PAI
"É natural que
consideres teu problema qual espinho terrível.
É justo
reconheças tua prova por agonia do coração.
Ergues súplice
olhar, no silêncio da prece, e relacionas mecanicamente aqueles que te
feriram.
É como se
conversasses intimamente com Deus, apresentando-lhe vasto balanço de amarguras e
queixas...
E o Supremo
Senhor cuidará realmente de ti, alentando-te o passo... Entretanto, é preciso
não esquecer que Ele cuidará igualmente dos outros.
*
Lança mais
profundo olhar naqueles que te ofenderam, conforme acreditas, e compara as tuas
vantagens com as deles.
Quase sempre,
embora se entremostrem adornados de ouro e renome, nas galerias da evidência e
da autoridade, são almas credoras de compaixão e de
auxílio...
Traíram-te a
confiança, contudo tombaram nas malhas de pavorosos enganos; humilharam-te
impunemente, mas adquiriram remorsos para imenso techo da vida; dilaceraram-te
os ideais, entretanto, caíram no descrédito de si próprios; abandonaram-te com
inexprimível ingratidão, todavia, desceram à animalidade e à
loucura...
Não é possível
que a Luz do Universo apenas te ampare, desprezando-os a eles que se encontram à
margem de sofrimento maior.
*
Unge-te, assim, de
paciência e compreensão para ajudar na Obra Divina, ajudando a ti
mesmo.
Em qualquer apreciação, ao
redor de alguém, recorda que o teu Criador é também o Criador dos que estão
sendo julgados.
É por isso que Jesus, em
nos ensinando a orar, revelou Deus como sendo o amor de todo amor, afirmando,
simples:
'Pai nosso, que estás nos céus...'
*
Muita paz a
todos!
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