Há
décadas, lutamos contra a o ódio religioso patrocinado pelas igrejas
eletrônicas, que se valem das concessões públicas das emissoras Rádio e TV para
veicularem programas ofensivos a nossa fé.
A
decisão, esta semana, do desembargador relator Reis Fried, da 7ª Turma do
Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro em determinar ao Google a retirada
do Youtube 16 vídeos que ofendem a Umbanda e o Candomblé, é a mais importante
vitória conquistada pelos nossos irmãos nos últimos anos contra a intolerância
religiosa.
A
decisão, resultante de uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal e
provocada pela Associação Nacional de Midia Afro, contraria a sentença do juiz
Eugênio Rosa de Araújo, titular da 17ª Vara Federal, que não acatara o pedido de
retirada do ar dos vídeos discriminatórios e incitadores ao ódio. O juiz Eugênio
Rosa alegara em seu despacho que Umbanda e Candomblé sequer eram
religiões.
A
repercussão negativa da sentença, em âmbito nacional, fez com que ele voltasse
atrás. O magistrado pediu desculpas e reconsiderou sua opinião sobre o
reconhecimento da Umbanda e do Candomblé como religiões afro-brasileiras, mas
não atendeu o pedido de impugnação dos vídeos. E agora, o desembargador Reis
Fried determinou ao Google a retirada do Youtube dos vídeos.
Há
65 anos nossa família enfrenta o preconceito religioso. Nossos irmãos
enfrentaram as perseguições policiais nas décadas de 50 e 60, e desde a década
de 70, enfrentam o ódio disseminado pelas igrejas eletrônicas nas emissoras de
Rádio e TV, que são concessões públicas, e são distribuídas há décadas
pelo governo federal em troca de votos no Congresso Nacional.
A
maior consequência do preconceito dessas seitas eletrônicas é manter os seres
humanos separados. Não serão eles, contudo, que dividirão os brasileiros por
causa de sua religião ou orientação sexual.
Como dissemos
recentemente, tolerância para os iguais é fácil; o problema para esses fanáticos
é a tolerância com os desiguais.
Umbanda unida,
Umbanda forte!
ÁTILA NUNES e
ÁTILA ALEXANDRE NUNES
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