sábado, 9 de agosto de 2014

SER PAI !!!!!



 
Quando o Espírito, no afã de receber a dádiva do retorno à peregrinação terrena, perpassa seus registros perispirituais e, com o concurso benfazejo dos Amigos Instrutores, programa os principais envolvimentos ocupacionais e as espécies de relacionamentos, um elemento assume especial relevo: o berço familiar. Passo primevo, base sobre a qual estará sendo edificada a construção intelecto-moral do ser, o lar representa o manancial onde estarão contidas as fundamentais experimentações que a individualidade humana pode realizar, antes de alçar voos mais altos, no desembaraço das atividades sociais a que todos nos filiamos.

É no lar que encontramos os primeiros laços de companheirismo e, não obstante, é onde passamos pelas iniciais dificuldades de superação pessoal – interior – para, em seguida, confrontarmos nossa personalidade (em formação, ou em fase de despertamento) com a de nossos entes mais chegados. Estamos falando, especificamente, dos embates travados entre seres com bagagens espirituais distintas que, não obstante hajam se comprometido em mútuo auxílio, agem instintivamente buscando primeiro a autodefesa para depois, mais seguros, se possível, exercerem o amor ao próximo.

Quantas discussões, quantas incompreensões... Dias e noites em que, comumente, batemos portas, gritamos e choramos, ou ficamos “bicudos”. Tudo para, algum tempo depois, pedirmos escusas ou aceitarmos desculpas... É, quem não passou ou passa por isso? Insistimos, por vezes, em fazer o caminho mais longo, por termos de retornar ao ponto de partida – após o erro – para recomeçar a caminhada.

Lembro-me de um antigo anúncio comercial de tv, no qual o personagem recordava as célebres discussões com seu pai. Este nunca o compreendia! Com a maioridade, saiu de casa. Vitória! – pensava. Doce ilusão da juventude... Adiante, tendo vivido suas próprias lutas, encurralado por suas memórias, lembra ele de todos aqueles (bons) momentos de infância: o primeiro carrinho, a bicicleta, as partidas de futebol, as lições do colégio, feitas após o jornal das oito... Chora, chora copiosamente!

Reconhece que foi duro, muito duro com o “velho”. Passa a mão no telefone. O pai atende... Alguns instantes sem fala, o remorso... Vai-se o orgulho... Enfim, o alívio: - Pai, eu te amo!

Que possamos lembrar dos pais como verdadeiros companheiros, mesmo que, na realidade visível de nosso dia-a-dia, tenhamos contratempos e desilusões. Grande parte destes, oriundos de nosso próprio proceder...

Valeu, pai!

(*) Marcelo Henrique Pereira, Doutorando em Direito, Secretário Executivo da ABRADE,

presidente do Centro Cultural Espírita Herculano Pires, São José (SC).

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