadeira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas. Não no inferno católico, mas em seu inferno particular e independente de qualquer religião, em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram esconder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho. Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhante, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios.
 

Eu mesmo chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu chegarei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você finge ter e tantas outras que finge não ter, em sua hipocrisia sem limites. Chegarei exultante em coragem absoluta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profundos não lhe permitem ter ou possuir.
 

Sou irreverente e é por isso que me divirto com certas situações. Me divirto ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio. Me divirto por que sempre que me mostro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas sombra, me cubro com seus vícios e me coloco de frente para eles. Neste momento, eu represento tudo o que está reprimido em seu ser, lhes ofereço a oportunidade de limpar sua alma, lhes dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e inconsistente.

Junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vinho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acorda de uma ilusão apenas para cair dentro de outra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho, em que abandonam o ego num sentido mais baixo e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados. São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o virtuosismo é algo muito além disso, este é o falso virtuosismo, o virtuosismo daqueles que se tornaram orgulhosos de serem virtuosos. São homens apegados ao desapego, são viciados na autoimagem de virtuosismo, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Muitos são considerados santos, muitos sustentam esta imagem por uma vida inteira até que um dia vão se deparar com Caronte, o barqueiro. Um dia passarão pelas portas de Obaluayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omulu. Verão que a pena de Oxóssi, empunhada por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos moveram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encruzilhadas.
 

Eu, Exu Orixá, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante. A estes, eu sirvo com amor e satisfação, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sim, é isto que me move: o desejo e o prazer, e coloco todo o meu poder, minha força e vitalidade na casa das virtudes.

O virtuoso é sempre alguém de coração tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas. O virtuoso, de fato, é o forte que não necessita de se autoafirmar. O virtuoso é o forte de fato. O virtuoso é alguém que simplesmente é o que é e não pretender ser nada além de mais um alguém realizado consigo mesmo

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Religião x Dinheiro

Sabemos que muitos se  embrenham nas Religiões, parcialmente ou unicamente visando o interesse financeiro. Nestes longos anos de aprendizado...