quarta-feira, 14 de novembro de 2018

15 de Novembro de 1908 !!!!!!!!!


Meus Amados(as) Irmãos UMBANDISTAS!

Sabemos que amanhã dia 15 de Novembro, lembramo-nos de nossa Proclamação da República em que desconectamos com os grilhões de Portugal.

Muita mais que isso para cada um de nós, UMBANDISTAS, representa mais ainda!
A lembrança do início de nossa AMADA UMBANDA.

Umbanda que nasceu em 15 de Novembro de 1908, dentro de um centro espírita, por nosso amado Zelio Fernandino de Moraes.

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Zélio de Moraes, de viva voz (clique e ouça), nos conta a história da criação da Umbanda no Brasil.
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Pesquisa: Lucilia Guimarães e Eder Longas Garcia
Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo – Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.
A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.
Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: “Amanhã estarei curado”. No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.
Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e  convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.
Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:
” Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?”
Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:
” Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?”
Ele responde:
Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.”
O vidente ainda pergunta:
” Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?”
Novamente ele responde;
Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei.”
Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.
No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo”.
Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:
Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai”.
Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: “- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá”. Após insistência dos presentes fala:
Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo”.
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá”.
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de”Guia de Pai Antonio”.
No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.
Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
  • Tenda Espírita Santa Bárbara
  • Tenda Espírita São Pedro
  • Tenda Espírita Oxalá
  • Tenda Espírita São Jorge
  • Tenda Espírita São Jerônimo
As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.
 Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.
Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.
Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!cisamos relembrar-mos sempre quem foi e como foi:

EU SOU EXU- Parte Final - Por Alexandre Cumino

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EU SOU
ORIXÁ EXU
Por Alexandre Cumino 
(final)
A VERDADE DUALIDADE
A real dualidade deste mundo está entre o que é real e o que é ilusão, justamente porque bem e mal, certo e errado, são conceitos muito relativos. E se tem uma lei que agrada Exu é a Lei da Relatividade, que fundamenta cientificamente meu comportamento controverso perante o “Uni-Verso”.
EU SOU ORIXÁ EXU, dizem que faço o bem e faço o mal, no entanto, aqueles que assim afirmam não sabem realmente a diferença entre bem e mal, entre certo e errado. O bem e o mal são concepções exclusivamente humanas. Faço, sim, do certo o errado, e do errado o certo, de uma forma muito simples retiro o véu que cobre seus olhos. Este véu podemos chamar de ego, algo que todos possuem em maior ou menor grau e que distorce a forma de ver o mundo. Por isso, dizemos que muitos podem enxergar o mundo, mas poucos podem ver realmente o que está à sua frente. Cada um vê o quê quer, cada um vê o mundo como um espelho e reflexo de si mesmo, e o torto vê um mundo distorcido.
Todos estão embriagados com seus pequenos desejos e apegos. No fundo, todos sabem que podem ser muito mais do que estão sendo, mas isso dá muito trabalho, lutar contra o que já está estabelecido como certo, bom, bonito, direito, elegante, educado, normal e, claro, igual. O diferente é sempre o errado, o igual é sempre o certo e não importa o que faz bem e o que faz mal. Não importa se o que é considerado certo vive na mentira, importa que ele é igual e portanto não representa uma ameaça. Já o diferente, mesmo que esteja na verdade, representa uma ameaça, ele ameaça a morte de nossas mentiras. Em muitos casos, a regra é a mentira, a exceção é a verdade.
A mentira é um “diabo” velho com o qual todos já estão acostumados, todos sofrem com ela, mas já se acostumaram tanto que ela vem pintada de verdade, é o “diabo pintado de ouro”. Costuma-se dizer que é melhor um “diabo” conhecido que um “diabo” desconhecido e, por isso, muitos têm medo de se aventurar na verdade, com medo de outros “diabos”.EU SOU ORIXÁ EXU, e quando apareço diante destes senhores acostumados com seus velhos e conhecidos “diabos”, sou então chamado de “diabo”, porque algo totalmente outro, totalmente desconhecido só pode ser o “diabo”, não o velho, mas um novo “diabo”. Mas a verdade é que é em si o “diabo” para quem vive na mentira e reza, colocando a mentira no altar ao lado do seu Deus temido e castigador. O Deus tão humano que tem o mérito de ter criado o moralismo social.
EU SOU ORIXÁ EXU, sou a verdade e, por isso, sou chamado de senhor da dualidade, neste mundo da mentira. Por isso, se diz que exu faz o certo virar errado e o errado virar o certo; por isso, jogo hoje a pedra que acertou o alvo ontem; por isso, sou a dubiedade, a ironia, a contravenção. Porque a verdade sempre está na contramão deste seu mundo, no mundo da ilusão. A verdade é sempre considerada mentira, pois quem, afinal, vive na verdade? Os poucos que vivem sua verdade, sem pudores, são crucificados pelos demais.
EU SOU ORIXÁ EXU, sou a verdade nua, crua e rasgada, represento o que assusta e dá medo aos homens. Represento a quebra de todas as máscaras, represento o abandono de qualquer personagem assumido, represento a destruição do ego, represento o poder real e absoluto, o poder de ser apenas você mesmo.

 REPRESSÃO
Eu sou Orixá Exu e tenho muito que lhe dizer, depois de milênios de repressão, de valores criados e cultuados por cleros e monarquias interessados na manipulação da massa, o que subexiste neste mundo são mentes escravizadas.
Culturalmente, vim da África no coração de homens fisicamente escravizados, mas de mente e alma livres.  Quando, sacerdotes católicos, escravos de suas doutrinas limitadas e limitadoras, castradas e castradoras, reprimidas e repressoras, me conheceram, o que eles viram foi um Deus livre, feliz, alegre, viril, forte e amante do prazer que a vida dá. Estes senhores e todos os outros representantes de uma sociedade dominada por sua filosofia medíocre entenderam que se tratava do diabo. Exu só podia ser o tinhoso, o capeta, o belzebu, o coisa ruim, e sabe por quê? Porque eu represento tudo o que sempre quiseram ser, ter e fazer e nunca tiveram coragem. Condenaram ao inferno todos os prazeres e alegrias da vida, simplesmente porque uma pessoa livre de toda esta repressão não precisaria de seus sacerdotes ou de sua doutrina distorcida e nem se submeteria ao seu poder secular. Pessoas livres, que vivem o prazer e a alegria de estarem vivos, têm a oportunidade de procurar e encontrar mais da vida que apenas obedecer. Pessoas de espírito livre vão ao encontro do sagrado de forma natural, mística e transcendente. São pessoas que descobrem a magia que existe por trás da aparente monotonia de suas encarnações. Estas pessoas livres descobrem que o divino e o sagrado habitam dentro delas e não nas paredes do templo.
Sempre haverá senhores e escravos, sempre será assim. Ontem, monarquia e clero direcionaram a escravidão humana de acordo com a cor da pele, hoje politica e consumo, levantam templos à imagem e as grandes industrias manipuladoras da massa.
Conceitos e valores invertidos. No passado, escravos eram estes senhores, considerados nobres e poderosos,  escravos de seus sentidos, pobres escravos de sua sede por dominar, pobres senhores ricos e escravos de sua moeda, de sua carne e consciência. A todos, eu assisti e os acompanhei em sua queda, após o desencarne, e quantos não receberam ajuda justamente de seus escravos, agora homens livres no mundo astral, onde a diferença entre senhor e escravo está no quanto dominamos ou somos dominados por nossos instintos e desejos. Para mim, Exu, só existe um tipo de escravo, aquele que escraviza a si mesmo nos grilhões de seu ego. Correntes de dor, sangue e lágrimas que prendem a cada um de seus escravos nos abismos de suas almas. Presos em todos os seus melindres, em seus desamores, em seus traumas e fobias, escondem as desculpas perfeitas para continuarem escravos, submissos e amedrontados. Hoje continua igual: poucos dominam muitos. Os escravos da alma, sedentos por poder sem limites manipulam a massa e dominam os meios de comunicação e a politica. Grandes industrias, grandes marcas, grandes e efêmeros poderes deixam sua marca num mundo em que todos querem ter e possuir coisas. A regra é competir com o outro, poucos podem ver que a única vitória é a conquista de si mesmo. A melhor conquista são atributos e virtudes internas que poderão lhe libertar das únicas amarras que vão além do peso de sua matéria.
Quem melhor do que eu conhece você? 
Quem melhor que Exu conhece seu eu? 
Quem lhe apresenta você a você mesmo como um espelho?
O homem tem medo de ficar nu, tem medo de despir-se de suas bugigangas, tem medo de jogar por terra seus títulos, tem medo de abandonar sua identidade temporal, tem medo de ser apenas mais um homem, mesmo sabendo que por mais que faça não passa de um homem. É o único animal que deseja ser outra coisa, o homem é o único ser que quer ser Deus, o homem despreza a si mesmo em sua natureza humana. É este homem que procura o divino em detrimento do humano e que não enxerga que divino é ser humano. Não vê que o mais humano dos humanos é divino e sagrado. Não entende que a carne é sagrada, que o corpo é sagrado, que seus amores deveriam estar no altar. Por medo de ser quem é, o homem deseja ser algo inalcançável, deseja ser um Deus distante de tudo que faz parte de sua realidade. E ele cria este Deus à imagem de tudo o que ele, o homem, não é. Cria um Deus que lhe faça tremer, um Deus tremendo em seu poder de castigar e fascinante por ser inalcançável. Um Deus que assusta e lhe dá medo, um Deus que lhe faça ter mais medo do que todos os outros medos que já possui, para assim ser mais uma vez escravo e obedecer a um senhor que lhe vê, observa, vigia, controla, fiscaliza o tempo todo. Um senhor que lhe coloca medo com a ameaça de ir para o inferno. E daí surge o medo de não agradar: não agradar a Deus, não agradar a seus pais, não agradar aos parentes, não agradar aos seus amigos, não agradar à sociedade, não agradar aos desconhecidos. O medo de não agradar leva a maioria a se comportar como mais um que faz o que todos fazem, tentam o tempo todo ser melhores uns que os outros. E a maior ironia em tudo isso é que tentam ser melhores repetindo padrões, tentam ser melhores que o outro ao qual aprenderam a ser igual. Nunca pensam em ser melhor do que si mesmos. Não se dão conta que ser melhor começa justamente no momento em que desistem de ser melhores do que todos os outros, seus iguais. Lutar para ser melhor, lutar para se destacar, lutar para ter poder é o que iguala a grande maioria. A luta, a guerra, é sempre uma ilusão e o que alimenta esta ilusão é o medo.
O medo de se libertar gera a auto repressão, o medo de enfrentar sua verdade o faz reprimir a verdade do outro, o medo de mergulhar em suas trevas e conhecer suas fraquezas e sua força escondidas abaixo de sua sombra o faz ver trevas e maldade em todos os lugares. Reprimir seus monstros e demônios internos o faz criar monstros e demônios em tudo que ameaça derrubar seu muro de ilusão e proteção. A repressão é sua zona de conforto, o desconhecido é um demônio e a vida já perder todo seu encanto, magia e graça. Tudo é cinza e sem cor nesta realidade reprimida e distorcida.
Busque com todas as suas forças a liberdade para sua alma e sua consciência, liberte-se de você mesmo, para afinal descobrir quem é você.
Curve-se diante de mim, em reverência, bata cabeça e demonstre seu respeito. Faça as pazes com suas trevas interiores e conte com meu amparo, com minha força e poder à sua esquerda. Podemos vencer todas as guerras e batalhas, mas primeiro vença a si mesmo, vença tudo aquilo que lhe reprima, tudo que lhe oprima e tudo que lhe dá medo.
Eu, sou Orixá Exu e prezo a liberdade de todos os seres, e daqui assisto a escravidão de tantos que pensam estar servindo a algum senhor e que no fundo servem apenas a seus valores baixos e mesquinhos. Eu, sou Orixá Exu e não faço questão de estar em nenhum altar, prefiro estar no chão, quem quiser chegar a mim, curve-se neste mesmo chão, mas antes dispa-se de seus valores invertidos e conte comigo para superar seus medos e vencer sua ilusão. Eu sou Orixá Exu e faço questão de lhe ajudar a superar todos os seus medos, afinal o medo é sempre uma antecipação daquilo que ainda não existe.
O medo é ilusão assim como as dificuldades e a dor podem ser reais, o medo é apenas uma forma de fugir da realidade sem olhar de frente para suas dificuldades. O medo distorce e inverte tudo que poderia lhe tornar um ser humano melhor. Coragem, siga seu coração, tenha fé, esperança e tome consciência do potencial divino que existe dentro de você para ajuda-lo a vencer a si mesmo. 
Eu sou Orixá Exu e venho para lhe ajudar a vencer seu maior inimigo: você mesmo.
A melhor forma de vencer um inimigo é tornar-se seu amigo, torne-se amigo de si mesmo, faça as pazes com você, perdoe seu ego, abrace suas trevas, ilumine suas sombras e mergulhe fundo em sua própria alma. Descubra: quem é você! Quem sou EU? Eu sou Orixá Exu! E quem é você?

Um grande abraço Antonio! ❤️
Colégio Pena Branca

Por que alguns vencem e outros não? Por Cristinatormena

  Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira. Read on blog  or  Reader Por que alguns vencem e outros não? cristinatormena April 19 Por...