quinta-feira, 4 de abril de 2019

OGUNS NA UMBANDA

                         OGUM NA UMBANDA

 Na edição 11 desse jornal, o Alan Levasseur mostrou um pouco sobre Ogum em seu berço de origem, a Nigéria, e seus nomes Iorubanos (ou qualidades segundo vários autores). 

Esse referencial africano, encontrado em estudos de campo de Pierre Verger e em sites da internet, é presenciado no Candomblé, e tem servido como um manual de identificação dos Orixás pessoais dos seguidores dessa religião. 

A qualidade indica o campo de atuação deles. 

Já na Umbanda, Ogum foi muito associado à quebra ou corte de demandas e os qualificativos foram substituídos por nomes simbolizadores dos campos de ação dos Orixás pessoais dos médiuns umbandistas, onde uns são filhos de Ogum Beira-Mar, outros de Ogum Yara, outros de Ogum Sete Lanças, etc. 

E foram surgindo muitos “Oguns” dentro da Umbanda, sendo que hoje um século depois de sua fundação, temos dezenas de nomes simbolizadores dos campos de atuação de Ogum, o Orixá Maior. 

Temos isso: 

-Ogum Mege -Ogum Beira-Mar -Ogum Matinata -Ogum Sete Ondas -Ogum Sete escudos -Ogum Sete Coroas -Ogum Yara -Ogum Sete Lanças -Ogum Naruê -Ogum Sete Pedreiras -Ogum Sete Cachoeiras -Ogum Matinata -Ogum Sete Espadas, etc 

Sendo que cada um desses Oguns regem gigantescas hierarquias ou linhas espirituais de Caboclos e de Exus que se apresentam como de “Ogum”. 

Na Umbanda o Orixá Ogum teve seu culto expandido de tal forma que hoje não sabemos ao certo quantos desses Oguns existem, ou já se apresentaram através de seus médiuns, com uns tornados bem conhecidos e outros só de um pouco, mas com todos esses pais Oguns amparando o trabalho espiritual dos seus filhos encarnados. 

Quem revelou para a Umbanda a existência e abriu o culto religioso a tantos Orixás Oguns? 

Foram seus próprios médiuns, respondemos nós. 

Assim como foram médiuns umbandistas que revelaram e abriram o culto dentro da Umbanda a varias Oxuns, Iansãs, Xangôs, etc. 

E não podia ser diferente, porque sempre foram os seguidores das religiões que abriram dentro delas os seus Mistérios, adaptando-os às suas formas de reverencia-los e deles se beneficiarem. 

Se na edição 11 mostramos Ogum, suas qualidade e algumas de suas lendas dentro do Candomblé foram para mostrar aos nossos leitores um pouco das diferenças existentes no culto a Ogum no Candomblé e na Umbanda. 

O intuito foi esse, e não o de confundir nossos leitores, muitos dos quais são candomblecistas e merecem o nosso respeito e o respeito às suas formas de cultuarem Ogum e todos os outros Orixás. 

Patacorí Ogum 

Pai Rubens Saraceni

DEUS na Umbanda


Deus na Umbanda

Publicado por Jefferson L. Grossl - 19/08/2011 -

    
DEUS NA UMBANDA

A Umbanda é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um Deus Supremo, incriado, criador de tudo e de todos. Dele, provém todas as formas e manifestações de vida.
Foi Deus Supremo quem criou os Orixás, os espíritos e todos os planetas e astros existentes no universo. 

Esse Deus pode ser chamado de diversos nomes, tais como, Zambi, Olorum, Olodumaré, etc. Tais denominações são influencias das nações africanas que chagaram ao Brasil durante o período da escravidão.

Assim como na Umbanda, o Candomblé, em todas as suas nações, também acredita na existência de um Deus Supremo.

Para o povo Bantu (nação Angola) esse Deus Supremo é chamado de Nzambi (Zambi).O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma. No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Nzambi).

Para o povo Yorubá (nação Ketu) o Deus Supremo é chamado de Olorum ou Olodumaré. 

É Ele o Dono do Orun céu e Criador do Orun e do Aiye, o céu e a terra. É associado fortemente com a cor branca, e controla tudo. 

É o Deus Pai Criador de tudo e de todos. 

Embora reconhecido e louvado como Único e Soberano, não existe templo individual para Ele. De acordo com um dos mitos da criação yoruba, ele delegou os poderes de criação do Aiye para seu primeiro e mais velho filho Orisanla ou Obatalá. “KOSI OBA KAN AFI OLORUN” – “Nao há outro senhor senão Deus!”.

Para o povo Ewe-Fon (nação Jeje), o Deus Supremo é entendido como a união de duas divindades, uma masculina chamada de Lissá e outra feminina, chamada de Mawu. A união dessas divindades forma Mawu-Lissá, o responsável pela criação de tudo e de todos.

Percebe-se que, mesmo sendo designado por nomes distintos, dependendo a nação, esse Ser recebe os mesmo atributos e devoções. 

Ou seja, trata-se de um ser Superior, Soberano, acima dos Orixás, Voduns, Nkises e espíritos em geral. 

È o Senhor de tudo e de todos, onisciente, onipresente e onipotente. 

Não possui representações em imagens e não possui templo próprio, pois seu templo está em todos os lugares.

Com a fundação da Religião de Umbanda no Brasil, foi absorvido, em especial, as denominações ZAMBI e OLORUM para designar o Deus Supremo

Além disso, em razão das influências indigenas, é também muitas vezes chamado de TUPÃ ou, pela influência católica, chamado simplesmente de DEUS.

Dependendo da Linha de onde vem as entidades que se manifestam em nossas casas, elas podem usar qualquer das expressões acima, sem que isso signifique se tratar de uma divindade distinta. 

Pois, Deus é único, o que muda é a forma pelo qual o chamamos.

Assim, é muito comum ver pontos cantados que ora falam em Zambi, ora falam em Olorum. 

Ora falam em Tupã ora, simplesmente, em Deus. 

E isso se dá, como visto, pela associação e influencia recebida pela Umbanda em sua formação.

Na Umbanda também não há representações materiais para Ele, pois está acima de tudo. 

Se estamos encarnados, se temos a mediunidade, se temos a oportunidade de evoluir, é por que Ele, Deus Supremo, em sua infinita bondade e misericórdia, permitiu.

Assim, pela sua importância merece e deve ser louvado, antes ou depois das sessões espirituais.

ORAÇÃO À ZAMBI

Pai Zambi, criador de nossa Aruanda e do espaço em que vivemos onde chamamos de terra, poderoso é vosso nome e grande é vossa misericórdia, e em nome de Oxalá recorremos a vós, nesse momento, para pedir a benção para nosso caminhar rumo a sua Vontade. 

Que vossa Divina Luz incida sobre mim e meus irmãos.

Com vossas mãos retire todo o mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam em nosso caminhar.

Que as forças negativas que nos abatem e nos entristecem se desfaçam ao sopro de vossa Benção.

O vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o nosso progresso rumo a sua Verdade.

E de Aruanda, Vossas virtudes penetrem em nosso espírito, dando paz, saúde e prosperidade. 

Abra Zambi, os nossos caminhos. 

Que nossos passos sejam dirigidos por vós para que não tropecemos em nossa caminhada.

Agradecemos em nome de Zambi, de todos os Orixás e dos Espíritos de Luz que nos acompanham.

Assim seja.

AUTOR: Alex de Oxóssi
ORAÇÃO À OLORUM

“Olorum, meu Deus, criador de tudo e de todos. Poderoso é o vosso nome e grandiosa e vossa misericórdia.

Em nome de Oxalá, recorro a vós nesse momento, para pedir-lhe a benção durante meu caminhar rumo a vossa Vontade.

Que Vossa Divina Luz incida sobre tudo que criaste.

Com Vossas mãos retirem todo mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam em meu caminhar.

Que as forças negativas que me abatem e que me entristecem, se desfaçam ao sopro de Vossas bênçãos.

Que o Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem meu progresso rumo a Tua verdade.

E que Vossas virtudes penetrem e meu espírito dando-me paz, saúde e prosperidade.

Abra Senhor os meus caminhos, que meus passos sejam dirigidos por Vós para que não tropece em minha caminhada.

Assim seja! Salve Olorum!”


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