domingo, 31 de maio de 2015

SER UM SACERDOTE DE UMBANDA.

                     


Um sacerdote de Umbanda deve ser um bom conselheiro e orientador espiritual. Deve ser um líder na sua comunidade. Deve ser alguém que serve de exemplo por suas atitudes e modo de vida. Deve ser alguém confiável e estável, dando às condições para que sua comunidade progrida.

Para que isso ocorra, deve saber cultivar e preservar certas qualidades:

- moral ilibada: o pai ou mãe de santo devem agir sempre de forma ética e transparente

- conhecimento de origem comprovada e disposição de estar sempre aprendendo cada vez mais

- ter os meios corretos de vida, obtendo sua subsistência de forma honesta e visível a todos

- ter compaixão e empatia, sendo sensível para as necessidades de seus filhos de santo e estando disponível a ouvi-los sempre que precisarem

- sempre cumprir com suas promessas, justificando caso não possa manter sua palavra por algum motivo

- ser humilde diante da espiritualidade e de sua comunidade espiritual, reconhecendo a sabedoria de seus pares

- estar disposto a servir não apenas naquilo que domina, mas onde ele/ela se faz necessário

- ser capaz de realizar qualquer tarefa sem se sentir diminuído caso tenha que lavar o chão, nem engrandecido quando estiver em posição de destaque.

A Umbanda é um caminho de realização espiritual, quem quer ser líder deve ter as marcas da realização verdadeira tais como simplicidade, humildade, amor, pureza e sabedoria.

Fonte: Tenda de Umbanda Oxalá e Iemanjá.

                    A mentira descoberta

 

O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M.K. Gandhi Para A Vida Sem Violência, em sua palestra de 9 de junho, na Universidade de Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificado por seus pais:

“Eu tinha 16 anos e estava vivendo com meus pais no instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.

Estávamos bem no interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao cinema.

Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me apressei de imediato diante da oportunidade.

Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, das quais necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina.

Quando me despedi de meu pai, ele me disse: ‘Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos a casa juntos.’

Após, muito rapidamente, completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 05h30min da tarde, quando me lembrei.

Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde.

Ele me perguntou com ansiedade: ‘Por que chegaste tarde?’ Eu me sentia mal com o fato e não lhe podia dizer que estava assistindo a um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive de esperar... Isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina.

Quando ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me: ‘Algo não anda bem na maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto. Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... Vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito.

Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir. Muitas vezes me recordo desse episódio e penso: se ele me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos, teria eu aprendido a lição?

Não acredito. Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo. Mas, tal ação de não violência foi tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem.

Este é o poder da vida sem violência.”







Para apreciação...







sexta-feira, 29 de maio de 2015

CRIADOR - POR QUE HESITAR?


POR QUE HESITAR?

Se você encontra-se atolado e perdido no labirinto da sua "energia velha", a sua "vida antiga", seus "caminhos antigos" ... isso é um sinal de que é hora de uma mudança.

Por que você hesita?
Dê um passo em frente, abrace isso, ele é seu.

~ Criador

por Jennifer Farley
29 maio 2015

Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/05/criador-por-que-hesitar.html

https://thecreatorwritings.wordpress.com
Tradução - Vilma Capuano - vilmacapuano@yahoo.com.br
Grata Vilma!

LUZ!

STELA

Grandes Momentos de Humanidade...

A experiência humana é incrivelmente complexa, plena de momentos, emoções, pensamentos e conexões. Em tudo isso, existem coisas boas e más, doces e amargas, alegres e tristes. Todos nós conhecemos as tristes, mas quais são alguns dos melhores momentos da vida? Bem, aqui estão alguns:
 
 
Fazer coisas inesperadas, em lugares inesperados, com amigos inesperados.
 
gente

Apoiar-se no seu melhor amigo e saber que ele lhe quer bem.
 
gente

Descobrir que você é amado da mesma maneira que ama.
 
gente

Ser "surpreendido" por um segredo que você já sabia.
 
gente

Fazer o melhor que puder e saber que, no final, tudo terá valido a pena.
gente

Agradecer àqueles que nos protegem.
gente

Comunicar-se até mesmo com quem não temos - aparentemente - nada em comum.
gente

Permitir, às vezes,  ser guiado por alguém. 
gente

Confiar em alguém de olhos fechados.
gente

Saber que alguém vai lhe apoiar, haja o que houver.
 
gente

Trocar um abraço com quem amamos.
 
gente

Saber que duas pessoas podem significar o mundo inteiro.
 
gente

Fazer planos a longo prazo, mas sem esquecer pelo que já passamos.
gente

Compreender que até os mais fortes, às vezes, precisam de ajuda.
 
gente

Apreciar as coisas simples que outros julgam inúteis.
 
gente

Orgulhar-se das nossas belas criações.
 
gente

Empolgar-se com uma pequena descoberta.
 
gente

Repartir a carga com os outros, mesmo que seja leve.
 
gente

Dar uma risada bem alta!
gente

Aproveitar o momento se importar-se com as repercussões.
gente

Compartilhar as belezas da vida com outras pessoas.
gente

Não permitir que as diferenças nos impeçam de amar.
 
gente

Encontrar conforto nos braços de um amigo.
gente

E... compartilhar coisas boas com outras pessoas!
gente
 

Ibuprofeno ou paracetamol? Saiba quando tomar um ou outro.

  • 24 maio 2015
Medicamentos agem contra a dor e inflamação, mas é preciso sempre ler a bula e tomar muito cuidado com excessos
Dois dos analgésicos mais comuns do mundo, o paracetamol e o ibuprofeno são comumente usados contra dores de cabeça, cólicas ou febre, por exemplo.
Ambos em geral são seguros se tomados na dose correta e sob recomendação médica, mas como saber qual dos dois tomar?
No Reino Unido, gestantes foram recentemente orientadas a tomar cuidado ao ingerir paracetamol (princípio ativo do Tylenol) , após um estudo da Universidade de Edimburgo sugerir que o uso prolongado do analgésico poderia afetar a saúde reprodutiva de seus filhos.
Segundo as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, o equivalente ao SUS brasileiro), paracetamol deve ser tomado na gravidez apenas se realmente necessário e pelo menor período de tempo possível. Pessoas que precisem de tratamento de longo prazo com o analgésico devem fazê-lo sob orientação médica.
E, na gestação, deve-se evitar também o ibuprofeno (princípio ativo do Advil), a não ser que o médico o receite.
Para as demais pessoas, veja o que o NHS e o site americano AskDrSears, especializado em orientação pediátrica, dizem sobre os dois analgésicos.
Os analgésicos até podem ser usado em conjunto, desde que seguindo as orientações da bula e de médicos - e dentro de doses limitadas. Mas esse uso combinado não é recomendado para crianças menores de 16 anos.

Paracetamol

Segundo o NHS, o paracetamol reduz a dor ao afetar os químicos nas chamadas prostaglandinas, substâncias liberadas pelo corpo em resposta a doenças ou lesões. O paracetamol bloqueia a produção de prostaglandinas, fazendo o corpo menos ciente da dor ou da lesão.
É indicado para aliviar dores moderadas e leves, como dores de cabeça, torções e dente. O analgésico também reduz a temperatura do corpo.
A não ser que o médico assim oriente, nunca tome mais do que quatro doses em 24 horas e sempre siga as orientações da bula.
E, se as dores persistirem por mais de três dias, consulte seu médico. Por conta dos efeitos colaterais, nunca é indicado que o paciente aumente ele próprio sua dosagem caso a dor seja severa.
Virtudes
- A droga age diretamente nos nervos e receptores do cérebro para aliviar a dor, e por isso costuma ser mais eficaz contra dores de cabeça.
- É seguro para crianças e adultos se tomado corretamente, e os efeitos colaterais são mínimos.
Estudo têm recomendado cuidado a grávidas na ingestão de analgésicos
- Segundo artigo publicado na rede médica AskDrSears.com, seria necessário tomar ao menos sete vezes a dose normal de paracetamol para que a droga se tornasse danosa ao paciente. É seguro tomá-la com outros antibióticos ou medicamentos de resfriado.
- Pode ser ministrado a bebês, para tratar febres ou dores, desde que eles tenham mais de dois meses de idade.
Defeitos
- Enquanto o ibuprofeno age em 30 minutos, o paracetamol não tem efeito antes de 45 a 60 minutos desde a ingestão da primeira dose. E a dor e a febre são reduzidas por quatro horas, em vez de seis.
- O paracetamol não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias que o ibuprofeno, portanto é menos eficaz para reduzir a dor associada à inflamação e à lesão corporal.
- Ainda que não ataque o estômago, seu consumo excessivo pode ser prejudicial para o fígado e o rim. Portanto, não deve ser usado por pessoas com problemas hepáticos.
- Em casos mais raros, pode causar reação alérgica (coceira ou inchaço).
- Quando ministrado de forma intravenosa, pode baixar a pressão.

Ibuprofeno

O ibuprofeno também age nas prostaglandinas e também é usado para conter dores moderadas e leves (de dente, cabeça, lesões esportivas, cólicas, febre e inflações). Mas medicamentos chamados de anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, parecem funcionar melhor se a causa da dor for inflamatória, como artrite ou lesão, explica o NHS.
Ele não deve ser usado por período prolongado a não ser que haja uma inflamação e que o médico o recomende. O uso prolongado pode causar irritações no estômago, problemas nos rins e cardíacos. Não tome além das doses recomendadas, para não elevar os riscos de efeitos colaterais.
Deve ser tomado com cautela por idosos ou pessoas com problemas estomacais, cardíacos, hepáticos e renais.
O remédio age contra a dor pouco depois de ser ingerido, ainda que o efeito anti-inflamatório seja mais fraco e leve mais tempo para começar a ser sentido.
Deve ser tomado na menor dose possível e pelo menor período de tempo possível.
Virtudes
- Age contra a febre alta, diminui a dor e a inflamação.
- Reduz a inflamação no ponto lesionado, portanto é mais eficaz contra a dor dos músculos e contra lesões corporais onde a inflamação é um fator.
- Segundo o AskDrSears.com, também funciona mais rápido e por mais tempo que o paracetamol, tendo efeito em 30 minutos e podendo durar até seis horas.
Defeitos
- O ibuprofeno pode agir mais rapidamente que o paracetamol, mas tem alguns efeitos secundários negativos, como o mal-estar estomacal. Se ingerido diariamente durante mais de duas semanas, seus produtos químicos ácidos que podem agravar úlceras estomacais e queimaduras na mucosa do estômago.
Analgésicos ajudam na redução da febre e de dores moderadas a leves, como dores de dente, cabeça e cólicas
- Convém ingeri-lo com a comida e, se seu uso for contante, com protetores estomacais. Não é comum que ele provoque hemorragia interna ou úlceras, mas é um fator de risco.
- Ele também pode reduzir a capacidade do corpo em formar coágulos sanguíneos. Por isso, o medicamento será menos eficaz para os pacientes com feridas grandes ou hemorragias consideráveis. O paracetamol não está associado a esses riscos.
- Em altas doses ingeridas por um período prolongado, pode elevar os riscos de derrame ou problemas cardíacos. Em mulheres, o uso prolongado pode estar associado à redução na fertilidade, mas esse quadro é reversível.

Veredicto final

Ambas as substâncias são analgésicos eficazes e redutores da febre. O ibuprofeno funciona um pouco mais rápido e tem efeito mais duradouro, além de reduzir inflamações.
O paracetamol é comparável em alguns aspectos, mas não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias. No entanto, tem menos efeitos colaterais, como problemas estomacais.
Nunca é demais lembrar que devem ser respeitadas as orientações da bula e que o uso jamais deve ser excessivo ou prolongado sem o devido acompanhamento médico.

Novo tratamento contra câncer de pulmão pode dobrar sobrevida de pacientes, diz estudo

  • 30 maio 2015
(Thinkstock)
Pesquisadores constataram que nova droga impede que células cancerígenas se escondam de sistemas de defesa do corpo humano
Um novo tratamento contra o câncer de pulmão pode mais do que dobrar a sobrevida de alguns pacientes, revelou uma pesquisa conduzida por cientistas americanos e europeus.
Segundo eles, uma nova droga, chamada Nivolumab, impede que as células cancerígenas se escondam dos sistemas de defesa do corpo humano, deixando o tumor mais vulnerável à ação dos anticorpos.
Os cientistas chegaram aos resultados após conduzirem um experimento com 582 pessoas. As descobertas foram publicadas na revista científica American Society of Clinical Oncology e descritas como "uma esperança real para os pacientes".
O câncer de pulmão é o mais letal, matando cerca de 1,6 milhão de pessoas por ano no mundo.
Como a doença é de difícil tratamento e normalmente tem diagnóstico tardio, as chances de sobrevida do paciente são significativamente reduzidas após a descoberta do tumor.

Defesas naturais

O sistema imunológico humano é treinado para combater infecções, mas também ataca partes do corpo quando elas apresentam um mau funcionamento ─ é o caso do câncer.
No entanto, tumores apresentam alguns "truques" de forma a sobreviver a esses ataques naturais.
Eles produzem uma proteína chamada PD-L1 que desliga qualquer parte do sistema imunológico que tenta atacá-los.
A Nivolumab faz parte de uma série de drogas chamadas "inibidores de checkpoint" sendo desenvolvidas por laboratórios farmacêuticos.
O medicamento impede que as células cancerígenas "desliguem" o sistema imunológico, deixando-as vulneráveis ao ataque do próprio corpo humano.

Câncer de pulmão

(Thinkstock)
Câncer de pulmão é o mais letal, matando 1,6 milhão de pessoas por ano no mundo
O experimento, conduzido na Europa e nos Estados Unidos, foi realizado em pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado e que já haviam recorrido a outros tipos de tratamento.
Aqueles que se submetiam ao tratamento comum viviam, em média, 9,4 meses após iniciar a terapia, enquanto que os que tomavam Nivolumab viviam, em média, mais 12,2 meses.
No entanto, alguns pacientes tiveram um desempenho espetacular. Aqueles com tumores que produziam altos níveis de PD-L1 chegaram a viver por mais 19,4 meses.

'Marco'

Os dados foram apresentados pelo laboratório farmacêutico americano Bristol-Myers Squibb.
Responsável pela pesquisa, Luis Paz-Ares, do Hospital Universitario Doce de Octubre, em Madri, na Espanha, disse que "(Os resultados) representam um marco no desenvolvimento de novas opções de tratamento contra o câncer de pulmão".
"Nivolumab é o primeiro inibidor PD-1 a mostrar um avanço significativo na sobrevivência média na terceira fase do experimento em pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado".
Outras companhias vêm testando drogas similares.
Martin Forster, do Instituto do Câncer da University College London (UCL), está testando algumas delas.
"A notícia é muito animadora. Acho que essas drogas vão representar uma mudança de paradigma sobre como tratamos câncer de pulmão”.
Ele disse que, atualmente, se a quimioterapia fracassar, os índices de sobrevivência do paciente são "muito baixos".
"Mas naqueles que respondem a imunoterapia parece haver um controle mais prolongado da doença; acho que se trata de uma grande mudança no tratamento contra o câncer de pulmão", acrescentou.

'Esperança real'

(Thinkstock)
Tabagismo é um dos principais causadores de câncer de pulmão
A ONG Cancer Research UK disse que usar o próprio sistema imunológico do paciente para combater a doença seria uma "parte essencial" do tratamento contra o câncer de pulmão.
Em entrevista à BBC, Alan Worsley, porta-voz da instituição, disse que o "experimento mostra que bloqueando a habilidade do câncer de pulmão de se esconder das células do sistema imunológico pode ser mais eficiente do que os atuais tratamentos quimioterápicos".
"Avanços como esse dão esperança real a pacientes com câncer de pulmão, que até agora tinham poucas opções".
Cientistas esperam que essas drogas possam funcionar em diferentes tipos de câncer. A Nivolumab, por exemplo, foi aprovada nos Estados Unidos para tratar o melanoma (câncer de pele).
Mas ainda há questões a serem respondidas.
As consequências de longo prazo de modificar o sistema imunológico ainda são desconhecidas e o melhor caminho para entender quem responderá ao tratamento também não é sabido.
Os tratamentos também tendem a ser muito caros, o que representará um desafio aos sistemas de saúde dispostos a oferecê-los.

quarta-feira, 27 de maio de 2015


         Em três oportunidades diferentes, sendo entrevistado por institutos de pesquisa no final do ano passado, fiquei intrigado com uma das questões. "Sua religião?" Naturalmente, respondi, Umbandista. Automaticamente, os pesquisadores marcaram um "x" em "Espírita. E, nas três oportunidades, pedi para que marcassem em "Outros" e registrassem a palavra Umbandista. Inclusive, isto me recorda o Censo de 2000, quando a questão não foi feita ou seja, todos os Umbandistas da residência, não foram considerados.

          Será que há interesses que desconhecemos ou foi uma distração?


          Na matéria: "Umbanda e Candomblé estão encolhendo no País", de Chico Otavio e Toni Marques, publicado em diversos jornais do País, na primeira semana de janeiro de 2005, chamou-me a atenção, pois mais uma vez, as referências estatísticas do IBGE, me forçaram ao raciocínio. 


Pelos registros do Censo de 1991 e 2000, no Brasil, o número de Umbandistas caiu de 541 mil para 397 mil, considerando os seus 5560 municípios. Por conseqüência, a média de Umbandistas caiu de 97 para 71 e, pela tendência, cada município hoje deve ter aproximadamente 50 Umbandistas e daqui a 20 anos "encherá uma kombi"! Creio que o dado não reflita a realidade, pois certamente, há muito mais Umbandista do que se imagina.

          Por outro lado, deve-se considerar que nas duas últimas décadas do século passado, houve um real e grande esvaziamento do Movimento Umbandista, devido ao surgimento de movimentos filo-religiosos, que apresentaram uma abordagem simples para a "entrada no Paraíso", criando-se grandes corporações, que disputam dia-a-dia, volumes consideráveis de dinheiro no "mercado da fé", em detrimento ao estímulo ao esforço individual para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Tornando, portanto, o Movimento Umbandista como principal alvo do mercado, visto que é, teoricamente, mais fácil pagar pela salvação, do que se esforçar por ela.


          Mas o quadro está aí, para quem quiser ver! Em cem anos, temos o registro do "surgimento" da Umbanda, suas reais e incontestes dificuldades até a década de 40, o seu crescimento espontâneo (diga-se de passagem, sem os recursos atuais da tecnologia e comunicação) e, de repente, um esvaziamento... Não houve atualização? Valores individuais sobrepuseram aos coletivos? Houve uma falsa percepção de poder? Será que não está na hora de parar de "olhar o próprio umbigo"? Será que a questões menores de vaidade, inveja, orgulho e egoísmo, que tanto as "Crianças", "Caboclos" e "Pretos-Velhos" nos ensinam a evitar, não estão sendo assimiladas? 


          "Grãos de areia formam montanhas"! Alguém se lembra de quem foi a primeira pessoa a cumprimentar o atual Presidente da República, no momento da posse, nos salões do Palácio Alvorada? Isto mesmo, um representante dos ditos Cultos Afro-Brasileiros! Ora, o que foi feito com aquele momento? Qual foi a repercursão? Nada! Era digno de registro por todos aqueles de que certa forma estão ligados em suas raízes religiosas. Mas, não, creio que só eu tenha percebido.


          Talvez, um dos maiores problemas seja o da falta de raciocínio ou estímulo ao pensamento. Quando surgem iniciativas para este fim, a primeira, segunda, terceira tentativas é a de criar situações para o desaparecimento das idéias. Graças a Deus, isto mesmo, a Zamby de Preto-Velho e Tupã de Caboclo, temos um instrumento na mão, que querendo ou não, democratiza a informação, a Internet. Então, vamos usá-la! Vamos abrir espaços e ampliar os existentes para discussão, de forma inteligente, saudável e, principalmente, barata. Eficiência e eficácia ao alcance de todos.


          Afinal, quantos somos? Onde podemos encontrar o eco? Morei alguns anos em Curitiba e "não conheci nenhum Umbandista", apesar da existência, na época, de 16 Federações de Umbanda. Onde estavam os Umbandistas? As pessoas têm receio de dizer que são Umbandistas? Outro fato curioso é que um dos ícones na nossa história dos Cultos de Nação no Brasil, conhecida aqui e no exterior como a "Menininha do Gantois", sempre que inquirida nos Censos, dizia-se católica. É, ...


          Organizar o Movimento Umbandista não é tarefa fácil, se é que é possível, pois além dos aspectos culturais, regionais, étnicos e sociais, encontramos nesta "colcha de retalhos" muitas posições sobre "status quo" e "segredos de santos". Um dos maiores receios de muitos dirigentes de Terreiros é tornar público um conhecimento, infligindo ao seu detentor, a "perda de poder", estimulando portanto, a permanência (sic!) da tradição oral. Há centenas de anos, na origem das nossas raízes ameríndias, africanas e heleno-semitas, justificava-se, não haviam recursos abundantes para registros, poucos sabiam ler e escrever e algumas líguas não tinham a respectiva escrita. Assim, a tradição forçosamente tinha que ser oral e, por sua vez, considerando as pequenas comunidades, os escolhidos passavam a vida inteira ouvindo e falando sobre um determiando tema. Hoje, creio que seja difícil, só se abandonarmos as cidades e formos viver nas selvas desde crianças.


          Este estado de "não organização" ocorre a partir de alguns pressuostos: 1) Com algumas exceções, o Movimento Umbandista é caritativo, diferente de movimentos filo-religiosos comerciais; 2) Se a classe média foi a mola propulsora nas décadas de 40 a 70, esta mesma classe média ou melhor, o que resta dela está mais preocupada com a sua sobrevivência, omitindo-se de sua responsabilidade no processo, se é que tem; 3) Grande parte dos integrantes do Movimento Umbandista não está interessada em livros e estudos; 4) As Federações e Associações existentes, na sua grande maioria, não são reconhecidas. No Brasil, com tanta tutela, mandos e desmandos, envios e desvios, qualquer tentativa de "formalização" será inócua, se "as lideranças" não forem "ouvir as bases". Pesquisa é necessário. Caso contrário, será um teatro, pois as pessoas não estarão comprometidas com o principal, que é o essencial.


          Outro dia, acidentalmente, fui a um encontro onde, pelo que pude perceber, estava-se ensaiando algum tipo de normatização. Digo perceber, pois o grupo, pelo que parece, estava fechado, não me perguntaram quem eu era, o que estava fazendo ali e nem expuseram o que era o contexto. Fui embora antes do término, apenas com especulações à respeito. De certa forma preservei-me, mas escapou a oportunidade de oferecer o acesso a instrumento de comunicação, que é o primeiro site sobre Umbanda na Internet, que este mês completa 10 anos, com mais de 1 milhão de visitas. 


          Antes de se buscar uma "federalização", sindicalização", têm-se que buscar uma "associação", para que, mesmo nas divergências conceituais ou práticas, haja uma convergência de fortalecimento cultural.


          Naturalmente, alguns passos devem ser observados. Em primeiro lugar, determinar a sua identidade. Apesar de sempre repetir que a Umbanda não tem nacionalidade, mas em termos práticos, a Umbanda é a ÚNICA Religião Brasileira. Foi criada, moldada e amalgamada no Brasil. Isto é História! Se não o fosse, a Umbanda teria surgido espontâneamente na América do Norte, na América Central e em toda América do Sul. Não nego a Raiz Africana um de seus pilares, entretanto temos as "coisas nativas", específicas do Brasil e influências diretas da Europa e do Oriente, através do Judaísmo-Cristão. Para quem não sabe ou não se lembra, Cristo, sincretizado com Oxalá, era Judeu. A Igreja Católica tem toda a sua fundamentação no Judaismo-Cristão institucionalizado por Simão (Pedro), diferente da Igreja Ortodoxa, que foi moldada no Helenismo-Cristão, através de Paulo.  Outro dia, num encontro tido como Afro-Brasileiro, alguém manifestou "e pajelança?" ou outro respondeu: "não entra porque é coisa de índio"; Pode?


          Exemplos sobre estas dificuldades são muitos. Há uma resistência em se registrar informações para as gerações futuras:Um exemplo recente foi a reação contrária em função de se levar a Umbanda para o meio acadêmico, a Faculdade de Teologia de Umbanda em São Paulo, que por "acaso" há uma resistência, não do meio acadêmico, e sim de alguns setores do Movimento Umbandista.


          O que é, como posso compreender a pratica Umbanda?


          Creio que um desvio no início do movimento é que tenha e tem causado a nossa "salada de frutas". Talvez, o posicionamento inicial, como sendo "Culto Afro-Brasileiro" é que provocou a dissensão entre os seus seguidores, pois a falta da identidade inicial, causou a generalização, fazendo com que cada um desse um peso maior a sua crença de origem. Há quem diga, por exemplo, que ela é Cristã. Pessoalmente não concordo, pois Ela é contexto e não parte. E, sendo contexto, Ela é anterior ao advento de Cristo. Assim, para a nossa realidade da forma, Cristo é e pregava os valores de Umbanda.


          Criando-se a identidade a partir dos seus valores básicos, talvez a perspectiva de "rotular" a Umbanda como religião seja mais fácil. Alguns princípios e valores norteiam os praticantes de Umbanda. Assim, crendo-se na existência de um Deus único; Crendo-se numa hierarquia espiritual através da qual Deus emana a Sua Vontade; Crendo-se em entidades espirituais em evolução; Crendo-se em guias; Crendo-se existência da alma; Crendo-se na diversas modalidades de prática mediúnica, como forma de desenvolvimento espiritual e de prática de caridade; Crendo-se na movimentação de energias e utilização dos recursos naturais (dos reinos vegetal, animal e mineral) para louvação, pedidos, curas, prática do bem, etc; está-se praticando Umbanda. 


O que não se encontrar neste entendimento, não é Umbanda (isto, repito, considerando sempre a nossa realidade da forma). 

          Talvez, este seja um caminho. O resto, é adereço. Por exemplo, o Pai Velho e o Caboclo que me assistem, utilizam-se do tabaco. Mas em outros locais, talvez não o utilize, e daí? Se os "credos" acima são praticados, não importa.
          Assim, independentemente de nomenclaturas, símbolos, referências arquétipas, espaços, instalações, cores, o ponto é, o que A norteia. A Umbanda, felizmente, permite este ecletismo de entendimento, não ficando engessada e presa a tabus. Não importa se acredito que tal Entidade é de uma falange ou Vibração Ancestral e não de outra. O que importa é que tal Entidade Espiritual está desenvolvendo e praticando a sua Missão. Assim, se eu creio que a Cabocla de Iansã é uma Chefe de Falange da Vibração Ancestral de Yemanjá, não importa. Se outro acha que Ela é um Orixá Maior ou mesmo da Vibração de Xangô, não importa. O que importa é que as energias desta Cabocla de Iansã sejam canalizadas para o bem comum. Assim, todos os rótulos são adereços e acessórios do que compreendemos como Umbanda.
         

 Creio que o primeiro passo é o de se identificar, sem nominações, a Missão de Umbanda e quais os Valores e Princípios que a norteiam, para a nossa realidade da forma. Em seguida, ter em mente que a Umbanda é uma Religião e não um Culto Afro-Brasileiro, senão, teremos que reclassificar e mudar a forma de tratamento de todas as religiões (Por exemplo, a Religião Católica, os Evangélicos, ou o Cristianismo de uma forma geral, estaria classificado em Cultos Judaicos-Cristão, afinal, Cristo era judeu e não renegou o Deus que acreditava. Apenas, mudou a forma!)

          Logo, colocar debaixo de um mesmo "guarda-chuva" crenças diferentes, não funciona. Diria até que é uma forma prestigiar grupos, dificultando veladamente a sua interação e crescimento.


          Agora, fica a pergunta: há uma preocupação real em fazer com que a "Umbanda mostre a cara" ou pessoas desejam que Ela permaneça velada, retornando à clandestinidade?



Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos seus sentimentos e contagiante harmonia nas suas ações, com prosperidade, força e minha benção.
Selo Astral de Mestre Thashamara

THASHAMARA

Religião x Dinheiro

Sabemos que muitos se  embrenham nas Religiões, parcialmente ou unicamente visando o interesse financeiro. Nestes longos anos de aprendizado...