sábado, 30 de abril de 2016

                      

                       UMBANDA – UMA VISÃO SISTÊMICA

Umbanda – Uma visão Sistêmica
Manoel Lopes


“A explicação da umbanda em rede veio ao encontro do que tenho adotado como postura político-filosófica.Trabalhei como formadora em alguns trabalhos de responsabilidade social sob a ótica ecologista de Marcos Reigota e outros, além de ser uma admiradora de Edgar  Morin que escreveu sobre a teoria da complexidade.Costumo referir-me à metáfora moriniana quando estou ensinando professores ou alunos na escola onde trabalho, que diz:“Os fios compõem o tapete, mas esse só é tapete por causa dos fios”.Conseguir trazer esse conceito de rede, de sistema, para a umbanda foi muito bom, excelente! Uma lição da qual não me esquecerei e que possibilitou um passo meu a mais na umbanda.Estou sinceramente agradecida por estar aprendendo com o Manoel Lopes.Poderia citar outras generalizações decorrentes desse conceito, mas acho que não é preciso por ora.Obrigada Meu Pai Oxalá, por mais esta ajuda que veio através de um irmão, Manoel Lopes, que teve a ousadia de usar a internet para ensinar o que eu preciso aprender.”
Stella Martins ( aluna do curso EAD do Núcleo Mata Verde)

No Núcleo Mata Verde   ( www.mataverde.org ) estudamos e ensinamos, uma doutrina umbandista, que tem como características principais:
1-Os Sete Reinos Sagrados – modelo que tem por origem a formação do planeta Terra;
2-Campo Estrutural – estruturas de natureza mental e emocional, mantidas pelos espíritos e que são, entre outras coisas, a origem de toda a realidade material e espiritual.
3-Visão sistêmica de sua organização – Diversidade de Rituais umbandistas
Vamos discutir neste artigo, de forma sucinta o item 3 – Visão sistêmica da organização umbandista, origem da diversidade de rituais existentes na umbanda.
Este texto (Diversidade de rituais umbandistas) que apresentamos logo abaixo foi escrito pela primeira vez em 2005, depois em 2006 quando lançamos a RBU – Rede Brasileira de Umbandawww.rbu.com.br ) novamente tornamos a lembrar sobre a estrutura complexa da Umbanda e que a RBU tinha como uma das principais funções revelar esta complexidade da organização umbandista.
Em 2007 quando lançamos o livro “Umbanda Os Sete Reinos Sagrados”, incluímos ao final do livro o capitulo “Nasce um Rede”, chamando a atenção dos Umbandistas para a importância daRBU como uma nova rede social, e que teria entre outras características a finalidade de unir os umbandistas sem impor qualquer tipo de comando ou direcionamento doutrinário; pois devido a sua natureza complexa não admitia este tipo de comando único, centralizado.
Em 2009 publicamos novamente o texto “Diversidade de Rituais Umbandistas” fazendo questão de mostrar aos umbandistas esta visão sistêmica da Umbanda, realçando o conceito de estrutura em rede de sua organização.
Neste texto de 2009 incluímos logo ao início comentários sobre os “choques”  entre os umbandistas ao se depararem através da RBU com centenas (ou talvez  milhares) de formas de se vivenciar a Umbanda.
Continuamos a divulgar este conceito de organização em rede através dos cursos desenvolvidos no Núcleo Mata Verde e que estão a disposição dos interessados através da plataforma EAD (www.mataverde.org/ead )
Muitos foram os alunos que passaram (e continuam a passar) pelos nossos cursos; alunos (Umbandistas ou não) de várias origens, dos mais diferentes tipos de Terreiros, Centros, Núcleos, Ilês, etc… e todos sem exceção ao estudarem a questão da “Diversidade Ritualística da Umbanda” comentam sobre a estrutura em rede, que permitiu finalmente que pudessem entender esta diversidade.

                                

                           O QUE É UMBANDA?

O que é Umbanda?
por Manoel Lopes

Neste texto vamos interromper nossos estudos de Fitoenergética para falarmos um pouco sobre o que pensamos sobre a umbanda.
Lembramos que os assuntos que estamos apresentando neste blog de estudos, são novas experiências realizadas por umbandistas, são novos conhecimentos que devem ser estudados, debatidos e aplicados, sempre com o objetivo de auxiliar aos necessitados da alma e do corpo que procuram nossas casas espirituais.
Em nenhum momento estamos preocupados em ditar regras ou impor doutrinas, sabedores que somos da grande diversidade de rituais e princípios existentes na Umbanda.
Para aqueles que ainda possuem dificuldade para entenderem esta grande diversidade de rituais existentes na umbanda, sugerimos a leitura do texto de nossa autoria  “Umbanda Uma Visão Sistêmica“ que deve ser lido no link http://www.blog.mataverde.org/archives/187
O que propomos e estimulamos é que os umbandistas, independente da orientação que estejam seguindo, procurem as respostas, se desenvolvam, se libertem das amarras dos preconceitos, não sejam somente joguetes nas mãos de pessoas ignorantes e mal intencionadas.
A Umbanda em hipótese alguma deve ser utilizada para subjugar, para impor medos, restrições, preconceitos ou submissões.
A Umbanda é a luz que liberta da escravidão espiritual imposta pelas grandes religiões dogmáticas, a umbanda abre novos horizontes, liberta as almas que se encontram presas em preconceitos e dogmas milenares.
A Umbanda, através da simplicidade, humildade e caridade, traz o conhecimento espiritual necessário para equilibrar a nossa sociedade materialista, totalmente desorientada de princípios e das verdades espirituais.
O grande livro seguido pela umbanda á o livro da natureza, o livro da vida e dos bons exemplos.
Entendemos a umbanda não somente como uma religião, como as diversas existentes na atualidade, que brigam entre si para disputarem seus adeptos, para dominarem as consciências e cobrarem  dízimos.
A Umbanda não necessita de templos formosos, nem de catedrais monumentais, seu maior templo foi construído pelo criador, é a própria natureza.
Caboclo Mata Verde ensina, e nós aceitamos que a umbanda é muito mais do que uma religião.
Os espíritos não precisam e nem possuem religião, são os humanos ignorantes do conhecimento espiritual que ainda necessitam.
A Umbanda é uma verdadeira escola espiritual, onde todos os assuntos devem ser abordados, estudados, compreendidos e aplicados no dia a dia.
Como dizia Caboclo Mirim: Umbanda é a escola da vida.
Umbanda é mais que uma religião, umbanda é arte, é filosofia, é ciência é o conhecimento universal.
No Núcleo Mata Verde entendemos a umbanda como uma verdadeira escola iniciática; onde amigos espirituais, mestres espirituais nos auxiliam na busca deste conhecimento maior.
Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Exus são nossos amigos, mas são amigos especiais, são verdadeiros mestres que veem em nosso auxilio, para em conjunto com os umbandistas iniciados nesta sabedoria universal, auxiliarem a todos aqueles necessitados, e que ainda materializados, buscam ajuda em nossas casas espirituais.
Casas espirituais, Terreiros, Tendas  são verdadeiros Templos Iniciáticos da atualidade.
É com tristeza que nos deparamos com notícias como  o caso do menino de nove anos que foi assassinado em Brejo da Madre de Deus, e seus assassinos após serem presos afirmarem que o  menino foi sacrificado em ritual religioso e que eram Umbandistas.
São psicopatas, doentes mentais, miseráveis da alma e da vida e que com toda certeza não eram umbandistas, nunca foram e com toda certeza serão cobrados pela justiça divina.
Saravá!
São Vicente, 22/07/2012
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
Obs.: ESTE TEXTO PODE SER REPRODUZIDO, DESDE QUE SEJA NA ÍNTEGRA E QUE SEJA CITADA A SUA ORIGEM

Alguns momentos do rito de Iniciação ao 1ºGrau

1º Ciclo Cultural Mata Verde

139 - Postura do Sacerdote

sexta-feira, 29 de abril de 2016

     Origem Indígena da Umbanda

Origem Indígena da Umbanda
Por Alexandre Cumino


De sua raiz indígena a Umbanda recebe o amor à natureza e a influência do xamanismo caboclo e pajelança, bem como o uso do fumo, que é considerado erva sagrada para os índios. Um culto irmão da Umbanda, o Catimbó, Jurema ou Linha dos Mestres da Jurema, também realiza trabalhos com entidades espirituais de forma muito parecida com esta, sob influência direta do Toré, que é uma prática essencialmente indígena. A Umbanda e o Catimbó trabalham com algumas entidades em comum como, por exemplo, Caboclo Tupinambá na Umbanda e Mestre Tupinambá no Catimbó, Caboclo Tupã e Mestre Tupã, Caboclo Gira-mundo e Mestre Gira Mundo, Pai Joaquim e Mestre Joaquim, e o tão conhecido Mestre Zé Pelintra, juremeiro muito presente na Umbanda. Alguns chegam a dizer que a Jurema é “Mãe da Umbanda”, de tanto que teria colaborado com esta. O Toré e a Jurema são vivos ainda hoje nas tribos Kariri – Chocó, considerados os guardiões da Jurema.

Em conversa com um amigo desta tribo, o índio Tkainã, o mesmo me esclareceu que ...  Clique aqui e continue Lendo
Leia esse texto na integra clicando aqui!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

nstituto Cultural Sete Porteiras do Brasil
Av. Tiradentes, 1290 - próximo ao metrô Armênia
central@seteporteiras.org.br
(11) 3313-5253 - (11) 2089-0327

28/04  •  quinta     - 20h  
FESTA DE SÃO JORGE

 
A vida? Sempre será uma caminhada longa e desafiadora. O que muda? A maneira como você caminha.
 
Nesta quinta-feira, 28/04, o I7 promoverá uma pequena procissão interna com pedidos de bênçãos e orações a São Jorge. Cada caminhante ganhará uma vela palito para fazer a sua jornada.
 
Guerra? Só se for com lucidez na batalha.

 
SAIBA COMO CHEGAR

Tira Dúvidas nº 68

                  

            Centro de Iluminação                        

                                                       Nosso Lar


Publicado: 27 de abril de 2016 14:11 PDT

Sábado - 30.04.2016 - 11:00

Os Baianos são entidades que nos trazem a força e alegria nordestina e nos ajudam sempre a ter fé e esperança para vencermos nossas dificuldades.

Homenagem ao orixá Ogum, o guerreiro que sempre intercede por nós ajudando a vencermos as batalhas da vida.


Após o trabalho, será servida a Feijoada consagrada com o Axé de Ogum, feita com todo o carinho e com o objetivo maior de homenagear esse Orixá que sempre esteve presente em nossas vidas, defendendo os templos das forças negativas e abrindo os caminhos de quem precisa.

Você que ainda não adquiriu seu ingresso para a Feijoada, terá oportunidade de comprar no dia antes do trabalho no valor de R$ 25,00a titulo de colaboração.

Saravá Nosso Pai Ogum!
Salve o Povo da Bahia!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

TV Mãe Divina – Sou filho de qual Orixá?

TV Mãe Divina – Sou filho de qual Orixá?: Um dos maiores conflitos ou dúvidas dos médiuns iniciantes na Umbanda é: 'Sou filho de qual Orixá?' Pai Marcel aborda este tema e esclarece algumas dúvidas e dá um bom direcionamento nessa caminhada. Gostou? Curta e Compartilhe! Site: www.templomaedivina.com.br Apoio: www.umbandistas.com.br Produção: www.guibrandao.com.br

A Magia das Pedras

A Magia das Pedras: As pedras são elementos mágicos por excelência. Porém, sem conhecer seus fundamentos, de nada adiantará manipulá-las. Será pura perda de tempo e nada mais. Mas, um médium-magista que conheça o poder oculto do seu Guia-chefe, Exu, ou mesmo reino elemental regido pelo seu regente natural (Orixá ancestral), este sim poderá manipular as suas “pedras mágicas”…

Dar de graça o que de graça recebemos!

Dar de graça o que de graça recebemos!: O bem mais precioso, que é a vida, nos foi concedido gratuitamente assim como a presença de Deus; são bens que não se compram, vende ou troca.  Daí a máxima: “dar de graça o que de graça recebemos”.  Por esta máxima se dá a postura ética de não cobrar um único centavo pelo trabalho espiritual…
                          

                          A Linha do Oriente na Umbanda


Por Edmundo Pellizari 

A Linha do Oriente é parte da herança da Umbanda brasileira.

Ela é composta por inúmeras entidades, classificadas em sete falanges e maioritariamente de origem oriental.

Apesar disso, muitos espíritos desta Linha podem apresentar-se como caboclos ou pretos velhos. 

O Caboclo Timbirí (caboclo japonês) e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto velho bastante versado na Cabala Hebraica), são os casos mais conhecidos. 

Hoje em dia, ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavão, entidade que trabalha com as forças espirituais divinas de origem indiana.

Mas nem todos os espíritos são orientais no sentido comum da palavra. 

Esta Linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na matriz formadora do brasileiro (índio, português e africano). 

A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradições budistas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. 

Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a freqüentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes mágicos.

Antes destas datas, também era comum nesta Linha a presença dos queridos espíritos ciganos, que possuem origem oriental.

Mas tamanha foi a simpatia do povo umbandista por estas entidades, que os espíritos criaram uma “Linha” independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos.

Hoje a influência do Povo Cigano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.  

Existem muitas maneiras de classificar esta Linha e este pequeno artigo, não pretende colocar uma ordem na maneira dos umbandistas estudarem esta vertente de trabalho espiritual. 

Deixo a palavra final para os mais velhos e sábios, desta belíssima e diversificada religião. Coloco aqui algumas instruções que colhi com adeptos e médiuns afinados com a Linha do Oriente.

Namaste e Salve o Oriente!  

CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE:

• Lugares preferidos para oferendas: 

As entidades gostam de colinas descampadas, praias desertas, jardins reservados (mas também recebem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos). 

• Cores das velas: Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca.

• Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto. 

• Tabaco: Fumo para cachimbo ou charuto. Também utilizam cigarro de cravo.
 
• Ervas e Flores: Alfazema, todas as flores que sejam brancas, palmas amarelas, monsenhor branco, monsenhor amarelo.


• Essências: Alfazema, olíbano, benjoim, mirra, sândalo e tâmara. 

• Pedras: Citrino, quartzo rutilado, topázio imperial (citrino tornado amarelo por aquecimento) e topázio.

• Dia da semana recomendado para o culto e oferendas semanais: Quinta-feira. 

• Lua recomendada (para oferenda mensal): Segundo dia do quarto minguante ou primeiro dia da Lua Cheia.

• Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas.
Enfiar sequencialmente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. 

As entidades indianas também utilizam o rosário de sândalo ou tulasi de 108 contas (japa mala).

Algumas criam suas próprias guias, segundo o mistério que trabalham.

CLASSIFICAÇÃO DA LINHA DO ORIENTE

Suas Falanges, Espíritos e Chefes:

01 - Falange dos Indianos:  Espíritos de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos integrantes é Ramatis.  Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos: Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc...  A maioria é muçulmana. Uma Legião está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruê.

03 - Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente:  Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma Legião está integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios: Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:
Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:
Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética. Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia do Imperador Marcus I. Hoje nesta Falange se destaca a Legião dos Vikings, muito trabalhadora e guerreira. Nela, as entidades dividem-se em três grandes grupos, chamados de Barbas.  Existem os barbas amarelas, vermelhas e negras. Os mais importantes são os barbas amarelas, chefiados por Pai Bárbaro e Pai Kango, seguidos de Pai Peter (filho de Pai Bárbaro), Pai William (filho adotivo de Pai Bárbaro, que desde menino perdeu um olho e uma perna em batalha), Pai Robinson, Pai Viking, Pai Michael e Pai Jean Carlos (integrado na família por seus feitos marciais). Também encontramos mulheres, como Mãe Érica e Mãe Joana Viking.
 
Estes espíritos falam (ou misturam com a nossa língua) uma espécie de dialeto mágico chamado Vinlabo. 

Quando em trabalho nos terreiros os vikings são aguerridos, firmes, irônicos, sinceros e destemidos. Seus Pontos Riscados possuem espadas, serpentes, raios, animais marinhos e Runas!  Seus Pontos Cantados falam do mar, guerras, feras, ventos e tempestades.  São entidades invocadas, sobretudo, para destruir demandas, dar proteção, curar e aconselhar. Seu transe é muito intenso e profundo, exigindo do médium muita concentração e afinidade. Não aceitam mentiras e futilidades, por isso, buscam afilhados com alma guerreira e heróica. 

07 - Falange dos Médicos e Sábios:
Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por médicos e terapeutas de diversas origens.  Sob a chefia de Pai José de Arimatéia. 

ALGUNS PONTOS CANTADOS E SUA MAGIA  

Aqui reproduzo alguns Pontos Cantados, mas destaco a sua eficácia mantrica e não somente invocatória.  Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras com finalidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades para o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro.  Neste caso, os Pontos devem ser acompanhados das respectivas oferendas (veja abaixo).

PONTO DO POVO HINDU 

Para afastar energias negativas diversas.

Oferenda : velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa, verbena, etc...), colocados dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada no chão com pemba amarela.
Ory já vem,  Já vem do oriente A benção, meu pai, Proteção para a nossa gente. A benção, meu pai, Proteção para a nossa gente.

PONTO DO POVO TURCO

Para afastar os inimigos pessoais ou da religião umbandista.

Oferenda : velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes, dentro de uma estrela de cinco pontas, pentagrama, traçado no chão com pemba branca. 
Jamais ofereça bebida alcoólica a este Povo.
Tá fumando tanarim, Tá tocando maracá. Meus camaradas, ajudai-me a cantar, Ai minha gente, flor de orirí Ai minha gente, flor de orirí. Em cima da pedra Meu pai vai passear, orirí.

PONTO DO POVO ESQUIMÓ

Para afastar os inimigos ocultos e destruir forças maléficas.
 
Oferenda : velas rosas – 3, 5 ou 7, pedacinhos de peixe defumado em um alguidar, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba rosa.

Salve o Polo Norte Onde tudo tudo é gelado, Salve Povo Esquimó Que vem de Aruanda dar o recado. Salve a Groenlândia, Salve Povo Esquimó Que conhece a lei de Umbanda.

PONTO DO POVO GAULÊS

Para as lutas e necessidades do dia-a-dia.

Oferenda : velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz traçada no chão com pemba verde.
Gauleses, Oh gauleses,  Somos guerreiros gauleses. Gauleses, Oh gauleses São Miguel está chamando. Gauleses, Oh gauleses, Somos guerreiros de Umbanda, Gauleses, Oh gauleses, Vamos vencer demanda.

PONTO DO POVO ASTECA 

Para buscar a sabedoria espiritual.

Oferenda : nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba branca. 
Asteca vem, Asteca vai Nosso povo é valente, Tomba, tomba e não cai... (cantar nove vezes)

PONTO DO POVO CHINÊS

Para proteção diante de situações muito graves.

Oferendas : sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho branco, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba vermelha.
Os caminhos estão fechados Foi meu povo quem fechou, Saravá Buda e Confúcio Saravá meu Pai Xangô. Saravá Povo Chinês, Que trabalha direitinho, Saravá lei de Quimbanda, Saravá, eu fecho caminho. 

Curioso Ponto Cantado do Caboclo Timbirí – onde ele afirma sua origem japonesa. ANTIGO PONTO DE TIMBIRÍ
 
Marinheiro, marinheiro, olha as costas do mar... É o japonês, é o japonês ! Olha as costas do mar. Que vem do Oriente !


                                         Ciganos na Umbanda


Por Alexandre Cumino 


O trabalho cigano dentro da Umbanda dispensa comentários tamanha a sua beleza, gostaria apenas de transcrever as palavras de  uma “linda cigana”(entidade espiritual), chamada “Mãe Manuela de Andaluzia”, uma cigana anciã, a qual fizemos algumas perguntas sobre seu povo: 
 

O que os ciganos representam?

- A liberdade, em todos os sentidos, liberdade de um povo que não pertence a nenhuma nação. 

Qual o campo de atuação deles?

- Todos aqueles em que o coração permitir porque todos nós viemos a falar de AMOR. 

Mas tem também os ciganos de esquerda não é?

- Sim eles são os que fazem nossa guarda e um dia também irão falar de AMOR.

Como eles são (alegres, descontraídos, sérios...)?

- Cada um tem a sua natureza

- Não somos ladrões como muitos pensam, somos um povo muito místico pela origem milenar onde trazemos o conhecimento de várias nações por onde estivemos, entre nós existem muitos magos e curandeiros pois aprenderam a magia e a arte da cura para  fazerem o bem ao próximo, os ciganos se vestem sempre colorido para verem que apesar de não termos um “lar” somos muito felizes.

É difícil encontrar ciganos trabalhando em uma casa porque para trabalharmos  é necessário muita pureza e ausência de vaidade (em outra ocasião ela explicou que este era o motivo de trabalhar com um grupo tão jovem).

Temos vindo com tanta força na UMBANDA porque há entre nós espíritos que estão há milênios  esperando por uma oportunidade de ensinar o caminho que nós temos trilhado em direção ao criador e de trabalharmos a caridade através da Mediunidade . 

Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada – Junho de 2000


                      Linha e Arquétipo dos Malandros


Por Rodrigo Queiroz Ditado por Sr. José Pelintra 

“Din din din, din din din, risca o ponto!


Malandro cruzado no meio do terreiro chegou, chegou Zé Pelintra que veio do lado de lá, fumando e bebendo gritando vamos saravá!” 

Saravá a todos do lado de cá! Saravá Umbanda, o Catimbó, as Macumbas e o Candomblé! Salve aqueles que são de salve e aqueles que não o são!

De tanto que somos marginalizados por aqueles que deveriam era nos prestar reverência ou mesmo o respeito por estarmos tão próximos para o que der e vier. Nós os “malandros” do astral fomos confundidos com os marginais do além.

Para quem ainda não entendeu, os Zés da Umbanda são espíritos comuns a cada um de vocês.

Humanos por natureza, errantes, com defeitos e virtudes que na bondade do Criador podemos interagir com nossos companheiros encarnados afim de na troca de experiências agregar luz e evolução na história de cada um.

Zé Pelintras, Zé Navalha, Zé da Faca e tantos “zés” formam esta corrente ou linha de trabalho que chamamos de Linha dos Malandros. 

Justamente pela falta de informação fomos chegando na Umbanda de “fininho” na boa malandragem pra não incomodar ninguém.

Quando “batíamos na porta” de um terreiro que nos desconhecia, se era da percepção do dirigente que devíamos manifestar na linha dos exus, assim fazíamos se pensavam que éramos baianos, tudo bem, ali estávamos. 

Entre acertos e erros, contradições e tradições fomos sendo aceitos, percebidos e procurados.

No entanto engana-se aquele que pensa que surgimos do nada ou para nada, não, não.

Já bem antes da Umbanda estávamos lá comandando o Catimbó, muitos ainda estão, diria que esta é nossa origem, mas como afirmar a origem daquele que não é original, pois é, somos o retrato da miscigenação racial e cultural que impera em todos os cantos deste Brasil, terra de Deus!

Somos aclamados como Doutor, curador, conselheiro, defensor das mulheres e dos pobres.

Por outro lado também somos rechaçados e “exterminados” na consciência de alguns que insistem em nos colocar no patamar dos “demônios” e espíritos viciados e aloprados.

Ora, este que nos maldiz é aquele mesmo que nada entendeu sobre Deus e seu amor na Sua Criação!

Deixe que falem, desde que fale.  

O certo é que somos o retrato e a realidade da classe menos favorecida, somos a periferia, os menos favorecidos, os esquecidos, aqueles que se não é o jogo de cintura da criatividade humana, jamais persistiria vivendo, entende agora o que é nossa malandragem?
 
Também digo que vivemos na periferia de Deus, claro, ainda temos muito que fazer para ir até o centro.


E daí?

Tá tudo certo camarada.

Sabemos a que estamos é livres das ilusões que tanto aplaca a mente de vocês encarnados.

Olha, sabe de uma coisa?

É bom demais o lado de cá!

Dos Catimbós do Nordeste aos terreiros de Umbanda de todo Brasil!

Isso é ascensão...

Por fim camarada, tenha em mente que estamos para ajudar a quem queira.

Defendemos sim os mais pobres e sofredores, pois sabemos o que é a dor da fome e da perdição.

Secaremos sempre as lágrimas daqueles que sofrem e isso basta.

Dentro do meu chapéu levo meu mistério, na fumaça de meu charuto transporto minha magia, na gargalha encanto meu povo, no meu terno branco reflito o que sou e na minha gravata vermelha quebro o mal olhado na força de Ogum!

Para aqueles que nos abrem alas, obrigado!

Por que alguns vencem e outros não? Por Cristinatormena

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