quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 4: A Ascensão da Consciência....

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 4: A Ascensão da Consciência....: Por: Gregorio Lucio Seguindo nosso conjunto de escritos  a respeito do estudo do transe de Incorporação como um recurso fundamental p...

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 2: A interpretação Psíquica e...

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 2: A interpretação Psíquica e...: Por: Gregorio Lucio Abordaremos os aspectos da interpretação Psíquica e Espiritual envolvidos no fenômeno de Incorporação, próprio ao...

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 1: A Manifestação

Umbanda de Nego Véio: Incorporação - Parte 1: A Manifestação: Por: Gregorio Lucio Pretendemos, a partir de agora, iniciar nosso compêndio tratando especificamente do fenômeno de Incorporação,  ...

LANÇAMENTO: A HISTÓRIA DA UMBANDA VOL. 2.

LANÇAMENTO: A HISTÓRIA DA UMBANDA VOL. 2.: Umbanda é coisa séria pra gente séria - Caboclo Mirim. Mais um livro de Diamantino Fernandes Trindade.      A história da U...

Oração Umbandista: Oração aos Pretos Velhos e Pretas Velhas

Oração Umbandista: Oração aos Pretos Velhos e Pretas Velhas: (Vovó Maria Conga de Aruanda e Pai João de Aruanda) Amado Pai Maior, de joelhos peço Vosso amparo divino neste momento. Envie...

Oração Umbandista: Conversando Com Jesus

Oração Umbandista: Conversando Com Jesus: Olá Senhor Jesus Vou a ti para pedir que leve essa minha mensagem ao nosso Senhor: Deus Pai "Diga a ele, que mesmo sem...

Oração Umbandista: Oração de Encerramento dos Trabalhos

Oração Umbandista: Oração de Encerramento dos Trabalhos: Senhor Deus, pai justo e misericordioso, infinitamente sábio e poderoso, nós humildes filhos vossos, agradecemos as graças que nos tend...

Oração Umbandista: Oração a São Miguel Arcanjo

Oração Umbandista: Oração a São Miguel Arcanjo: Amado São Miguel Arcanjo, herói e príncipe dos exércitos celestes, nosso maior condutor depois do Cristo Jesus, Dignai-vos a perm...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Verdade inquestionável !!!!!!!

 O Espelho de Gandhi

O Espelho de Gandhi
Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu: "A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.  
A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e que as pessoas são gratas, se eu sou grato. 
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim. 
Quem quer ser amado, ama. O caminho para a felicidade não é reto. Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: um estepe chamado DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um motorista habilidoso chamado DEUS!"

Gandhi

























































terça-feira, 28 de outubro de 2014

Palestra no Portal de Sananda (GAF), nesta segunda-feira 27/10/14:
Tema: "Corpo espiritual"
No corpo espiritual, também chamado de perispírito, o Espírito estrutura os meios pelos quais possa se expressar no físico.
O corpo perispiritual modela o organismo material segundo a necessidade do Espírito, por isso, cada indivíduo possue o corpo de que precisa para evoluir.
É nas atividades, nas experiências vivenciadas e no conhecimento já sedimentado, que todos os recursos necessários à evolução e ao progresso dos indivíduos, se desenvolvem.
O corpo espiritual, por impulso do Espírito, comanda todo comportamento físico-psíquico-somático do corpo físico através de sete centros de força... os chakras.
Quando o indivíduo adentra à espiritualidade pela desencarnação, é no corpo espiritual que ele, vestindo, pode se expressar...
Ao desencarnar, somos nós mesmos.
Passamos a viver uma continuação a tal ponto semelhante à física, que muitos sequer se apercebem ter deixado a Terra.
É que levamos para o além túmulo todas as nossas tendências e concepções para sermos submetidos às Leis de aprendizado e reparação.
A vida é uma só e se desenvolve alternadamente em planos diversos sendo por isso, o corpo espiritual, a ferramenta perfeita para o Espírito se manifestar e evoluir.
No físico o corpo perispiritual realiza a construção dos recursos necessários à evolução do indivíduo.
Realização que precisou de milênios de esforço, experiência e aprendizado nas incessantes manifestações do Espírito na Terra.
Tema: "O amor e os instintos"
Transmutar é fortalecer todo sentimento nocivo, deve ser o objetivo maior do ser em evolução.
Por isso, transformar e desenvolver os instintos em emoções sadias pela percepção da realidade da vida e das coisas, é necessário e urgente.
Desenvolver os instintos para bons sentimentos, libera das más expressões remanescentes do período primário como a cólera, o ciúme e as paixões doentias que perturbam e desequilibram.
Na fase inicial desse desenvolvimento, as sensações que se exteriorizam e predominam são a dor, aflição, desilusão e as emoções ainda grosseiras e impulsivas.
Para romper a cadeia dos instintos primitivos é preciso usar do mais importante sentimento, o Amor.
Quando o amor é canalizado por uma mente desperta, ele se agiganta pelo conhecimento objetivo, lúcido e capaz de liberar dos efeitos rigorosos dos instintos inferiores.
O amor é alicerce vigoroso na construção de uma personalidade equilibrada que faculta o despertar do "Eu profundo".
Mas, se usado na ilusão da matéria, o amor desperta paixões e desejo, tornando-se instrumento de escravidão moral, transtornos emocionais e compromissos perturbadores.
É necessário controlar e educar as emoções corrigindo hábitos viciosos e valorizando as boas experiências.
O amor é o bem maior a ser conquistado e, em cujo empenho todos devem aplicar seus mais valiosos recursos e esforços.
Quando incondicional ele se expande em relação à natureza, ao próximo, ao Poder Criador abrangendo todo o Cosmo.
Tema: "Percepção"
No processo evolutivo, o que mais importa buscar é a percepção da realidade espiritual pelo despertar consciencial.
Quando a percebemos,nos é possível verificar quais comportamentos, decorrentes dos vícios e paixões primitivas, estão impedindo nosso bom caminhar.
A percepção possibilita o conhecer os próprios limites e saber quais possibilidades de discernimento podem nos auxiliar na libertação das amarras dos nossos débitos.
Através da percepção também é possível avaliar os obstáculos que impedem nosso crescer interior.
O ato de perceber ajuda, nos dá coragem para extirparmos as cargas vibratórias negativas que ainda pesam e nos prendem.
O auto-conhecer é muito valioso na transmutação de sentimentos, emoções e energias ruins, geradores de desequilíbrio e sofrimento.
É nessa luta que a seiva do amor se faz necessária para a canalização de vibrações superiores.
É que o amor se faz presente em nós desde a criação, ajudando-nos a passar pelas etapas de evolução (instinto, inteligência e consciência) até nosso despertar para a compreensão de nós mesmos.
O amor é instrumento que auxilia no libertar das algemas dos vícios e das seduções.
É o poder Criador e responsável pelas obras grandiosas da Criação e, que precisa ser urgentemente exteriorizado e compartilhado.
Percepção é intuição, que seja real sua aplicação.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014


GRATIDÃO 
A CHAVE QUE ABRE O PORTAL PARA A ABUNDÂNCIA


“A gratidão desbloqueia a plenitude da vida. Ela transforma o que temos em suficiente e mais. Ela transforma negação em aceitação, caos em ordem, confusão em clareza. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo.” 
~ Melody Beattie ~


Quem não gostaria de encontrar a chave para viver uma vida melhor ?
Não é preciso dinheiro ou um enorme esforço para atingir esse objetivo.

A verdade é que atrair abundância para a nossa vida é muito mais simples do que pensamos.
É tudo baseado no pensamento e na percepção.

Nós sequer compreendemos o imenso poder que tem os nossos pensamentos.
O que focalizamos cresce, essa é a lei do Universo.
  
Quando vivemos nossas vidas com gratidão ou apreciação pelo que temos, nós ocupamos nossa mente com otimismo. Quando focamos o que nos falta, nossa mente se torna cheia de negatividade gerando pensamentos de amargura, inveja e ressentimento.

Viver uma vida de gratidão é o que traz abundância em nossas vidas. Quanto mais formos gratos por todos os presentes grandes e pequenos, mais abundância atraímos para nós.

Ter gratidão significa ser grato pelos muitos dons e bênçãos que temos. Muitas pessoas dizem que eles são gratos, ainda que se encontrem experimentando pensamentos negativos quando a vida não segue do jeito que ela espera.

Muitas pessoas dizem que elas têm pouco para agradecer quando na realidade elas têm muito mais do que pensam. É tudo baseado no ponto de vista e nosso ponto de vista é algo que controlamos conscientemente.

Todos nós temos a capacidade de mudar o nosso pensamento. Podemos tomar qualquer situação na vida e encontrar algo de bom nela, se essa é a nossa inclinação. Coisas boas e más acontecem na vida todos os dias. A perspectiva que optamos por focar é inteiramente nossa.

Nós vivemos em um mundo “material”. Nós todos queremos coisas boas e muitos de nós sonhamos em nos tornar ricos. Muitos de nós equiparamos a riqueza com o dinheiro. E todos nós queremos uma vida harmoniosa. Não é uma coisa errada esta maneira de pensar, desde que aceitemos o que vem no nosso caminho.

Como a canção dos Rolling Stones diz: “você não pode ter sempre o que você quer, mas se você tentar algumas vezes você vai conseguir o que você precisa.” 

Nossas esperanças, desejos e sonhos são o que nos motivam a atingir as metas. As provações e tribulações da viagem dos nossos interesses nos levam adiante e é como nós aprendemos e crescemos.

Não podemos escolher quando queremos ser gratos, nós não podemos usar o nosso agradecimento apenas para um resultado esperado particular. Ele não funciona dessa forma. E, além disso, esta forma de pensar é baseada na suposição de que nós ainda não temos abundância em nossas vidas.

Estudos da Física quântica estão confirmando que a matéria e a realidade podem ser alteradas pelos nossos pensamentos. A Lei da Atração, um dos cinco princípios fundamentais da existência, nos diz que “semelhante atrai semelhante.”

É um fato científico que os pensamentos são energia. Os neurônios em nosso cérebro produzem pensamentos. Se a energia segue a energia, então a energia segue o pensamento.

Para colocar em termos mais simples, atraímos aquilo que colocamos para fora.

O Universo não é tendencioso, ele não determina se um pensamento é bom ou ruim. 
Ele só responde às vibrações que colocamos para fora. 

Quando vivemos a vida com sincera gratidão e apreço, mudamos a vibração da nossa energia e atraímos mais do que nós queremos. O que pensamos é o que recebemos e gratidão é a chave.

Por outro lado, quando nos concentramos no que nos falta, nós criamos bloqueios e limitações. Ficamos aprisionados pela vibração da nossa energia negativa. Como resultado, nós atraímos o que pensamos o que neste caso é a negatividade.

Como eu disse, nossos pensamentos são muito poderosos. Ninguém deliberadamente interrompe o fluxo da abundância que entra em sua vida. Aqueles que fazem isso não percebem que estão fazendo. Alguns de nós já entendemos, ou tiveram o prazer de aceitar esta verdade pelo valor de face e aplicá-la.

Para os céticos e negativistas a única prova é a própria prova, viver uma vida de gratidão é a única maneira de provar a sua eficácia e compreender o imenso poder dela. O Universo é infinitamente abundante, só temos de permitir que ele faça o que ele faz melhor e aprender a trabalhar em harmonia com ele. Nós conseguimos isso através da prática do pensamento positivo, através de um esforço consciente para “seguir com o fluxo”.

A gratidão pode ser encontrada nas coisas mais simples, como ter um lugar quente e confortável para dormir ou ter água corrente e eletricidade. Qualquer pessoa cuja vida foi afetada por desastres naturais como furacões e tornados ou grandes inconvenientes no estilo de vida como falta de energia e falta de água, rapidamente percebe o quanto elas têm recebido.

E quando nós ou alguém que amamos fica doente ou tem um declínio na saúde, de repente percebemos o quanto nós tomamos a nossa saúde como um dado adquirido. Cada respiração que tomamos é um presente e um milagre. Imagine a outra alternativa.

Muitas pessoas relacionam abundância com dinheiro. Às vezes isso é verdade, mas a abundância vai muito além das posses que temos ou a situação em que estamos.

Ser grato é aceitar. Este princípio pode ser fácil de entender, mas pode ser muito difícil quando nossas circunstâncias atuais são menos do que desejáveis. Nós somos criaturas de hábitos. É preciso um enorme salto de fé para acreditar em algo que nunca reconheceu trabalhar em nossas vidas antes.

Alguns podem pensar: “Claro que esta maneira de pensar funciona para ela, mas nunca funcionou para mim. Eu sou muito azarado”. Outros podem não se permitir pensar de outra maneira porque inconscientemente acreditam que eles não merecem prosperar. Em qualquer caso, a negatividade gera negatividade.

Quando nos preocupamos ou resistimos, atraímos aquilo que tememos.

Ter gratidão não significa negar que existem problemas. As experiências e os desafios que enfrentamos no decorrer de nossas vidas são muitos. O que isto significa é que incorpora uma prática simples que faz com que seja mais fácil aceitar essas experiências.

O Universo é perfeito. Compreender esse conceito é saber que nada no Universo jamais dá errado. Há uma ordem maior e um maior plano para tudo o que é, foi e sempre será. 

A nossa atitude sobre nossas experiências de vida é baseada em nossa percepção. Todo mundo vê ou experimenta a vida de um ponto de vista único. No entanto, todos nós vivemos no mesmo mundo. Não é o mundo que é diferente, é o nosso ponto de vista.

Por exemplo: Uma pessoa reservou um voo com uma companhia aérea para sair de férias. Ela chega ao aeroporto e descobre que devido a um problema de tempo, o vôo foi cancelado. Ela fica furiosa porque foi prejudicada e seus planos foram alterados. Ela começa a agredir alguém dentro da faixa que faz parte da companhia aérea. Decidiu que tudo sobre sua viagem agora está arruinado, ela cancela todos os seus planos e passa o resto da semana pensando nisto. Ela culpa a companhia aérea por estragar tudo e jura nunca mais reservar um voo com eles novamente.

Agora vamos falar sobre a pessoa “B” que está na mesma situação. Ela entende o fato de que a companhia aérea cancelou o plano pela segurança de seus passageiros. Embora ela esteja decepcionada e não contente com o inconveniente (ninguém ficaria), ela vê isso como um sinal de proteção do Universo e faz uma pequena oração de gratidão. Ela está disposta a aceitar se suas férias é para ser assim, isso vai acontecer. Amanhã é outro dia, ela verá o que o dia traz.

Isso é o que eu estou falando, na mesma situação a percepção é diferente. A pessoa “A” tomou uma postura de vítima com raiva. A pessoa “B” optou por se concentrar em gratidão, em vez de permitir que seus pensamentos negativos assumam. Esta foi uma decisão consciente de ambas as partes.

Quem tem mais poder ?

A pessoa “B”, porque ela é a criadora da sua circunstância.
Ela assumiu o controle de seus pensamentos.

Por outro lado, ao escolher ser uma vítima de sua circunstância, a pessoa “A” perdeu o seu poder pessoal. Ela já não está no controle, ela permitiu a negatividade levá-la novamente.

Nós não temos que procurar abundância. Nós todos temos isso. Nós apenas temos que acreditar no que fazemos. A prática da gratidão requer muito pouco esforço da nossa parte e os ganhos são enormes. Se isso faz sentido, você provavelmente está se perguntando como você pode mudar sua maneira de pensar.

Você pode fazer isso, prestando atenção nos seus pensamentos e interações, tornando uma prática de simplesmente dizer “obrigado” pelas pequenas coisas, como presentes ou gestos amáveis ​​que graciosamente surgem em seu caminho e para aqueles que os trazem. Se não é uma pessoa para agradecer, diga assim mesmo.

Todos nós conhecemos pessoas, ou talvez sejamos nós mesmos culpados ao não aceitarmos graciosamente um presente. Dizendo coisas como: “Oh, você não precisava ter comprado”, “Isso não era necessário”, ou “por que você teve esta essa despesa”, quando deveríamos simplesmente dizer “Obrigado”.

Vamos mudar a nossa maneira de pensar, assumir a responsabilidade por nossa parte e reconhecer algo positivo sobre todas as situações em que nos encontramos. Fazendo isto através da aceitação de que somos tão dignos dos dons universais infinitos como qualquer outra pessoa e permitindo as coisas boas fluírem em nossas vidas.

Fazendo isto com fé de que Deus, um Ser Supremo, ou o Universo ouve nossas orações de agradecimento. Há uma teoria de que a gratidão baseada na fé é a forma mais poderosa de todas as gratidões expressas.

Quando mostramos gratidão à vida, a vida mostra gratidão a nós. 
Quando somos gratos pelo que temos, temos mais para ser gratos. 
É simplesmente a lei da atração.

Uma ótima maneira de impulsionar a prática da gratidão é fazer uma lista mensal de trinta coisas sobre sua vida que você é grato. Isso lhe dará um foco na gratidão para cada dia.

Algumas pessoas acham que é útil ter um diário de gratidão e uma prática diária de escrever todas as coisas pelas quais são gratas. Algumas pessoas gostam de fazer passeios de gratidão onde se pode calmamente refletir sobre a vida, ou olhar ao redor e encontrar as coisas na natureza para ser grato.

Quando você optar por fazê-lo, em pouco tempo com a prática, a sua capacidade de apreciar se tornará uma segunda natureza.

O dom do empoderamento vem quando a gratidão está firmemente colocada em nossas vidas. Então nós temos esta realização para adicionar à lista de coisas que somos gratos. É um ciclo sem fim que vai e volta.

Desenvolver esta prática e mudar a nossa perspectiva, portanto, permite que a abundância flua, nos abrindo todas as possibilidades que existem no Universo. O objetivo final é manter a abundância em um fluxo constante. Nós nunca queremos acumular nossa abundância que só irá bloquear o fluxo. Ao partilhar nossos dons, ficamos em harmonia com o Universo.

Uma das mensagens mais importantes a tirar de tudo isso é que o Universo tem um sincronismo perfeito. Tudo acontece quando é para acontecer não porque queremos que aconteça. Honrar essa verdade universal irá suavizar o golpe de cada decepção que pode enfrentar na vida.

Para citar Brian Tracy, “Desenvolva uma atitude de gratidão e dê graças por tudo o que acontece com você, sabendo que cada passo em frente é um passo para alcançar algo maior e melhor do que a sua situação atual”.

©Randi Belas

Por favor, respeite todos os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2014/10/gratidao-chave-que-abre-o-portal-para.html
Fonte e tradução: http://portal2013br.wordpress.com/2014/10/15/gratidao-a-chave-que-abre-o-portal-para-a-abundancia/
Texto postado por Celia Gilman no ning Anjo de Luz
Grata Celia!

LUZ!
STELA

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Lógica de Einstein

Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma
tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente,
o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e
começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que
havia acontecido,
 
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido
quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, o gênio Albert Einstein que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples, respondeu o Einstein.
- Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz.

"Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os
escolhidos".

Fazer ou não fazer algo, só depende de nossa vontade e perseverança.
(Albert Einstein)

Conclusão:
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua
consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de
você. E o que os outros pensam, é problema deles.
 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O EGO E O ESPÍRITO
É necessário para a saúde espiritual abandonar vícios grosseiros, pensamentos nocivos e emoções negativas. Quando o ego negativo é o imperador do espírito, pouco este poder fazer. Como centelha divina e pura, o espírito espera pacientemente que todas as etapas sejam superadas pela consciência incipiente do ego.
Há grandes gigantes que se interpõem entre o ego negativo e o espírito. O primeiro luta com todas as forças para sobrepujar-se, custe o que custar, perante si mesmo e principalmente sobre os outros. O ego pretende ser o centro do universo, manifestando seu egocentrismo exacerbado em qual dimensão vibratória se encontre.
O ego negativo encarnado não difere do ego negativo desencarnado. Cada um é e está de acordo com seu patamar vibratório e evolutivo. Escolher superar o ego negativo é a grande questão. Em planetas densos como este o ego negativo encontra ótimas oportunidades para superar alguns desvios. Se apenas alguns puderem ser identificados e trabalhados, a superação dos mesmos será alcançada com grande possibilidade de vitória.
Difícil cenário pessoal? Sim, porém necessário. Quantos e quantos aproveitam com aceitação sua reforma interna e seguem em frente! E quantos e quantos desperdiçam as oportunidades!
Ser feliz é desapegar-se das amarras da ilusão do ego, grande dificultador na caminhada em direção à luz do nosso Pai que está no Paraíso!
Eu vos abençôo.
Sananda. 17.10.14

sábado, 18 de outubro de 2014

A CORDA DO DESTINO – REFLEXÕES SOBRE A EXISTÊNCIA ...

A CORDA DO DESTINO – REFLEXÕES SOBRE A EXISTÊNCIA ...: A "Corda do Destino" - Reflexões Sobre a Existência Humana. Uma tentativa de “olhar” pela Sabedoria de Ifá. Por Norberto...

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Teologia de Umbanda - Alexandre Cumino

UEAD - Aula FREE 04 - Teologia de Umbanda

UEAD - Aula FREE 03 - Teologia de Umbanda

UEAD - Aula FREE 02 - Teologia de Umbanda

UEAD - Aula FREE 01 - Teologia de Umbanda

Os Cristais na Umbanda.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

PAI NOSSO EM ARAMAICO E TRADUÇÃO EM PORTUGUES !


Texto do PAI NOSSO em Aramaico Transliterado
"Abvum d'bashmaia
Netcádash shimóch
Tetê malcutách Una
Nehuê tcevianách aicana
d'bashimáia af b'arha
Hôvlan lácma d'suncanán
Iaomána
Uashbocan háubein uahtehin
Aicána dáf quinan shbuocán
L'haiabéin
Uêla tahlan l'nesiúna.
Êla patssan min bíxa
Metúl dilahie malcutá
Uaháila
Uateshbúcta láhlám.
ALMÍN. "
Tradução do PAI NOSSO, a partir do Aramaico
" Pai-Mãe, respiração da Vida, Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos !
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho Respirando apenas o sentimento que emana de Você.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Não nos deixe sermos tomados pelo esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.
AMÉM.
Pai Nosso Hebraico
Avnu shebashamaim itkadash shemehá. Tavô malcutechá iassé retsonchá baárets caasher na'assá bashamaim.
Ten-lanu haiom lechem chuknu. Uslách-lanú et-ashmatenu caasher solchim anachnu laasher ashmu lanu.
Veal-tevienu lidei massá. Ki in-hatsilenu min-hará.
Amen.
Pai nosso dos céus, santo é o teu nome, venha o teu reino, tua vontade se faz na terra como também nos céus.
Dá-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoamos as culpas de nossos devedores.
Não nos deixes entregues à provação; porque assim nos resgatas do mal.
Amém (ou, que assim seja, que possa ocorrer assim).

Que a Divina Luz esteja entre nós 
Emidio de Ogum 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Quem és, Exu?

 Quem és, Exu?: Quem és, oh Elegbara!? Que com teu falo em riste deixava estupefatos os zelosos sacerdotes do clero católico. S...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

De Coração a Coração: MENSAGEM DE MÃE MARIA

De Coração a Coração: MENSAGEM DE MÃE MARIA: MENSAGEM DE MÃE MARIA recebida por Jane M. Ribeiro SP-03/06/2014 Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e coraç...
 
 
 
SURGIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Elio Mollo
em 01/11/2012

NASCIMENTO DE DENIZARD-HIPPOLYTE-LÉON RIVAIL

Lyon é uma das maiores cidades francesas, situa-se na junção do Ródano (Rhône) e do Saône e foi fundada em 43 a.C. sobre a colina de Fourvière como uma colônia romana por Munatius Plancus, um tenente de Julio Cesar.

Lyon, primeiramente, foi chamada de Lugdunum cujo significado era  "monte de luzes" ou "o monte de corvos".

O imperador romano Cláudio foi natural de Lyon e foi o primeiro nascido fora da península itálica. Caracalla, outro imperador romano, também, nasceu em Lyon.

Lyon se tornou um ponto de encontro das principais estradas de toda Gália romana, assim, se fez a capital da Gália, graças à sua localização conveniente na convergência dos dois rios navegáveis - o Saône e o Ródano -, e rapidamente se tornou a principal cidade da Gália (1).

Era o início do século XIX, dia 3 de outubro de 1804, dezenove horas, quando na antiga cidade de Lyon, na Rua Sala, 76, França, nascia Denizard-Hippolyte-Léon Rivail. Filho do magistrado Jean-Baptiste-Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel.

NOME DE BATISMO

A Croix-Rousse é uma colina da cidade de Lyon.  Também, é o nome de um bairro situado nessa colina, onde o planalto e encostas fazem parte da sua paisagem.

O nome Croix-Rousse (Cruz Avermelhada) provém de uma cruz erguida no século XVI no planalto feita de pedras douradas de Couzon (ou cor ocre). A colina da Croix-Rousse, também, foi apelidada "o morro que trabalha", em oposição ao "morro que reza" - a colina de Fourvière.  Fazia parte da antiga comuna de Cuire-la-Croix-Rousse, situada no planalto, quando em 1852 foi anexada a Lyon, sendo o bairro de Cuire anexado à comuna de Caluire-et-Cuire. Até hoje, a Croix-Rousse é um bairro densamente ocupado, marcado tanto por seu relevo e encostas, como por seu urbanismo singular e por sua história, preservada pelos prédios das antigas tecelagens que ligam uma rua a outra. (2)

A igreja de St. Denis (De La Croix Rousse) foi o primeiro templo cristão
Imagem: Google mapas
Igreja de St. Denis
construído nessa região de Bron, no lugar chamado "La Croix" (A Cruz).

Foi nessa igreja que Denizard foi batizado em 15 de junho de 1805, em virtude de seus pais serem adeptos da religião católica. Vale destacar que na certidão de batismo seu nome aparece como sendo Hippolyte Léon Denizard Rivail, segundo alguns biográfos (3).

A ESCOLA

Instituto de Yverdon
Seus primeiros estudos foram realizados em Lyon, sua cidade natal. Mais tarde, com a idade de 10 para 11 anos, Rivail foi enviado para Yverdon, na Suíça, para completar e enriquecer sua bagagem escolar. 

O Instituto de Yverdon, que funcionava no castelo construído em 1135 pelo duque de Zähringen. Como era tido uma escola modelo da Europa, era frequentado todos os anos por grande números de estrangeiros.

Línguas, raças, crenças, culturas e hábitos diferentes ali se misturavam, aprendendo as crianças e os jovens, na vivência escolar, a lição da fraternidade, da igualdade e da liberdade.

A história, a literatura, todos os ramos dos conhecimentos humanos eram ensinados em Yverdon, dentre os quais descrevemos alguns: NOÇÕES GERAIS, PORÉM EXATAS, DE MINERALOGIA, BOTÂNICA, ZOOLOGIA E ANATOMIA COMPARADA; UM CURSO ABREVIADO DE HISTÓRIA NATURAL; ELEMENTOS DE FISIOLOGIA E PSICOLOGIA; LIÇÕES DE FÍSICA EXPERIMENTAL E DE QUÍMICA; ESTUDO DE LÍNGUAS MORTAS OU ANTIGAS (principalmente o grego e o latim); LÍNGUAS ATUAIS DA ÉPOCA (italiana, inglesa, francesa, alemã e outras); ESTUDO GERAL DE MATEMÁTICA (dividido em quatro seções: CÁLCULO TEÓRICO E PRÁTICO, e ARITMÉTICA SUPERIOR; ÁLGEBRA, OU ARITMÉTICA LITERAL E UNIVERSAL; GEOMETRIA; MECÂNICA, COM NOÇÕES DE ASTRONOMIA E GEOGRAFIA MATEMÁTICA.

O Instituto de Yverdon possuía em média 150 alunos que se obrigavam a uma carga horária diária de 10 horas. Aos domingos, numa assembleia geral, passava-se em revista o trabalho da semana. Pestalozzi dava também bastante importância ao canto: cantava-se nos intervalos das lições, nos recreios e nos passeios. A música e o canto adquiriram ali grande impulso entre 1816 e 1817 com o notável compositor suíço Xaver Schnyder von Wartensee.

O MESTRE

O Instituto de Yverdon era dirigido pelo professor-filantropo de nacionalidade suíça Johann Heinrich Pestalozzi, cujo apostolado pedagógico era bastante conhecido, o que lhe conferiu o cognome de “O Educador da Humanidade”.

Pestalozzi pregava que o amor é o eterno fundamento da educação, por isso, nesse Instituto não haviam castigos ou recompensas. O ensino era heurístico, ou seja, aquele em que o aluno é conduzido a descobrir por si mesmo, tanto quanto possível por seu esforço pessoal, as coisas que estão ao alcance de sua inteligência.

Convém destacar algumas obras literárias de Pestalozzi: Diário de um pai(1777), Crepúsculos de um eremita (1780), Leonardo e Gertrudes (a primeira parte apareceu em 1781, a segunda em 1783, a terceira em 1785 e a última em
 1787), Legislação e infanticídio (1783, considerada a primeira obra de sociologia infantil publicada no mundo),Cristóvão e Elisa (1784), Minhas indagações sobre a marcha da natureza no desenvolvimento da espécie humana (1797), Como Gertrudes ensina seus filhos (1801), Discurso de Lenzburg (1809), À inocência(1815) e Canto do cisne (1826) (4).

Em Leonardo e Gertrudes ele descreve como Gertrudes ensina seus filhos e destaca a influência de uma mulher na reforma de toda aldeia através da educação. Também realça, como os conhecimentos e habilidades deveriam ser ensinados para as crianças.

Para o educador suíço, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança.

Pestalozzi idealizava que a escola deveria ser a extensão do lar bem como inspirar-se no ambiente familiar para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral - isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade  (5).

Pestalozzi foi um tipo de cristão zeloso, mas não era místico nem preconceituoso, também, não tinha paixões religiosas, apesar de pertencer à Igreja reformada.

Acredita-se que Pestalozzi tivesse alguma noção da vida após a morte, pois numa carta que escreveu à sua amiga condessa Franziska Romana von Hallwyl, que procurara consolá-lo da dolorosa perda de um professor, o pedagogo lhe disse, confiante: "Vossa fidelidade e vossa amizade a seguirão no outro mundo, nós reencontraremos e juntos nos rejubilaremos com alegria."

HABILIDADES E TENDÊNCIAS

Rivail desde pequeno revelou-se ser inteligente, observador e sempre compenetrado de seus deveres e responsabilidades. O hábito da investigação fazia parte da sua natureza, denotando franca inclinação para as ciências e para os assuntos filosóficos. Contam alguns biógrafos que, quando estudava Botânica, Denizard se interessava tanto que passava um dia inteiro nas montanhas próximas a Yverdon, com sacolas às costas, à procura de espécimes para o seu herbário.

Aos quinze anos, Rivail já conhecia as divergências religiosas observadas no próprio corpo docente, com alunos católicos romanos e ortodoxos, bem como protestantes de diferentes seitas, a se desentenderem sobre a interpretação dos textos escriturísticos, sobre a validade dos dogmas e de outras questões, embora, no fundo, todos formassem uma família unida pelos laços de amizade que o sadio companheirismo gerara. Tudo isso levou Denizard a conceber, já naquela idade, a ideia de uma reforma religiosa, com o propósito de conseguir a unificação das crenças.

EM PARIS

Paris é a capital da França e se situa num dos meandros do Sena, centro da bacia parisiense, entre os confluentes do Marne e do Sena rio acima, e do Oise e do Sena rio abaixo. Pouco se conhece da história de Paris antes da ocupação romana, contudo, sabe-se que a região foi habitada desde os tempos pré-históricos. Paris deve seu nome a uma tribo celta dos Parisii, povo gaulês que habitava a região e controlou o território até que foi anexado ao Império Romano. Após conquistá-los, os romanos a rebatizaram como Lutetia Parisiorum e no século IV passou a se chamar Paris. Era uma cidade modesta ofuscada pela grande capital da Gália, Lugdunum (atual Lyon), contudo, quando os francos conquistaram a Gália, Paris foi escolhida como a nova Capital do rei Clovis I.

Em meados do século XIX, Paris medieval, passava por grandes transformações, esgoto tratado, parques públicos, e largas avenidas estavam sendo implantados, assim, a capital da França ganhava pouco a pouco um novo visual (6). Dentro dessa evolução, a Paris dessa época, em breve, iria acolher em seu meio o jovem professor Rivail.

Embora não se possa afirmar, presume-se que Rivail tenha permanecido no Instituto de Yverdon até 1822, talvez desempenhando a função de submestre, senão, mestre.

Antes de ir para Paris deveria cumprir suas obrigações militares, contudo, conseguiu
se isentar desse serviço. Segundo o biográfo André Moreil: sem nenhum arrependimento, justificando que o militar defende uma pátria que não é necessariamente a do jovem Rivail, pois esta é muito mais ampla e engloba o Universo de todos os homens (7).

Depois seguiu para Paris num dos principais eixos da vida universitária parisiense, onde ficava situado o Liceu Saint-Louis - antigo "Collège d'Harcourt" (8) -, estabelecimento escolar respeitado da Universidade. Nesse meio, Denizard encontraria excelentes oportunidades para continuar suas atividades educacionais.

O CASAMENTO

Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, Rivail conheceu a Srta. Amélie Boudet. De estatura baixa, bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa, vivaz nos gestos e na palavra, denunciando penetração de espírito, Amélie nasceu em Thiais, comuna do departamento parisiense de Val-de-Marne, a 23 de novembro de 1795. Filha única de Julien-Louis Boudet, proprietário e tabelião, homem portanto bem colocado na vida, e de Julie-Louise Seigneat de Lacombe, recebeu na pia batismal o nome de Amélie-Gabrielle Boudet.

Após cursar a escola primária, a jovem estabeleceu-se em Paris com a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada professora de 1ª. classe. Alguns documentos revelam que a Senhorita Amélie também fora professora de Letras e Belas-Artes. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras, assim nomeadas: "Contos Primaveris", 1825; "Noções de Desenho", 1826; "O Essencial em Belas-Artes", 1828.

Em 6 de fevereiro de 1832, Denizard e Amélie firmam o contrato de casamento. Agora viveriam juntos sobre o mesmo teto até que a morte os separasse.
Gravura ilustrativa
de Rivail com Amélie Boudet

O POLIGLOTA

Rivail possuía uma instrução extensa e variada, conhecia também outros idiomas, assim como o Alemão - sua língua adotiva; o Inglês, Holandês, inclusive, tinha conhecimentos do Latim e do Grego e algumas línguas latinas nas quais se exprimia corretamente. 

O INSTITUTO TÉCNICO

Em Paris Rivail fundou um Instituto Técnico nos mesmos moldes do de Pestalozzi. No ano de 1824, Denizard, ou melhor, Professor Rivail, publica seu primeiro livro que era dividido em volumes e tinha como título: Curso Prático e Teórico de Aritmética. Além deste, o Prof. Rivail publicou, até o ano de 1849, os seguintes livros: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública;  Gramática Clássica da Língua FrancesaQual o Sistema de Estudos mais Adequado à Época?Manual dos Exames para Certificado de CapacidadeSoluções Racionais de Perguntas e Problemas de Aritmética e GeometriaCatecismo Gramatical da Língua FrancesaPrograma dos Cursos Ordinários de Química, Física, Astronomia e FisiologiaPontos para os Exames na Municipalidade e na SorboneInstruções Sobre as Dificuldades Ortográficas.

RIVAIL E O MAGNETISMO

Rivail tomou contato com o magnetismo no ano de 1823, ou talvez mesmo um pouco antes; porém, foi em Paris que sua curiosidade foi despertada para esta ciência, quando o marquês de Puységur - juntamente com d'Eslon, professor e regente da Faculdade de Medicina de Paris, mais o sábio e naturalista Deleuze -, deu novos rumos a esta ciência através da modificação dos métodos de Mesmer, que culminaram na descoberta do sonambulismo provocado. Denizard refere-se elogiosamente a esses magnetistas franceses, ombreando-lhes outros nomes, como o do barão Du Potet e o do Sr. Millet.

Rivail estudou criteriosamente essa disciplina, tendo devorado grande número de obras favoráveis e contrárias escritas por homens de evidência. Diz Anna Blackwell,
no prefácio à sua tradução inglesa de "O Livro dos Espíritos", que Rivail tomou parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris, uma das mais importantes da França. Fez muitos amigos nessa corrente de ideias, dentre eles o magnetizador Sr. Fortier.
 
AS MESAS GIRANTES

Contava Rivail 51 anos de idade em 1854 quando, através do Sr. Fortier, tomou conhecimento das mesas girantes que lhe narrou tais fatos. Não foi cético ao extremo, pois conhecia o magnetismo e sabia que o fluído magnético, uma espécie de eletricidade, podia atuar sobre os corpos inertes. Mas pouco tempo depois, em outro encontro, ao lhe narrar outros fatos sobre a mesa girante no intuito de convencer Rivail, este lhe respondeu: “Só acreditarei vendo, e quando me provarem que a mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula.”(9)

No início de 1855, encontrou-se com um amigo que o conhecia há 25 anos, o Sr. Carlotti, que lhe falou, também, desses fenômenos. Como era ardente e apaixonado, além de possuidor de uma bela alma, não se deixou de pronto convencer pela exaltação do amigo. Apenas lhe respondeu: “Não digo que não. Veremos mais tarde.” (9)
As "mesas girantes" num salão parisiense
(Revista "L'Illustration", 1853)

Rivail aceitava a possibilidade do movimento por uma força mecânica, mas, ignorando a causa e a lei do fenômeno, parecia-lhe absurdo atribuir inteligência a uma coisa puramente material. Estava ele na posição dos incrédulos desta nossa época (2012), que negam porque apenas presenciam um fato que não compreendem. Vivia-se numa época em que o fato era ainda inexplicado, aparentemente contrário às leis da Natureza, o que sua razão lhe impedia aceitar. Ainda não havia visto nem observado nada. As experiências feitas na presença de pessoas de caráter e dignas de toda a confiança lhe confirmavam a possibilidade do efeito puramente material, porém, a ideia de uma mesa falante não lhe podia ainda fazer sentido.

OBSERVANDO E INVESTIGANDO OS FENÔMENOS

Em maio de 1855, estando na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, magnetizador dela, encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemason, que lhe falaram sobre as mesas girantes, mas agora em outro tom, instrutivo e sério, convidando-o a assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. de Planemaison. Rivail aceitou solícito em encontro marcado para uma terça-feira às 8 horas da noite.

Cesta de bico do século XIX usada na época em que Denizard Hippolyte León Rivail presenciou pela primeira vez alguns ensaios da escrita mediúnica.
Foi ali que Rivail testemunhou pela primeira vez o fenômeno das mesas girantes que saltavam e corriam em condições indubitáveis. Inclusive, presenciou ele igualmente alguns ensaios, ainda imperfeitos, da escrita mediúnica numa ardósia com o auxílio de uma cesta.

Atento, entreviu no fundo daquela suposta futilidade algo de sério, um fato que devia ter uma causa, poderia estar ali a revelação de uma nova lei, e prometeu a si mesmo que iria investigar a fundo para encontrar a causa desses acontecimentos surpreendentes.
Em uma dessas reuniões da Sra. Plaineimaison conheceu a família Baudin. Foi quando o Sr. Baudin o convidou para assistir às sessões que aconteciam semanalmente em sua casa. Surgia aí uma oportunidade para estudar e observar mais atentamente as causas geradoras desses fenômenos. Rivail passou a ser um frequentador assíduo dessas reuniões assaz concorridas, já que a entrada era franqueada a todo e qualquer interessado.

Duas médiuns, filhas do Sr. Baudin, escreviam numa ardósia com o auxílio de uma cesta chamada pião. A cesta nada mais era do que um porta-lápis e um apêndice da mão ou um intermediário entre a mão e o lápis (10). Esse método requer a participação de duas pessoas, excluindo assim a possibilidade da influência das ideias do médium. Foi assim que Rivail presenciou comunicações seguidas de respostas dadas às questões apresentadas, inclusive às perguntas que eram feitas mentalmente, fazendo entrever, com evidência, a intervenção de uma inteligência estranha atuando através do médium.

Com o tempo a cesta pião foi substituída por uma espécie de mesa em miniatura, com três pés, sendo um deles o suporte do lápis. Diversos outros dispositivos foram desenvolvidos. Finalmente, chegou-se à conclusão de que os Espíritos poderiam agir diretamente na mão do médium (como geralmente escrevemos), e esse método é usado até os dias de hoje (10).

Figura a esquerda:
Mesa em miniatura de doze a quinze centímetros de comprimento por cinco a seis de altura, com três pés, sendo que num dos pés se adaptava um lápis. Usada no século XIX para a escrita mediúnica.

Foto a direita:
Psicografia direta.

O ESPÍRITO ZÉFIRO

O Espírito que habitualmente se manifestava era conhecido pelo nome de Zéfiro, completamente de acordo com o seu caráter e o da reunião, onde os assuntos tratados eram geralmente frívolos, tratando da vida mundana e do futuro da vida material de cada um dos presentes que o consultava.

Dizia Rivail que, apesar de tudo, o Espírito Zéfiro era muito bom, e declarava-se protetor da família, sabia fazer rir os participantes, e, quando era necessário, dava bons conselhos, muitas vezes, com ditos satíricos e espirituosos.

Em pouco tempo Zéfiro lhe ofereceu provas de grande simpatia, onde mais tarde, assistido por Espíritos superiores, ajudou-o significativamente nos seus primeiros trabalhos espíritas.  

PRIMEIROS TRABALHOS ESPÍRITAS

Foi nessas reuniões, na casa da família Baudin, que ele desenvolveu seus primeiros trabalhos importantes sobre Espiritismo, muito mais pela observação do que pelas revelações.

Diz Rivail sobre o seu trabalho iniciático do Espiritismo:

“Apliquei a essa nova ciência, como o fizera até então, o método da experimentação; jamais utilizei teorias preconcebidas: observava atentamente, comparava, deduzia as consequências; dos efeitos procurava remontar às causas, pela dedução e o encadeamento lógico dos fatos, não admitindo uma explicação como válida senão quando podia resolver todas as dificuldades da questão. Foi assim que sempre procedi em meus trabalhos anteriores, desde os 15 anos de idade. Compreendi, desde logo, a seriedade da exploração que iria empreender; entrevi, nesses fenômenos, a chave do problema, tão obscuro e tão controverso, do passado e do futuro da Humanidade, a solução do que havia procurado em toda a minha vida; era, em uma palavra, toda uma revelação nas ideias e nas crenças; seria preciso, pois, agir com circunspeção, e não levianamente; ser positivo e não idealista, para não se deixar iludir.

Um dos primeiros resultados de minhas observações foi que os Espíritos, não sendo outros senão as almas dos homens, não tinham a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que o seu saber estava limitado ao grau de seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Essa verdade, reconhecida desde o princípio, me preservou do grande escolho de crer em sua infalibilidade, e me impediu de formular teorias prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns.” (9)

O MUNDO INVISÍVEL E SEU IMENSO CAMPO PARA EXPLORAÇÕES

O fato da possibilidade da comunicação com os Espíritos, não importando o que dissessem, provava a existência de um mundo invisível. Um campo imenso às suas explorações que indicavam, também, ser a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. Outro ponto importante é que ele poderia conhecer o estado desse mundo bem como os seus hábitos e costumes. Rivail percebeu em pouco tempo que cada Espírito que se comunicava, pela sua posição pessoal e pelo seu conhecimento, cada um, lhe desvendava algum aspecto desse mundo invisível, da mesma maneira que se chega ao conhecimento de um país entrevistando os habitantes de todas as classes e condições sociais, com cada um oferecendo uma informação ou um ensino.

Diz ele sobre isso:

“Cabe ao observador formar o conjunto com a ajuda de documentos recolhidos de diferentes lados, colecionados, coordenados e controlados uns pelos outros. Agi, pois, com os Espíritos, como o teria feito com os homens; foram para mim, desde o menor ao maior, meios de me informar, e não reveladores predestinados.” (9)

DA FRIVOLIDADE À SERIEDADE DOS TRABALHOS ESPÍRITAS

A disposição adotada pelo professor Rivail em seus estudos espíritas foi sempre seguir a seguinte regra: observar, comparar e deduzir.

Se até então as sessões na casa do Sr. Baudin não tinham um objetivo determinado, Rivail, pelo seu jeito professoral e questionador, mudou naturalmente essa situação, pois nessas entrevistas com os Espíritos, antesfrívolas, agora se procurava resolver problemas importantes e de grande interesse sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do mundo invisível: ele ia a cada reunião com uma série de perguntas preparadas e metodicamente dispostas, às quais os Espíritos lhe respondiam com precisão, profundidade e lógica. A partir de então, se por algum motivo desse Rivail a faltar em alguma sessão, os participantes ficavam sem saber o que fazer. 

PROJETANDO E ELABORANDO O LIVRO DOS ESPÍRITOS

A princípio, o professor Rivail só tinha por objetivo instruir-se; contudo, quando percebeu que aquelas informações formavam um conjunto e que tomavam proporções de uma Doutrina, resolveu torná-las públicas para a instrução de todos. Futuramente, essas informações, com questões e respostas, desenvolvidas e completadas, constituiriam a base de O Livro dos Espíritos.

“Tudo foi obtido pela escrita, por intermédio de diversos médiuns.” Os primeiros médiuns que concorreram para a elaboração desse livro foram as Srtas. Baudin, cuja boa vontade jamais lhes faltou: “quase todo o livro foi escrito por intermédio delas em presença de numeroso publico que assistia às sessões com o mais vivo interesse.” (11)

O GUIA ESPIRITUAL

Em 25 de março de 1856, na casa do Sr. Baudin, através da médium Srta. Baudin, teve pela primeira vez contato com o seu guia espiritual. Dias antes ouviu batidas noturnas repetitivas no tabique que separava sua casa, situada à Rua dos Mártires, 8, 2ª andar, do cômodo vizinho. Na sessão daquele dia, então, travou-se a seguinte entrevista:

“– P. ...poderíeis dizer-me a causa dessas pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência (em minha casa)?
– R. Era teu Espírito familiar.

– P. Com que objetivo vinha bater assim?
– R. Queria se comunicar contigo.

– P. Poderíeis dizer-me o que é que ele queria de mim?
– R. Podes perguntar a ele mesmo, porque está aqui.

(...)

P. – Meu Espírito familiar, quem quer que sejais, vos agradeço por terdes ido visitar-me; Poderíeis dizer-me quem sois?
– R. Para ti, me chamarei A Verdade, e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição. (...) (9)

Em 17 de junho de 1856, ainda na casa do Sr. Baudin e através da sua filha médium, Rivail pergunta ao Espírito (a Verdade):

“P. – Uma parte da obra já foi revista. Poderíeis ter a bondade de dizer o que dela pensais?
R. – O que foi revisto está bem; mas, quando tudo acabar, será preciso revê-la ainda, a fim de estendê-la sobre certos pontos, e abreviá-la em outros.” (9)

Em 11 de setembro de 1856, também, na casa dos Baudin, depois de haver feito a leitura de alguns capítulos do futuro Livro dos Espíritos, referente às leis morais, a médium Srta. Baudin escreveu espontaneamente:

"Compreendestes bem o objetivo de teu trabalho; o plano está bem concebido; estamos contentes contigo. Continua, mas, sobretudo, quando a obra estiver terminada, lembra-te de que nós te recomendaremos fazê-la imprimir e propagá-la: é de uma utilidade geral. Estamos satisfeitos, e não te deixaremos jamais. Crê em Deus e caminha." Esta mensagem foi assinada assim: “Muitos Espíritos.” (9)

REVISANDO A OBRA

Nesse ano de 1856, Rivail acompanhou também as reuniões espíritas que aconteciam na casa do Sr. Roustan; a Srta. Japhet era a médium sonâmbula. Aqui, as reuniões eram sérias e ordeiras. Como o trabalho de Rivail estava quase acabado, pronto para um livro, ele resolveu revê-lo entrevistando outros Espíritos mediante outros médiuns. Inicialmente teve a ideia de fazer objeto de estudo, mas no fim de algumas sessões os Espíritos preferiram vê-lo na intimidade e, para esse efeito,  marcaram certos dias,  em que trabalhariam com a Srta. Japhet, a fim de o fazerem com mais calma, objetivando também evitar indiscrições e comentários prematuros do público. Contudo, Rivail não se contentou com essa verificação que os próprios Espíritos lhe recomendaram.

Assim, Rivail procurou se relacionar com outros médiuns e sempre que surgia uma ocasião, aproveitava para propor algumas das perguntas, principalmente as que lhe pareciam mais espinhosas. Foi assim que, nesse trabalho de revisão, mais de dez médiuns lhe prestaram assistência. Isso aconteceu através da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes refeitas no silêncio da meditação; Assim se formou a primeira edição de O Livro dos Espíritos, que apareceria para o público a 18 de abril de 1857.

A parte essencial do trabalho de revisão foi feita com o concurso da senhorita Japhet que se prestou, com a maior complacência e o mais completo desinteresse, a todas as exigências dos Espíritos. A Sta. Japhet,  que também era uma sonâmbula muito notável, tinha o tempo da sua vida particular completamente empregado, mas compreendeu a necessidade da utilidade desse trabalho em favor da propagação da Doutrina e dedicou-se de boa vontade a essa tarefa. (11)

Nessa obra Rivail usou o pseudônimo de Allan Kardec, sugerido por um Espírito.

DE RIVAIL À KARDEC

Em 1856, o professor Rivail recebe dos Espíritos a revelação do trabalho que tem de desenvolver na Terra. E assim surge o pseudônimo Allan Kardec, com o intuito separar das obras pedagógicas escritas pelo professor Rivail, as obras da codificação que eram feitas agora pelo Sr. Allan Kardec. O pseudônimo foi escolhido porque correspondia a um nome que teria usado em uma encarnação pregressa revelada por um Espírito que se denominava Z (como vimos anteriormente, Zéfiro), que dizia conhecê-lo de remotas existências, uma das quais passada no mesmo solo da França, onde a sua individualidade tinha revestido a personalidade de um druida (12) chamado Allan Kardec. E com esse pseudônimo assinou todas as suas obras espíritas.

A MENSAGEM DO ESPÍRITO Z OU ZÉFIRO

Em janeiro de 1857, quando já havia enviado para a editora imprimir O Livro dos Espíritos, o Espírito Z havia prometido escrever-lhe uma carta por ocasião do Ano Novo. Nesse dia, na casa do Sr. Baudin, Z tinha algo de particular a dizer-lhe. Eis o que escreveu pela médium Srta. Baudin, na intimidade, para o agora Allan Kardec:

“Caro amigo, não quis te escrever, na última terça-feira, diante de todo o mundo, porque há certas coisas que não se podem dizer senão entre nós.

Queria primeiro te falar de tua obra, a que fazes imprimir (O Livro dos Espíritos estava no prelo.) Não te canses tanto noite e dia; terás mais resultado, e a obra não perderá por esperar.

Segundo o que vejo, és muito capaz de levar a bom termo a tua empresa e tens que fazer grandes coisas. Nada, porém, de exagero em coisa alguma. Observa e aprecia tudo judiciosa e friamente. Não te deixes arrastar pelos entusiastas, nem pelos muito apressados. Mede todos os teus passos, a fim de chegares ao fim com segurança. Não creias em mais do que aquilo que vejas; não desvies a atenção de tudo o que te pareça incompreensível; virás a saber a respeito mais do que qualquer outro, porque os assuntos de estudo serão postos sob as tuas vistas.

Mas, ai! a verdade não será ainda conhecida, nem acreditada, por todos, antes de muito tempo! Não verás, nesta existência, senão a aurora do sucesso de tua obra; será necessário que retornes, reencarnado num outro corpo, para completar o que tiveres começado, e, então, terás a satisfação de ver, em plena frutificação, a semente que tiveres difundido sobre a Terra.

Terás invejosos e ciumentos que procurarão te denegrir e contrariar; não te desencorajes; não te inquietes com o que se dirá ou se fará contra ti; prossegue tua obra; trabalha sempre pelo progresso da Humanidade, e serás sustentado pelos bons Espíritos, enquanto perseverares no bom caminho.

Lembra-te de que, há um ano, prometi a minha amizade àqueles que, durante o ano, fossem convenientes em toda a sua conduta? Pois bem! anuncio-te que és um daqueles que escolhi entre todos.

Teu amigo que te ama e te protege, Z.” (9)

O ESPÍRITO Z SEGUNDO KARDEC

Como vimos, Rivail havia dito que Z não era um Espírito superior, mas muito bom e benevolente. Diz Allan Kardec sobre ele: “Talvez fosse mais avançado do que o nome que tomou poderia fazer supor; pode-se supô-lo a julgar pelo caráter sério e a sabedoria de suas comunicações, segundo as circunstâncias. Em favor de seu nome, poderia se permitir uma linguagem familiar, própria ao meio onde se manifestava, e dizer, o que lhe acontecia frequentemente, duras verdades sob a forma alegórica do epigrama (pequeno poema satírico). Seja como for, sempre conservei dele uma boa lembrança e o reconhecimento pelos bons conselhos que me deu e a amizade que me testemunhou. Desapareceu com a dispersão da família Baudin, dizendo que logo deveria reencarnar.” (9)

LANÇAMENTO D’OLIVRO DOS ESPÍRITOS

Em 18 de abril de 1857, na Galeria D'Orleans, local da Livraria Dentu, era lançado ao público a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Que trazia em seu frontispício os seguintes dizeres: O Livro dos Espíritos, contendo os princípios da doutrina espírita acerca da natureza, manifestação e relações dos espíritos com os homens; das leis morais; da vida presente, vida futura e porvir da humanidade. Escrito e publicado conforme o ditado e a ordem de espíritos superiores por Allan Kardec.” (13). 

Escreveu Allan Kardec na Revista Espírita de janeiro de 1858:"...declaramos desde o princípio, e temos a satisfação de reafirmar agora, jamais pensamos em fazer de O Livro dos Espíritos objeto de especulação: Seu produto será aplicado nas coisas de utilidade geral." (11)
A Galeria D'Orleans foi local da Livraria Dentu
e do lançamento de O Livro dos Espíritos.

Assim em 18 de abril de 1857 raiou para a humanidade a "Era Espírita", ao surgirem nas prateleiras das livrarias os primeiros volumes de O Livro dos Espíritos.

SEGUNDA EDIÇÃO D’O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Em março de 1860, quando do lançamento da segunda edição, através da Revista Espírita de nº. 3 desse ano, escreveu Allan Kardec sobre esta nova edição:

“Inteiramente refundida e consideravelmente aumentada.

Na primeira edição desta obra, anunciamos uma parte suplementar. Devia compor-se de todas as questões que ali não puderam entrar, ou que circunstâncias ulteriores e novos estudos deveriam originar. Mas como todas se referem a alguma das partes já tratadas, e das quais são o desenvolvimento, sua publicação isolada não teria apresentado nenhuma continuidade. Preferimos aguardar a reimpressão do livro para incorporar todo o conjunto, e aproveitamos para dar à distribuição das matérias uma ordem muito mais metódica, suprimindo ao mesmo tempo tudo quanto tivesse duplo sentido. Esta reimpressão pode, pois, ser considerada como obra nova, embora não tenham os princípios sofrido nenhuma alteração, salvo pouquíssimas exceções, que são antes complementos e esclarecimentos do que verdadeiras modificações. Esta conformidade com os princípios emitidos, malgrado a diversidade das fontes em que foram hauridos, é um fato importante para o estabelecimento da ciência espírita. Prova nossa própria correspondência que comunicações em tudo idênticas, se não quanto à forma, ao menos quanto ao fundo, foram obtidas em diferentes localidades, e isso muito antes da publicação do nosso livro, o que veio confirmá-las e dar-lhes um corpo regular. Por seu lado, a História atesta que a maioria desses princípios tem sido professada pelos homens mais eminentes, dos tempos antigos e modernos, assim trazendo a sua sanção.” (14)

DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Em 1° de janeiro de 1858 circula o primeiro número da "Revue Espirite" (Revista Espírita), editada em Paris por Allan Kardec; no mesmo ano foi publicado o livro "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas", e, ainda nesse profícuo 1858, exatamente a 1° de abril, é fundada a "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".

Em 1859 surge o livro "O que é o Espiritismo". A 16 de setembro de 1860 A. Kardec publica a "Carta sobre o Espiritismo", em resposta a um artigo publicado na "Gazette de Lyon". No mês de janeiro de 1861, Allan Kardec lança a público "O Livro dos Médiuns" e, ainda nesse ano, no dia 9 de outubro às 10:30 horas da manhã, em Barcelona, Espanha, são queima­dos num auto de fé trezentos volumes e brochuras sobre Espiritismo, entre eles"O Livro dos Espíritos".

Em fevereiro de 1862, Kardec publica "O Espiritismo na sua Expressão mais Simples", e também neste mesmo ano, "Viagem Espírita em 1862".

Em 1864 são editadas as seguintes obras: "Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas" ou "Primeira Iniciação""Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo", chamado posteriormente de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

No dia 1º de agosto de 1865 é publicado o livro "O Céu e o Inferno", ou a "Justiça Divina Segundo o Espiritismo". No ano de 1866 surge a "Coleção de Preces Espíritas", um extrato do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Em 1867 vem a público "Estudo a cerca da Poesia Medianímica" e, em 1868, Kardec lança "A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo", e o livro "Caracteres da Revelação Espírita".

ORDEM NO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Kardec aconselhou aos que desejassem adquirir noções preliminares do Espiritismo, pela leitura das obras já existentes, sugerindo que as lessem na seguinte ordem (15):

1º - O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.

2º - O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas consequências morais. E a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.

3º - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. E um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, é o complemento de O Livro dos Espíritos.

4º - A Revue Spirite. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos.

LIBERDADE NO ESTUDO E AS ESCOLHAS POR COMPARAÇÃO

N’O Livro dos Médiuns, Kardec aconselhou o seguinte: Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.

Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso. (15)

Em 1869, um pouco antes da sua morte em o Catálogo Racional das Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita escreveu Kardec o seguinte: Proibir um livro é dar mostras de que o tememos. O Espiritismo, longe de temer a divulgação dos escritos publicados contra ele e interditar sua leitura aos adeptos, chama a atenção destes e do público para tais obras, a fim de que possam julgar por comparação.

RETORNO A PÁTRIA ESPIRITUAL

Depois deste grandioso trabalho, no dia 31 de março de 1869, com 65 anos de idade, em Paris, vítima da ruptura de um aneurisma, Allan Kardec retorna à Pátria Espiritual. Sua missão se completa, no entanto, somente no ano de 1890, quando é editado o livro "Obras Póstumas", reunindo os últimos escritos do grande Codificador.

NOTAS: 
(2) Croix-Rousse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Croix-Rousse (Wikipédia).
(3) WANTUIL, Z. e THIESEN, F. Allan Kardec: o educador e o codificador, vol. Ip. 96, Rio de Janeiro: FEB, 2004
(4) IBEM - Instituto Brasileiro de Educação Moral: http://www.educacaomoral.org.br/pesta_lozzi.htm
(7) Vida e Obra de Allan Kardec - André Moreil, 1977 - Editora EDICEL.
(8) O Colégio Harcourt foi fundado em Paris em 1280 e fechado em 1793. Foi uma instituição pública francesa de ensino superior localizada a  rua da Harpa, 94 em Paris, depois passou a se chamar Liceu Saint-Louis. (Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Coll%C3%A8ge_d'Harcourt)
(9) Obras Póstumas (1890), 2ª. parte.
(10) O Livro dos Médiuns, 2ª. parte, Psicografia, item 157.
(11) Revista Espírita, janeiro de 1858, O Livro dos Espíritos.
(12) Druidas (e druidesas) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, druida parece provir de oak (carvalho) e wid (raiz indo-europeia que significa saber). Assim, druida significaria aquele(a) que tem o conhecimento do carvalho.[carece de fontes?] O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Druida)
(13) O Livro dos Espíritos, 1ª. edição.
(14) Revista Espírita, março de 1860.
(15) O Livro dos Médiuns, 1ª. parte, cap. III Do Método, item 35.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Allan Kardec - Zêus Wantuil e Francisco Thiesen - Edições FEB;
Vida e Obra de Allan Kardec - André Moreil, 1977 - Editora EDICEL
O Principiante Espírita - Júlio de Abreu Filho - Editora Pensamento
História do Espiritismo - Arthur Conan Doyle - Editora Pensamento
Kardec, Irmãs Fox e outros - Jorge Rizzini - Editora Eldorado Espírita de São Paulo
Grandes Vultos do Espiritismo - Paulo Alves de Godoy - Edições FE­ESP
Espiritismo Básico - Pedro Franco Barbosa - Edições FEB
Revista Informação Nº.35
Obras Póstumas - Allan Kardec - LAKE - Livraria Allan Kardec Editora

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