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BRASIL – O PRIMEIRO PAÍS A TRADUZIR
OS 12 VOLUMES DA “REVISTA ESPÍRITA”
OS 12 VOLUMES DA “REVISTA ESPÍRITA”
(Lições de Espiritismo /
Crônicas)
J. Herculano Pires, no livro O Homem
Novo.
Faltava uma dúzia de livros da Codificação no país
mais espírita
do mundo – A teoria dos agêneres só existe na “Revista”
– As pesquisas de Kardec minuciosamente relatadas.
do mundo – A teoria dos agêneres só existe na “Revista”
– As pesquisas de Kardec minuciosamente relatadas.
Nada prova melhor a asserção de que o Espiritismo
avança “apesar dos homens” do que este aparecimento tardio da “Revista Espírita” (1) no Brasil.
Obra fundamental, escrita página a página pelo Codificador, os doze volumes
dormiram longos anos nas estantes de uns poucos estudiosos. Muitos problemas
discutidos na imprensa, nas reuniões de estudos, nos congressos, lá estavam
resolvidos. Mas, os espíritas ignoravam isso e ainda hoje continuam ignorando.
Chegou-se mesmo a afirmar que os cinco livros do chamado “Pentateuco Kardeciano”
eram o único repositório dos ensinos do Espírito da Verdade. Mas, a verdade era
outra e a prova está hoje nas mãos de todos os que se interessaram por
ela.
No capítulo terceiro da primeira parte de “O
Livro dos Médiuns”, Kardec declara: “Aos que quiserem adquirir os
conhecimentos preliminares (da doutrina), pela leitura dos nossos livros,
aconselhamos a seguinte ordem: 1) O
que é o Espiritismo, 2) O
Livro dos Espíritos, 3) O Livro dos
Médiuns, 4) A Revista
Espírita.” (2) Ainda não haviam aparecido O Evangelho Segundo
o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, mas a Revista Espírita
já era recomendada como indispensável. E a verdade é que esses livros iam
sair das suas páginas. A Revista era a fonte em que borbulhavam as águas
da III Revelação.
Os Agêneres
Kardec trata rapidamente do problema dos agêneres no
capítulo sétimo da segunda parte de O
Livro dos Médiuns. Muitos confrades reclamam maiores esclarecimentos
a respeito. Poucos sabem que o Codificador declarou, no final daquele capítulo:
“Restaria falarmos do estranho fenômeno
dos agêneres, que, por mais sobrenatural que possa parecer à primeira vista, não
o é mais do que os outros. Mas, como já o explicamos na Revista Espírita (fevereiro de 1859) achamos inútil reproduzir aqui os
detalhes...”
A teoria dos agêneres (3), desses espíritos que
aparecem de maneira visível e tangível, espontaneamente, em plena rua, numa
casa, num escritório, numa festa, dando plena impressão de tratar-se de uma
pessoa viva, essa teoria se encontra na Revista Espírita. Mas não é só.
Os casos de comunicação de espíritos de vivos; a maneira científica e minuciosa
pela qual Kardec pesquisou as condições do espírito fora do corpo; as suas
evocações para estudo; o problema em si das evocações, ainda tão mal conhecido
dos espíritas; o problema complexo da escrita direta e da voz direta; o
mecanismo das relações fluídicas entre o espírito comunicante e o médium e mais
uma infinidade de questões são esclarecidas nas páginas da Revista
Espírita.
Indicações de
Kardec
Aliás, todo estudioso da Codificação sabe que Kardec
indica, frequentemente, nos seus livros, a consulta à Revista Espírita. Problemas que
não podiam ser esclarecidos amplamente nos livros, que deviam sujeitar-se a
limites de espaço, estão expostos com todas as minúcias na Revista. Impossível, pois,
absolutamente impossível, um conhecimento aprofundado do Espiritismo sem a
consulta a essa obra. E dizer que somente agora ela aparece em português e que a
maioria dos confrades ainda pergunta se haverá necessidade de
lê-la!
Em “Obras Póstumas”, Kardec relata as
dificuldades que teve para lançar a Revista Espírita. Sem dinheiro,
absorvido inteiramente por dois empregos de que necessitava para viver, pedira
auxílio a um amigo. Mas o amigo mostrou-se desinteressado. Os Espíritos lhe
dizem que enfrente sozinho a tarefa. Ele arrisca e consegue manter a Revista durante onze anos e três
meses, redigindo-a sozinho, sem faltar um só número. Pontualidade absoluta. A
desencarnação o surpreendeu quando o quarto número já estava nas oficinas para
ser impresso. Assim, até mesmo depois do seu passamento, ainda os leitores
receberam mais um número elaborado inteiramente por
ele.
A coleção publicada em nosso país abrange todo esse
volumoso trabalho e mais dois meses, pois os números de maio e junho de 1869,
embora não redigidos por Kardec, trazem o noticiário do seu passamento, do
sepultamento do corpo, da construção do seu túmulo, hoje pertencente ao
Patrimônio Histórico da França, as decisões da Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas para a continuação do movimento doutrinário e as primeiras
comunicações do Espírito. Além disso, a coleção inclui as comunicações de Kardec
recebidas mais tarde e publicadas em outros números da Revista.
Laboratório
Espírita
Os relatórios das sessões da Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas (4), sob a direção de Kardec, orientadas pelo Espírito de São
Luís, mostram-nos o critério científico dos trabalhos. A publicação por extenso
dos diálogos de Kardec com os espíritos comunicantes revela que a sala de
sessões era um verdadeiro laboratório espírita, em que os instrumentos de
pesquisa não eram mecânicos, mas mediúnicos. O interrogatório dos espíritos
seguia um método científico, pacientemente elaborado e habilmente aplicado. Mas
a ciência espírita não é materialista, e por isso vemos também os elementos da
religião, como o recolhimento, a prece e a fé, servindo de ingredientes do
processo científico.
O problema das curas mediúnicas foi amplamente
estudado por médicos espíritas (5). Há o caso da srta. Desiré Godu, médium
curadora, observado pelo médico Mohrery, em sua clínica. Esse médico enviava
seus relatórios a Kardec, que os estudava, analisava e os submetia à apreciação
dos Espíritos Protetores dos trabalhos. Os problemas do magnetismo animal e do
magnetismo espiritual, as primeiras aceitações do magnetismo pelas ciências
oficiais, na forma de hipnotismo, todas essas questões e outras muitas fazem dos
volumes da Revista Espírita
verdadeiros repositórios de estudos valiosos, que não podemos ignorar. As
pesquisas atuais da Parapsicologia ficam muito aquém das pesquisas profundas e
amplas que a Revista nos apresenta, oferecendo uma base sólida e
inabalável ao Espiritismo.
Acervo
Literário
Mas, além de tudo isso há ainda o acervo literário da
Revista, constituído
por novelas, contos, apólogos, poesias, discussões filosóficas, exposição de
teses artísticas, psicológicas, sociológicas, biológicas, astronômicas,
geológicas e assim por diante. Quantas afirmações feitas há mais de um século e
que hoje estão sendo confirmadas! E que admirável bom senso a presidir todo esse
gigantesco trabalho, a seleção desse material
imenso!
Os artigos de fundo da Revista, as refutações a
críticas científicas, filosóficas ou religiosas, o método rigoroso de Kardec no
trato com os adversários, só respondendo às críticas que tivessem alguma coisa
de sério, mesmo que errado, e jamais às simples diatribes de ataques pessoais,
injuriosas e apaixonadas. O que interessava era defender a Doutrina e esclarecer
os que a ignoravam. Quantos exemplos de paciência, de tolerância, de amor ao
próximo, de caridade!
Brasil: o
primeiro
Apesar do nosso atraso na publicação da Revista Espírita, a
verdade é que estamos na frente de todos os demais países, com exceção
naturalmente da França. A primeira língua estrangeira que se enriquece com a
tradução dessa obra gigantesca é a nossa, o que prova mais uma vez a vocação
espírita do Brasil. Ainda recentemente, quando nos visitou, Humberto Mariotti,
vice-presidente da Confederação Espírita Panamericana, trouxe a incumbência de
estudar em nosso país a possibilidade do lançamento da Revista em
castelhano.
Neste ano se comemora, além do Centenário de “A
Gênese”, o 110º aniversário da Revista Espírita. Nós, os
brasileiros, somos o único povo do mundo, fora o francês, que pode ler essa obra
gigantesca e maravilhosa em sua própria língua. Por isso, e por muito mais do
que isso, – por tratar-se de uma obra que completa a Codificação, que nela se
entrosa e que a ela realmente pertence, segundo as próprias indicações de
Kardec, – precisamos levar este fato histórico da sua publicação no Brasil ao
conhecimento de todos os espíritas. E precisamos também acentuar que esta
publicação, devidamente considerada, ampliará de muito os nossos conhecimentos
doutrinários e enriquecerá a cultura brasileira. Para os espíritas conscientes
da importância da Doutrina esta obra de Kardec, que é principalmente dos
Espíritos, representará em nossa Terra a consolidação cultural do
Espiritismo.
(1) Coleção da Revista Espírita no
formato PDF.
(2) Ordem nos Estudos Espíritas
(3) Estudo com base in respostas do Espírito de São Luís à Allan
Kardec na Revista Espírita (2) - Ano 2 - fevereiro 1859 - Nº. 2
- Os Agêneres
(4) SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS: Estudo com base em
um PPS (eslaides) recebido via e-mail em 23/11/2009 intitulado O 1°. Centro
Espírita do Planeta com formatação de Mário Celso mariocelso633@yahoo.com.br)
(5) Coleção de artigos da Revista Espírita que tratam da
mediunidade de cura:
* * *
Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para vocêhttp://br.groups.yahoo.com/group/aeradoespirito/
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