Ex seminarista, com estudos, cursos diversos na amada UMBANDA incluindo o de teologia, praticante desde 1978; vi a necessidade de poder repassar o que aprendo todos dias, quer sejam textos, cursos, vídeos, e-books, aos que possam desejar, sem compromisso algum com quem quer que seja a não ser a DIVULGAÇÃO DE NOSSA AMADA UMBANDA. Se desejarem contato: acevangel@gmail.com
domingo, 29 de julho de 2018
Aos Irmãos e Irmãs UMBANDISTAS
Sou um eterno aprendiz de nossa amada Umbanda há mais de 4 décadas.
Sempre procurei pesquisar, ler, e receber tudo relacionado com a nossa Umbanda.
Esse Site, foi realizado com a finalidade de repassar a quem quer que seja; o que recebo incluindo cursos, vídeos, textos, tira dúvidas.
Mais ainda; para esclarecer de uma vez, que A UMBANDA É UMA RELIGIÃO independente do Espiritismo, do Candomblé.
Ocorre que ainda existam dúvidas sobre tais Religiões.
Respeitamos todas Religiões,não desejamos que ainda a exista dúvidas entre essas três !
Coloco-me sempre à disposição de todos para repassar o que desejarem dentro destes mais de 7 mil textos, vídeos, cursos, recebidos mediante solicitação ao meu e-mail abaixo.
Que nossos Orixás, nossos falangeiros, estejam sempre cobrindo a todos com suas luzes de Paz, de Amor Incondicional e a evolução de todos !
ACE.
acevangel@gmail.com
O que é a Umbanda segundo a Sociedade Espiritualista Mata Virgem!
Sociedade Espiritualista Mata Virgem
Curso de Umbanda
O QUE É A UMBANDA
Vejamos o que nos diz o Aurélio:
Verbete: umbanda [Do quimb. umbanda, 'magia'.] S. m. 1. Bras.
Forma cultual originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca.
2. Bras., RJ. Folcl. Grão-sacerdote que invoca os espíritos e dirige as cerimônias de macumba. [Var.: embanda.]
UMBANDA é religião ! Se dentro da Umbanda conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos chamar nossa fé de Religião.
Como mais uma das formas de sentir Deus em nossa vida, a Umbanda cumpre a função religiosa se nos levar à reflexão sobre nossos atos, sobre a urgência de reformularmos nosso comportamento aproximando-o da prática do Amor de Deus.
A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exus.
Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus.
Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS.
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira.
Mas, torna-se imperioso, antes de ocuparmo-nos da Anunciação da Umbanda no plano físico sob a forma de religião, expor sinteticamente um histórico sobre os precedentes religiosos e culturais que precipitaram o surgimento, na 1ª década do século XX, da mesma.
Em 1500, quando os portugueses avistaram o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos.
Os lusitanos, por imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios.
Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam.
Porém, o tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres.
O relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar como um castelo de areia. São inescrupulosamente escravizados e forçados a trabalhar na novel lavoura. Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade.
Mais tarde, o escravizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob a égide do chicote, são despejados também na lavoura.
Como os índios, sofreram toda espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida.
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade, desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz.
Ora laborando no plano astral, ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração do homem branco e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e do sofrimento que lhes eram infligidos.
Além disso, muitas das crianças índias e negras, eram mortas, quando meninas (por não servirem para o trabalho pesado), quando doentes, através de torturas quando aprontavam suas “artes” e com isso perturbavam algum senhor.
Algumas crianças brancas, acabavam sendo mortas também, vítimas da revolta de alguns índios e negros.
Juntando-se então os espíritos infantis, os dos negros e dos índios, acabaram formando o que hoje, chamamos de: Trilogia Carmática da Umbanda.
Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao caminho de Deus.
A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu covardemente para eliminar as religiosidades negra e índia.
Muitas comitivas sacerdotais são enviadas, com o intuito "nobre" de "salvar" a alma dos nativos e dos africanos.
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza, a esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo religioso".
O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã.
Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991).
Outra variante ioruba, esta fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão.
Além dos candomblés iorubas, há os de origem banta, especialmente os denominados candomblés angola e congo, e aqueles de origem marcadamente fom, como o jeje-mahim baiano e o jeje-daomeano do tambor-de-mina maranhense.
Os anos sucedem-se.
Em 1889 é assinada a "lei áurea".
O quadro social dos ex-escravos é de total miséria.
São abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social.
Na parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do homem branco, reflexo do período escravocrata.
No campo astral, os espíritos que tinham tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo de atuação nos agrupamentos religiosos existentes.
O catolicismo, religião de predominância, repudiava a comunicação com os mortos, e o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de "doutores".
Os Senhores da Luz (Orixás), atentos ao cenário existente, por ordens diretas do Cristo Planetário (Jesus) estruturaram aquela que seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil.
Começa a se plasmar, sob a forma de religião, a Corrente Astral de Umbanda, com sua hierarquia, bases, funções, atributos e finalidades.
Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras.
No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro socio-político-cultural do Brasil.
O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos.
Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em 3 nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.
A formação histórica do Brasil incorporou a herança de três culturas : a africana, a indígena e a européia.
Este processo foi marcado por violências de todo o tipo, particularmente do colonizador em relação aos demais.
A perseguição se deveu a preconceitos e a crença da elite brasileira numa suposta alienação provocada por estes cultos nas classes populares.
No início do século XX, o choque entre a cultura europeizada das elites e a cultura das classes populares urbanas, provocou o surgimento de duas tendências religiosas na cidade do Rio de Janeiro.
Na elite branca e na classe média vigorava o catolicismo ; nos pobres das cidades (negros, brancos e mestiços) era grande a presença de rituais originários da África que, por força de sua natureza e das perseguições policiais, possuíam um caráter reservado.
Na segunda metade deste século, os cultos de origem africana passaram a ser frequentados por brancos e mulatos oriundos da classe média e algumas pessoas da própria elite. Isto contribuiu, sem dúvida, para o caráter aberto e legal que estes cultos vêm adquirindo nos últimos anos.
Esta mistura de raças e culturas foi responsável por um forte sincretismo religioso, unificando mitologias a partir de semelhanças existentes entre santos católicos e orixás africanos, dando origem ao Umbandismo.
Ao contrário do Candomblé, a Umbanda possui grande flexibilidade ritual e doutrinária, o que a torna capaz de adotar novos elementos.
Assim o elemento negro trouxe o africanismo (nações); os índios trouxeram os elementos da pajelança; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; e, posteriormente, os povos orientais acrescentaram um pouco de sua ritualística à Umbanda.
Essas cinco fontes criaram o pentagrama umbandista: Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja.
Os espíritos da Quimbanda (Exus) podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.
Cristianismo Kardecismo Africanismo Indianismo Orientalismo Algumas casas de Umbanda homenageiam alguns Orixás do Candomblé, como por exemplo: Oxumarê, Ossãe, Logun-Edé.
Mas os mesmos, na Umbanda, não incorporam e nem são orixás regentes de nenhum médium.
Nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho.
Aspectos Dominantes do Movimento Umbandista
1. Ritual, variando pela origem
2. Vestes, em geral brancas
3. Altar com imagens católicas, pretos velho, caboclos
4. Sessões espíritas, formando agrupamentos em pé, em salões ou terreiro
5. Desenvolvimento normal em corrente
6. Bases; africanismo, kardecismo, indianismo, catolicismo, orientalismo.
7. Serviço social constante nos terreiros
8. Finalidade de cura material e espiritual
9. Magia branca
10. Batiza, consagra e casa Ritual
A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos.
Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação de ritual entre uma casa e outra.
Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes.
O mais importante, seria que todos pudessem encontrar em suas diferenças de culto, o que seria o elo mais importante e a ele se unissem.
Tal elo é a Caridade!
Não importa se o atabaque toca, ou se o ritmo é de palmas, nem mesmo se não há som.
O que importa é a honestidade e o amor com que nos entregamos a nossa religião.
Você Aprendeu:
Os ascendentes históricos que deram origem à Umbanda e outros rituais semelhantes; O que é a Trilogia Carmática da Umbanda; As 5 influências culturais/religiosas que formam O Pentagrama Umbandista; As principais características do Ritual Umbandista; Porque os rituais das casas de Umbanda diferem entre si;
Curso de Umbanda
O QUE É A UMBANDA
Vejamos o que nos diz o Aurélio:
Verbete: umbanda [Do quimb. umbanda, 'magia'.] S. m. 1. Bras.
Forma cultual originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca.
2. Bras., RJ. Folcl. Grão-sacerdote que invoca os espíritos e dirige as cerimônias de macumba. [Var.: embanda.]
UMBANDA é religião ! Se dentro da Umbanda conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos chamar nossa fé de Religião.
Como mais uma das formas de sentir Deus em nossa vida, a Umbanda cumpre a função religiosa se nos levar à reflexão sobre nossos atos, sobre a urgência de reformularmos nosso comportamento aproximando-o da prática do Amor de Deus.
A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exus.
Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus.
Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS.
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira.
Mas, torna-se imperioso, antes de ocuparmo-nos da Anunciação da Umbanda no plano físico sob a forma de religião, expor sinteticamente um histórico sobre os precedentes religiosos e culturais que precipitaram o surgimento, na 1ª década do século XX, da mesma.
Em 1500, quando os portugueses avistaram o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos.
Os lusitanos, por imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios.
Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam.
Porém, o tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres.
O relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar como um castelo de areia. São inescrupulosamente escravizados e forçados a trabalhar na novel lavoura. Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade.
Mais tarde, o escravizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob a égide do chicote, são despejados também na lavoura.
Como os índios, sofreram toda espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida.
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade, desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz.
Ora laborando no plano astral, ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração do homem branco e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e do sofrimento que lhes eram infligidos.
Além disso, muitas das crianças índias e negras, eram mortas, quando meninas (por não servirem para o trabalho pesado), quando doentes, através de torturas quando aprontavam suas “artes” e com isso perturbavam algum senhor.
Algumas crianças brancas, acabavam sendo mortas também, vítimas da revolta de alguns índios e negros.
Juntando-se então os espíritos infantis, os dos negros e dos índios, acabaram formando o que hoje, chamamos de: Trilogia Carmática da Umbanda.
Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao caminho de Deus.
A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu covardemente para eliminar as religiosidades negra e índia.
Muitas comitivas sacerdotais são enviadas, com o intuito "nobre" de "salvar" a alma dos nativos e dos africanos.
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza, a esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo religioso".
O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã.
Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991).
Outra variante ioruba, esta fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão.
Além dos candomblés iorubas, há os de origem banta, especialmente os denominados candomblés angola e congo, e aqueles de origem marcadamente fom, como o jeje-mahim baiano e o jeje-daomeano do tambor-de-mina maranhense.
Os anos sucedem-se.
Em 1889 é assinada a "lei áurea".
O quadro social dos ex-escravos é de total miséria.
São abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social.
Na parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do homem branco, reflexo do período escravocrata.
No campo astral, os espíritos que tinham tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo de atuação nos agrupamentos religiosos existentes.
O catolicismo, religião de predominância, repudiava a comunicação com os mortos, e o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de "doutores".
Os Senhores da Luz (Orixás), atentos ao cenário existente, por ordens diretas do Cristo Planetário (Jesus) estruturaram aquela que seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil.
Começa a se plasmar, sob a forma de religião, a Corrente Astral de Umbanda, com sua hierarquia, bases, funções, atributos e finalidades.
Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras.
No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro socio-político-cultural do Brasil.
O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos.
Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em 3 nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.
A formação histórica do Brasil incorporou a herança de três culturas : a africana, a indígena e a européia.
Este processo foi marcado por violências de todo o tipo, particularmente do colonizador em relação aos demais.
A perseguição se deveu a preconceitos e a crença da elite brasileira numa suposta alienação provocada por estes cultos nas classes populares.
No início do século XX, o choque entre a cultura europeizada das elites e a cultura das classes populares urbanas, provocou o surgimento de duas tendências religiosas na cidade do Rio de Janeiro.
Na elite branca e na classe média vigorava o catolicismo ; nos pobres das cidades (negros, brancos e mestiços) era grande a presença de rituais originários da África que, por força de sua natureza e das perseguições policiais, possuíam um caráter reservado.
Na segunda metade deste século, os cultos de origem africana passaram a ser frequentados por brancos e mulatos oriundos da classe média e algumas pessoas da própria elite. Isto contribuiu, sem dúvida, para o caráter aberto e legal que estes cultos vêm adquirindo nos últimos anos.
Esta mistura de raças e culturas foi responsável por um forte sincretismo religioso, unificando mitologias a partir de semelhanças existentes entre santos católicos e orixás africanos, dando origem ao Umbandismo.
Ao contrário do Candomblé, a Umbanda possui grande flexibilidade ritual e doutrinária, o que a torna capaz de adotar novos elementos.
Assim o elemento negro trouxe o africanismo (nações); os índios trouxeram os elementos da pajelança; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; e, posteriormente, os povos orientais acrescentaram um pouco de sua ritualística à Umbanda.
Essas cinco fontes criaram o pentagrama umbandista: Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja.
Os espíritos da Quimbanda (Exus) podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.
Cristianismo Kardecismo Africanismo Indianismo Orientalismo Algumas casas de Umbanda homenageiam alguns Orixás do Candomblé, como por exemplo: Oxumarê, Ossãe, Logun-Edé.
Mas os mesmos, na Umbanda, não incorporam e nem são orixás regentes de nenhum médium.
Nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho.
Aspectos Dominantes do Movimento Umbandista
1. Ritual, variando pela origem
2. Vestes, em geral brancas
3. Altar com imagens católicas, pretos velho, caboclos
4. Sessões espíritas, formando agrupamentos em pé, em salões ou terreiro
5. Desenvolvimento normal em corrente
6. Bases; africanismo, kardecismo, indianismo, catolicismo, orientalismo.
7. Serviço social constante nos terreiros
8. Finalidade de cura material e espiritual
9. Magia branca
10. Batiza, consagra e casa Ritual
A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos.
Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação de ritual entre uma casa e outra.
Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes.
O mais importante, seria que todos pudessem encontrar em suas diferenças de culto, o que seria o elo mais importante e a ele se unissem.
Tal elo é a Caridade!
Não importa se o atabaque toca, ou se o ritmo é de palmas, nem mesmo se não há som.
O que importa é a honestidade e o amor com que nos entregamos a nossa religião.
Você Aprendeu:
Os ascendentes históricos que deram origem à Umbanda e outros rituais semelhantes; O que é a Trilogia Carmática da Umbanda; As 5 influências culturais/religiosas que formam O Pentagrama Umbandista; As principais características do Ritual Umbandista; Porque os rituais das casas de Umbanda diferem entre si;
VAMOS RELEMBRAR A QUE ORIXÁS PERTENCE OS CABOCLOS/AS !
Caboclos
Entendendo os caboclos e as caboclas

Todo caboclo tem uma vibração originária de orixá masculino e toda cabocla tem uma vibração originária de orixá feminino. Mas, como falange, eles (as) podem penetrar todas as vibrações de orixás e do oriente.
Para explicar melhor, citaremos o exemplo da cabocla Jurema. Toda cabocla Jurema tem vibração originária de Iansã, mas encontramos a mesma entidade trabalhando em outras vibrações, como Jurema da Praia, na vibração de Iemanjá; Jurema da Cachoeira, na vibração de Oxum; Jurema da Mata, na vibração de Oxóssi, e assim sucessivamente. É a mesma entidade, com vibração originária de Iansã, penetrando outras vibrações de Orixás.
Segue a relação dos caboclos e caboclas mais conhecidos na Umbanda, com sua respectiva vibração originária.
Caboclos de Ogum
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Arariboia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Caiçaras, Guaracy, Icaraí, Ipojucan, Itapoã, Jaguarê, Rompe Aço, Rompe Ferro, Rompe Mato, Rompe Nuvem, Sete Estrelas, Sete Matas, Sete Ondas, Tabajara, Tamoio, Tupuruplata, Ubirajara, etc.
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Arariboia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Caiçaras, Guaracy, Icaraí, Ipojucan, Itapoã, Jaguarê, Rompe Aço, Rompe Ferro, Rompe Mato, Rompe Nuvem, Sete Estrelas, Sete Matas, Sete Ondas, Tabajara, Tamoio, Tupuruplata, Ubirajara, etc.
Caboclos de Xangô
Araúna, Caboclo do Sol, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Girassol, Goytacaz, Guará, Guaraná, Janguar, Juparã, Mirim, Sete Cachoeiras, Sete Caminhos, Sete Luas, Sete Montanhas, Tupi, Treme Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Urubatão, Urubatão da Guia, Ubiratan, etc.
Araúna, Caboclo do Sol, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Girassol, Goytacaz, Guará, Guaraná, Janguar, Juparã, Mirim, Sete Cachoeiras, Sete Caminhos, Sete Luas, Sete Montanhas, Tupi, Treme Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Urubatão, Urubatão da Guia, Ubiratan, etc.
Caboclos de Oxóssi
Arruda, Aimoré, Arapuí, Boiadeiro, Caboclo da Lua, Caçador, Flecheiro, Folha Verde, Guarani, Japiassú, Javarí, Paraguassu, Mata Virgem, Pena Azul, Pena Branca, Pena Verde, Pena Dourada, Rei da Mata, Rompe Folha, Sete Flechas, Serra Azul, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Ubá, Sete Encruzilhadas, Junco Verde, Tapuia, etc.
Arruda, Aimoré, Arapuí, Boiadeiro, Caboclo da Lua, Caçador, Flecheiro, Folha Verde, Guarani, Japiassú, Javarí, Paraguassu, Mata Virgem, Pena Azul, Pena Branca, Pena Verde, Pena Dourada, Rei da Mata, Rompe Folha, Sete Flechas, Serra Azul, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Ubá, Sete Encruzilhadas, Junco Verde, Tapuia, etc.
Caboclos de Omulú
Arranca Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Giramundo, Yucatan, Jupurí, Uiratan, Alho d’Água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Caboclo Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Surí, Serra Verde, Serra Negra, Tira Teima, Folha Seca, Sete Águias, Tibiriçá, Viramundo, Ventania, etc.
Arranca Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Giramundo, Yucatan, Jupurí, Uiratan, Alho d’Água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Caboclo Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Surí, Serra Verde, Serra Negra, Tira Teima, Folha Seca, Sete Águias, Tibiriçá, Viramundo, Ventania, etc.
Caboclas de Iansã
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira, Cabocla Jurema das 7 Cachoeiras, etc.
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira, Cabocla Jurema das 7 Cachoeiras, etc.
Caboclas de Iemanjá
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d’Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente, etc.
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d’Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente, etc.
Caboclas de Nanã
Açucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Luana, Muiraquitan, Sumarajé, Xista, Paraguassú, etc.
Açucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Luana, Muiraquitan, Sumarajé, Xista, Paraguassú, etc.
Caboclas de Oxum
Iracema, Iara, Imaiá, Jaceguaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunuê, Mirini, etc.
Iracema, Iara, Imaiá, Jaceguaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunuê, Mirini, etc.
Comandos e representações de caboclos nas linhas de Umbanda
Linha de Oxalá
Caboclo Tupi | Representante de Oxalá na linha das Almas |
Caboclo Guarani | Representante de Oxalá na linha de Oxóssi |
Caboclo Aimoré | Representante de Oxalá na linha de Ogum |
Caboclo Guaracy | Representante de Oxalá na linha de Xangô |
Caboclo Ubiratã | Representante de Oxalá na linha de Ibeji |
Caboclo Ubirajara | Representante de Oxalá na linha de Senhoras |
Caboclo Urubatão da Guia | Comando da Linha de Oxalá |
Linha das senhoras
Cabocla Janaina | Representante das Senhora na linha das Almas |
Cabocla Jupissiara | Representante das Senhoras na linha de Oxóssi |
Cabocla Jupiara | Representante das Senhoras na linha de Ogum |
Cabocla Jussara | Representante das Senhoras na linha de Xangô |
Cabocla Jacira | Representante das Senhoras na linha de Ibeji |
Cabocla Jandira | Comando da linha das Senhoras |
Cabocla Jupira | Representante das Senhoras na linha de Oxalá |
Linha de Ibeji
Yarirí | Representante de Ibeji na linha das Almas |
Crispiniano | Representante de Ibeji na linha de Oxóssi |
Crispim | Representante de Ibeji na linha de Ogum |
Orí | Representante de Ibeji na linha de Xangô |
Doum | Comando da linha de Ibeji |
Damião | Representante de Ibeji na linha das Senhoras |
Cosme | Representante de Ibeji na linha de Oxalá |
Linha de Xangô
Xangô Abomi | Representante de Xangô na linha das Almas |
Xangô Aganjú | Representante de Xangô na linha das Almas |
Xangô Alafim | Representante de Xangô na linha de Ogum |
Xangô Kaô | Comando da linha de Xangô |
Xangô Agojo | Representante de Xangô na linha de Ibeji |
Xangô Alufam | Representante de Xangô na linha das Senhoras |
Xangô Agodô | Representante de Xangô na linha de Oxalá |
LINHA DE OGUM
Ogum Megê | Representante de Ogum na linha das Almas |
Ogum Rompe Mato | Representante de Ogum na linha de Oxossi |
Ogum Guerreiro | Comando da linha de Ogum |
Ogum de Nagô | Representante de Ogum na linha de Xangô |
Ogum Dilê | Representante de Ogum na linha de Ibeji |
Ogum Beira-Mar | Representante de Ogum na linha das Senhoras |
Ogum de Male | Representante de Ogum na linha de Oxalá |
Linha de Oxóssi
Caboclo Arruda | Representante de Oxóssi na linha das Almas |
Caboclo Pena Verde | Comando da linha de Oxóssi |
Caboclo Araribóia | Representante de Oxóssi na linha de Ogum |
Caboclo Cobra Coral | Representante de Oxóssi na linha de Xangô |
Caboclo Guiné | Representante de Oxóssi na linha de Ibeji |
Cabocla Jurema | Representante de Oxóssi na linha das Senhoras |
Caboclo Pena Branca | Representante de Oxóssi na linha de Oxalá |
LINHA DAS ALMAS
Vovó Maria Conga | Comando da linha das Almas |
Vovó Arruda | Representante das Almas na linha de Oxóssi |
Pai Benedito | Representante das Almas na linha de Ogum |
Pai Tomé | Representante das Almas na linha de Xangô |
Pai Joaquim | Representante das Almas na linha de Ibeji |
Rei Congo | Representante das Almas na linha das Senhoras |
Pai Guiné | Representante das Almas na linha de Oxalá |
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