SEX, 22 DE ABRIL, 2016
Nesse post, vamos elencar algumas manifestações artísticas que falam sobre divindades presentes na Umbanda, com foco em Pai Ogum.
A divulgação de todos esses conteúdos é uma forma de levar a conhecimento da comunidade espiritualista essas representações culturais – de novos e antigos artistas – que por diversas vezes exercem um trabalho maravilhoso de desmistificação e quebra de preconceito ao culto dos Orixás.
Se você conhece algum tipo de arte que contemple Ogum mas que não entrou em nossa lista, exponha-a nos comentários e compartilhe seu conhecimento!
1) O Compadre Ogum – Jorge Amado
A narrativa começa com a prostituta Benedita, que, depois de longa ausência, aparece com um bebê nos braços e, antes de desaparecer de novo, entrega-o ao negro Massu, que ela alega ser o pai da criança.
Massu,Compadre_ogum que vive de fretes, precisa batizar o menino antes que complete um ano. Escolhida a igreja e a madrinha, resta o problema maior: eleger o padrinho da criança.
Para não melindrar nenhum amigo, Massu consulta os orixás, e o próprio Ogum decide ser o padrinho. A situação põe em polvorosa a comunidade boêmia de Salvador. Mães e filhas de santo, prostitutas, jogadores, todos se mobilizam para o grande acontecimento, embora nem sempre os planos ocorram da maneira programada.
Publicado originalmente como um dos relatos de Os pastores da noiteO compadre de Ogum foi transformado em minissérie em 1995. Como parte de Os pastores da noite, foi filmado em 1975 por Marcel Camus.
Fonte: Companhia das Letras
Obs: A minissérie Brava Gente exibida pela Rede Globo entre 2000 e 2003 também teve um episódio adaptando a obra literária. VerCumpadre Ogum: confusão no batizado.
2) Série Orixás – Caco Bressame
O ilustrador e designer Caco Bressame retratou na série ‘Orixás’ as 27 divindades iorubás presentes em um dos painéis de Hector Julio Páride Bernabó, o nosso querido Carybé. Leia mais emCarybé: vida, arte e fé brasileira.
Para conferir o resultado da homenagem de Bressame a Carybé acesse cacobressame.com
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Orixá Ogum, da serie ‘Orixás’ do artista Caco Bressame
3) Ogum Igbo Igbo – Carolina Cunha
A faixa etária dos livros de Carolina Cunha é de aproximadamente 8 anos, mas achamos tão maravilhoso esse trabalho que deixamos aqui a dica de acesso, e se tiver algum (a)  professor (a) e/ou educador (a) lendo essa matéria, indicamos o clique nos guias de leitura da autora. Neles estão dispostas informações e indicações de como trabalhar os livros em sala de aula de forma didática e envolvente. Assista abaixo o book trailer do livro Ogum Igbo Igbo de Carolina Cunha:
4) Ubi Maya – desenhista
Em nossa procura por manifestações artísticas encontramos os desenhos de Ubi Maya. O que mais nos chamou atenção no artista foi a delicadeza, simplicidade e expressão dos traços, que tomam as formas dos orixás quase que os trazendo a vida. Clique aqui para ver.
Ogum_01
Da Série Armas dos Orixás: “OGUM” Técnica: bico de pena e aquarela s/ papel de 180g/m², tamanho 28X20cm.
5) Um quê de Negritude – dança
Grupo de dança e ballet afro que expressa em suas apresentações os mitos, histórias, arquétipos, personalidade, gestos dentre outras representações dos Orixás. Acesse o site umquedenegritude.wix.com e confira a agenda dos espetáculos, do resto o vídeo fala por si só.
Tem muita coisa boa fruto do nosso produto cultural para descobrirmos ainda! Em um próximo post podemos fazer uma seleção só de músicas de determinado Orixá. Se gostou das indicações nos envie seu feedback! Comente, compartilhe e divulgue, só assim construiremos um informativo que realmente contribui com o conhecimento e divulgação das manifestações afro-brasileiras.

Texto: Júlia Pereira
Imagem: Ubi Maya
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