quarta-feira, 16 de maio de 2012


Preto-velho na Cultura Brasileira e na Umbanda
Por Alexandre Cumino
Pai Antonio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Um­banda em seu médium Zélio Fer­nandino de Morais onde se esta­be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Pie­dade. Assim, ele abriu esta “linha” pa­ra nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.
O “Preto-velho” está ligado à cul­tura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma especí­fica, pois den­tro da Religião Umban­dista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua litur­gia, representa uma “linha de tra­balho”, uma “falange de espíritos”, to­do um grupo de mentores espi­ri­tuais que se apresentam como ne­gros anciões, ex-escravos, conhe­ce­­dores dos Orixás Africanos.
São trabalhadores da espiritua­lidade, com características próprias e cole­tivas, que valorizam o grupo em detri­mento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exem­plo.
Milha­res de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento indivi­dual valorizando o elemento coletivo identificado pelo ter­mo genérico “preto-velho”. Muitos até dizem “nem tão preto e nem tão velho” ainda assim “preto velho fulano de tal”. A falta de informa­ção é a mãe do precon­ceito, e, no caso do “preto-ve­lho”, muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do “preto-velho” dentro das mes­mas.
Preto é Cor e Ne­gro é Raça, logo o ter­mo “preto-velho” tor­na-se caracte­rís­tico e com sentido ape­nas dentro de um con­texto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irres­trito seria “Negro Vel­ho”, “Negro An­cião” ou ainda “Ne­gro de idade avan­çada” para iden­ti­fi­car o ho­mem da ra­ça ne­gra que encon­tra-se já na “terceira idade” (a melhor ida­de). Por conta disso alguns sentem-se des­con­for­táveis em utilizar um ter­mo que à primeira vista pode parecer des­respei­toso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas bran­cas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofri­do, que na humildade da subju­gação forçada e escrava encontrou a liberdade do espí­rito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo de encontro à imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.
Alguns preferem chamá-los ape­nas de “Pais Velhos” o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que sou­be­ram passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de or­gulho em se auto-afirmar “nêgo véio” e ex-escravo; talvez as­sim se man­tenham para que nunca nos esque­çamos que em qualquer situa­ção temos ainda opor­tunidade de evo­luir. Quanto mais adver­sa maior a oportu­nidade de dar o testemunho de nos­sa fé.
O “preto-ve­lho” é um ícone da Umban­da, resu­min­do em si boa parte da filosofia um­ban­dista. Assim, os es­pí­ritos desen­car­­nados de ex-es­cravos se iden­ti­fi­cam e muitos ou­tros que não foram escra­vos, nesta con­dição, as­sim se apre­sentam tam­bém em home­nagem a eles, por tê-los como Mes­tres no astral.
No imaginário po­pular, por falta de informação ou por má fé de al­guns formadores de opinião, a ima­gem do “preto-velho” pode estar asso­ciada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam “com estas coisas” pois não sabem que a Um­banda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, mani­festando o espírito para a caridade e de­senvol­vendo o senti­mento de amor ao pró­ximo. Não existe uma Umbanda “boa” e uma Umbanda “ruim”, existe sim única e exclusi­vamente uma única Umbanda que faz o bem, caso con­trário não é Umbanda e assim é com os “Preto-velhos”, todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con­trário não é de fato um “preto-velho”, pode ser alguém disfarçado de “velho-negro”, o “preto velho” tra­balha única e exclusivamente para a caridade es­piritual.
São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma expe­riên­cia diferente. Os pretos velhos trazem consigo o “mistério ancião”, pois não bas­ta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evo­lutiva.
Quanto menos valor se dá a for­ma, mais valor se dá à mensagem, e “preto-velho” fala devagar, bem bai­xinho; quando assim se pronun­cia, to­dos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a pa­la­vra “Atotô”, saudação a Oba­luayê que quer dizer exatamente isso: “silêncio”.
Nas culturas antigas o “velho” era sempre respeitado e ouvido co­mo fonte viva do conhecimento an­ces­tral. Hoje ainda vemos este cos­tume nas culturas indígenas e ciga­nas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacer­dote mais velho, trata-se de uma he­rança cultural religiosa tão antiga quan­to nossa memória ou nossa his­tória pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.
Muitos já estão fora do ciclo reen­carnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilu­são da car­ne que nos cobre com paixões e ape­gos que inexora­vel­mente ficarão para trás no caminho evolutivo.
Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es­cravos eu os saúdo: “Salve os Pre­tos Velhos! Sal­ve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Sal­ve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!”
Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade bran­ca, tomam café e fumam cachimbo.

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