sexta-feira, 17 de julho de 2015


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A Linha das crianças é cheia de mistérios. Embora se manifestem como crianças, são espíritos de muito poder, que dominam a arte da Magia, e são excelentes conselheiros e curadores., mas não gostam de lidar com desobsessões nem desmanches de demandas. Para alguns são na verdade seres encantados que nunca encarnaram na terra. Para outros são espíritos de crianças que desencarnaram precocemente. Ou ainda espíritos de alta evolução que se adequam ao arquétipo desta linha de trabalho. Realmente, se formos refletir, por mais inteligentes que sejam, espíritos de crianças de apenas 8, 9 anos ou menos, não teriam o desenvolvimento suficiente para todos os aconselhamentos e clareza que demonstram nas giras
Alguns consideram que as crianças da Umbanda são regidas por Oxumarê, orixá da renovação da vida nas dimensões naturais, o pai das cores e do arco-íris, amparada pela linha do amor. Outros incluem estes espíritos sob a proteção direta de Pai Oxalá.
Outra das lendas sobre Ibeji os referem como filhos de Xangô e Iansã, que os desprezou, jogando-os num rio. Desde então, Ibeji foram criados amorosamente por Oxum como se fossem seus próprios filhos, daí vermos em muitos terreiros os Ibejis saudados em ritos específicos de Oxum.
De acordo com Rubens Saraceni, o arquétipo para essa linha baseia-se na inocência, na franqueza, na alegria e na ingenuidade dos seres encantados infantis. Ainda de acordo com ele, o Orixá das “Crianças” ou “Erês” é uma Guardião de um Ponto de Força do Reino Elementar e atua sobre toda a humanidade, sem distinção de credo religioso. Pai Oxalá, Mãe Yemanjá, Mamãe Oxum e outros fornecem espíritos na forma de crianças, para atuação na linha de força dos elementos: ar, fogo, água, terra etc. Essas “crianças” têm as características do elemento em que atuam, sendo caladas se são da terra, facilmente irritáveis se são do fogo, alegres e expansivas sob a influência do ar, carinhosas e melodiosas no falar, se são da linha de Oxum ou Yemanjá, e assim por diante.
Cosme e Damião são considerados os padroeiros das crianças, na Umbanda e no Catolicismo e foram.os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe. Neles o sincretismo é forte e tem inúmeros devotos de qualquer religião.
As festas para Ibeiji, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro, e tiveram origem na Lei do ventre-Livre, desde aquela época até nossos dias. Logo, temos aqui que a Linha das crianças se manifestava muito antes do início da Umbanda através do Caboclo das Sete Encruzilhadas. O seu culto na verdade tem origem na antiga África.
Mas é importante observar que as Crianças na Umbanda não são Orixá e sim Linha de Trabalho. Elas participam, assim como os Caboclos e Pretos Velhos, de falanges de espíritos que trabalham, cada qual com sua maneira peculiar, demarcando as fases da vida de cada um a juventude, a maturidade e a velhice.
A Falange das Crianças é tem como principal característica dominar a magia. Muitos não os valorizam, com seu jeito infantil, suas palmas, linguagem infantil (Ibeji tem ação no chackra laríngeo do médium), mas enquanto estão brincando com suas bonecas, carrinhos e bolas, ou misturando balas dentro do copo de guaraná, estão trabalhando e deixando seu axé por todo o terreiro e sobre os consulentes. É necessário que aquele que quer ajuda das Crianças da Umbanda, cheguem com humildade a elas, pedindo ajuda, e serão atendidos de acordo com seu merecimento. Se não pedir, expressando, a entidade também nada fala.
Na Umbanda se fala de Cosme, Damião e Doum. A lenda de Doum surgiu na África, sendo considerado o menino nascido após a vinda de gêmeos. Como os gêmeos eram muito peraltas, a chegada de Doum os acalmava. Com o sincretismo de São Cosme e São Damião a esta lenda, manteve-se a presença de Doum. Dizem também, que na imagem original de S. Cosme e S. Damião, entre eles (adultos) havia a imagem de uma criança a qual eles estavam tratando, que foi representada como Doum.
Só para lembrar os grandes sacerdotes de Umbanda que passaram por nossa história, temos no primeiro livro de Umbanda, que se tem noticia, publicado em 1933, chamado “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda.” Escrito por Leal de Souza, discípulo de Zélio de Moraes, nos apresenta as Sete Linhas de Umbanda desta forma:
1ª Linha de Oxalá – Jesus – branco
2ª Linha de Ogun – São Jorge – vermelho
3ª Linha de Euxoce – São Sebastião – verde
4ª Linha de Xangô – São Jeronymo – roxo
5ª Linha de Nhá-San – Santa Bárbara – amarela
6ª Linha de Amanjar – N. S. da Conceição – azul
7ª Linha de Santo
Já Dona Lygia Cunha, filha de Dona Zilméia de Moraes Cunha e neta de Zélio de Moraes citou que as Sete Linhas de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas e Zélio de Moraes, são:
1. Oxalá – Branco
2. Ogum – Vermelho
3. Oxossi – Verde
4. Xangô – Marrom ou Roxo
5. Yemanjá – Azul Claro
6. Iansã – Amarelo
7. Exu – Preto
Pai Ronaldo Linares, que também conviveu com Zélio de Moraes, apresenta as Sete Linhas de Umbanda da seguinte forma:
A primeira linha é caracterizada pela cor amarelo ouro bem clarinho e que seria a cor da Tenda de Santa Bárbara. O Orixá correspondente é INHAÇÃ…
A segunda linha é caracterizada pela cor rosa, correspondente a Tenda Cosme e Damião… O Orixá correspondente é IBEJI…
A terceira linha é caracterizada pela cor azul. Com vários Santos Católicos sincretizados com ela, a saber: Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Guia. O Orixá que corresponde é IEMANJÁ…
A quarta linha é caracterizada pela cor verde, representando a Tenda São Sebastião… O Orixá correspondente é OXOSSE…
A quinta linha é caracterizada pela cor vermelho, representando a Tenda São Jorge. O orixá correspondente é OGUM…
A sexta linha é caracterizada pela cor marrom, representando a Tenda São Jerônimo. Seu Orixá correspondente é XANGÔ…
A sétima linha é caracterizada pela cor violeta ou roxo, corresponde a Tenda de San’Ana… O Orixá correspondente é NANÃ…
“Finalmente temos a cor negra, corresponde a Tenda de São Lázaro (Nas Palavras de Ronaldo Linares).
Benjamim Figueiredo, fundador da Tenda Espírita Mirim (1924) e Primado de Umbanda (1952) apresentou sua forma de entender as Sete Linhas de Umbanda, inspirada pelo Caboclo Mirim, registrado em suas apostilas “Umbanda – Escola da Vida” bem como publicada em 1961 no livro Okê Caboclo, como segue abaixo:
1) Oxalá
2) Ogum
3) Oxosssi
4) Xangô,
5) Ybeji
6) Yofá
7) Yemanjá
Yokaanam publica em 1951 o Evangelho de Umbanda Eclética, obra polêmica, mas nele também aparece a Linha das Crianças ( Ibejês):
1) S. João Batista – “Xangô-Kaô” (Xangô maior), Rosa.
2) Santa Catarina de Alexandria – “Yanci”, Azul.
3) S. Custódio – Cosme e Damião – “Ibejês”, Branco.
4) S. Sebastião – “Oxóce”, Verde.
5) S. Jorge – “Ogum”, Vermelho Escarlate.
6) S. Jerônimo – “Xangô”, Roxo Violeta.
7) S. Lázaro – “Ogum de Lei”
Matta e Silva, em 1956, lança o livro “Umbanda de todos nós”, trazendo as Sete Linhas de Umbanda iguais as do Benjamim/Caboclo Mirim, com o detalhe de que aqui Ybeji aparece como Yori e Yofá como Yorimá:
1) Vibração Original ou Linha de Orixalá
2) Vibração Original ou Linha de Yemanjá
3) Vibração Original ou Linha de Xangô
4) Vibração Original ou Linha de Ogum
5) Vibração Original ou Linha de Oxossi
6) Vibração Original ou Linha de Yori (crianças)
7) Vibração Original ou Linha de Yorimá (pretos velhos)
Assim, foi a partir da década de 50 que com frequência, nos escritos dos pesquisadores, surge a vibração de Yori (Crianças).
Como Rubens Saraceni considera as Crianças como seres encantados, ,elas não estão presentes na descrição de suas linhas de trabalho. Em 2009 seu livro “Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista”, traz a seguinte ordenação:
1)Oxalá
2)Ogum
3)Oxossi
4)Xangô
5)Oxum
6)Obá
7)Iansã
8)Oxumaré
9)Obaluaê
10)Omulu
11)Nanã
12)Oiá Tempo
13)Egunitá
14)Exu
15)Pomba-Gira
E,em 2010, Janaina Azevedo Corral, no livro “As Sete Linhas da Umbanda”, traz a seguinte apresentação:
1)Linha de Oxalá
2)Linha das Águas
3)Linha dos Ancestrais (Yori e Yorimá)
4)Linha de Ogum
5)Linha de Oxossi
6)Linha de Xangô
7)Linha do Oriente
Quando vamos estudar as falanges de trabalho da Linha das Crianças( Ibejê ou Yori) – encontramos a classificação de acordo Matta e Silva :
1) Tupanzinho -representante da vibração espiritual
2) Ori – intermediário para Oxalá
3) Damião – intermediário para Oxossi
4) Yari – intermediário para Ogum
5) Doum – intermediário para Xangô
6) Cosme – intermediário para Yorimá
7) Yariri – intermediário para Yemanjá
Segundo Matta e Silva, a Linha ou Vibração de Yori significa a vitalidade saindo da Luz ou da Energia, no sentido da reprodução fisiológica dos seres, isto é, a Potência Espiritual que comanda o movimento das encarnações.
É a vibração ou Linha de Força Espiritual sob a qual estão situados os espíritos cujo grau evolutivo alcançou esta faixa vibratória e cuja matriz perispirítica ainda não dissolveu os caracteres psíquicos e atuantes infantis, ou seja, conservam ainda o corpo astral de criança. Todavia, existem Chefes de Legião que se diz como “encantados”, porque, tendo os caracteres psíquicos de pureza infantil, jamais passaram pela forma humana.
Matta e Silva ainda revela que concebemos que o Planeta Terra é jovem, vigoroso, em plena fase de energia. A maioria dos planetas de nosso sistema, está há milhares de anos, em franca decadência…Assim, de alguns desses planetas, tem vindo seres espirituais para estagiarem no planeta Terra a fim de se adaptarem a sua vivência cósmica, orgânica, evolutiva, etc. Dentre esses estão os que trouxeram de seu planeta de origem caracteres psíquicos ou anímicos especiais ou próprios, os quais são semelhantes aos dos espíritos na fase de criança do planeta Terra. Inúmeros seriam os que encarnam e desencarnam conservando no astral essa mesma gama anímica infantil.
Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
contato@semcensuras.com.br
REFERENCIAS
http://mundoafro.atarde.uol.com.br/
http://www.tucabocloubirajara.com/?s=crian%C3%A7as
http://ecaruanda.blogspot.com.br/2012/09/ibeji-orixa-duplo-senhor-da-alegria.html
http://autoconhecimento.org/
http://fatimasoares-mestremorya.blogspot.com.br/2010/09/ibejis-os-orixas-criancas-dia-27-de.html
http://www.blog.mataverde.org/archives/354
http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/setelinhas.html
                Orações curtas aos Orixás

EXU
Que Exu me dê ânimo e disposição para encarar os obstáculos com força e coragem, pois sempre haverá solução, pois tudo na vida tem seu lado bom e ruim. Que eu saiba lidar com os dois!
Laroyê Exu!

OGUM
Que Ogum me dê muita inspiração e força e faça com que eu viva com muita determinação, para que eu não tenha medo de meus inimigos! Que sua espada e lança iluminem meus caminhos para que eu não tenha medo dos espinhos e pedras da vida.
Ogunhê meu Pai!

OXUM
Que mamãe Oxum com sua serenidade me permita agir de forma equilibrada e consciente, e com suas águas doces e límpidas me façam vencer todos meus desafios.
Ora Ye Yêo Oxum!
 
IANSÃ
Que os ventos e raios da mamãe Iansã sempre iluminem meu caminho e que levem todo inimigo para bem longe. Iansã abra meus caminhos e que me torne forte para vencer minhas fraquezas.
Eparrey Iansã!

XANGÔ
Que Xangô com suas pedreiras e seu coração justo e forte faça valer a ação divina. Que o machado de meu pai Xangô pese sobre minha cabeça e me faça agir de forma consciente e justa.
Caô Caô Cabecilê!
 
IEMANJÁ
Que a linda e bela mamãe Iemanjá descarregue todo mal que me cerca e leve para as profundezas do oceano toda desarmonia que fazem para mim e para os que amo.
Odoyá Iemanjá!
 
OBALUAYÊ
Que meu pai Obaluayê cure todos meus males corporais e espirituais e que proteja também meus entes queridos e me dê forças para seguir o caminho que me foi dado.
Atotô Obaluayê!
 
OXUMARÊ
Que o Oxumarê com seu lindo arco-íris leve para todos os lugares minhas orações e preces e que meus desejos tenham as respostas desejadas, se assim eu merecer.
Arrobobô Oxumarê!
 
OXALÁ
Que a serenidade e paz de meu pai Oxalá me torne uma pessoa melhor, serena e que mesmo eu tendo inimigos não me deixe derrotar. Que eu consiga perdoá-los, pois com amor se tem amor!
Êpa Babá Oxalá!





Se o uso das ervas fosse exclusividade de alguma religião, cresceria somente no quintal do seu sacerdote, e isso não é verdade.  Professo minha fé dentro da religião de Umbanda. Procuro honrar e levar o nome da nossa amada religião aonde vou, mas, o uso das ervas não pode ser focado apenas dentro dos limites dos seus rituais.
Vemos os Guias, sejam Caboclos, Pretos Velhos, enfim, as entidades manifestadas na Umbanda, receitando chás, banhos e defumações para que as pessoas façam em suas casas. Se não fosse possível isso, com certeza os Guias falariam para as mesmas pessoas não fazerem nada sem a presença do sacerdote ou pessoa habilitada.
Preparar um banho ou uma defumação requer acima de tudo BOM SENSO.
Bom senso para entender que não utilizamos ervas verdes (frescas) em uma defumação, pois ainda estão carregadas de água; bom senso para não colocarmos em nossos banhos elementos resinosos (mirra, incenso, benjoim), pois deixarão o banho excessivamente oleoso.
Um banho de ervas é um elemento limpador, regenerador e reorganizador do organismo espiritual vivo, que somos nós mesmos em espírito.
Sua vibração favorece a reestruturação do lado etérico, pois essa troca energética alimenta com força de cura nosso campo astral humano.  Há formas de preparar os banhos e esse é um ponto de muitas dúvidas: devemos, ferver, coar, banhar a cabeça, derramar água sobre a erva, erva sobre a água? Enfim, como devemos preparar um banho?
A regra é simples: se você usar apenas ervas frescas (verdes), flores ou folhas secas, faça uma infusão com as ervas: aqueça um litro de água e derrame sobre as ervas acomodadas em uma vasilha e deixe descansar por pelo menos uma hora tampada. Após esse tempo, pode coar o preparo, adicionar mais água (quente ou fria) até atingir uma temperatura aceitável para o banho.
No caso do uso da parte mais dura da erva, como a casca, semente, caule ou cipó, deixe ferver junto com a água por alguns minutos.  Você também pode associar os dois métodos, ou seja, ferver a parte dura da erva e com essa fervura, fazer uma infusão com as folhas e flores.
Como disse, depois de preparado o banho pode ser coado sim, pois o veículo concentrador da energia contida na erva é a água.  Deixe esse banho pronto e, ao terminar seu banho normal (higiênico), acrescente mais água do chuveiro para que atinja uma temperatura agradável ao corpo.
Eleve o banho acima de sua cabeça e consagre-o. Isso pode ser feito com uma reza bem simples:
Pai Criador, Mãe Natureza, peço que abençoem esse 
banho e que ele seja força de cura, limpeza espiritual, 
prosperidade, (etc.) em minha vida. Assim seja e 
assim será!
Dei o exemplo de uma reza bem simples, mas que pode (e deve) ser adicionada de seus sentimentos e pedidos.Nunca esqueça que energia sem controle é o próprio caos. Dê direção à energia da erva. Diga a ela o que você espera, e verá o resultado.
É isso turminha!  Esse espaço é de todos vocês!
Essas e outras informações estão contidas no livro Rituais com Ervas – Banhos, Defumações e Benzimentos de Adriano Camargo – Editora Livre Expressão. Adquira o livro pelo telefone: (11) 4177-1178 
Saúde, sucesso, magia e muitas realizações!

UMBANDA: o médium e o sexo?!?

Religião x Dinheiro

Sabemos que muitos se  embrenham nas Religiões, parcialmente ou unicamente visando o interesse financeiro. Nestes longos anos de aprendizado...