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29-11-1013 
— O EVANGELHO DESCONHECIDO — 5
            Nosso 
objetivo, no estudo de hoje, é encontrar o caminho, dentro da Doutrina Espírita, 
para removermos a trave que obstrui nossa visão; e assim poderemos auxiliar o 
nosso irmão, a remover o cisco que o atrapalha.
            Em 
estudos anteriores nós já vimos, com detalhes, a atuação de nossa cultura 
ancestral, sobre nossa vida atual. Nos estudos 6-10-13 E 8-10-13 — CONCEITO 
DE ARQUÉTIPO DE JUNG E A DOUTRINA ESPÍRITA; tivemos muitas informações para 
que compreendêssemos esse grave problema que afeta a todos nós. Agora vamos dar 
mais um passo nessa compreensão.
            No 
estudo do dia 12-11-1013 — AS RELAÇÕES ENTRE OS ESPIRITOS — 4; caminhamos um 
pouco além do Exotérico, neste estudo já penetramos um pouco no conhecimento 
Esotérico, pois fizemos referências ao deslocamento da consciência pelos 
diversos veículos de manifestação do espírito. Gostaria de recordá-lo de que 
todos os estudos são importantes para a compreensão do tema de hoje, todos estão 
interconectados e assim, é necessário que estejam disponíveis em sua mente; caso 
você apenas leia o texto e depois o envia ao arquivo morto de suas memórias, 
todo o seu esforço foi inútil e você irá também, para onde vivem aqueles que 
operam com seus arquivos mortos.
            No 
estudo anterior foi identificada a trave a que se referiu o Mestre Jesus. 
Recorde-se:
            A 
trave que obstrui nossa visão é criada pelas ideias ancestrais que estão 
impregnadas em nossa mente, são elas que nos dirigem, são elas que determinam as 
interpretações que desenvolvemos sobre qualquer assunto, são elas que determinam 
nossa vida intelectual e psíquica.
            Vamos 
compreender, um pouco mais, como tudo isso ficou estabelecido em nosso 
psiquismo; e para essa compreensão devemos voltar a um passado remoto, através 
das palavras de André Luiz; veremos, também, como nosso psiquismo funciona hoje. 
Vejamos as palavras de André Luiz em: Evolução em dois Mundos.
«««——»»»
            FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO — 
Estagiando nos marsupiais e cretáceos do eoceno médio, os rinocerotídcos, 
cervídcos, antilopídeos, eqüídeos, canídeos, proboscídeos e antropóides 
inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, 
incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores 
da fauna atual da Terra, e, alcançando os pitecantropdides da era quaternária, 
que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do 
Plano Espiritual sobre o Plano Físico (5) atravessou os mais rudes crivos da 
adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da 
reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da 
preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais 
completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da 
razão.
Página 
17.
«««——»»»
            Creio que você já 
tenha compreendido que nós “evoluímos” desde um estágio em que apenas podíamos 
comandar apenas uma minúscula estrutura viva, como um vírus; e fomos aprendendo, 
com o amparo dos Mentores, a comandar corpos físicos mais complexos, até 
chegarmos ao nosso atual. A explicação desta viagem, que podemos chamar de uma 
“viagem intelectual”, pois as únicas coisas que mudam são exatamente a 
capacidade psíquica de mobilização de energia, e as aquisições intelectuais do 
espírito.
            Esta 
obra de André Luiz: Evolução em dois Mundos; trata exatamente da explicação 
desta viagem. No texto acima apresentado, o autor nos esclarece que apenas 
quando atingimos o estágio de aquisições psíquicas descrito é que começamos a 
ter lampejos de consciência; até então, nós apenas obedecíamos aos 
condicionamentos, a que estamos submissos até hoje, para o comando dos veículos 
de manifestação que usamos. Você não faz a menor ideia de quantas reações 
químicas, seu psiquismo comanda diariamente em suas glândulas, porém, todas 
essas reações são comandadas pelos condicionamentos psíquicos. Do mesmo modo são 
comandadas as suas reações perante a vida. Caso você possa detectar uma 
agressão, seus condicionamentos atuam fornecendo energia ao corpo físico para 
duas atitudes diferentes: fugir ou combater. Caso você desenvolva, agora, o 
desejo de conhecer a você mesmo, todas essas informações são preciosas, caso 
você seja apenas um espírita vegetativo, tudo isso é inútil. No próximo texto 
apresentado, da mesma obra, o autor nos esclarece sobre a atuação dos Espíritos 
que nos auxiliaram em toda essa caminhada em busca de melhor patrimônio 
psíquico. Veja:
«««——»»»
            ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO 
— Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da 
Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se 
destina, qual a bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que 
será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico 
simplesmente considerado, porqüanto, através do nascimento e morte da forma, 
sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela 
qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por 
representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal 
propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma consciência 
incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como 
protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se 
encontra.
Página 
17 e 18.
«««——»»»
            Você 
deve recordar-se da palavra arquétipo, então já 
compreende, que desde o mais primitivo estágio evolutivo, ou seja: desde a 
“Criação”, nós carregamos uma programação psíquica dos seres Angélicos, pois é 
este o nosso destino. No próximo texto o autor nos explica superficialmente essa 
caminhada, veja:
«««——»»»
            EVOLUÇÃO NO TEMPO — É assim 
que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a 
inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser 
viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, 
tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, 
segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, 
reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo 
nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronário, no 
próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões em 
milhões e milhões de anos, pelo qual, com o Auxílio das Potências 
Sublimes que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do 
mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma.
            Contudo, para alcançar a idade 
da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o 
ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, 
despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização 
elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão 
e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de 
certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a 
Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, 
preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos 
induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, 
destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito 
humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais 
amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica (6).
Página 
18.
«««——»»»
            
Raciocine sobre o trabalho e o tempo despendido na aquisição dos automatismos 
psíquicos, que comandam os veículos de manifestação do espírito. Você, assim 
como todos nós, gastou muito tempo e teve muito trabalho para chegar ao estágio 
em que nos encontramos. Desenvolvemos os controles automáticos para a gestão dos 
veículos em que nos manifestamos e do mesmo modo, desenvolvemos os automatismos 
psíquicos de relação social e autopreservação. Nos dois próximos textos, o autor 
nos fala sobre as aquisições desses automatismos. Veja:
«««——»»»
            AUTOMATISMO FISIOLÓGICO — 
Compreensível salientar que o princípio inteligente, no decurso dos evos, 
plasmou em seu próprio veículo de exteriorização as conquistas que lhe 
alicerçariam o crescimento para maiores afirmações nos horizontes 
evolutivos.
            Dominando as células vivas, 
de natureza física e espiritual, como que empalmando-as a seu próprio 
serviço, de modo a senhorear possibilidades mais amplas de expansão e progresso, 
sofre no plano terrestre e no plano extraterrestre as profundas experiências que 
lhe facultarão, no bojo do tempo, o automatismo fisiológico, pelo qual, 
sem qualquer obstáculo, executa todos os atos primários de manutenção, 
preservação e renovação da própria vida.
Página 
19
            ATIVIDADES REFLEXAS DO 
INCONSCIENTE — Sabemos que, em nos propondo aprender a ler e escrever, antes de 
tudo nos consagramos à empresa difícil de assimilação do alfabeto e da escrita, 
consumindo energia cerebral e coordenando o movimento dos olhos, dos 
lábios e das mãos, em múltiplas fases de atenção e trabalho, de maneira a 
superar nossas próprias inibições, para, depois, conseguirmos ler e escrever, 
mecanicamente, sem qualquer esforço, a não ser aquele que se refere à absorção, 
comunicação ou materialização do pensamento lido ou escrito, porqüanto a leitura 
e a grafia ter-se-ão tornado automáticas na esfera de nossa atividade 
mental.
            Nessa base de incessante 
repetição dos atos indispensáveis ao seu próprio desenvolvimento, 
vestindo-se de matéria densa no plano físico e desnudando-se dela no fenômeno da 
morte, para revestir-se de matéria sutil no plano extrafísico e renascer de novo 
na Crosta da Terra, em inumeráveis estações de aprendizado, é que o princípio 
espiritual incorporou todos os cabedais da inteligência que lhe brilhariam no 
cérebro do futuro, pelas chamadas atividades reflexas do 
inconsciente.
Página 
19.
«««——»»»
            Caso 
você esteja realmente prestando atenção às ideias apresentadas no texto, caso 
esteja, realmente, consumindo energia 
cerebral; Você já está 
compreendendo que todos nós vivemos submissos a esses automatismos; não importa 
a sua ilusão sobre sua liberdade de pensamentos, ou a ilusão sobre seus 
conhecimentos, eles estão; submissos a esses automatismos, portanto, pode 
deixar de lado sua arrogância intelectual e começar a estudar o que realmente 
pode libertá-lo e remover a trave que obstrui sua visão, recorde-se:
            A 
trave que obstrui nossa visão é criada pelas ideias ancestrais que estão 
impregnadas em nossa mente, são elas que nos dirigem, são elas que determinam as 
interpretações que desenvolvemos sobre qualquer assunto, são elas que determinam 
nossa vida intelectual e psíquica.
            Você 
está compreendendo o motivo de meu trabalho?
            Bem, 
vamos continuar este estudo. Vejamos a descrição feita por André Luiz sobre a 
situação de um ser humano primitivo após a morte do corpo físico.
«««——»»»
            O SELVAGEM DESENCARNADO — 
Entretanto, o homem selvagem, que se reconhece dominador na hierarquia animal, 
cruel habitante da floresta, que apura a inteligência, através da força e da 
astúcia, na escravização dos seres inferiores que se lhe avizinham da caverna, 
desperta, fora do corpo denso, qual menino aterrado, que, em se sentindo incapaz 
da separação para arrostar o desconhecido, permanece, tímido, ao pé dos seus, em 
cuja companhia passa a viver, noutras condições vibratórias, em processos 
multifários de simbiose, ansioso por retomar a vida física que lhe surge 
à imaginação como sendo a única abordável à própria mente.
Página 
47
«««——»»»
            Neste 
texto o autor descreve a situação psíquica de um espírito primitivo, um espírito 
com poucas aquisições intelectuais, portanto, nem mesmo após o desencarne ele 
consegue transferir corretamente sua consciência para o Corpo Astral; é em uma 
situação próxima a esta, que vive grande parcela da população que não consegue 
fazer esta transferência durante o tempo em que estão dormindo, o Corpo Astral 
fica flutuando acima do Corpo Físico e o indivíduo nada aproveita deste tempo em 
suas aquisições intelectuais.
            As 
pessoas que vivem assim estão quase que totalmente submissas aos automatismos 
psíquicos, tendo grande dificuldade em compreender ideias que fogem deste 
patrimônio já enraizado no psiquismo. É justamente este o grande problema do 
Movimento Espírita. Existe, entre seus líderes, uma grande dificuldade natural 
para a compreensão das ideias espiritualistas, portanto, por não compreenderem, 
combatem impiedosamente, todo aquele que as tenta propagar; fazem exatamente o 
que o Mestre Jesus condenou na ação dos legistas. Recorde-se:
«««——»»»
            “Ai 
de vós, legistas; porque tomaste a chave da ciência! Vós mesmos não 
entrastes e impedistes os que queriam entrar!”
A Bíblia de 
Jerusalém — Novo Testamento e Salmos, Edições Paulinas, Lucas; 11, 
52.
«««——»»»
            Meus 
irmãos e minhas irmãs; vocês estão traçando o próprio destino com as escolhas 
que fazem.
            
Busquem o conhecimento, somente ele pode retirar a trave que obstrui sua visão, 
somente o conhecimento vai habilitá-lo a viver em melhores ambientes 
espirituais, consuma 
energia cerebral com a aquisição 
de ideias melhores para você; somente você mesmo pode fazê-lo.
            Muita 
paz e amor para você.
            
Recordemos O 
Espírito Verdade:
            
Espíritas! Amai-vos; este 
o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. 
Pedro Pereira da Silva 
Neto
 
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