O Anjo da Guarda
Na escala hierárquica superior, existem ainda os anjos, arcanjos e devas. Os anjos da guarda por sua vez são indispensáveis em todos os rituais de Umbanda, principalmente porque dão a proteção necessária para os médiuns efetuarem seus assentamentos.
Quando as hierarquias celestes resolvem dar uma oportunidade de encarnação a um espírito, a primeira providência tomada é consultar os espíritos encarnados dos pais (O que e feito durante o sono do casal) para ver se concordam em gerar um filho, tudo isso em obediência à lei do livre arbítrio. Após a concordância, a tarefa de plasmar o espírito na forma e entregue aos sete poderosos espíritos da natureza. Um deles executará a tarefa, dando de si as energias necessárias para que haja a vida e o novo ser estará ligado diretamente àquela vibração original. Desta força nasce o anjo da guarda do novo ser, que é a força primeira atuante do nascimento.
A partir do instante em que o novo ser é gerado, essa força primária começa atuar fazendo com que os elementos se transformem segundo os processos materiais e o corpo vá tomando forma. Após o nascimento, o anjo da guarda vai promovendo o domínio gradativo da consciência, da alma e da força do espírito, sobre a forma, até que o novo ser adquira sua personalidade própria através do livre arbítrio. Desse momento em diante, a força primitiva passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo ao arbítrio do novo ser.
A entidade espiritual do anjo da guarda é aliás pregada por todas as religiões desde os tempos mais remotos, que sempre a apresentam da mesma forma.
Na Umbanda elas exercem uma função da mais alta importância. Em todos os rituais, a invocação dessa força e feita por todos os médiuns que efetuam assentamentos atraindo para perto de si o seu anjo da guarda, pois sem eles correm grandes riscos, até mesmo físico. Sem o anjo da guarda, o médium não trabalha.
O assentamento mágico do anjo da guarda consiste em atrair em equilíbrio, para junto do médium, a força dos quatro elementos da natureza, com uma vela e um copo de água. A vela representa o fogo, e o elemento terra está contido na forma densa da vela; o ar está presente no ambiente envolvente e também na chama, como oxigênio, na manifestação do fogo; por último, a água no copo que é colocado junto à vela, completa o quarto elemento. As rezas ativam a força mágica pela intenção e direção do ato mágico.
Na Umbanda os anjos são considerados espíritos puros e inteligentes de natureza sobre-humana, mensageiros ou intermediários da divindade.
Os embaixadores ou representantes angélicos na terra são distribuídos da seguinte forma:
· Arcanjo Miguel - símbolo da autoridade, poder e dignidade de Deus;
· Arcanjo Gabriel - símbolo do nascimento e dos processos de geração;
· Arcanjo Rafael - o poder divino da cura e da proteção;
· Arcanjo Anael - o amor, a bondade, a arte e a virtude divina;
· Arcanjo Samuel - símbolo da energia dinâmica de Deus, da força construtiva e do entusiasmo;
· Arcanjo Zacariel - altruísmo e generosidade;
· Arcanjo Cassiel - justiça, direito e a suprema ordem divina;
· Arcanjo Ituriel - símbolo do altruísmo e da fraternidade humana.
DEVAS
Já os devas são ordens de anjos situados entre os seres divinos superiores e os seres humanos. São anjos da natureza e constam de duas ordens distintas, os devas maiores e os devas individualizados.
Os devas maiores estão ligados aos sete poderosos espíritos da natureza e sua função é dirigir os trabalhos dos devas individualizados que, por sua vez, comandam os elementais.
Os quatro devas maiores são:
· Agni - Senhor do Fogo;
· Pavuna ou Vayu - Senhor do Ar;
· Varuna - Senhor da Água e
· Kchiti - Senhor da Terra.
Os senhores da natureza, os Orixás, são supervisores de cada uma das ramificações da natureza, onde miríades de seres desde os devas maiores até os devas individualizados com seus elementais, realizam suas tarefas de vitalização. O meio de se comunicar com estes servos é pelo som e pelas cores. Os elementos mágicos normalmente usados são a vela, a água e as rezas referentes ao Orixá correspondente.
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