quinta-feira, 27 de setembro de 2018

COSME DAMIÃO E DOUN- NO TEMPO QUE NÃO HAVIA MALDADE

No tempo que não havia maldade

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Ainda me lembro daqueles dias, onde ainda criança, acordava tomava meu cafezinho da manhã, e corria para o quintal brincar no meu balanço e brincar na terra, ficava ali conversando com meus amigos que só eu via, e pegava minha mãe dando risada, da minha loucura de criança. Tempos bons.
Me lembro do terreiro de Cosme Damião, um terreiro simples que ficava no quarteirão de cima de casa, nessa época quando chegava em setembro, todas as crianças da vizinhança ficavam contando os dias porque logo chegaria a tão esperada FESTA DE COSME E DAMIÃO, havia crianças que só comiam um docinho nesse dia, devido a carência e vida dura de sua família onde certos luxos não comportavam. Naquele dia o terreiro ficava tão lindo, cheios de enfeites, flores, tudo tão colorido que encantava a gente, parecia até que estávamos em outro mundo, e as crianças ficavam nesse dia que não se aguentavam de ansiedade, até que os espíritos das crianças do espaço chegassem para a gente brincar e comer MUITO DOCE com elas, aquele dia era um dia abençoado, cheio de bençãos, um dia sagrado, onde não havia tristeza. Um dia FELIZ.
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Fecho os olhos e me lembro como hoje, havia um preto velho sentadinho no seu toco, dando sua risada matreira, e olhava com todo cuidado a festança da criançada, os olhos dele brilhavam, e mesmo ele sorrindo ele impunha respeito, era o vovô, saudosas bençãos de Pai Velho. Me lembro que nesse dia chegava muitas pessoas a procura de uma graça, mas lembro de uma criança em especial, muito doente que queimava em febre, sua mãe muito pobre, chegou aos prantos, clamando por uma cura, um alívio para o sofrimento de seu filho, naquele dia as crianças se uniram todas, tanto as do plano físico quanto do espiritual e foi feito uma corrente em volta dessa criança, onde o preto velho ia passando as ervas e fazendo suas orações, e a criança foi parando de chorar, foi abrindo os olhinhos e sorriu, ela naquele dia ficou boa. Mas algo muito forte naquele momento aconteceu, uma egregora de luz estava ali sólida e firme.
Havia crianças que chegavam com seu chinelinhos um pé de cada cor, e a gente na nossa inocência achava engraçado, mal sabíamos que se vestiam assim porque realmente não tinha um sapatinho melhor para calçar nos pés, ainda me lembro do brilho dos olhos, quando pegavam na mão um copo de suco de frutas e um docinho, na época refrigerantes não eram usados na festa, somente suco de frutas adoçados com mel. Parece que ainda posso sentir o sabor doce na boca de tão bom que era.
“Uma das primeiras coisas que aprendi que em doce consagrado de Cosme e Damião não dá formiga. Simbolizando que o mal nunca vencerá o bem”.
Lembro que nesse dia doavam brinquedinhos, carrinhos, aquelas bonequinhas  vendidas em feira, daquelas que tinham só uma fraldinha, sabem como é? mas era a bonequinha mas linda do mundo, o carrinho então era o mais espetacular e o mais veloz, a gente brincava tanto com essas lembrancinhas que quando elas quebravam ou estragavam parecia que estava sendo arrancado o nosso coração do peito, e a gente chorava inconsolável, e a mãe da gente para nos consolar dizia, logo logo vocês ganham outra.
As pessoas nesse dia levavam fitas cor de rosa para serem benzidas, roupinhas de criança, levavam água para ser abençoada para depois serem dadas para as crianças levadas ficarem mais boazinhas, para serem dadas para as crianças que estavam em hospitais e gravemente enfermas, havia uma coisa especial no ar, uma fé tão grande, uma luz que era tão envolvente que a gente podia quase que tocar. Lembro das luzes que brilhavam sobre a cabeça dos médiuns incorporados, luzes que pareciam prismas coloridos, eu falava olha as luzes, e os adultos riam, talvez achando que era da minha cabeça, hoje eu sei bem o que é essas luzes.
Tenho uma recordação muito bonita de uma festa de Cosme e Damião em nossa casa, onde havia uma criança, um garotinho autista, nesse dia ele brincou com todas as crianças, e quando acabou a linha delas e foram embora, fui beber água, ele que pouco se comunicava com pessoas estranhas, olhou para mim e disse: a garotinha que estava com você foi embora né. Eu confesso que fiquei muito emocionada. Essa criança era muito especial, quando ia em nossa casa, na hora de ir embora, ficava dando tchauzinho e dizia que estava dando tchauzinho para seus amiguinhos no portão, o grande detalhe é que não havia ninguém nessas horas só ele via. Essas crianças especiais e únicas tem o dom de ver além da matéria física e nesse momento a gente percebe o quanto é especial o trabalho desses espíritos guias que são as CRIANÇAS DE UMBANDA.
Muita coisa mudou, hoje os doces que eram tão abençoados e que traziam tantas alegrias, estão sendo enegrecidos pela maledicência humana e religiosa de alguns seguimentos que precisam tentar destruir outras religiões para sustentar sua fé.
Eu acho que essas pessoas nunca foram numa comunidade carente, onde o básico falta, acho honestamente que nem sabem que elas existem, porque se soubessem a vida dura de uma criança que nasce numa família pobre e carente, com poucos recursos não falariam do que não sabem. Eu não sei como podem fazer uma coisa tão ruim tentar denegrir um momento tão sagrado, tão abençoado, a vida já é tão dura, com desemprego do pai e mãe de família, com a violência urbana, com a marginalidade, nossas crianças sendo adotadas pelo tráfico, e eles tem a coragem de falar dos “docinhos” de Cosme e Damião. Que gente sem Deus no coração.
Sabe o que é mais triste que essas pessoas, que falam tanta bobagem nem olham para uma criança carente, eles simplesmente não sabem o quanto as vezes um pequeno doce, pode fazer o dia de uma criança um pouco mais feliz, eles não mensuram o alívio de um pai e de uma mãe que conta moedas para comprar o básico, eles não tem noção quando um pai ou mãe, olha para sua criança e vê ela sorrindo com o tal “docinho” e muitas vezes com a lembrancinha, aquele brinquedinho, eles não mensuram. Porque não se importam, e nem sabem o alívio que isso proporciona no coração daquele pai e daquela mãe que não pode comprar aquele doce. Estamos falando de dignidade, talvez eles nem saibam o que significa essa palavra.
E quem é DOUM?
“Reza a crença de que para cada dois gêmeos que nascem, um terceiro não encarna neste mundo. Mas, embora não apareça de forma física, Doum também é venerado e respeitado como parte da família dos Ibejis, considerado “aquele que não veio”. Por isso, o mito de Doum também serve de consolo quando uma criança morre bebê ou ainda no ventre materno. Nesses casos, a partida é entendida como o retorno de um desses seres divinos ao mundo do qual não conseguiu se despedir. Mas por serem considerados espíritos infantis, os ibejis são muito confundidos com os erês, que na verdade são espíritos intermediários, mensageiros”.
” Um outro fato era que Doum era  filho de uma empregada da família dos gêmeos, Cosme e Damião e que morreu no dia seguinte ao martírio dos irmãos, e foi levado por eles que o amavam muito. É comum nas estampas de Cosme e Damião se incluir a figura de uma outra criança, que representa Doum”.
Nunca ninguém irá destruir o que é sagrado perante Deus, porque o que Deus nos dá, homem nenhum falível tira. Nossos doces, não são apenas doces, são imantados, sagrados, tem o poder da cura não somente a cura da matéria mas a cura do espírito. Naquele doce tem um ingrediente, que maldade alguma pode tirar, que é o ingrediente do AMOR.
O dia de São Cosme e Damião é tão verdadeiro que vários outros seguimentos festejam essa data, representa a ALEGRIA na sua essência mais pura, a CURA pela Caridade oriunda de AMAR SEU SEMELHANTE. Onde está  viva a lembrança de homens dignos que foram os Doutores dos Pobres e das Crianças.
“São Cosme mandou fazer duas camisinhas azul.. No dia da festa dele São Cosme quer caruru”
Ibeji .. Ibeijada.. a benção.
Meus irmãos que as bençãos de São Cosme e Damião e toda egregora dos espíritos guias das crianças do espaço, lhe tragam paz.
Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira.

Eta Preconceito com as Balinhas de Cosme e Damião !

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Os doces de Cosme e Damião faz mal a quem os comem?

by cristinatormena

Os doces de São Cosme e Damião, são abençoados, e imantados por espíritos guias iluminados, não fazem mal a seu ninguém, o que faz mal é a mente pérfida e maldosa, e pior hipócrita de algumas pessoas.
Engraçado que as balinhas de São Cosme e Damião faz mal, mas os hipócritas agora inventaram as balinhas de Jesus, como se Jesus aprovasse a intolerância e o preconceito. Por favor um pouco menos de hipocrisia.
Já vi curas oriundas desses espíritos guias lindas, então são sim abençoadas, comam sim sem medo, distribuam as crianças e principalmente as pessoas que se encontram adoentadas.
E que em nome de Jesus e de São Cosme e Damião, encontrem os lenitivos e os bálsamos para a cura de suas dores e enfermidades. 
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cristinatormena | 27 de September de 2018 at 11:29 | Tags: fazem mal a quem os come?os doces de Cosme e Damião | Categories: Sem categoria | URL: https://wp.me/p6CoVr-3xM

PTD nº 312 - Meu Pai de Santo recomenda não ter firmeza de esquerda em c...

terça-feira, 25 de setembro de 2018

MÃE MARIA - [UM CONSELHO DE MÃE PARA CONFLITOS NA FAMÍLIA]

PTD nº 311 - Posso responder como cúmplice de suicídio perante a espirit...

ATIVIDADE DE COSME E DAMIÃO NO CENTRO DE iLUMINAÇÃO NOSSO LAR.

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ter, 25 de set 22:02 (Há 2 horas)
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Centro de Iluminação Nosso Lar


Posted: 25 Sep 2018 01:33 PM PDT

Sábado - 29.09.2018 - 17:00

Venha participar de nossa Festa de Cosme e Damião, com homenagem ao Orixá Ibejis, a força do que se inicia e prospera, do nascimento, da saúde e da alegria.

Presença dos Erês (crianças), trazendo muita alegria, paz ao lar e renovação da saúde. Uma festa muito colorida e cheia de doces.


Venha e traga suas crianças para se divertir e receberem doces.



Homenagem ao Orixá Xangô, senhor da justiça, do fogo, dos raios e trovões, do poder e da vitória, é também o principal orixá regente da casa.

Xangô é o rei e pai, que ensina e protege, que resolve os problemas de injustiças, sempre alinha a balança com a verdade, punindo quem deve e premiando quem merece.

Por ser o Orixá do Fogo, procure Xangô quando precisar renovar algo em sua vida, quando estiver sem coragem e estímulo para continuar.

OniBeijada!

Kawó Kabiyèsíle!

MENSAGEM DO CABOCLO SETE ENCRUZILHADAS AOS UMBANDISTAS ( RUBENS SARACENI )



Caboclo das Sete Encruzilhadas Fala aos Umbandistas


Filhos na fé em Oxalá, saudações desse humilde caboclo a todos vocês, aos quais peço as bênçãos do nosso Pai Maior, que é Deus!



Saibam todos que não fui o único fundador da Umbanda no Brasil, mas tão-somente um dos muitos espíritos aos quais foi confiada a missão de desvincular tanto do Espiritismo quanto do Candomblé as manifestações de Umbanda Sagrada.

A miscelânea de manifestações espirituais no inicio do século XX era tão intensa que, ou concretizávamos logo a nascente religião ou mais adiante tal tarefa seria impossível. Se é memorável a minha manifestação em meu médium Zélio Fernandino de Morais, no entanto muitos outros mentores espirituais da Umbanda já se manifestavam em seus médiuns realizando um trabalho meritório nas mais distantes localidades desse imenso pais chamado Brasil, sede espiritual de todo o astral da religião de Umbanda.

Se fui privilegiado ao desvincular publicamente a Umbanda do Espiritismo e do Candomblé, no entanto não sou o único a ser aclamado, pois muitos mentores espirituais já vinham fazendo isto discretamente com seus médiuns, que um dia dançavam para os orixás e noutro trabalhavam com os amáveis pais-pretos, aos quais incorporavam para que eles dessem consultas num canto dos barracões onde se realizavam os cultos ancestrais.

Minhas reverências aos amados pais-pretos-velhos, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus!

Mas havia também a manifestação dos temidos pajés, que são os nossos amados pais da terra, que possuíam seus médiuns de forma estabanada, bravios e carrancudos, como são até hoje. Eles já atraíam aos seus trabalhos pessoas das mais diversas classes sociais, pois realizavam milagres com seus maracás, suas rezas indígenas e suas receitas infalíveis.

Minhas reverências aos amados pais da terra, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus!

Havia, também, a manifestação dos temidos senhores da “quimbanda”, os nossos respeitados irmãos exus, que também incorporavam em seus médiuns e fascinavam quem os via e ouvia, pois eram, são e sempre serão incisivamente “humanos”.

Minhas reverências aos nossos queridos, amados e respeitados Exus da Lei da Umbanda Sagrada, detentores de méritos diante de Deus, da sua Lei Maior e da sua Justiça Divina, já que são os esgotadores naturais de carmas individuais dentro do Ritual de Umbanda Sagrada.

Também havia muitas outras manifestações espirituais, tais como as dos mestres do catimbó, dos Xangôs, das mesas, etc., que aconteciam mais no norte e nordeste do País, e que acontecem até hoje, pois prestam um inestimável trabalho de espiritualização de pessoas carentes de todos os níveis sociais e culturais.

Minhas reverências aos mestres e rezadores, detentores de méritos Divinos diante dos sagrados orixás, as nossas divindades de Deus!

Fonte: SARACENI, Rubens – Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada: a religião dos mistérios um hino de amor a vida, São Paulo: Madras, 2007, pg. 25 – 26.
Fonte da imagem: web- site de busca Google

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

DEFINIÇÃO DO QUE SEJAM OS ERES, IBEJADA, CRIANÇAS NA UMBANDA POR ALEXANDRE CUMINO

Crianças

Por Alexandre Cumino

Por força de expressão, também chamadas de “beijada”, “Ibejis”, “Erês”, “Cosminhos” ou, o que é o mais correto, simplesmente crianças. 
Muito temos a aprender com as Crianças na Umbanda, “se todos tivessem olhos de Crianças não haveriam mais guerras”, “Se nos permitirmos ser mais crianças, em nosso dia-a-dia, seriamos muito mais alegres”, “A pureza das Crianças é cor em nossas vidas”, “O Reino dos Céus pertence às Crianças, aos puros de coração”, “Quando as Crianças estão em terra tudo vira arco-íris” e etc.
Muitos não conseguem ver a importância dos trabalhos das Crianças, não percebem o quanto elas realizam apenas “brincando” e comendo doces. 
Muitas Crianças que incorporam na Umbanda são encantados que nunca encarnaram, outras encarnaram apenas uma vez. 
Estão mais ligadas ao plano encantado da natureza do que ao natural humano, Crianças vibram as forças da natureza de forma sutil, mas de forma intensa, assim umas são das cachoeiras, outras das praias, do mar, das pedreiras, das matas... 
Quando incorporadas elas vibram, o tempo todo, a energia encantada do reino a que estão ligadas, basta entrar na sua sintonia infantil, brincando e comendo doces, que acontece toda uma limpeza espiritual. 
Energias negativas são absorvidas pelos mistérios que sustentam o trabalho das Crianças pela esquerda e pelo embaixo, enquanto o alto e a direita irradiam a energia que precisamos para nos amparar e mudar nossa visão de mundo. 
Muitas vezes queremos que nossa vida mude e esquecemos que se nós não mudamos nosso comportamento a vida também não muda. 
Crianças nos ajudam e muito a renovar nossas atitudes, a começar de novo, como uma criança que começa outra vez sua tarefa no plano material. 
Crianças estão muito ligadas às cores, ao arco-íris, alegria, desprendimento material e pureza. 
As Crianças não são “espíritos adultos” se passando por crianças, o que não seria nada natural, e sim “espíritos infantis”, espíritos que ainda não se humanizaram por completo. 
Estão mais ligadas as realidades anteriores da humana, aos planos encantados da natureza, que “estagiamos” antes de entrar no natural de reencarnações na matéria. 
Estão em um estágio anterior, por isso podemos considera-las espíritos infantis e elas nos veem como mais velhos. 
Mas não tem a mente adormecida, algumas têm lembranças de séculos. 
Para vir na Umbanda passam por um preparo no astral, elas chamam de escolinha, respondem no grau de guias pois tem muito a dar e realizam um trabalho muito importante. 
Muitas trabalham acompanhando de perto a nossa infância, enquanto somos crianças elas têm maior acesso e facilidade para nos ajudar pois nossa vibração fica mais próxima à delas. 
Resumindo crianças trabalham e muito, que para elas é uma alegria. 
Temos crianças de todos os Orixás, a “força Ibeji” é a força infantil do plano encantado das Crianças, sincretizado com “Cosme, Damião e Doun”, um dos Orixás mais atuantes na corrente das crianças é Oxumaré, pois a ele pertence o “Mistério Crianças” (lembre-se das cores, bexigas e arco-íris), assim como o “Mistério Ancião” pertence a Obaluayê e Nanã, o “Mistério Caboclo” pertence a Oxossi, o “Mistério Baiano” pertence a Iansã e etc. 
Podemos oferenda-las em praças, parques e cachoeiras, ou um outro local especificado pelas mesmas.
Um grande abraço Antonio!
Colégio Pena Branca

#604 Médiuns com problemas no terreiro

domingo, 23 de setembro de 2018

VAMOS ENTENDER QUEM FOI A PRIMEIRA APARIÇÃO DE PAI ANTONIO NA UMBANDA?

PAI ANTÔNIO E O SR. ZÉLIO DE  Compartilhar no Google+










É de conhecimento geral que o anunciador da Umbanda foi o Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio de Moraes. Mas poucos lembram que a mediunidade de Zelio, então um jovem de 17 anos, se iniciou porque estranharam quando começou a falar como se fosse uma pessoa muito mais velha, de forma pausada e com voz suave. Esta primeira entidade que se manifestou na verdade era o Pai Antônio, preto velho que o acompanhou por mais de seis décadas.
No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30, em Neves, São Gonçalo, no Estado do Rio, às 20:00 horas, como havia prometido em dia anterior na Federação Espírita de Niterói, manifestou-se o caboclo das Sete Encruzilhadas assim dizendo:


“Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. 
A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo”.
Nesse mesmo dia, Zélio incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: 
“- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá”. Após insistência dos presentes fala: “Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo”.

Quando alguém lhe perguntou se necessitava de algo, assim respondeu: “Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá”.
E assim, manifestava-se a linha dos pretos velhos na nova religião que nascia, utilizando-se artefatos mágicos para trabalhar suas mirongas. Além do pito (cachimbo), também solicitou uma guia, que hoje é utilizada por quase todos os médiuns que trabalham nos terreiros de Umbanda. Estes artefatos fazem parte dos fundamentos com que trabalham magísticamente as entidades, dispersando miasmas e firmando as conexões dos espíritos e médiuns, protegendo-os e ampliando seu poder magnético.
Durante anos e anos Pai Antônio se manifestou nas giras da Tenda Nossa Senhora da Piedade, fazendo sua caridade, ajudando nas curas físicas e espirituais e combatendo demandas e obsessões. Através dele foram se aproximando todos os outros pretos e pretas velhas que amorosamente se manifestam onde há disposição para o Amor e Caridade.
“Dá licença Pai Antônio
Que eu não vim lhe visitar
Eu estou muito doente
Vim pra você me curar
Se a doença for feitiço
Bulará neste congá
Se a doença for de Deus
Pai Antônio vai curar
Coitado de Pai Antônio
Preto-velho curador
Foi parar na detenção
Por não ter um defensor
Pai Antônio é quimbanda, é curador
Pai Antônio é quimbanda, é curador
É pai de mesa, é curador
É pai de mesa, é curador.”
Salve Pai Antônio
Alex de Oxóssi
contato@rbrj.com.br

Para quem deseja saber quem foi o CABOCLO VIRA MUNDO na Umbanda!

      

           Origem Caboclo Vira Mundo


Os pajés são os únicos que têm capacidade de transitar por entre esses mundos, assim como de evocar e controlar esses seres em nosso mundo.
Recebi da Fabiana o e-mail adiante descrito:
“aproveitando queria te contar que ontem, na gira de caboclos, o caboclo com quem eu trabalho o Sr. Vira Mundo falou para a cambone que ele se chamava Karipuna. Bom, hoje passeando pela internet, vi que karipuna é uma tribo indígena do Amapá. Provavelmente o que ele quis dizer que sua tribo era essa. Achei muito legal isso e resolvi lhe contar! Fabiana”
Achei importante uma entidade conhecida como o Caboclo Vira Mundo espontaneamente dar noticias de sua origem carnal como índio. Isso merece uma pesquisa. Foi o que fiz e vejam o que aconteceu. Acho que é o inicio de novas revelações da Umbanda.
Pai Fernando, considerando a informação que, na gira de caboclos, o Caboclo Vira Mundo falou para a cambone da nossa irmã Fabiana, que, ele se chamava Karipuna, vejamos a cosmologia dos mitos e rituais deste povo Karipunas, quase extintos nos sertões do Guaporé.
Do Ponto do Caboclo Vira Mundo:
Quem vira o mundo é Deus,
só Deus pode virar
e abaixo da vira do mundo
Seu Vira Mundo é quem pode virar.
Criança do Futuro : Waköpünska Karipuna!
Dados básicos
• Nome: Karipuna do Amapá
• Nomes alternativos: Karipúna, Karipúna do Uaçá, Patuwa
• Classificação lingüística: Crioulo (francês)
• População: 1708 (1995 SIL & ISA-2000)
• Local: Amapá, na fronteira da Guiana Francesa
DA COSMOLOGIA, XAMANISMO, MITOS E, RITUAIS – KARIPUNA
“Os Karipuna consideram que, paralelamente à realidade em que vivemos, ao “nosso mundo”, ou a “este tempo”, existem outros mundos que definem abreviadamente como “Fundo”, ou de maneira mais específica como “fundo das águas”, ou “fundo do mato” ou ainda “embaixo do Sol”. Trata-se de um tempo presente paralelo ao nosso, mas que ocorre em outro registro.” …
Fonte: Povos Indígenas brasileiros, org.
Pai Fernando, aqui, “paralelamente à realidade em que vivemos, ao “nosso mundo”, ou a “este tempo”, existem outros mundos que definem” … primeira reflexão: “Sou Karipuna, conhecido como Caboclo Vira Mundo” … seria está a mensagem do Caboclo para a Fabiana e, para todos nós do Terreiro do Pai Maneco?
Considerando, as tradições antigas, o nome é o sagrado que revela sua missão! O nome revela a sua casta, a sua linhagem espiritual e a sua camada vibratória, o seu DOM e a sua qualidade inata! O seu domínio, o seu lugar de poder e, cujos membros são da mesma raça, etnia. “Trata-se de um tempo e lugar “MUNDO” presente e paralelo ao nosso, mas que ocorre em outro registro!”…
Vira Mundo! …
Vejamos ainda na fonte da cosmologia Karipuna, povos indígenas, org:
Nestes mundos diversos vive uma série de seres sobrenaturais, denominados em termos gerais de “bichos” (bet), “almas” (nam), “mestres” (met), karuãna,”donos” (ghãpapa, literalmente “avô”), e, de maneira mais específica, de “cobra”, “macaco”, “jacaré”, banahe, laposinie, entre outros. O contato com estes seres é sempre considerado perigoso às pessoas comuns, podendo causar-lhes ataques, morte e mesmo engravidar as mulheres.
“Os pajés são os únicos que têm capacidade de transitar por entre esses mundos, assim como de evocar e controlar esses seres em nosso mundo.” … penso que aí está o Caboclo Vira Mundo!
SARAVÁ, O CABOCLO VIRA MUNDO!
Chamam “bichos” os seres que povoam os mundos do “fundo das águas e do mato” e que são caracterizados por nomes de animais diversos, sendo os mais comuns: cobras-grandes, jacarés, macacos, espadartes, colhereiros, galegas. Afirmam que estes seres “são gente como nós no mundo deles”, onde fazem suas festas e bebem caxiri, e que “vestem sua capa de bichos quando vêm passear no nosso mundo”, ou seja, a cobra veste sua pele de cobra, as aves vestem suas penas e os animais vestem suas capas de pêlos.
Estes seres também podem ser chamados nam (une âme, “alma”), categoria que inclui “tudo o que tem espírito”, como certas árvores usadas para fins curativos para a própria iniciação xamânica (denominadas arari, apucuriuá, tauén e também o tauari). Nesses casos, o termo não se refere às almas de pessoas mortas. A respeito do destino dos mortos, os Karipuna consideram que suas almas “ficam por aí” e podem causar doenças nos vivos, ou ainda acelerar a morte de pessoas enfermas. Dizem que os brancos não percebem, mas os índios escutam quando há almas perto, pois elas fazem um assobio fino, que também é produzido no mato pelas árvores que têm nam.
Chamam “mestres” os seres que, entre as categorias mencionadas, auxiliam os pajés em seu aprendizado e em suas práticas, e nesse sentido confundem-se com os Karuãna dos pajés. A palavra “mestre” é igualmente usada em relação aos seres que habitam ou cuidam de determinados lugares: “mestre do igarapé”, “mestre da gruta”, para quem usam também os termos “mãe”, “dono”, ghãpapa (avô). Neste caso, ouvi menções a cobras, macacos, “bichos” em geral, e também aos hohôs, definidos como seres pequenos, com cabelos longos e emaranhados, que habitam áreas de pedras, grutas e igarapés, e andam sempre em par – “são dois irmãozinhos” – que podem engravidar as mulheres fazendo-as conceber filhos gêmeos.
Os Karipuna consideram que os “mestres” cuidam dos lugares onde habitam deixando-os sempre limpos, e podem causar doenças naqueles que os poluem, mediante o cheiro forte de peixe (pitiú) e de sangue menstrual. No entanto, dizem também que esses seres são atraídos por este sangue, por meio do qual penetram no corpo das mulheres e fazem que concebam “filhos de bichos” quando tiverem relações sexuais.
Por fim, a designação karuãna refere-se a todos os seres que têm relação com determinado pajé. Um karuãna, por estar sempre ligado a algum pajé, também pode ser chamado por ele de “amigo” (zami) ou “camarada” (kamahad), sendo sempre considerado como uma individualidade, tendo inclusive uma história e personalidade próprias.
Os karuãna de um pajé englobam “bichos”, como cobras, jacarés, macacos e pássaros, “almas” como “arari”, “tauarí”, mas também categorias diferentes de seres, habitantes de mundos diversos, como os “curupiras” (djab dan bua), “diabos” (djab), banahes, entre outros. A todas essas categorias de seres são atribuídas capacidades próprias, às vezes línguas específicas, e também podem ser chamados pelo termo mais genérico de “bichos do pajé”. Todo pajé tem entre seus karuãna algum que chama laposinie. Este é considerado o “mestre maior”, aquele que ensina ao pajé as capacidades e técnicas curativas, e sem o qual um pajé é apenas capaz de fazer feitiços. Dizem que esses seres vivem na “terra embaixo do Sol” ou no “mundo de onde o Sol nasce”, e são descritos como “pessoas brancas e finas”, também chamados “bons doutores”. A palavra laposinie (do francês la poussinière) refere-se também à constelação das plêiades, sete-estrelo. A seu respeito, os Karipuna contam que todo ano passam um mês em outro mundo para trocar de pele, e levam junto peixes e pássaros, que passam a ser difíceis de encontrar.
“lá no Fundo, quando a lua está descendo pra lá, boniiiiiita, então os bichos estão dançando lá no Fundo. (…) É lá que nos vamos. (…) Aí nós vamos cantar, aí nos vamos beber, nós vamos dançar com nossos bichos. (depoimento da pajé Elza, aldeia Manga, 1992).
Os Turés são considerados pelas famílias do Curipi como ocasiões de dançar, beber e cantar junto com os seres sobrenaturais chamados de karuãna, e de oferecer-lhes caxiri, como retribuição às curas de doenças que propiciaram por intermédio dos pajés. Os participantes de um Turé correspondem à clientela de um pajé, àquele grupo de famílias que a ele recorre em casos de enfermidade. Assim, os Turés reúnem famílias geralmente aparentadas, que têm em comum a confiança em determinado pajé, e o reconhecimento do conjunto de seres sobrenaturais que são considerados zami (amigos), kamahad (camaradas) ou karuãna deste pajé.
Centrado na figura dos pajés, cada Turé abrange as particularidades de seu próprio universo de karuãna. Acredita-se que os xamãs mais “fortes” conseguem agrupar um maior número de karuãna, os quais lhes ensinam muitas músicas de Turé, e por isso são capazes de cantar várias noites sem repetir nenhuma canção. A força advinda dos karuãna também permite que façam o diagnóstico adequado das doenças e consigam curá-las com êxito, de forma que há muita gente para preparar caxiri (os parentes dos doentes retribuem a cura aos karuãna do pajé oferecendo-lhes caxiri) no Turé de um pajé “forte”, e a dança dura muitas noites.
Pai Fernando, que venha o próximo nome Tupi ou Tapuiá! Porque está tudo aí neste nosso Mundo pra Virar!… Um Forte Abraço Fraterno com a vossa Benção de AXÉ! Saravá, Fabiana!]
O José Carlos Bittencourt, o Pai Bitty, é um pesquisador da história do índio, suas origens e lendas.

Por que alguns vencem e outros não? Por Cristinatormena

  Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira. Read on blog  or  Reader Por que alguns vencem e outros não? cristinatormena April 19 Por...