Ex seminarista, com estudos, cursos diversos na amada UMBANDA incluindo o de teologia, praticante desde 1978; vi a necessidade de poder repassar o que aprendo todos dias, quer sejam textos, cursos, vídeos, e-books, aos que possam desejar, sem compromisso algum com quem quer que seja a não ser a DIVULGAÇÃO DE NOSSA AMADA UMBANDA. Se desejarem contato: acevangel@gmail.com
sexta-feira, 11 de março de 2016
OS FUNDAMENTOS DIVINOS DAS LINHAS DE UMBANDA SAGRADA
por Rubens Saraceni
A Umbanda, ainda que não evidencie isso à primeira vista, é uma religião muito rica em fundamentos divinos. E, se isso acontece, é porque é nova, não foi codificada totalmente e não tínhamos um indicador seguro que nos auxiliasse na decodificação dos seus mistérios.
Atualmente, quase um século após sua fundação por Zélio Fernandino de Moraes e o senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, espíritos mensageiros têm nos transmitido algumas chaves-mestras que têm aberto vastos campos para decodificarmos seus mistérios e iniciarmos sua verdadeira codificação, tornando-a tão bem fundamentada que talvez, no futuro, outras religiões recorram a estas chaves para interpretarem seus próprios mistérios.
Se não, vejamos:
1º) Na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais, formadas por espíritos incorporadores, têm nomes simbólicos.
2º) Os guias incorporadores não se apresentam com outros nomes, e só se identificam por nomes simbólicos.
3º) Todos eles são magos consumados e têm na magia um poderoso recurso, ao qual recorrem para auxiliarem as pessoas que vão aos templos de Umbanda em busca de auxílio.
4º) Um médium umbandista recebe em seus trabalhos vários guias espirituais cujas manifestações ou incorporações são tão características que só por elas já sabemos a qual linha pertence o espírito incorporado.
5º) As linhas são muito bem definidas e os espíritos pertencentes a uma linha falam com o mesmo sotaque, dançam e gesticulam mais ou menos iguais e realizam trabalhos mágicos com elementos definidos como deles e mais ou menos da mesma forma.
6º) Cada linha está ligada a alguns orixás e podemos identificar nos seus nomes simbólicos a qual dos espíritos de uma mesma linha são ligados.
7º) Isto acontece tanto com as linhas da direita quando com as da esquerda, todas regidas pelos sagrados orixás. Com isso, temos chaves importantes para avançarmos no estudo dos fundamentos da Umbanda Sagrada até chegarmos ao âmago do mistério dos seus nomes simbólicos.
Mas para chegarmos ao âmago, antes temos que saber qual é o meio ou a diretriz que nos guiará nesta busca, já que temos linhas de Caboclos, Pretos-velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Exus, Pomba-giras etc. E esta chave-mestra se chama “Fatores de Deus”.
Antes de falarmos sobre fatores ou sobre o que eles significam, precisamos abrir um pouco mais o leque de assuntos desse nosso comentário para fundamentarmos os mistérios da Umbanda Sagrada.
Voltemo-nos para a Bíblia Sagrada e nela vamos ler algo semelhante a isso: E no princípio havia o caos.
E Deus ordenou que do caos nascesse a luz, e a luz se fez. E Deus ordenou tudo e tudo foi feito segundo suas determinações verbais e o “verbo divino”, realizados por sua excelência sagrada.
Identificou nas determinações dadas por Deus a essência de suas funções ordenadoras e criacionistas. Assim explicado, o “verbo divino” é uma função e cada função é uma ação realizadora. Mas, se assim é, tem que haver um meio através do qual o verbo realizador faça sua função criadora. E esse meio não pode ser algo comum mas sim extraordinário, divino mesmo, já que é através dele que Deus realiza. E se cada verbo é uma função criadora em si mesmo, e muitos são os verbos, então esse meio usado por Deus tem que ter em si o que cada verbo precisa para se realizar enquanto função divina criadora de ações concretizadoras do seu significado excelso.
Nós sabemos que a alusão ao verbo divino na Bíblia Sagrada não teve até agora uma explicação satisfatória pelos estudiosos dela e pelos seus mais renomados intérpretes, relegando-o apenas às falas ou pronunciamentos de Deus.
Mas isto também se deve ao fato de seus intérpretes não terem atinado com a chave-mestra que abre o mistério do “verbo divino” mas que agora, de posse da Umbanda Sagrada, explica-nos tudo, desde o caos bíblico ao big-bang dos astrônomos e desde o surgimento da matéria até o estado primordial da criação, tão buscado atualmente pela física quântica.
Sim, o verbo divino e seu meio de realizar suas ações tanto está na concretização da matéria quanto no mundo rarefeito da física quântica.
E está desde a reprodução celular até a geração dos corpos celestes.
O verbo divino é a ação! E o meio que ele usa para realizar-se enquanto ação, denominamos de fatores de Deus.
Por fatores, entendam as menores coisas ou partículas criadas por Deus, e elas são vivas, e são o meio do verbo divino realizar-se enquanto ação, já que cada fator é uma ação realizadora em si mesmo e faz o que o verbo que o identifica significa.
Assim, se o verbo acelerar, significa agilizar o movimento de algo, o fator acelerador é o meio usado por Deus para acelerar o movimento ou o deslocamento do que criou e deve evoluir.
E o mesmo acontece, ainda que em sentido contrário, com o verbo desacelerar e com o seu fator identificador, que é o fator desacelerado. Já o verbo movimentar, cujo significado é dar movimento a algo, tem como meio de realizar-se enquanto ação o fator movimentador.
O mesmo acontece com o verbo paralisar, cuja função é oposta e que tem como meio de se realizar como ação o fator paralisador.
E o verbo abrir tem como meio de se realizar como ação o fator abridor. Já o verbo fechar, cuja função é oposta ao verbo abrir, tem como meio de se realizar como ação o fator fechador.
E o verbo trancar, cujo significado é o de prender, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator trancador.
E o verbo abrir, cujo significado é o de liberar, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator abridor.
E o verbo direcionar, cujo significado é dar rumo a algo, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator direcionador.
Já o verbo desviar, cujo significado é o de desviar do alvo, tem como meio de se realizar enquanto ação o fator desviador.
E o verbo gerar, cujo significado é fazer nascer algo, tem como meio de se realizar enquanto ação realizadora o fator gerador.
E o verbo esterilizar, cuja função é oposta, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator esterilizador.
E o verbo magnetizar, cujo significado e função é dar magnetismo a algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator magnetizador.
Já o verbo desmagnetizar, cuja função e significado são opostos, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator desmagnetizador.
E o verbo cortar, cujo significado e função é partir algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator cortador.
Já o verbo unir, cujo significado e função é juntar algo, tem como meio para se realizar enquanto ação o fator unidor. Muitos são os verbos e cada um é em si a ação que significa e muitos são os meios existentes no que denominamos por fatores de Deus.
Aqui, neste comentário, já citamos os verbos:
Acelerar e Desacelerar; Movimentar e Paralisar; Abrir e Fechar; Trancar e Abrir; Direcionar e Desviar; Gerar e Esterilizar; Magnetizar e Desmagnetizar; Cortar e Unir.
São poucos verbos se comparados aos muitos que existem, mas são suficientes para os nossos propósitos.
Tomemos como exemplo o verbo trancar e o fator trancador e vamos transportá-los para uma linha de trabalhos espirituais e mágicos de Umbanda, a dos Exus trancadores, onde temos estes nomes simbólicos: Exu Tranca-ruas, ligados a Ogum. Exu Tranca-tudo, ligados a Oxalá. Exu Tranca-giras, ligados a Oyá. Exu Sete Trancas, ligados a Obaluayê. Exu Tranca Fogo, ligados a Xangô. Exu Tranca Rios, ligados a Oxum. Exu Tranca Raios, ligados a Yansã. Exu Tranca Matas, ligados a Oxossi. Se o verbo trancar significa prender, e se o fator trancador é o meio pelo qual ele se realiza enquanto ação, então todo exu que tenha em seu nome simbólico a palavra tranca é um gerador desse fator e que, quando o irradia, tranca algo, certo?
E, se tomarmos o verbo abrir e o fator abridor, temos uma linha de trabalhos espirituais e mágicos de Umbanda, a dos Exus abridores, onde temos estes nomes simbólicos: Exu abre tudo – ligado a Oxalá. Exu abre caminhos – ligado a Ogum. Exu abre portas – ligado a Obaluayê. Exu abre matas – ligado a Oxossi. Exu abre tempo – ligado a Oyá.
E se tomarmos o verbo romper, aqui não citado, e o fator através do qual sua ação se realiza, temos estas linhas de trabalhos espirituais e mágicos: Ogum rompe tudo – ligado a Oxalá.
Ogum rompe matas – ligado a Oxossi. Ogum rompe nuvens – ligado a Yansã. Ogum rompe solo – ligado a Omulú. Ogum rompe águas – ligado a Yemanjá. Ogum rompe ferro – ligado a Ogum. E temos linhas de Caboclos e de Exus com estes mesmos nomes: Caboclos e Exus rompe tudo. Caboclos e Exus rompe matas. Caboclos e Exus rompe nuvens. Caboclos e Exus rompe solo. Caboclos e Exus rompe águas. Caboclos e Exus rompe ferro. Muitos são os verbos e cada um tem um meio ou fator através do qual se realiza enquanto ação.
Por isto, afirmamos que a Umbanda é riquíssima em fundamentos e não precisa recorrer aos fundamentos de outras religiões para explicar suas práticas ou os nomes simbólicos dados aos Orixás, que são as divindades realizadoras do verbo divino ou as suas linhas de trabalhos espirituais e mágicos, que são manifestadores espirituais dos mistérios do verbo divino.
Se atinarem bem para a riqueza contida no simbolismo da Umbanda Sagrada, poderão dispensar até as interpretações antigas herdadas do culto ancestral aos Orixás praticado em solo africano, porque Deus, ao criar uma religião, dota-a de seus próprios fundamentos divinos e espera que seus adeptos os descubram e os aplique à sua Doutrina e práticas, aperfeiçoando sua concepção do divino existente nos seus mistérios.
Centro de Iluminação Nosso Lar: Prece aos Anjos Guardiões e Espíritos Protetores
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Sociedade
Espiritualista Mata Virgem
CURSO BÁSICO DE PASSES MAGNÉTICOS.
O Passe
Então o Senhor Deus plasmou o homem do pó da terra, insuflou em suas narinas
o sopro da vida e o homem se tornou um ser vivo.
Gênese 2,7
E Jesus disse: ... alguém me tocou, pois sei que uma força (energia vital)
saiu de mim... ela (a mulher) disse, na presença de todos, porque ela O
tinha tocado e como fora imediatamente curada.
Lucas 8, 45-47
.... Eis que, aproximando-se um leproso, se prostrou dizendo: _ Senhor, se
queres pode limpar-me. Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: _ Quero, sê
limpo. E logo ficou limpo da sua lepra.
Mateus 8, 2-3
Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com
febre. Tomou-a pela mão e a febre a deixou...
Mateus 8, 14-15
.... Andava encurvada e não podia absolutamente levantar a cabeça. Jesus,
vendo-a, chamou-a e disse: Mulher estás livre de tua enfermidade. Impôs-lhe
as mãos, e imediatamente ficou direita...
Lucas 13, 11-13
O Passe para ser aplicado depende de vários fatores, estudaremos aqui os
principais fatores que influenciam a execução do passe.
1 - O Médium
1.1 - Preparo Físico
A saúde do médium é uma condição primordial para o bom trabalho.
Se o médium não tem saúde, como pode dá-la a outrem?
Quem é que tem o poder de dar o que não possui?
Se os fluidos saem do corpo e do Espírito do médium, é lógico que vão impregnados do que eles têm.
Para que um médium realize em boa forma a sua missão, deve estar sempre dentro de um equilíbrio perfeito, moral e físico.
Estas condições precisam ser rigorosamente observadas.
A alimentação é o primeiro passo.
Sempre em hora certa, sóbria, abstendo-se de carne pesada o mais possível, e condimentos fortes ou alimentos muito apimentados.
A carne, quando em demasia, produz na transpiração mau odor e hálito desagradável cujos fluidos
deletérios vão longe e prejudicam o bom funcionamento dos intestinos, podendo causar sérios transtornos à saúde.
O regime alimentar preferencial deve ser o vegetariano e a dieta hídrica.
Tome-se por hábito um copo d’água em jejum e outro ao deitar-se para o repouso noturno.
Isso traz ao corpo o máximo de bem-estar pela regularização, de todas as funções dos órgãos encarregados da nutrição.
Ao hábito da boa alimentação alia-se o hábito da boa respiração, a qual não deve ser viciada, como geralmente acontece.
O exercício respiratório recomendado é respirar lento, a fim de permitir a perfeita troca gasosa do sangue nos pulmões.
O trabalho diário para o ganha-pão deve também ser metodizado para que o corpo não venha a sofrer as conseqüências de um desgaste prejudicial.
O exercício cansativo é contrário às reservas de bons fluidos.
O repouso para dormir deve ser no mínimo de 7 horas por noite
para que o corpo não se ressinta de fadigas não reparadas, levando em conta
também que o excedente desta hora é supérfluo e prejudicial.
1.2 - Preparo Moral
A preparação de um bom médium curador e passista está no preparo
moral. Sem uma moral á prova das tentações inferiores, não pode, em
absoluto, haver bom médium. “Há mediunidades extraordinárias, mas poucos
médiuns extraordinários”.
Nesta parte da reforma moral, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, é um guia seguro para todos os que entram para a seara de nosso Senhor Jesus Cristo.
A doutrina dos espíritos segue os ensinamentos do Mestre Divino.
Portanto, o médium passista está na obrigação de trilhar a senda evangélica por pensamentos, palavras e obras, se quiser ser um dos “escolhidos entre os chamados”.
Mas, para que possa “ir e curar os enfermos”, tem que manter uma linha de conduta impecável, pondo o coração adiante do cérebro.
Queremos dizer, ao próximo, praticando sempre o bem, com a consciência sempre boa para com Deus, e jamais a sua boca se abra para proferir uma mentira, ainda a mais inocente que seja, porque será sempre uma mentira.
Se os fluidos saem com as qualidades da fonte de onde provieram,
os médiuns necessitam dar bons fluidos pela boa saúde e moral sã.
1.3 - Preparo Espiritual
O homem está circunscrito por um oval fluídico que constitui a própria atmosfera em que vive, refletindo os seus sentimentos e pensamentos, os quais são constantemente modificados pelas próprias vibrações.
Como também possuem a sua atmosfera os lugares onde habitamos; e ficam como depositários de nossos pensamentos. Principalmente as moradias, os locais de trabalho, objetos de uso pessoal e até mesmo os alimentos trazem as emanações de quem os manipulou, da colheita até a cozinha.
O médium curador e passista prepara-se espiritualmente pela reforma moral, reajustando bons sentimentos, pautando sua norma de vida pelos bons pensamentos, boas palavras e melhores atos na vida prática.
A elevação do espírito para esferas sublimadas está na dependência do comportamento do médium, em todos os sentidos, ou seja, como disse Paulo de Tarso, “despir o homem velho para vestir o homem novo”.
O espírito aproxima-se do Divino Mestre na proporção que vai perdendo os seus vícios perniciosos, arraigados desde milênios.
Para proceder à purificação basta lembrar que há olhos invisíveis que vigiam nossos atos, palavras e
pensamentos constantemente. Aos homens, podemos enganar, mas nunca a Deus.
2 - O Paciente
Preparo dos Pacientes
Preparar um doente para aplicação do devido tratamento espiritual é colocá-lo em estado de perfeita harmonia para com a fé em Deus.
Geralmente quem está doente tem as forças abatidas pelas perturbações que sofre e muitas vezes não é capaz nem mesmo da mais leve concentração,
Principalmente quando afetado já está o sistema nervoso. Outros há que são portadores de ligeiras alterações mentais pelas atribuições da vida cotidiana, portanto, com energia ainda insuficiente para dominar os reflexos nervosos.
O tratamento espiritual é realizado através de fluidos, e estes só atuam quando encontram sintonia vibratória entre médium e doente.
Razão por que o tratamento espiritual difere muito dos métodos empregados pelos médicos da ciência oficial.
Para estes, há os meios tangíveis os quais estão sempre à mão.
Para os médiuns os recursos partem do meio invisível.
Na medicina terrena, os doentes procuram o médico, e não o médico procura o doente. Psicologicamente isso tem grande importância para o êxito do tratamento.
Pois o doente já traz o espírito preparado, mormente se tem fé no médico.
Na medicina espiritual, tanto procuramos os necessitados como assistimos com grande proveito os que nos procuram. Certos devemos estar que os doentes que nos procuram, já estão preparados espiritualmente, o que equivale a meio caminho andado para a cura.
E nós, médiuns, não neguemos nosso concurso a quem quer que seja. O médium trabalha em qualquer parte e em todas as horas, seja de dia ou de noite.
Em todos os momentos encontra sempre oportunidade de prestar a caridade, não só aos entes humanos e espirituais, como também aos animais inferiores.
Há muito mérito na prática da caridade, mas em se tratando de um
enfermo que, por sua livre e espontânea vontade, procura a medicina
espiritual, a sua predisposição já o colocou no estado passivo, facilitando
enormemente a penetração dos fluidos curadores.
O médium não deve forçar a medicação e nem a visitação onde a recepção seja contrária aos princípios da doutrina espírita, ainda mesmo que terceiros intervenham insistentemente com pedidos de caridade, salvo se na casa houver alguém suficientemente evangelizado.
Neste caso, a intercessão será feita à distância, preparando-se assim o caminho para os descrentes
entrarem na lavoura da fé e conseqüentemente na “faixa de auxílio”.
O preparo do paciente deve observar as seguintes condições:
a) Ambiente Familiar.
b) Posição Mental do Doente
c) Estado de Receptividade Orgânica e Espiritual
d) Condição Espiritual
a) Ambiente Familiar
Como sabemos, o ambiente familiar é formado pela mentalização dos moradores no local. Dentro de uma residência, ou seja, qualquer lugar onde transite o humano, o teto, o ar respirado, as paredes e os objetos de uso pessoal estão impregnados pelos resíduos de pensamentos que emitem os
residentes, os quais podem ser bons ou maus.
Às vezes formam massas compactas escuras que seguem os emitentes como sombras que se avolumam sobre suas cabeças, não raro se engrossando pela lei de atração das que lhe são
afins.
Onde quer que se encontre o homem, com ele estão o produto de seus pensamentos,
conseqüentemente, bem ou mal assistidos pelas entidades espirituais.
Na hipótese do médium encontrar um ambiente hostil, direta ou indiretamente, a sua tarefa preliminar é pedir o auxílio dos Mentores Espirituais por intercessão ao Divino Mestre. Assim, amparado pelo Excelso Amigo, receberá a inspiração solicitada sobre como desenvolver a sua ação benéfica.
Nunca se deve contrariar a primeira intuição recebida, mormente quando ela influencia para protelar por outra oportunidade mais propícia, e a vontade do médium impele para continuar os trabalhos.
Muitas vezes são forças poderosas das trevas que estão agindo em sentido contrário e envolvem
o medianeiro nas suas malhas de fluidos pesados.
Estas perturbações de ambientes pelos maus fluidos podem ser desfeitas, limpando e deixando o ambiente completamente sanado.
Tudo depende da força mediúnica que entrar em ação.
A uma intensa vibração, partindo do íntimo piedoso do coração, no sentido de purificar o ambiente, não há maus fluidos que resistam.
Por mais densos que os maus fluidos sejam, eles se desfazem como fumaça na atmosfera. E quando isso não baste, com um só médium, faça-se o mesmo com um grupo de médiuns bem harmonizados. Semeie-se o bem e deixe-se a colheita por conta de nosso Senhor.
b) Posição Mental do Doente
A posição mental do doente é aquela onde estão os seus pensamentos, de equilíbrio ou desequilíbrio, pairando o seu estado em: receptivo, repulsivo ou neutro, isto é, indiferente e infenso ao que lhe
possa suceder, mais classificado como estado apático.
Quando deparamos com o estado mental impenetrável à doutrinação recorremos ao auxílio dos Guias
Espirituais, até que uma porta seja aberta à intervenção direta.
c) Estado de Receptividade Orgânica e Espiritual
A receptividade do doente está na sua boa disposição física e espiritual, no meio ambiente em que vive, das pessoas e coisas.
Principalmente a orientação religiosa a que está ligada a família.
d) Condição Espiritual
O estado espiritual do doente é que merece maior atenção por parte dos médiuns. Pois, é nele que se deve procurar a doença e não no corpo físico, uma vez que conhecemos a influência que o espírito exerce sobre a matéria. “Espírito são em corpo são”.
O estado espiritual é a base de todo e qualquer tratamento mediúnico dos enfermos do corpo e do espírito. O primeiro cuidado é a doutrinação evangélica até onde possam penetrar os ensinos do Mestre Jesus, coadjuvados por passes e água fluida.
Como se vê, o estudo espiritual depende do conjunto de várias providências, não esquecendo o ambiente familiar, a formação religiosa dos que estão junto ao doente e até os remédios que porventura já esteja tomando, bem como por quem vieram.
A leitura do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, diariamente, à noite, a meditação sobre os ensinos de Jesus Cristo, são fatores preponderantes no preparo espiritual do doente e de todos os da casa. Mesmo os pacientes com doenças Kármicas encontram na meditação poderoso auxílio para suportar com serenidade as provações e expiações.
3 - A Aplicação
3.1 - Os Dois Princípios Básicos do Passe
No passe, há dois princípios básicos: Limpeza e Energização.
A limpeza é necessária para remover a matéria bioplasmática doente e desvitalizada de todo o corpo ou da região afetada, e para desbloquear os canais bioplasmáticos.
É preciso notar que a parte afetada deve ser completamente limpa antes e/ou após a energização. Em casos mais sérios, todo o corpo bioplasmático deve ser limpo.
Muito freqüentemente, após a limpeza inicial,o paciente deve ser energizado, para facilitar a limpeza posterior. Este processo é muito semelhante ao de varrer, primeiro, um assoalho muito sujo,
para, depois, lavá-lo com água e sabão ou algum outro produto químico, de modo a retirar a sujeira mais grossa.
Todo o processo pode ser repetido inúmeras vezes, até que o corpo bioplasmático seja normalizado. A limpeza é necessária para facilitar a absorção de energia pela região
afetada.
O processo é semelhante àquele de se colocar café fresco numa
xícara cheia de café requentado ou de se tentar substituir a água suja de
uma esponja pingando água limpa na superfície da mesma. É um processo lento
e inútil. A energia limpa não flui facilmente para a região afetada, uma vez
que ela já está sobrecarregada de energia suja e os canais bioplasmáticos
estão bloqueados. A energia limpa também não consegue ser totalmente
absorvida pela região tratada e, devido a isso, há a forte possibilidade de
que o sintoma retorne imediatamente, ou dentro de um período curto de tempo.
Em casos simples, a limpeza do corpo bioplasmático e/ou da parte
afetada é, em geral, suficiente para curar o paciente. Em outros casos, a
região bioplasmática doente encontra-se tão exaurida, que o médium procura
facilitar o processo de cura através da energização.
3.2 - Classificação dos Passes
Quanto à origem dos fluidos administrados durante o tratamento espiritual,
podemos dividir os passes em 4 grupos:
* Passes Materiais (Magnéticos)
São aplicados pelos operadores encarnados, que a isso se dedicam, mesmo não
sendo médiuns.
Consistem na transmissão, pelas mãos ou pelo sopro, de fluido animal do
corpo físico do operador para o do doente. Sendo a maior parte das
moléstias, desequilíbrios do ritmo normal das correntes vitais do organismo,
os passes materiais tendem a normalizar esse ritmo ou despertar as energias
dormentes, recolocando-as em circulação.
Podem ser aplicados por qualquer pessoa e até por materialistas, desde que
possuam os conhecimentos necessários e capacidade de doar fluidos.
Obedecem a uma técnica determinada e, feitos empiricamente, por pessoa
ignorante, tornam-se prejudiciais, produzindo perturbações de várias
naturezas.
Assim como sucede com toda terapêutica natural, os resultados do tratamento
quase nunca são imediatos; muitas vezes só aparecem após prolongadas
aplicações e perseverante esforço, antecedidas por crises mais ou menos
intensas, e quase sempre de aspectos imprevisíveis.
Nesta exposição, os passes se aplicam nas ajudas materiais, durante as
quais, em muitos casos, os médiuns, sem perceber, doam também ectoplasma.
* Passes Mistos
São aplicados pelos médiuns e pelos espíritos simultaneamente, sem que seja
necessário para isso a incorporação no médium do espírito passista. Ocorre
apenas uma troca de energias entre o médium e o espírito, visando
combiná-las na aplicação do passe. Um médium na aplicação do passe nunca
está só.
* Passes Mediúnicos
São os realizados através da incorporação, nos médiuns, dos espíritos
passistas. O que se transfere para o necessitado não são mais fluidos
animais de encarnados, mas outros, mais finos e mais puros do próprio
Espírito operante, ou dos planos invisíveis, captados no momento.
Os espíritas normalmente utilizam pouco as ajudas materiais, da primeira
categoria, que concernem mais aos magnetizadores profissionais, e aplicam
mais amplamente os passes mediúnicos, e mistos com o auxílio dos espíritos.
* Passes Espirituais
passe dado pelos espíritos, o que está fora do alcance de nossa vista
material, chama-se Passe Espiritual, o qual é manipulado pelos espíritos
passistas com elementos do médium, ainda que este esteja à distância, dos
seus próprios fluidos ou de seus auxiliares e também de plantas medicinais.
4 – Conclusão
O Passe é um ato de caridade, e o médium é apenas um veículo pelo qual as
energias divinas auxiliam o próximo. O médium nunca deve achar que possui
“poderes curadores” próprios, podendo curar qualquer pessoa, mesmo que ela
esteja à beira da morte. Todo o “poder”, toda a energia curadora, vem de
Deus e sempre opera segundo a vontade Dele, dentro do merecimento de cada
um, e não mediante os caprichos ou às ambições de um médium orgulhoso.
Humildade é indispensável ao médium passista.
________________________________
Cristina Zecchinelli
CURSO BÁSICO DE PASSES MAGNÉTICOS.
O Passe
Então o Senhor Deus plasmou o homem do pó da terra, insuflou em suas narinas
o sopro da vida e o homem se tornou um ser vivo.
Gênese 2,7
E Jesus disse: ... alguém me tocou, pois sei que uma força (energia vital)
saiu de mim... ela (a mulher) disse, na presença de todos, porque ela O
tinha tocado e como fora imediatamente curada.
Lucas 8, 45-47
.... Eis que, aproximando-
queres pode limpar-me. Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: _ Quero, sê
limpo. E logo ficou limpo da sua lepra.
Mateus 8, 2-3
Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com
febre. Tomou-a pela mão e a febre a deixou...
Mateus 8, 14-15
.... Andava encurvada e não podia absolutamente levantar a cabeça. Jesus,
vendo-a, chamou-a e disse: Mulher estás livre de tua enfermidade. Impôs-lhe
as mãos, e imediatamente ficou direita...
Lucas 13, 11-13
O Passe para ser aplicado depende de vários fatores, estudaremos aqui os
principais fatores que influenciam a execução do passe.
1 - O Médium
1.1 - Preparo Físico
A saúde do médium é uma condição primordial para o bom trabalho.
Se o médium não tem saúde, como pode dá-la a outrem?
Quem é que tem o poder de dar o que não possui?
Se os fluidos saem do corpo e do Espírito do médium, é lógico que vão impregnados do que eles têm.
Para que um médium realize em boa forma a sua missão, deve estar sempre dentro de um equilíbrio perfeito, moral e físico.
Estas condições precisam ser rigorosamente observadas.
A alimentação é o primeiro passo.
Sempre em hora certa, sóbria, abstendo-se de carne pesada o mais possível, e condimentos fortes ou alimentos muito apimentados.
A carne, quando em demasia, produz na transpiração mau odor e hálito desagradável cujos fluidos
deletérios vão longe e prejudicam o bom funcionamento dos intestinos, podendo causar sérios transtornos à saúde.
O regime alimentar preferencial deve ser o vegetariano e a dieta hídrica.
Tome-se por hábito um copo d’água em jejum e outro ao deitar-se para o repouso noturno.
Isso traz ao corpo o máximo de bem-estar pela regularização, de todas as funções dos órgãos encarregados da nutrição.
Ao hábito da boa alimentação alia-se o hábito da boa respiração, a qual não deve ser viciada, como geralmente acontece.
O exercício respiratório recomendado é respirar lento, a fim de permitir a perfeita troca gasosa do sangue nos pulmões.
O trabalho diário para o ganha-pão deve também ser metodizado para que o corpo não venha a sofrer as conseqüências de um desgaste prejudicial.
O exercício cansativo é contrário às reservas de bons fluidos.
O repouso para dormir deve ser no mínimo de 7 horas por noite
para que o corpo não se ressinta de fadigas não reparadas, levando em conta
também que o excedente desta hora é supérfluo e prejudicial.
1.2 - Preparo Moral
A preparação de um bom médium curador e passista está no preparo
moral. Sem uma moral á prova das tentações inferiores, não pode, em
absoluto, haver bom médium. “Há mediunidades extraordinárias, mas poucos
médiuns extraordinários”
Nesta parte da reforma moral, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, é um guia seguro para todos os que entram para a seara de nosso Senhor Jesus Cristo.
A doutrina dos espíritos segue os ensinamentos do Mestre Divino.
Portanto, o médium passista está na obrigação de trilhar a senda evangélica por pensamentos, palavras e obras, se quiser ser um dos “escolhidos entre os chamados”.
Mas, para que possa “ir e curar os enfermos”, tem que manter uma linha de conduta impecável, pondo o coração adiante do cérebro.
Queremos dizer, ao próximo, praticando sempre o bem, com a consciência sempre boa para com Deus, e jamais a sua boca se abra para proferir uma mentira, ainda a mais inocente que seja, porque será sempre uma mentira.
Se os fluidos saem com as qualidades da fonte de onde provieram,
os médiuns necessitam dar bons fluidos pela boa saúde e moral sã.
1.3 - Preparo Espiritual
O homem está circunscrito por um oval fluídico que constitui a própria atmosfera em que vive, refletindo os seus sentimentos e pensamentos, os quais são constantemente modificados pelas próprias vibrações.
Como também possuem a sua atmosfera os lugares onde habitamos; e ficam como depositários de nossos pensamentos. Principalmente as moradias, os locais de trabalho, objetos de uso pessoal e até mesmo os alimentos trazem as emanações de quem os manipulou, da colheita até a cozinha.
O médium curador e passista prepara-se espiritualmente pela reforma moral, reajustando bons sentimentos, pautando sua norma de vida pelos bons pensamentos, boas palavras e melhores atos na vida prática.
A elevação do espírito para esferas sublimadas está na dependência do comportamento do médium, em todos os sentidos, ou seja, como disse Paulo de Tarso, “despir o homem velho para vestir o homem novo”.
O espírito aproxima-se do Divino Mestre na proporção que vai perdendo os seus vícios perniciosos, arraigados desde milênios.
Para proceder à purificação basta lembrar que há olhos invisíveis que vigiam nossos atos, palavras e
pensamentos constantemente. Aos homens, podemos enganar, mas nunca a Deus.
2 - O Paciente
Preparo dos Pacientes
Preparar um doente para aplicação do devido tratamento espiritual é colocá-lo em estado de perfeita harmonia para com a fé em Deus.
Geralmente quem está doente tem as forças abatidas pelas perturbações que sofre e muitas vezes não é capaz nem mesmo da mais leve concentração,
Principalmente quando afetado já está o sistema nervoso. Outros há que são portadores de ligeiras alterações mentais pelas atribuições da vida cotidiana, portanto, com energia ainda insuficiente para dominar os reflexos nervosos.
O tratamento espiritual é realizado através de fluidos, e estes só atuam quando encontram sintonia vibratória entre médium e doente.
Razão por que o tratamento espiritual difere muito dos métodos empregados pelos médicos da ciência oficial.
Para estes, há os meios tangíveis os quais estão sempre à mão.
Para os médiuns os recursos partem do meio invisível.
Na medicina terrena, os doentes procuram o médico, e não o médico procura o doente. Psicologicamente isso tem grande importância para o êxito do tratamento.
Pois o doente já traz o espírito preparado, mormente se tem fé no médico.
Na medicina espiritual, tanto procuramos os necessitados como assistimos com grande proveito os que nos procuram. Certos devemos estar que os doentes que nos procuram, já estão preparados espiritualmente, o que equivale a meio caminho andado para a cura.
E nós, médiuns, não neguemos nosso concurso a quem quer que seja. O médium trabalha em qualquer parte e em todas as horas, seja de dia ou de noite.
Em todos os momentos encontra sempre oportunidade de prestar a caridade, não só aos entes humanos e espirituais, como também aos animais inferiores.
Há muito mérito na prática da caridade, mas em se tratando de um
enfermo que, por sua livre e espontânea vontade, procura a medicina
espiritual, a sua predisposição já o colocou no estado passivo, facilitando
enormemente a penetração dos fluidos curadores.
O médium não deve forçar a medicação e nem a visitação onde a recepção seja contrária aos princípios da doutrina espírita, ainda mesmo que terceiros intervenham insistentemente com pedidos de caridade, salvo se na casa houver alguém suficientemente evangelizado.
Neste caso, a intercessão será feita à distância, preparando-se assim o caminho para os descrentes
entrarem na lavoura da fé e conseqüentemente na “faixa de auxílio”.
O preparo do paciente deve observar as seguintes condições:
a) Ambiente Familiar.
b) Posição Mental do Doente
c) Estado de Receptividade Orgânica e Espiritual
d) Condição Espiritual
a) Ambiente Familiar
Como sabemos, o ambiente familiar é formado pela mentalização dos moradores no local. Dentro de uma residência, ou seja, qualquer lugar onde transite o humano, o teto, o ar respirado, as paredes e os objetos de uso pessoal estão impregnados pelos resíduos de pensamentos que emitem os
residentes, os quais podem ser bons ou maus.
Às vezes formam massas compactas escuras que seguem os emitentes como sombras que se avolumam sobre suas cabeças, não raro se engrossando pela lei de atração das que lhe são
afins.
Onde quer que se encontre o homem, com ele estão o produto de seus pensamentos,
conseqüentemente, bem ou mal assistidos pelas entidades espirituais.
Na hipótese do médium encontrar um ambiente hostil, direta ou indiretamente, a sua tarefa preliminar é pedir o auxílio dos Mentores Espirituais por intercessão ao Divino Mestre. Assim, amparado pelo Excelso Amigo, receberá a inspiração solicitada sobre como desenvolver a sua ação benéfica.
Nunca se deve contrariar a primeira intuição recebida, mormente quando ela influencia para protelar por outra oportunidade mais propícia, e a vontade do médium impele para continuar os trabalhos.
Muitas vezes são forças poderosas das trevas que estão agindo em sentido contrário e envolvem
o medianeiro nas suas malhas de fluidos pesados.
Estas perturbações de ambientes pelos maus fluidos podem ser desfeitas, limpando e deixando o ambiente completamente sanado.
Tudo depende da força mediúnica que entrar em ação.
A uma intensa vibração, partindo do íntimo piedoso do coração, no sentido de purificar o ambiente, não há maus fluidos que resistam.
Por mais densos que os maus fluidos sejam, eles se desfazem como fumaça na atmosfera. E quando isso não baste, com um só médium, faça-se o mesmo com um grupo de médiuns bem harmonizados. Semeie-se o bem e deixe-se a colheita por conta de nosso Senhor.
b) Posição Mental do Doente
A posição mental do doente é aquela onde estão os seus pensamentos, de equilíbrio ou desequilíbrio, pairando o seu estado em: receptivo, repulsivo ou neutro, isto é, indiferente e infenso ao que lhe
possa suceder, mais classificado como estado apático.
Quando deparamos com o estado mental impenetrável à doutrinação recorremos ao auxílio dos Guias
Espirituais, até que uma porta seja aberta à intervenção direta.
c) Estado de Receptividade Orgânica e Espiritual
A receptividade do doente está na sua boa disposição física e espiritual, no meio ambiente em que vive, das pessoas e coisas.
Principalmente a orientação religiosa a que está ligada a família.
d) Condição Espiritual
O estado espiritual do doente é que merece maior atenção por parte dos médiuns. Pois, é nele que se deve procurar a doença e não no corpo físico, uma vez que conhecemos a influência que o espírito exerce sobre a matéria. “Espírito são em corpo são”.
O estado espiritual é a base de todo e qualquer tratamento mediúnico dos enfermos do corpo e do espírito. O primeiro cuidado é a doutrinação evangélica até onde possam penetrar os ensinos do Mestre Jesus, coadjuvados por passes e água fluida.
Como se vê, o estudo espiritual depende do conjunto de várias providências, não esquecendo o ambiente familiar, a formação religiosa dos que estão junto ao doente e até os remédios que porventura já esteja tomando, bem como por quem vieram.
A leitura do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, diariamente, à noite, a meditação sobre os ensinos de Jesus Cristo, são fatores preponderantes no preparo espiritual do doente e de todos os da casa. Mesmo os pacientes com doenças Kármicas encontram na meditação poderoso auxílio para suportar com serenidade as provações e expiações.
3 - A Aplicação
3.1 - Os Dois Princípios Básicos do Passe
No passe, há dois princípios básicos: Limpeza e Energização.
A limpeza é necessária para remover a matéria bioplasmática doente e desvitalizada de todo o corpo ou da região afetada, e para desbloquear os canais bioplasmáticos.
É preciso notar que a parte afetada deve ser completamente limpa antes e/ou após a energização. Em casos mais sérios, todo o corpo bioplasmático deve ser limpo.
Muito freqüentemente, após a limpeza inicial,o paciente deve ser energizado, para facilitar a limpeza posterior. Este processo é muito semelhante ao de varrer, primeiro, um assoalho muito sujo,
para, depois, lavá-lo com água e sabão ou algum outro produto químico, de modo a retirar a sujeira mais grossa.
Todo o processo pode ser repetido inúmeras vezes, até que o corpo bioplasmático seja normalizado. A limpeza é necessária para facilitar a absorção de energia pela região
afetada.
O processo é semelhante àquele de se colocar café fresco numa
xícara cheia de café requentado ou de se tentar substituir a água suja de
uma esponja pingando água limpa na superfície da mesma. É um processo lento
e inútil. A energia limpa não flui facilmente para a região afetada, uma vez
que ela já está sobrecarregada de energia suja e os canais bioplasmáticos
estão bloqueados. A energia limpa também não consegue ser totalmente
absorvida pela região tratada e, devido a isso, há a forte possibilidade de
que o sintoma retorne imediatamente, ou dentro de um período curto de tempo.
Em casos simples, a limpeza do corpo bioplasmático e/ou da parte
afetada é, em geral, suficiente para curar o paciente. Em outros casos, a
região bioplasmática doente encontra-se tão exaurida, que o médium procura
facilitar o processo de cura através da energização.
3.2 - Classificação dos Passes
Quanto à origem dos fluidos administrados durante o tratamento espiritual,
podemos dividir os passes em 4 grupos:
* Passes Materiais (Magnéticos)
São aplicados pelos operadores encarnados, que a isso se dedicam, mesmo não
sendo médiuns.
Consistem na transmissão, pelas mãos ou pelo sopro, de fluido animal do
corpo físico do operador para o do doente. Sendo a maior parte das
moléstias, desequilíbrios do ritmo normal das correntes vitais do organismo,
os passes materiais tendem a normalizar esse ritmo ou despertar as energias
dormentes, recolocando-
Podem ser aplicados por qualquer pessoa e até por materialistas, desde que
possuam os conhecimentos necessários e capacidade de doar fluidos.
Obedecem a uma técnica determinada e, feitos empiricamente, por pessoa
ignorante, tornam-se prejudiciais, produzindo perturbações de várias
naturezas.
Assim como sucede com toda terapêutica natural, os resultados do tratamento
quase nunca são imediatos; muitas vezes só aparecem após prolongadas
aplicações e perseverante esforço, antecedidas por crises mais ou menos
intensas, e quase sempre de aspectos imprevisíveis.
Nesta exposição, os passes se aplicam nas ajudas materiais, durante as
quais, em muitos casos, os médiuns, sem perceber, doam também ectoplasma.
* Passes Mistos
São aplicados pelos médiuns e pelos espíritos simultaneamente, sem que seja
necessário para isso a incorporação no médium do espírito passista. Ocorre
apenas uma troca de energias entre o médium e o espírito, visando
combiná-las na aplicação do passe. Um médium na aplicação do passe nunca
está só.
* Passes Mediúnicos
São os realizados através da incorporação, nos médiuns, dos espíritos
passistas. O que se transfere para o necessitado não são mais fluidos
animais de encarnados, mas outros, mais finos e mais puros do próprio
Espírito operante, ou dos planos invisíveis, captados no momento.
Os espíritas normalmente utilizam pouco as ajudas materiais, da primeira
categoria, que concernem mais aos magnetizadores profissionais, e aplicam
mais amplamente os passes mediúnicos, e mistos com o auxílio dos espíritos.
* Passes Espirituais
passe dado pelos espíritos, o que está fora do alcance de nossa vista
material, chama-se Passe Espiritual, o qual é manipulado pelos espíritos
passistas com elementos do médium, ainda que este esteja à distância, dos
seus próprios fluidos ou de seus auxiliares e também de plantas medicinais.
4 – Conclusão
O Passe é um ato de caridade, e o médium é apenas um veículo pelo qual as
energias divinas auxiliam o próximo. O médium nunca deve achar que possui
“poderes curadores” próprios, podendo curar qualquer pessoa, mesmo que ela
esteja à beira da morte. Todo o “poder”, toda a energia curadora, vem de
Deus e sempre opera segundo a vontade Dele, dentro do merecimento de cada
um, e não mediante os caprichos ou às ambições de um médium orgulhoso.
Humildade é indispensável ao médium passista.
____________
Cristina Zecchinelli
VAMOS RELEMBRAR O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS EM NOSSA AMADA UMBANDA????
DE UMBANDA
Posted on Julho 21st, 2007.
Dicionário de Umbanda
A
ABAÇÁ - Templo, tenda, terreiro de Umbanda
ABACÊ - Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto Gegê
ABADÁ - É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.
ABALÁ - Comida muito semelhante ao acarajé.
ABAÔ - Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de Umbanda
ABARÁ - Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.
ABEDÊ - É o leque de Oxum, quando feito de latão.
ABÔ dos AXÉS - Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro.
ABRIR A GIRA - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.
ABROQUE - É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.
ACAÇÁ - Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.
ACARAJÉ - Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.
ACENDE CANDEIA - Planta muito utilizada para banos conhecida também como Candeia-Mucerengue
ACHOCHÔ - Nome dado à uma comida de Oxossi
ADARRUM - É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.
ADEJÁ - É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro.
AGÔ - Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.
AGURÊ - Toque em ritmo muito lento para chamar Iansã
AIA - Toalha branca para uso em terreiro
AIOCÁ - Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.
AIUKÁ - Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).
AJUCÁ - É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.
ALDEIA - Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação.
AMACI - Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da “lavagem de cabeça”.
AMACI-NI-ORY - Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos mediuns (ritual equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé).
AMALÁ - Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá.
AMOLOCÔ - Comida de Oxum.
AMPARO - Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.
ANGOMBA - É a designação para um segundo atabaque.
APARELHO. Médium
ARAUANÃ - Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.
ARIAXÉ - Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.
ARIMBÁ - Pote de barro para guardar o azeite-de-dendê
ARIPÓ - Panela muito semelhante ao alguidar de barro
ARUANDA - Céu, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.
ARUÊ - Espírito desencarnado
ASSENTAMENTO DE ORIXÁ - E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.
ASSENTO - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.
AXÉ - É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina.
AXEXÊ - Cerimônia funebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.
AXOGUM - Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.
AZÊ - Capuz de palha. Ornamento da roupa de Omulu
AZEITE-DE-DENDÊ - Óleo bahiano extraíado do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.
B
BABALAÔ - Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (masculino)
BABUGEM - Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro. Estes restos devem ser jogados sobre o telhado do terreiro ou despachado em alguidares, dependendo do ritual.
BACURO DE PEMBA - Filho de Santo.
BAIXAR - Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designia que toda entidade que vem do Céu, ou seja, de Aruanda, baixe do céu para a Terra.
BALANGANDÃ - Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.
BALÊ - Casa dos Espíritos mortos (desencarnados)
BANDA - Termo utilizado para dizer em qual linhagem está ligado a Entidade.
BARRACÃO - Local de ritual, terreno, o terreiro fisicamente propriamente dito. O lugar principal do terreiro.
BASTÃO-DE-OGUM - Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.
BATER-CABEÇA - Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Consiste em abaixar-se aos pés do congar(altar) ou a uma Entidade Espiritual e tocar sua cabeça ao chão, aos seus pés. Representa respeito e humildade.
BATER PARA O SANTO - ato de percutir os atabaques usando o ritmo especial de determinado orixá.
BEJA - Cerveja branca.
BENTINHOS - Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.
BETULÉ - Machado feito de pedra e de bambú para designação de Xangô.
BILONGO - Amuleto muito usado por caçadores para proteção
BOLAR NO SANTO - início incompleto de transe que ocorre com os médiuns não preparados.
BOMBO-GIRA - O mesmo que exu Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo.
BORÍ - ato pelo qual filho de santo oferece sua cabeça ao orixá. Termo usado também cujo significado é cabeça.
BOTAR NA MESA - Quando um médium atente particularmente um consulente e através de um oracúlo (principalmente as cartas) procede a consulta e a orientação espiritual.
C
CABAÇA - Vaso feito do fruto maduro do cabaceiro depois de esvaziado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água).
CABAIA - Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.
CABEÇA-FEITA - Denominação do médium desenvolvido e que já foi cruzado no terreiro, tendo já definido seu Orixá de cabeça. Médium que já passou pelo ritual do amaci.
CAIR NO SANTO - Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.
CALUNGA - Cemitério
CALUNGA GRANDE - Oceano, mar.
CAMBONO ou CAMBONE - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que teve o necessário desenvolvimento para poder auxiliar e entender os Guias nas necessidades das sessões. Auxiliar de culto.
CAMOLETE - Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituais
CAMUCITÊ - Nome dado ao altar, congar ou pegi.
CANJIRA - Lugar onde são realizados algumas danças religiosas.
CANZUÁ ou CAZUÁ de QUIMBÉ - Terreiro, casa, tenda espiritual.
CATERETÊ - Designação de um ritual do Estado do Maranhão
CATULÁ - Termo usado em sessão que significa anular um trabalho maléfico.
CAVALO - Médium dos Guias de Umbanda.
CENTRO - terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.
CHEFE DE CABEÇA - É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo.
COISA FEITA - Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.
CONGAR - Altar, pegi
CORPO FECHADO - Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.
CORREDOR DE GIRAS - Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.
CREDO-EM-CRUZ - Interjeição que traduz espanto, admiração e repulsa.
CURIAU - Comida de Santo, despacho.
CURIMBA - Conjunto de instrumentos musicais do terreiro. Os instrumentos que compõe uma curimba pode ser atabaques, tambor, agogôs, chocalhos, berimbau, violões, etc. Curimba é a orquestra de um terreiro.
D
DANDÁ - Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.
DANDALUNDA - Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO - Quer dizer o oferecimento de alimentos aos orixás, seja como parte do ritual, como pagamento de algum favor recebido.
DECÁ - Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha (Candomblé)
DESCIDA - quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium
DESMACHE - Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de Xangô
DESMANCHAR TRABALHOS - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.
DESPACHAR - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.
DESPACHO - Anular um trabalho, desmanchar trabalhos de magia negra.
DIA DE OBRIGAÇÃO - É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
DILONGA - Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de Ogum.
DOBALÊ - É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.
DOLOGUM ou DILOGUM - Guia com 16 fios
E
EBAME ou EBAMI - Filha de Santo com mais de 7 anos.
EBI - Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.
EBIANGÔ - Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.
EBIRI - Símbolo de Oxumaré
EBÔ - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.
EBÓ - Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido (cruzado) por um Guia.
EBOMIM - Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.
EGUNGUN - Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espiritos Protetores.
EGUNS - Espíritos desencarnados. Almas.
EJILÉ - Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.
EKEDI ou EQUÉDE - São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.
ELEDÁ - Anjo da Guarda
ELEGBÁ - Espírito Maléfico
ENCANTADO - Ser que não morreu, foi arrebatada.
ENCOSTO - Espírito que consciente ou inconsciente, aproxima-se da pessoas vivas, prejudicando em diversos setores da sua vida (econômica, saúde, pessoal, familiar, amorosa).
ENCRUZAR - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião
ENDÁ - Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura.
ERÊ - Espírito infantil. Criança
ERÓ - Segredos e Ensinamentos revelados aos médiuns no terreiro em seu desenvolvimento.
ERUEXIM - Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por Iansã
ESPIRITISMO DE LINHA - Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.
ESPIRITISMO DE MESA - Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.
EXÊS - Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.
F
FALANGE - Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.
FALANGEIRO - Chefe de falange. Guia Chefe.
FAZER MESA - Abrir a sessão, abrir a gira.
FAZER OSSÊ - Cerimonia semanal que consiste no oferecimento de alimento e/ou bebida preferida dos Orixás.
FECHAR A GIRA - Encerrar os trabalhos no terreiro.
FECHAR A TRONQUEIRA - Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
FEITO - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.
FEITO DE SANTO - Iniciação do desenvolvimento de um médium.
FEITA(O) NO SANTO - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.
FILHO DE FÉ - Denominação para adeptos da Umbanda
FILHO OU FILHA DE SANTO - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.
FIRMAR A PORTEIRA - É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada. Esse trabalho pode ser simbolizado por um ponto riscado na tronqueira, uma vela acesa, conforme critério do terreiro.
FIRMAR O PONTO - Concentração coletiva que se consegue cantando um ponto puxado pelo Guia responsável pelos trabalhos. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.
G
GANZÁ - Instrumento musical.
GARRAFADA - Remédio preparado por Pai/Mae de Santo, o qual consiste numa maceração de vegetais em aguardente. A preparação dos ingredientes são puramente naturais.
GIRA - Corrente espiritual. Caminho.
GONGÁ - O mesmo que congar. Altar dos santos católicos e orixás africanos.
GUIA - conta de miçangas ou de cristal ou mesmo de porcelana, da cor especial do Orixá ou Entidade Espiritual que representa e identifica. Pode também significar o próprio orixá, quando se trata de um preto-velho, caboclo, bahiano, boiadeiro ou marinheiro.
H
HALO - Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação.
HOMEM DAS ENCRUZILHADAS - Exú
HUMULUCU - Comida Africana feita de feijão fradinho, azeite-de-dendê e diversos temperos. Também conhecida como Omolocum.
I
IABÁ - Cozinheira que conhece e prepara as comidas dos Orixás. Cozinheira do culto.
IALORIXÁ - Designação dada a qualquer mãe-de-santo.
IAÔ - Médium feminino no primeiro grau de desenvolvimento do terreiro.
IJEXÁ - Ritual africano. Os adeptos do Ijexá temem os mortos e apressam-se em expulsá-los dos terreiros.
IORUBÁS - Negros africanos que falam a linguagem nagô.
IR PARA A RODA - Uma frase que traduz o desenvolvimento da mediunidade na corrente.
ITÁ DE XANGÔ - Pedra caída junto com o raio.
J
JABONAN - Assim chamada a auxiliar da Babá.
JACULATÓRIA - Oração curta. Reza resumida e fervorosa.
JACUTÁ - Denominação de altar. Casa do santo.
JESUS - Oxalá
JIBONAN - Designação do fiscal de trabalhos do terreiro.
JUREMA - Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. Local onde todos os caboclos ficam espiritualmente.
K
KAÔ - Saudação de Xangô. Salve! Viva!
KARDECISMO - Um dos pontos básicos em que se fundamentam todas as teorias espiritualistas. Decodificação do Espiritismo por Alan Kardec, de onde originaria o nome Kardecismo.
KARMA - É a conseqüência de vidas passadas, as quais dirigem a presente e organizam as futuras encarnações.
KAURIS - Búzios, utilizados no jogo do delogum. Outrora também serviram de dinheiro na Africa.
KIBANDA ou KIMBANDA - No termo, significa KIM (gênio do mal) para BANDA (lado), ou seja, Kimbanda ou Kibanda significa o Lado do Mal. Também conhecido como culto de magia negra, neles trabalham exus-zombeteiros, espíritos vingativos, enfim todos os espíritos que não aceitam Doutrinação Divina e estão ainda ligados ao lado material.
KIUMBA - Espírito maléfico e obssessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro.
L
LAÇAR O COBRERO - É assim chamada a oração que se escreve com tinta em volta do “cobrero” para fins curativos.
LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA - Além do capim e da miçanga, assim também são conhecidas as contas de semente dessa planta para confecção de terços, guias e outros objetos.
LANCATÉ DE VOVÔ - É o mesmo nome por que é conhecida a igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador - Bahia.
LAVAGEM DE CABEÇA - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congar.
LINHA - União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.
LINHA BRANCA - Linha de Guias que não cruzam com a linha da esquerda.
LINHA CRUZADA - É quando se unem duas ou mais linhas com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro. Normalmente esse cruzamento se dá com um guia da direita com um da esquerda.
M
MACAIO - Coisa ruim e sem nenhum valor.
MACUMBA - Termo antigo que se denominava aos cultos dos escravos nas senzalas. Candomblé. Depois esse termo passou a ser vulgar e tornou-se como feitiço ou culto de feiticeiros.
MACUMBADO - enfeitiçado
MADRINHA - O mesmo que Mãe de Santo, Babá.
MÃE D´ÁGUA - Iemanjá.
MÃE de SANTO - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.
MÃE PEQUENA - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe de Santo. Auxiliar das iniciandas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.
MALEME ou MALEIME - Pedido de socorro, de clemencia, de auxilo ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de canticos ou preces pedindo perdão.
MANIFESTAÇÃO - Quando o corpo do médium é tomado por um Guia. Conhecido também como transe mediúnico, incorporação.
MARAFA ou MARAFO - aguardente, cachaça.
MAU OLHADO - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.
MESA BRANCA - Trabalhos no terreiro quando há incorporação apenas de médicos e enfermeiras.
MEISINHA - Despacho, mandinga, trabalho.
MIRONGA - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espiritos Nagôs.
MISTIFICAÇÃO - É o mais importante dos casos do falso espiritismo, pois constitui um recurso muito empregado por falsos médiuns, ou pessoas de má fé, com a finalidade de auferirem vantagens pecuniárias e aumentarem sua fama e sua vaidade.
MUCAMBA - O mesmo que cambone.
MUZAMBÊ - Forte, vigoroso.
N
NAGÔ - Nome dado aos escravos originários do Sudão, na África. Considera-se nagô como a religião do antigo reino de Iorubá.
NIFÉ - Fé, crença na lingua iorubá
NOMINA - Oração que é guardada num saquinho e pendurada no pescoço como amuleto para proteção. Patuá.
NURIMBA - Bondade, amor e caridade.
O
OBASSABÁ - O mesmo que abençoar, benzer.
OBASSALÉA - O mesmo que obassabá.
OBATALÁ - Céu. Abóbada celeste. Deus
OBRIGAÇÕES - Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações feitas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte de um ritual do desenvolvimento mediúnico.
OBSEDIAR - Perseguir. Ação pela qual os espíritos perturbados que prejudicam as pessoas levando a situações econômicas difíceis, loucura, etc.
OBSSESSOR - Espírito pertubador ou zombeteiro que prejudica as pessoas.
ODÉ - Oxossi. Oxossi mais velho.
ODÔ, IÁ - Saudação de Iemanjá
OFÃ - Médium responsavel pela colheita e seleção das ervas nos rituais.
OGÃ - Auxiliar nas sessões do terreiro. Ogã pode ser um protetor de Terreiro ou como um Chefe das Curimbas. Ambos tem o mesmo grau hierarquico.
OIÁ - Outro nome conhecido por Iansã
OKÊ - Saudação aos Caboclos. Diz-se assim : Okê Caboclo! Okê Oxossi.
OLHO-DE-BOI - Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).
OLHO GRANDE - Mau Olhado, inveja, malefício, quebranto.
OLORUM - Deus Supremo.
OMOLOCÔ - Culto de origem angolense.
OPELÊ DE IFÁ - Rosário deito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro.
ORAÇÃO FORTE - Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de todos os males.
ORIXÁ - Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espirito puro. Santo.
OTÁ - pedra ritual, elemento e objeto sagrado e secreto do culto.
P
PADÊ - Despacho para Exú no início das sessões ou festas, constando alimentos, bebidas, velas, flores e outras oferendas, a fim de que os mesmos afastem as perturbações nas cerimonias.
PADRINHO - pai-de-santo, Chefe de Terreiro.
PAI-DE-SANTO - Zelador do Santo, Chefe de Gira, Chefe de Mesa, Chefe do Terreiro. Médium e conhecedor perfeito de todos os detalhes para o bom andamento de uma sessão.
PALINÓ - Cântico ou poema em louvor a Iemanjá
PÃO BENTO - Pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. É utilizado em inúmeros trabalhos para diversas finalidades. Há trabalhos com pão e vela benta para se localizar num rio ou no mar o corpo de uma pessoa afogada, por exemplo.
PARAMENTO(s) - Roupas e objetos utilizados em cerimônias do ritual religioso.
PATUÁ - Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.
PAXORÔ - Instrumento simbólico de Oxalá usado pelos pais-de-santo em trabalhos.
PEDRA-DE-RAIO - Meteorito, Fetiche de Xangô , itá
PEJI - altar, congar.
PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto.
PIPOCA - comida de Omulu/Obaluaê. Grão de milho arrebentado na areia quente para ser utilizado em descarrego. Descarrego de Pipoca.
PIRIGUAIA - Variedade de búzio.
PONTOS CANTADOS - Os pontos cantados na Umbanda são preces e a invocação das falanges e Linhas, chamando-as ao convívio das reuniões e no auxilio dos que buscam caridade. Assim, como toda a religião tem seus canticos, a Umbanda usa seus pontos cantados, dos quais, não se deve abusar. Esses hinos representam e atraem forças das Falanges, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Pontos cantados não devem ser deturpados, ou modificados, para que sua força não se altere, uma vez alterado o efeito não será o mesmo, podendo até ser prejudicial.
PONTOS RISCADOS - São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.
PORTEIRA - Entrada de terreiro.
Q
QUARÔ - Flor chamada Resedá possuidora de notáveis virtudes mágicas e grandemente empregada em banhos e defumações.
QUEBRANTO - Mau olhado, feitiço, coisa feita. Normalmente atinge mais crianças pagãs, mas pode atingir também crianças batizadas e adultos. O quebranto é cortado com benzimento.
QUEBRAR DEMANDA ou QUEBRAR AS FORÇAS - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.
QUEBRAR PRECEITO - Desrespeitar as regras e hábitos estabelecidos no ritual do desenvolvimento ou dos trabalhos.
QUEZILA, QUEZíLIA ou QUIZILA - Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.
QUIUMBA - Espírito obsessor e pertubador. Zombeteiro.
R
RAÚRA - Cambone. Auxiliar nos trabalhos do terreiro.
RECEBER O SANTO - incorporar. Entrar em estado de transe com o Guia ou Orixá
REDENTOR - Jesus Cristo
REINOS - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos : Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etc
RESPONSO - Oração em latim para determinado santo para se conseguir uma graça.
ROÇA - terreiro, centro.
S
SACUDIMENTO - Ato de realizar limpeza, lavagem e varredura do terreiro e/ou seus filhos. Descarrego.
SAÍDA de IAÔ - cerimônia de inciação do filho-de-santo no candomblé ou no culto Omolokô.
SANTERIA - nome da religião na América Latina. Religião irmã do Candomblé
SAL (GROSSO) - Empregado sob diversas modalidades nos terreiros, principalmente como banho de descarrego. Ou como descarrego do local com um copo de água e sal atras da porta.
SALUBÁ - Saudação de Nanã
SARAVÁ - Saudação umbandista que corresponde a Salve! Viva!
SEREIA DO MAR - Janaína, princesa d´água. Pode representar também como Iemanjá dentro de um contexto.
SINCRETISMO - Fenômeno de identificação dos orixás com os Santos Católicos.
A
ABAÇÁ - Templo, tenda, terreiro de Umbanda
ABACÊ - Cozinheira que prepara as comidas de Santo, no culto Gegê
ABADÁ - É o nome dado a uma túnica larga e de mangas compridas, usada nos terreiros pelos homens.
ABALÁ - Comida muito semelhante ao acarajé.
ABAÔ - Quer dizer um iniciando do sexo masculino, desenvolvendo-se mediunicamente no terreiro de Umbanda
ABARÁ - Comida dos pretos africanos como seja bolo de feijão, que vem enrolando em folha de bananeira.
ABEDÊ - É o leque de Oxum, quando feito de latão.
ABÔ dos AXÉS - Água contendo ervas maceradas, não cozidas, e sangue de animas sacrificados no terreiro.
ABRIR A GIRA - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.
ABROQUE - É um manto usando somente pelas mulheres durante uma sessão.
ACAÇÁ - Comida originária da África, com aparência de bolo de angu de arroz.
ACARAJÉ - Comida de santo feita na base de feijão fradinho com pimenta malagueta e outros temperos. Comida de Iansã.
ACENDE CANDEIA - Planta muito utilizada para banos conhecida também como Candeia-Mucerengue
ACHOCHÔ - Nome dado à uma comida de Oxossi
ADARRUM - É o toque feito seguidamente pelos atabaques quando da invocação dos protetores para incorporarem nos mediuns.
ADEJÁ - É uma campainha (sino) usada nas cerimônias de terreiro.
AGÔ - Significa pedir licença ou permissão, em outros momentos em que este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo.
AGURÊ - Toque em ritmo muito lento para chamar Iansã
AIA - Toalha branca para uso em terreiro
AIOCÁ - Referente a Iemanjá e ao fundo do mar. Ver AIUKÁ.
AIUKÁ - Fundo do mar. Também se diz os domínios de Iemanjá (Rainha do Aiuká).
AJUCÁ - É a festa da Cabocla Jurema entre os capangueiros. Nessa festa há defumações no terreiro, bebidas e comidas, tudo com a finalidade de duplicar a proteção no terreiro e gerar mais fartura nas casas dos filhos de fé.
ALDEIA - Povoado de índios. Tratando-se de terreiros, esta palavra quer dizer a moradia dos espíritos de caboclos na Aruanda.
ALGUIDAR - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação.
AMACI - Líquido preparado com o suco de diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para a o ritual da “lavagem de cabeça”.
AMACI-NI-ORY - Cerimonia da lavagem (feitura) de cabeça dos mediuns (ritual equivalente a raspagem de cabeça no Candomblé).
AMALÁ - Comida de Santo. Também se denomina a todo ritual que o umbandista ao manipular alimento deve dispensar atenção, amor e especial carinho, fazendo por completo a Homenagem ao Orixá.
AMOLOCÔ - Comida de Oxum.
AMPARO - Chicote sagrado usado especialmente para afastar espíritos atrasados e maléficos.
ANGOMBA - É a designação para um segundo atabaque.
APARELHO. Médium
ARAUANÃ - Dança ritual africanista para quebrar demandas e trazer alegrias.
ARIAXÉ - Banho preparado com ervas e folhas. Esse banho consta mais de 21 diferentes espécies de vegetais. Preparado somente pelo próprio chefe de terreiro.
ARIMBÁ - Pote de barro para guardar o azeite-de-dendê
ARIPÓ - Panela muito semelhante ao alguidar de barro
ARUANDA - Céu, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado.
ARUÊ - Espírito desencarnado
ASSENTAMENTO DE ORIXÁ - E o lugar no pegi onde é colocada a representação de Orixá, ou do seu fetiche, ponto riscado, etc.
ASSENTO - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.
AXÉ - É a força mágica do terreiro representada pelo segredo composto de diversos objetos pertencentes as linhas e falanges. Força bendita e divina.
AXEXÊ - Cerimônia funebre iorubana. Semelhança com a missa de 7º dia católica.
AXOGUM - Nome dado ao encarregado de sacrificar animas quando não é feito pelo Chefe do Terreiro. Muito comum nos cultos de candomblé nagô.
AZÊ - Capuz de palha. Ornamento da roupa de Omulu
AZEITE-DE-DENDÊ - Óleo bahiano extraíado do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.
B
BABALAÔ - Pai-de-Santo. Chefe de terreiro. (masculino)
BABUGEM - Restos de comidas e bebidas que sobram no terreiro. Estes restos devem ser jogados sobre o telhado do terreiro ou despachado em alguidares, dependendo do ritual.
BACURO DE PEMBA - Filho de Santo.
BAIXAR - Termo que quer dizer incorporação das Entidades/Orixás nos médiuns. Esse termo designia que toda entidade que vem do Céu, ou seja, de Aruanda, baixe do céu para a Terra.
BALANGANDÃ - Enfeites e ornamentos. Podem também ser amuletos.
BALÊ - Casa dos Espíritos mortos (desencarnados)
BANDA - Termo utilizado para dizer em qual linhagem está ligado a Entidade.
BARRACÃO - Local de ritual, terreno, o terreiro fisicamente propriamente dito. O lugar principal do terreiro.
BASTÃO-DE-OGUM - Espécie vegetal de espada-de-São-Jorge.
BATER-CABEÇA - Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Consiste em abaixar-se aos pés do congar(altar) ou a uma Entidade Espiritual e tocar sua cabeça ao chão, aos seus pés. Representa respeito e humildade.
BATER PARA O SANTO - ato de percutir os atabaques usando o ritmo especial de determinado orixá.
BEJA - Cerveja branca.
BENTINHOS - Escapulário que traz pendurado no pescoço e contém orações, rezas e figuras de santos. Patuá.
BETULÉ - Machado feito de pedra e de bambú para designação de Xangô.
BILONGO - Amuleto muito usado por caçadores para proteção
BOLAR NO SANTO - início incompleto de transe que ocorre com os médiuns não preparados.
BOMBO-GIRA - O mesmo que exu Pomba-Gira. Denominação de Pomba-Gira em Congo.
BORÍ - ato pelo qual filho de santo oferece sua cabeça ao orixá. Termo usado também cujo significado é cabeça.
BOTAR NA MESA - Quando um médium atente particularmente um consulente e através de um oracúlo (principalmente as cartas) procede a consulta e a orientação espiritual.
C
CABAÇA - Vaso feito do fruto maduro do cabaceiro depois de esvaziado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água).
CABAIA - Assim é denominado uma túnica de mangas largas utilizada por médiuns e/ou cambones.
CABEÇA-FEITA - Denominação do médium desenvolvido e que já foi cruzado no terreiro, tendo já definido seu Orixá de cabeça. Médium que já passou pelo ritual do amaci.
CAIR NO SANTO - Transe mediúnico de quem ainda não está preparado para incorporar.
CALUNGA - Cemitério
CALUNGA GRANDE - Oceano, mar.
CAMBONO ou CAMBONE - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que teve o necessário desenvolvimento para poder auxiliar e entender os Guias nas necessidades das sessões. Auxiliar de culto.
CAMOLETE - Lenço branco de tamanho grande colocado na cabeça dos médiuns durante alguns rituais
CAMUCITÊ - Nome dado ao altar, congar ou pegi.
CANJIRA - Lugar onde são realizados algumas danças religiosas.
CANZUÁ ou CAZUÁ de QUIMBÉ - Terreiro, casa, tenda espiritual.
CATERETÊ - Designação de um ritual do Estado do Maranhão
CATULÁ - Termo usado em sessão que significa anular um trabalho maléfico.
CAVALO - Médium dos Guias de Umbanda.
CENTRO - terreiro, tenda de Umbanda, cazuá.
CHEFE DE CABEÇA - É um dos nomes como é designado o Guia-Chefe do médium de terreiro que tenha sido desenvolvido e cruzado no mesmo.
COISA FEITA - Quer dizer trabalho feito para levar o mal a alguém, despacho maléfico, feitiço, bruxaria.
CONGAR - Altar, pegi
CORPO FECHADO - Nenhum espírito maléfico pode incorporar no médium, ou nenhum espírito pode trazer o mal a pessoa que tem o corpo fechado.
CORREDOR DE GIRAS - Freqüentador que passa por vários terreiros, sem ter firmado compromisso espiritual com nenhum deles.
CREDO-EM-CRUZ - Interjeição que traduz espanto, admiração e repulsa.
CURIAU - Comida de Santo, despacho.
CURIMBA - Conjunto de instrumentos musicais do terreiro. Os instrumentos que compõe uma curimba pode ser atabaques, tambor, agogôs, chocalhos, berimbau, violões, etc. Curimba é a orquestra de um terreiro.
D
DANDÁ - Vegetal, espécie de capim, que exsuda um odor, muito usado em trabalhos, como banho e defumações em ritual de Umbanda.
DANDALUNDA - Outro nome dado a Janaína, Iemanjá, ou Mãe Dandá.
DAR COMIDA AO SANTO - Quer dizer o oferecimento de alimentos aos orixás, seja como parte do ritual, como pagamento de algum favor recebido.
DECÁ - Bracelete ritual que o filho-de-santo recebe após sete anos de sua primeira saída da camarinha (Candomblé)
DESCIDA - quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium
DESMACHE - Espécie de muleta usada em alguns terreiros como instrumento de Xangô
DESMANCHAR TRABALHOS - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.
DESPACHAR - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.
DESPACHO - Anular um trabalho, desmanchar trabalhos de magia negra.
DIA DE OBRIGAÇÃO - É o dia de sessão quando os médiuns e os consulentes observam certos atos do ritual umbandista e cumprem tudo quanto lhes é determinado pelos Guias.
DILONGA - Prato que representa uma das ferramentas, ou melhor, um dos utensílios de Ogum.
DOBALÊ - É assim chamada a saudação dos médiuns que possuem guias femininos.
DOLOGUM ou DILOGUM - Guia com 16 fios
E
EBAME ou EBAMI - Filha de Santo com mais de 7 anos.
EBI - Serpente que é representada por um ferro retorcido, fazendo parte da ferramenta de Xangô, colocada junto com o machado.
EBIANGÔ - Planta muito usada pelos negros em amuletos e que é tida como portadora de virtudes mágicas, como por exemplo, afastar espíritos maléficos.
EBIRI - Símbolo de Oxumaré
EBÔ - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.
EBÓ - Líquido com vários vegetais não fermentados, sendo preparado para diversos casos: Banhos, banhos para a cabeça, limpeza de ambiente, etc.. Cada ebó tem um preparo diferente para cada situação diferente. Antes de ser usado, é benzido (cruzado) por um Guia.
EBOMIM - Designação do médium feminino quando conta mais de 7 anos desenvolvimento.
EGUNGUN - Materialização de encarnados. Aparição. Evocação de Ancestrais e Espiritos Protetores.
EGUNS - Espíritos desencarnados. Almas.
EJILÉ - Pomba que é destinada ao sacrifício com a finalidade de ser empregada em algum trabalho.
EKEDI ou EQUÉDE - São as auxiliares femininas das Mães-Pequenas. Ekedis não incorporam, mas tem autoridade sobre as Entidades como uma Mãe Pequena.
ELEDÁ - Anjo da Guarda
ELEGBÁ - Espírito Maléfico
ENCANTADO - Ser que não morreu, foi arrebatada.
ENCOSTO - Espírito que consciente ou inconsciente, aproxima-se da pessoas vivas, prejudicando em diversos setores da sua vida (econômica, saúde, pessoal, familiar, amorosa).
ENCRUZAR - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião
ENDÁ - Diz-se a coroa imaterial que acompanha o médium em desenvolvimento após a iniciação. Sinônimo de aura.
ERÊ - Espírito infantil. Criança
ERÓ - Segredos e Ensinamentos revelados aos médiuns no terreiro em seu desenvolvimento.
ERUEXIM - Rabo de cavalo, espécie de espanador usado por Iansã
ESPIRITISMO DE LINHA - Designação dada a Umbanda e as sessões no terreiro.
ESPIRITISMO DE MESA - Designação dada a Umbanda nas sessões de cura por médicos incorporados.
EXÊS - Partes dos animais sacrificados para serem oferecidos aos Orixás.
F
FALANGE - Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.
FALANGEIRO - Chefe de falange. Guia Chefe.
FAZER MESA - Abrir a sessão, abrir a gira.
FAZER OSSÊ - Cerimonia semanal que consiste no oferecimento de alimento e/ou bebida preferida dos Orixás.
FECHAR A GIRA - Encerrar os trabalhos no terreiro.
FECHAR A TRONQUEIRA - Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
FEITO - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.
FEITO DE SANTO - Iniciação do desenvolvimento de um médium.
FEITA(O) NO SANTO - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.
FILHO DE FÉ - Denominação para adeptos da Umbanda
FILHO OU FILHA DE SANTO - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.
FIRMAR A PORTEIRA - É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada. Esse trabalho pode ser simbolizado por um ponto riscado na tronqueira, uma vela acesa, conforme critério do terreiro.
FIRMAR O PONTO - Concentração coletiva que se consegue cantando um ponto puxado pelo Guia responsável pelos trabalhos. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.
G
GANZÁ - Instrumento musical.
GARRAFADA - Remédio preparado por Pai/Mae de Santo, o qual consiste numa maceração de vegetais em aguardente. A preparação dos ingredientes são puramente naturais.
GIRA - Corrente espiritual. Caminho.
GONGÁ - O mesmo que congar. Altar dos santos católicos e orixás africanos.
GUIA - conta de miçangas ou de cristal ou mesmo de porcelana, da cor especial do Orixá ou Entidade Espiritual que representa e identifica. Pode também significar o próprio orixá, quando se trata de um preto-velho, caboclo, bahiano, boiadeiro ou marinheiro.
H
HALO - Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação.
HOMEM DAS ENCRUZILHADAS - Exú
HUMULUCU - Comida Africana feita de feijão fradinho, azeite-de-dendê e diversos temperos. Também conhecida como Omolocum.
I
IABÁ - Cozinheira que conhece e prepara as comidas dos Orixás. Cozinheira do culto.
IALORIXÁ - Designação dada a qualquer mãe-de-santo.
IAÔ - Médium feminino no primeiro grau de desenvolvimento do terreiro.
IJEXÁ - Ritual africano. Os adeptos do Ijexá temem os mortos e apressam-se em expulsá-los dos terreiros.
IORUBÁS - Negros africanos que falam a linguagem nagô.
IR PARA A RODA - Uma frase que traduz o desenvolvimento da mediunidade na corrente.
ITÁ DE XANGÔ - Pedra caída junto com o raio.
J
JABONAN - Assim chamada a auxiliar da Babá.
JACULATÓRIA - Oração curta. Reza resumida e fervorosa.
JACUTÁ - Denominação de altar. Casa do santo.
JESUS - Oxalá
JIBONAN - Designação do fiscal de trabalhos do terreiro.
JUREMA - Uma das caboclas de Oxossi, chefe de falange. Local onde todos os caboclos ficam espiritualmente.
K
KAÔ - Saudação de Xangô. Salve! Viva!
KARDECISMO - Um dos pontos básicos em que se fundamentam todas as teorias espiritualistas. Decodificação do Espiritismo por Alan Kardec, de onde originaria o nome Kardecismo.
KARMA - É a conseqüência de vidas passadas, as quais dirigem a presente e organizam as futuras encarnações.
KAURIS - Búzios, utilizados no jogo do delogum. Outrora também serviram de dinheiro na Africa.
KIBANDA ou KIMBANDA - No termo, significa KIM (gênio do mal) para BANDA (lado), ou seja, Kimbanda ou Kibanda significa o Lado do Mal. Também conhecido como culto de magia negra, neles trabalham exus-zombeteiros, espíritos vingativos, enfim todos os espíritos que não aceitam Doutrinação Divina e estão ainda ligados ao lado material.
KIUMBA - Espírito maléfico e obssessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro.
L
LAÇAR O COBRERO - É assim chamada a oração que se escreve com tinta em volta do “cobrero” para fins curativos.
LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA - Além do capim e da miçanga, assim também são conhecidas as contas de semente dessa planta para confecção de terços, guias e outros objetos.
LANCATÉ DE VOVÔ - É o mesmo nome por que é conhecida a igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador - Bahia.
LAVAGEM DE CABEÇA - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congar.
LINHA - União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.
LINHA BRANCA - Linha de Guias que não cruzam com a linha da esquerda.
LINHA CRUZADA - É quando se unem duas ou mais linhas com o fim de tornar mais forte um trabalho no terreiro. Normalmente esse cruzamento se dá com um guia da direita com um da esquerda.
M
MACAIO - Coisa ruim e sem nenhum valor.
MACUMBA - Termo antigo que se denominava aos cultos dos escravos nas senzalas. Candomblé. Depois esse termo passou a ser vulgar e tornou-se como feitiço ou culto de feiticeiros.
MACUMBADO - enfeitiçado
MADRINHA - O mesmo que Mãe de Santo, Babá.
MÃE D´ÁGUA - Iemanjá.
MÃE de SANTO - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.
MÃE PEQUENA - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe de Santo. Auxiliar das iniciandas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.
MALEME ou MALEIME - Pedido de socorro, de clemencia, de auxilo ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de canticos ou preces pedindo perdão.
MANIFESTAÇÃO - Quando o corpo do médium é tomado por um Guia. Conhecido também como transe mediúnico, incorporação.
MARAFA ou MARAFO - aguardente, cachaça.
MAU OLHADO - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.
MESA BRANCA - Trabalhos no terreiro quando há incorporação apenas de médicos e enfermeiras.
MEISINHA - Despacho, mandinga, trabalho.
MIRONGA - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espiritos Nagôs.
MISTIFICAÇÃO - É o mais importante dos casos do falso espiritismo, pois constitui um recurso muito empregado por falsos médiuns, ou pessoas de má fé, com a finalidade de auferirem vantagens pecuniárias e aumentarem sua fama e sua vaidade.
MUCAMBA - O mesmo que cambone.
MUZAMBÊ - Forte, vigoroso.
N
NAGÔ - Nome dado aos escravos originários do Sudão, na África. Considera-se nagô como a religião do antigo reino de Iorubá.
NIFÉ - Fé, crença na lingua iorubá
NOMINA - Oração que é guardada num saquinho e pendurada no pescoço como amuleto para proteção. Patuá.
NURIMBA - Bondade, amor e caridade.
O
OBASSABÁ - O mesmo que abençoar, benzer.
OBASSALÉA - O mesmo que obassabá.
OBATALÁ - Céu. Abóbada celeste. Deus
OBRIGAÇÕES - Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações feitas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte de um ritual do desenvolvimento mediúnico.
OBSEDIAR - Perseguir. Ação pela qual os espíritos perturbados que prejudicam as pessoas levando a situações econômicas difíceis, loucura, etc.
OBSSESSOR - Espírito pertubador ou zombeteiro que prejudica as pessoas.
ODÉ - Oxossi. Oxossi mais velho.
ODÔ, IÁ - Saudação de Iemanjá
OFÃ - Médium responsavel pela colheita e seleção das ervas nos rituais.
OGÃ - Auxiliar nas sessões do terreiro. Ogã pode ser um protetor de Terreiro ou como um Chefe das Curimbas. Ambos tem o mesmo grau hierarquico.
OIÁ - Outro nome conhecido por Iansã
OKÊ - Saudação aos Caboclos. Diz-se assim : Okê Caboclo! Okê Oxossi.
OLHO-DE-BOI - Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).
OLHO GRANDE - Mau Olhado, inveja, malefício, quebranto.
OLORUM - Deus Supremo.
OMOLOCÔ - Culto de origem angolense.
OPELÊ DE IFÁ - Rosário deito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro.
ORAÇÃO FORTE - Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de todos os males.
ORIXÁ - Divindades africanas que representam as forças do Universo Infinito. Espirito puro. Santo.
OTÁ - pedra ritual, elemento e objeto sagrado e secreto do culto.
P
PADÊ - Despacho para Exú no início das sessões ou festas, constando alimentos, bebidas, velas, flores e outras oferendas, a fim de que os mesmos afastem as perturbações nas cerimonias.
PADRINHO - pai-de-santo, Chefe de Terreiro.
PAI-DE-SANTO - Zelador do Santo, Chefe de Gira, Chefe de Mesa, Chefe do Terreiro. Médium e conhecedor perfeito de todos os detalhes para o bom andamento de uma sessão.
PALINÓ - Cântico ou poema em louvor a Iemanjá
PÃO BENTO - Pão ázimo ou qualquer outro tipo de pão, ao qual se dota de forças mágicas. É utilizado em inúmeros trabalhos para diversas finalidades. Há trabalhos com pão e vela benta para se localizar num rio ou no mar o corpo de uma pessoa afogada, por exemplo.
PARAMENTO(s) - Roupas e objetos utilizados em cerimônias do ritual religioso.
PATUÁ - Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.
PAXORÔ - Instrumento simbólico de Oxalá usado pelos pais-de-santo em trabalhos.
PEDRA-DE-RAIO - Meteorito, Fetiche de Xangô , itá
PEJI - altar, congar.
PEMBA - Espécie de giz em forma cônico-arredondada, em diversas cores, como sejam : branco, vermelho, amarelo, rosa, roxo, azul, marrom, verde e preto, servindo para riscar pontos e outras determinações ordenadas pelos Guias, sendo que conforme a cor trabalhada com pemba, pode se identificar a Linha a que pertence a Entidade, ou a Linha que trabalhará naquele ponto.
PIPOCA - comida de Omulu/Obaluaê. Grão de milho arrebentado na areia quente para ser utilizado em descarrego. Descarrego de Pipoca.
PIRIGUAIA - Variedade de búzio.
PONTOS CANTADOS - Os pontos cantados na Umbanda são preces e a invocação das falanges e Linhas, chamando-as ao convívio das reuniões e no auxilio dos que buscam caridade. Assim, como toda a religião tem seus canticos, a Umbanda usa seus pontos cantados, dos quais, não se deve abusar. Esses hinos representam e atraem forças das Falanges, para trabalhos de descarrego e desenvolvimento mediúnico. Pontos cantados não devem ser deturpados, ou modificados, para que sua força não se altere, uma vez alterado o efeito não será o mesmo, podendo até ser prejudicial.
PONTOS RISCADOS - São identificação dos Guias. Cada Guia e cada Orixá tem seu ponto riscado. Os pontos são riscados com pemba. Mas o ponto não se resume apenas a identificação de um guia, linha, falange ou Orixá; ele pode fechar o corpo de um médium, pois a escrita sagrada se utiliza de magia para que qualquer espírito perturbado não se aproxime.
PORTEIRA - Entrada de terreiro.
Q
QUARÔ - Flor chamada Resedá possuidora de notáveis virtudes mágicas e grandemente empregada em banhos e defumações.
QUEBRANTO - Mau olhado, feitiço, coisa feita. Normalmente atinge mais crianças pagãs, mas pode atingir também crianças batizadas e adultos. O quebranto é cortado com benzimento.
QUEBRAR DEMANDA ou QUEBRAR AS FORÇAS - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.
QUEBRAR PRECEITO - Desrespeitar as regras e hábitos estabelecidos no ritual do desenvolvimento ou dos trabalhos.
QUEZILA, QUEZíLIA ou QUIZILA - Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.
QUIUMBA - Espírito obsessor e pertubador. Zombeteiro.
R
RAÚRA - Cambone. Auxiliar nos trabalhos do terreiro.
RECEBER O SANTO - incorporar. Entrar em estado de transe com o Guia ou Orixá
REDENTOR - Jesus Cristo
REINOS - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos : Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etc
RESPONSO - Oração em latim para determinado santo para se conseguir uma graça.
ROÇA - terreiro, centro.
S
SACUDIMENTO - Ato de realizar limpeza, lavagem e varredura do terreiro e/ou seus filhos. Descarrego.
SAÍDA de IAÔ - cerimônia de inciação do filho-de-santo no candomblé ou no culto Omolokô.
SANTERIA - nome da religião na América Latina. Religião irmã do Candomblé
SAL (GROSSO) - Empregado sob diversas modalidades nos terreiros, principalmente como banho de descarrego. Ou como descarrego do local com um copo de água e sal atras da porta.
SALUBÁ - Saudação de Nanã
SARAVÁ - Saudação umbandista que corresponde a Salve! Viva!
SEREIA DO MAR - Janaína, princesa d´água. Pode representar também como Iemanjá dentro de um contexto.
SINCRETISMO - Fenômeno de identificação dos orixás com os Santos Católicos.
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