quinta-feira, 3 de abril de 2014

TRADUÇÃO DOS 12 VOLUMES DA REVISTA ESPÍRITA

 

BRASIL – O PRIMEIRO PAÍS A TRADUZIR
OS 12 VOLUMES DA “REVISTA ESPÍRITA”
 (Lições de Espiritismo / Crônicas)
J. Herculano Pires, no livro O Homem Novo.
 
 
Faltava uma dúzia de livros da Codificação no país mais espírita
do mundo – A teoria dos agêneres só existe na “Revista”
– As pesquisas de Kardec minuciosamente relatadas.
 
 
Nada prova melhor a asserção de que o Espiritismo avança “apesar dos homens” do que este aparecimento tardio da “Revista Espírita (1) no Brasil. Obra fundamental, escrita página a página pelo Codificador, os doze volumes dormiram longos anos nas estantes de uns poucos estudiosos. Muitos problemas discutidos na imprensa, nas reuniões de estudos, nos congressos, lá estavam resolvidos. Mas, os espíritas ignoravam isso e ainda hoje continuam ignorando. Chegou-se mesmo a afirmar que os cinco livros do chamado “Pentateuco Kardeciano” eram o único repositório dos ensinos do Espírito da Verdade. Mas, a verdade era outra e a prova está hoje nas mãos de todos os que se interessaram por ela.
 
No capítulo terceiro da primeira parte de “O Livro dos Médiuns”, Kardec declara: “Aos que quiserem adquirir os conhecimentos preliminares (da doutrina), pela leitura dos nossos livros, aconselhamos a seguinte ordem: 1) O que é o Espiritismo, 2) O Livro dos Espíritos, 3) O Livro dos Médiuns, 4) A Revista Espírita.” (2) Ainda não haviam aparecido O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, mas a Revista Espírita já era recomendada como indispensável. E a verdade é que esses livros iam sair das suas páginas. A Revista era a fonte em que borbulhavam as águas da III Revelação.
 
Os Agêneres
 
Kardec trata rapidamente do problema dos agêneres no capítulo sétimo da segunda parte de O Livro dos Médiuns. Muitos confrades reclamam maiores esclarecimentos a respeito. Poucos sabem que o Codificador declarou, no final daquele capítulo: “Restaria falarmos do estranho fenômeno dos agêneres, que, por mais sobrenatural que possa parecer à primeira vista, não o é mais do que os outros. Mas, como já o explicamos na Revista Espírita (fevereiro de 1859) achamos inútil reproduzir aqui os detalhes...”
 
A teoria dos agêneres (3), desses espíritos que aparecem de maneira visível e tangível, espontaneamente, em plena rua, numa casa, num escritório, numa festa, dando plena impressão de tratar-se de uma pessoa viva, essa teoria se encontra na Revista Espírita. Mas não é só. Os casos de comunicação de espíritos de vivos; a maneira científica e minuciosa pela qual Kardec pesquisou as condições do espírito fora do corpo; as suas evocações para estudo; o problema em si das evocações, ainda tão mal conhecido dos espíritas; o problema complexo da escrita direta e da voz direta; o mecanismo das relações fluídicas entre o espírito comunicante e o médium e mais uma infinidade de questões são esclarecidas nas páginas da Revista Espírita.
 
Indicações de Kardec
 
Aliás, todo estudioso da Codificação sabe que Kardec indica, frequentemente, nos seus livros, a consulta à Revista Espírita. Problemas que não podiam ser esclarecidos amplamente nos livros, que deviam sujeitar-se a limites de espaço, estão expostos com todas as minúcias na Revista. Impossível, pois, absolutamente impossível, um conhecimento aprofundado do Espiritismo sem a consulta a essa obra. E dizer que somente agora ela aparece em português e que a maioria dos confrades ainda pergunta se haverá necessidade de lê-la!
 
Em “Obras Póstumas”, Kardec relata as dificuldades que teve para lançar a Revista Espírita. Sem dinheiro, absorvido inteiramente por dois empregos de que necessitava para viver, pedira auxílio a um amigo. Mas o amigo mostrou-se desinteressado. Os Espíritos lhe dizem que enfrente sozinho a tarefa. Ele arrisca e consegue manter a Revista durante onze anos e três meses, redigindo-a sozinho, sem faltar um só número. Pontualidade absoluta. A desencarnação o surpreendeu quando o quarto número já estava nas oficinas para ser impresso. Assim, até mesmo depois do seu passamento, ainda os leitores receberam mais um número elaborado inteiramente por ele.
 
A coleção publicada em nosso país abrange todo esse volumoso trabalho e mais dois meses, pois os números de maio e junho de 1869, embora não redigidos por Kardec, trazem o noticiário do seu passamento, do sepultamento do corpo, da construção do seu túmulo, hoje pertencente ao Patrimônio Histórico da França, as decisões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas para a continuação do movimento doutrinário e as primeiras comunicações do Espírito. Além disso, a coleção inclui as comunicações de Kardec recebidas mais tarde e publicadas em outros números da Revista.
 
Laboratório Espírita
 
Os relatórios das sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (4), sob a direção de Kardec, orientadas pelo Espírito de São Luís, mostram-nos o critério científico dos trabalhos. A publicação por extenso dos diálogos de Kardec com os espíritos comunicantes revela que a sala de sessões era um verdadeiro laboratório espírita, em que os instrumentos de pesquisa não eram mecânicos, mas mediúnicos. O interrogatório dos espíritos seguia um método científico, pacientemente elaborado e habilmente aplicado. Mas a ciência espírita não é materialista, e por isso vemos também os elementos da religião, como o recolhimento, a prece e a fé, servindo de ingredientes do processo científico.
 
O problema das curas mediúnicas foi amplamente estudado por médicos espíritas (5). Há o caso da srta. Desiré Godu, médium curadora, observado pelo médico Mohrery, em sua clínica. Esse médico enviava seus relatórios a Kardec, que os estudava, analisava e os submetia à apreciação dos Espíritos Protetores dos trabalhos. Os problemas do magnetismo animal e do magnetismo espiritual, as primeiras aceitações do magnetismo pelas ciências oficiais, na forma de hipnotismo, todas essas questões e outras muitas fazem dos volumes da Revista Espírita verdadeiros repositórios de estudos valiosos, que não podemos ignorar. As pesquisas atuais da Parapsicologia ficam muito aquém das pesquisas profundas e amplas que a Revista nos apresenta, oferecendo uma base sólida e inabalável ao Espiritismo.
 
Acervo Literário
 
Mas, além de tudo isso há ainda o acervo literário da Revista, constituído por novelas, contos, apólogos, poesias, discussões filosóficas, exposição de teses artísticas, psicológicas, sociológicas, biológicas, astronômicas, geológicas e assim por diante. Quantas afirmações feitas há mais de um século e que hoje estão sendo confirmadas! E que admirável bom senso a presidir todo esse gigantesco trabalho, a seleção desse material imenso!
 
Os artigos de fundo da Revista, as refutações a críticas científicas, filosóficas ou religiosas, o método rigoroso de Kardec no trato com os adversários, só respondendo às críticas que tivessem alguma coisa de sério, mesmo que errado, e jamais às simples diatribes de ataques pessoais, injuriosas e apaixonadas. O que interessava era defender a Doutrina e esclarecer os que a ignoravam. Quantos exemplos de paciência, de tolerância, de amor ao próximo, de caridade!
 
Brasil: o primeiro
 
Apesar do nosso atraso na publicação da Revista Espírita, a verdade é que estamos na frente de todos os demais países, com exceção naturalmente da França. A primeira língua estrangeira que se enriquece com a tradução dessa obra gigantesca é a nossa, o que prova mais uma vez a vocação espírita do Brasil. Ainda recentemente, quando nos visitou, Humberto Mariotti, vice-presidente da Confederação Espírita Panamericana, trouxe a incumbência de estudar em nosso país a possibilidade do lançamento da Revista em castelhano.
 
Neste ano se comemora, além do Centenário de “A Gênese”, o 110º aniversário da Revista Espírita. Nós, os brasileiros, somos o único povo do mundo, fora o francês, que pode ler essa obra gigantesca e maravilhosa em sua própria língua. Por isso, e por muito mais do que isso, – por tratar-se de uma obra que completa a Codificação, que nela se entrosa e que a ela realmente pertence, segundo as próprias indicações de Kardec, – precisamos levar este fato histórico da sua publicação no Brasil ao conhecimento de todos os espíritas. E precisamos também acentuar que esta publicação, devidamente considerada, ampliará de muito os nossos conhecimentos doutrinários e enriquecerá a cultura brasileira. Para os espíritas conscientes da importância da Doutrina esta obra de Kardec, que é principalmente dos Espíritos, representará em nossa Terra a consolidação cultural do Espiritismo.
 
(1) Coleção da Revista Espírita no formato PDF.
 
(2) Ordem nos Estudos Espíritas
 
(3) Estudo com base in respostas do Espírito de São Luís à Allan Kardec na Revista Espírita (2) - Ano 2 - fevereiro 1859 - Nº. 2 - Os Agêneres
 
(4) SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS: Estudo com base em um PPS (eslaides) recebido via e-mail em 23/11/2009 intitulado O 1°. Centro Espírita do Planeta com formatação de Mário Celso mariocelso633@yahoo.com.br)
 
(5) Coleção de artigos da Revista Espírita que tratam da mediunidade de cura:
 
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