OGUM NA UMBANDA
Na edição 11 desse jornal, o Alan Levasseur mostrou um pouco sobre Ogum em seu berço de
origem, a Nigéria, e seus nomes Iorubanos (ou qualidades segundo vários autores).
Esse referencial africano, encontrado em estudos de campo de Pierre Verger e em sites da
internet, é presenciado no Candomblé, e tem servido como um manual de identificação dos Orixás
pessoais dos seguidores dessa religião.
A qualidade indica o campo de atuação deles.
Já na Umbanda, Ogum foi muito associado à quebra ou corte de demandas e os qualificativos
foram substituídos por nomes simbolizadores dos campos de ação dos Orixás pessoais dos médiuns
umbandistas, onde uns são filhos de Ogum Beira-Mar, outros de Ogum Yara, outros de Ogum Sete
Lanças, etc.
E foram surgindo muitos “Oguns” dentro da Umbanda, sendo que hoje um século depois de
sua fundação, temos dezenas de nomes simbolizadores dos campos de atuação de Ogum, o Orixá
Maior.
Temos isso:
-Ogum Mege
-Ogum Beira-Mar
-Ogum Matinata
-Ogum Sete Ondas
-Ogum Sete escudos
-Ogum Sete Coroas
-Ogum Yara
-Ogum Sete Lanças
-Ogum Naruê
-Ogum Sete Pedreiras
-Ogum Sete Cachoeiras
-Ogum Matinata
-Ogum Sete Espadas, etc
Sendo que cada um desses Oguns regem gigantescas hierarquias ou linhas espirituais de
Caboclos e de Exus que se apresentam como de “Ogum”.
Na Umbanda o Orixá Ogum teve seu culto expandido de tal forma que hoje não sabemos ao
certo quantos desses Oguns existem, ou já se apresentaram através de seus médiuns, com uns
tornados bem conhecidos e outros só de um pouco, mas com todos esses pais Oguns amparando o
trabalho espiritual dos seus filhos encarnados.
Quem revelou para a Umbanda a existência e abriu o culto religioso a tantos Orixás Oguns?
Foram seus próprios médiuns, respondemos nós.
Assim como foram médiuns umbandistas que revelaram e abriram o culto dentro da Umbanda a
varias Oxuns, Iansãs, Xangôs, etc.
E não podia ser diferente, porque sempre foram os seguidores das religiões que abriram
dentro delas os seus Mistérios, adaptando-os às suas formas de reverencia-los e deles se
beneficiarem.
Se na edição 11 mostramos Ogum, suas qualidade e algumas de suas lendas dentro do
Candomblé foram para mostrar aos nossos leitores um pouco das diferenças existentes no culto a
Ogum no Candomblé e na Umbanda.
O intuito foi esse, e não o de confundir nossos leitores, muitos dos quais são candomblecistas
e merecem o nosso respeito e o respeito às suas formas de cultuarem Ogum e todos os outros
Orixás.
Patacorí Ogum
Pai Rubens Saraceni
Ex seminarista, com estudos, cursos diversos na amada UMBANDA incluindo o de teologia, praticante desde 1978; vi a necessidade de poder repassar o que aprendo todos dias, quer sejam textos, cursos, vídeos, e-books, aos que possam desejar, sem compromisso algum com quem quer que seja a não ser a DIVULGAÇÃO DE NOSSA AMADA UMBANDA. Se desejarem contato: acevangel@gmail.com
quinta-feira, 4 de abril de 2019
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