OS TRÊS ASPECTOS DO ESPIRITISMO
Fábio José Lourenço
Bezerra
O Espiritismo desdobra-se em três
aspectos: Ciência, Filosofia e Religião.
Ele nasceu do estudo de fenômenos que não se encaixam nas leis naturais
conhecidas pela ciência oficial. Destes fenômenos temos como exemplos os
tiptológicos, isto é, pancadas de origem desconhecida em móveis, paredes, teto,
etc., (este foi o primeiro fenômeno estudado), e logo em seguida o das "mesas
girantes", objetos (em sua grande maioria, como o nome sugere, mesas) que
levitavam, giravam e davam pancadas no chão sem que ninguém, nem nada conhecido,
os movesse.
Os
fenômenos supracitados chamaram a atenção de muitos cientistas e pesquisadores
(como ocorreu com Allan Kardec) que, curiosos em relação às causas dos mesmos,
resolveram empregar métodos que pudessem ligá-los a causas naturais ou à fraude.
Verificaram, com assombro, que além de não possuírem nenhuma explicação, eles
eram provocados por uma inteligência, dotada de vontade própria, de
conhecimentos, em muitos casos, muito superior aos do médium e dos assistentes
(Ver o texto
"O Início do Espiritismo Parte 2 – A Codificação", neste
blog).
As próprias inteligências comunicantes deram instruções para
melhorar os métodos de comunicação, que foi continuamente aperfeiçoado (hoje em
dia eles se comunicam até pelo computador). Eles próprios disseram, antes que
alguém sequer pensasse nessa hipótese, e mesmo em meios avessos a essa idéia,
que eram Espíritos, almas de homens que um dia viveram na Terra ou em outros
mundos. Deram, em muitas ocasiões, várias provas de sua identidade, como por
exemplo seu nome completo e os de seus parentes, endereço quando vivo, até a
localização de objetos, documentos, que só eles sabiam onde estavam, e estes
foram encontrados tal qual disseram as inteligências comunicantes. Falaram e
escreveram, em alguns casos, em línguas desconhecidas de todos os presentes na
experiência. Materializaram-se em muitas ocasiões, adquirindo consistência
sólida e peso, assumindo toda a aparência de quando vivos (como nas experiências
de Cesare Lombroso, quando sua mãe se materializou em sua presença e até o
abraçou, e que foi fotografado nas experiências de William
Crookes).
Diante das fortíssimas evidências, chegou-se à conclusão de que estas
inteligências eram exatamente o que afirmavam ser, consciências sobreviventes à
morte do corpo físico, ainda dotadas de emoções, raciocínio, memória e vontade
própria. Eles revelaram, dessa forma, leis naturais até então desconhecidas da
ciência humana.
É,
portanto, embasado em fatos o Espiritismo. Dotado de métodos, conceitos e
terminologia própria, modelo teórico de realidade (paradigma), e passível de ser
verificado experimentalmente (muitos cientistas o fizeram no passado, e até os
dias atuais o fazem, porém de forma independente), desde que respeitadas as
condições experimentais necessárias. O Espiritismo assume, dessa forma, o seu
aspecto de Ciência (Ver
o texto "Por que Ser Espírita?", neste blog).
Os Espíritos revelaram muitos detalhes da vida além-túmulo: como vivem;
como influenciam os encarnados e são influenciados por eles; as sensações que
experimentaram logo após a morte; a existência de Deus - inteligência suprema e
causa primeira de todas as coisas - e seus atributos (único, eterno, imutável,
onipotente, soberanamente justo e bom) através dos quais podemos deduzir
consequências e, assim, termos uma idéia do destino reservado a suas criaturas;
a existência da reencarnação e sua importância para explicar porque a existência
dos sofrimentos e das desigualdades entre os homens não contradizem a idéia da
existência de um Deus soberanamente justo e bom. Estas informações nos permitem
criar uma visão de mundo que nos dá uma explicação coerente acerca de onde
viemos, para onde vamos e qual o sentido da vida; A importância da busca pela
sabedoria e do amor ao próximo como caminhos para a felicidade suprema. É quando
o Espiritismo apresenta o seu aspecto de Filosofia (Ver o texto "Os Princípios Básicos do Espiritismo", neste
blog).
A palavra religião significa religar, a religação com
o Criador. O Espiritismo nos apresenta a reforma moral, íntima (que consiste na
eliminação do ódio, do egoísmo, do orgulho, da vaidade e do apego aos bens
materiais, desenvolvendo a humildade, a tolerância, a compreensão e o amor ao
seu semelhante, através da prática da caridade), bem como o desenvolvimento da
inteligência e a ampliação do conhecimento, como os caminhos da perfeição
espiritual, através de várias existências corpóreas, para a perfeita sintonia e
união com Deus. Assim, o Espiritismo assume o seu aspecto de
Religião (Ver
os textos "Valores de Vida Eterna" e "Por que devemos fazer o bem?", neste
blog).
Nada sintetiza mais estes três aspectos do
que a frase do codificador do Espiritismo, Allan Kardec: "Não há fé inabalável, senão
aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da
humanidade"
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE, 2002.
2 CROOKES, William. Fatos espíritas. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1991].
3 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999].
4 KARDEC, Allan (pseudônimo). O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].
5 _______________. O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].
6 LOMBROSO, Césare. Hipnotismo e mediunidade. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1990
1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE, 2002.
2 CROOKES, William. Fatos espíritas. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1991].
3 DOYLE, Arthur Conan (Sir). História do espiritismo. São Paulo: Pensamento, [1999].
4 KARDEC, Allan (pseudônimo). O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].
5 _______________. O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].
6 LOMBROSO, Césare. Hipnotismo e mediunidade. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1990
Nenhum comentário:
Postar um comentário