terça-feira, 30 de outubro de 2018

Linha do Povo do Oriente na UMBANDA

                      Linha do Oriente

Linha do Oriente
Imagem: Entidades da Linha do Oriente da Umbanda. Editadas em conjunto / Google

A Linha do Oriente possui o amparo de todos os Orixás e trás arquétipos diversos. Ela é composta por inúmeras entidades, classificadas em sete falanges e majoritariamente de origem oriental. Apesar disso, muitos espíritos desta linha podem apresentar-se como caboclos ou pretos velhos. O Caboclo Timbirí (caboclo japonês) e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto velho bastante versado na Cabala Hebraica), são os casos mais conhecidos. Hoje em dia, ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavão, entidade que trabalha com as forças espirituais divinas de origem indiana. Mas nem todos os espíritos são orientais no sentido comum da palavra. Esta linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na matriz formadora do brasileiro (índio, português e africano); é uma linha sincrética e ampla. Abriga povos de diversas culturas (não só orientais), como os médicos do espaço, mentores espirituais que não se classificam nas demais linhas, indianos, japoneses, chineses, egípcios, árabes, maias, incas, astecas, celtas, nórdicos, africanos que não se encaixam em outras linhas, etc.
A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradições budistas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a frequentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes mágicos. Antes destas datas, também era comum nesta Linha a presença dos espíritos ciganos, que possuem origem oriental. Mas tamanha foi a simpatia do povo umbandista por estas entidades, que a espiritualidade criou uma linha independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos.
Suas falanges, dentro da própria linha do Oriente, é dividida assim:

Falange dos Indianos: Espíritos de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.
Falange dos Árabes e Turcos: Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc. A maioria é muçulmana. Uma legião está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a misteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbarue.
Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente: Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma legiăã está integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.
Falange dos Egípcios: Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.
Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas: Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.
Falange dos Europeus: Espíritos de sábios, magos, druidas, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, celtas, etc. Sob a chefia do Imperador Marcus I.
Falange dos Médicos e Sábios: Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.

Os mentores de cura da Falange dos Médicos e Sábios são muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar. São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda. Para se ter uma ideia melhor, sua consulta seria o polo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem a longas meditações. São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais. Utilizam-se de cirurgias espirituais, cirurgias perispirituais, cromoterapia, fluidoterapia, reiki, homeopatia e outros métodos para realizarem a cura dos seguintes males:

Males Físicos: A maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura, mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto à origem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de vontade e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.
Males Mentais: Parte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) é causado por obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na forma de doenças. Males como: úlceras, enxaquecas, hipertensão, problemas cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela mente do paciente, quando este se encontra tomado por pensamentos negativos. Também neste caso os mentores, além de indicarem os tratamentos apropriados, esclarecem ao paciente quanto à necessidade de mudar a atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias desequilibrantes, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.
Males Karmicos: Os males karmicos se caracterizam por doenças incuráveis (fatais ou não) tanto pela medicina alternativa, quanto por terapias alternativas ou por meios espirituais. Nestes casos o tratamento visa o alívio do paciente ou ampará-lo emocionalmente para que sua atitude mental não tome o rumo da revolta ou do desespero. As doenças karmicas são males que escolhemos antes de encarnar como forma de resgatarmos erros passados. Típicos males karmicos são: cegueira de nascença, mudez, atraso mental, epilepsia, síndrome de Down, má-formação do corpo físico, etc. Na maior parte são males de nascença, embora algumas doenças possam ter sido “programadas” para surgir em determinada época da encarnação. Nestes casos os mentores não podem (e nem deveriam) curar o corpo, pois através do padecimento deste é que o espírito está resgatando suas faltas e aprendendo valiosas lições para sua evolução e crescimento.
Males Espirituais: São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampiros astrais, etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto o paciente é tratado também em sessões de desobsessão, descarrego, etc. Ou seja, os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre. Quando o paciente se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.

Como visto, é uma linha ampla com atuações diversas. Cada entidade carrega consigo suas especialidades de trabalho, podendo ser descarrego, desobsessão, doutrina, cura, auxílio no desenvolvimento de habilidades mediúnicas, etc.
Existem terreiros que não trabalham com esta linha e médiuns que não se permitem manifestar entidades com vibrações diferentes das comuns. Esta é uma linha como qualquer outra da Umbanda, com entidades maravilhosas à serviço do Bem Maior.


Símbolos de representação da linha: Símbolos próprios de cada cultura.
Cores: Todas as cores, principalmente a laranja.
Ferramentas: Elementos próprios de cada cultura.
Flores: Flores de todo tipo e de todas as cores.
Comidas: Frutas de todo tipo e comidas específicas de cada cultura.
Bebidas: Bebidas de todo tipo.
Fumo: Charutos, cachimbos, cigarros, etc.
Pontos de Força: Qualquer ponto da natureza da preferência do Guia.
Saudação: Salve a Linha do Oriente! (ou alguma saudação específica, como Namastê).

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Fontes:
Adaptação do texto original postado no site Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil.

PTD nº 321 - Sou mulher mas a maioria das entidades que recebo são mascu...

Quem sou EU, EXU ?

EU SOU
ORIXÁ EXU
Por Alexandre Cumino 
(parte 3 de 5)
A FORÇA
E A VIRTUDE
Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética.
Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material. 
São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos moralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vivem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos. Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Estes fracos sempre caem nas armadilhas do destino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo, mas sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falando daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e perfumes na intenção de disfarçar sua feiura interior e sua podridão tão inevitavelmente exposta.
Aos fracos, eu reservo as loucuras consideradas tão normais neste mundo de valores invertidos. Aos fracos é permitido, por algum tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verdadeira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas. Não no inferno católico, mas em seu inferno particular e independente de qualquer religião, em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram esconder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho. Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhante, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios. 
Eu, ORIXÁ EXU, chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu chegarei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você finge ter e tantas outras que finge não ter, em sua hipocrisia sem limites. Chegarei exultante em coragem absoluta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profundos não lhe permitem ter ou possuir.
Sou irreverente e é por isso que me divirto com certas situações. Me divirto ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio. Me divirto por que sempre que me mostro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas sombra, me cubro com seus vícios e me coloco de frente para eles. Neste momento, eu represento tudo o que está reprimido em seu ser, lhes ofereço a oportunidade de limpar sua alma, lhes dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e inconsistente.
Sou ORIXÁ EXU, junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vinho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acorda de uma ilusão apenas para cair dentro de outra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho. Abandonam o ego vulgar, num sentido mais baixo, e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados, orgulhosos, vaidosos. São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda, porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o virtuosismo é algo muito além disso, este é o falso virtuosismo, o virtuosismo feito para impressionar. São homens viciados na autoimagem de virtuoso, viciados no “desapego”, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Estão sempre julgando, pesando e avaliando o outro, que é sempre “pecador”, diante de sua santidade virtuosa. 
Muitos são considerados santos, sustentam esta imagem por uma vida inteira, são santos de barro ou de pau oco. Um dia vão se deparar com Caronte, o barqueiro, que leva as almas deste mundo para o outro, passarão pelas portas de Obaluayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omolu. Conhecerão a Justiça de Xangô e a Lei de Ogum, verão que a pena de Oxóssi, empunhada por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos moveram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encruzilhadas. 
Eu, ORIXÁ EXU, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante. A estes, eu sirvo com amor e satisfação. Na qualidade de Orixá, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sou vigor e vitalidade, o que me move e estimula é o desejo e o prazer. Coloco todo o meu poder, força e vitalidade na casa das virtudes. Ali eu assento o meu mistério, na alma, no espírito, na mente e no corpo das virtudes.
O virtuoso é sempre alguém de coração tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas. O virtuoso, de fato, é o forte que não necessita de se autoafirmar. O virtuoso é o forte de fato. O virtuoso é alguém que simplesmente é o que é e não pretender ser nada além de si mesmo. O virtuoso é realizado e pleno. O virtuoso ocupa todo o meu mistério em si mesmo, com a sua plenitude. Quando isso ocorre, todos os outros mistérios da criação se equilibram em seu ser, todos os Orixás o abençoam, amparam e guiam suas ações. Nenhum Orixá trabalha de forma isolada, nenhum ser existe de forma isolada, tudo está ligado. Tudo está ligado a mim, tudo está ligado a tudo e todos, tudo é UM, todos somos UM. EU SOU UM com o Virtuoso. Toda esta banda do lado de cá passa a ser UM com aquele que se oferece como instrumento das virtudes. Eu lhe abençoo, eu lhe amparo, eu lhe guio, eu lhe protejo, EU SOU ORIXÁ EXU.

*Essa é a terceira parte do texto Orixá Exu, se você não viu o primeiro e-mail com a parte 1 e o segundo e-mail com a parte dois, clique abaixo no e-mail correspondente:
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Olá Antonio!
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