segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Vamos entender um pouco o que seja MEDIUNIDADE????

Antonio Carlos Evangelista , salve Pai Oxalá!
Venho compartilhando as reflexões sobre a Mediunidade na Umbanda, seu exercício e sua especificidade.
Ainda é tudo muito mais difícil para a Umbanda qualquer tentativa de compreensões fora da "caixinha" e constatamos isso como força estimuladora para não parar.
Minha terceira filha, a Ísis está com 8 meses e faço sempre um paralelo com a dor que é crescer para a Umbanda que vive uma dor para se compreender. É isso mesmo, minha filha sofreu com cólicas, agora sofrerá com nascimento dos dentes e tantas outras experiência do crescimento, crescer dói e posterior permite vida plena. Da mesma maneira, expandir a consciência, esvaziar o copo é realmente dolorido, difícil e tormentoso, mas garanto, vale a pena a superação!

Esta é a última chamada para o curso MEDIUNIDADE NA UMBANDA, seguidamente deste mail vou apenas enviar o programa de aulas, ok?

No entanto, dando andamento na série de textos enviados, segue o texto SEXTO SENTIDO SENSORIAL, onde proponho uma postura mais madura e natural e menos missionária e/ou kármica com a Mediunidade, você topa ler? Pode doer, mas nem tanto, pode também curar feridas da consciência, enfim, só depende de você mesmo!
 
O Sexto Sentido Sensorial

Reflexões acerca da mediunidade e sua real natureza
Todo aquele que nasce num corpo sadio traz consigo cinco sentidos sensoriais que chamamos de básicos: audição, visão, tato, olfato e paladar. É natural ao ser humano muitas vezes não dar tanta atenção à complexidade desses sensores, talvez porque sejam comuns a todos e são estimulados e vivenciados desde que nascemos.
A criança
Aos pais mais atentos, é possível perceber o processo de maturação destes sensores no indivíduo. A criança nasce com a visão muito turva, que vai "clareando" ou "amadurecendo" num prazo de até seis meses, após este período é que a criança realmente enxerga o mundo a sua volta. O tato é mais sensível pela boca, por isso é que a criança até seus dois anos terá o hábito de levar tudo à boca, pois é a partir da sensibilidade oral que a criança percebe, diferencia e processa texturas, formatos, consistências, bem como o paladar.
O adulto
Bem, para nós já adultos, andar e correr é algo "automático", não precisamos de esforços e cálculos, entretanto, observe uma criança no início da aprendizagem, há medo, calcula-se bem um ou dois passos, é preciso ter algumas certezas, algo a se apegar para não cair, dar três ou quatro passos, por algum período é um desafio incrível, e a sensação de satisfação e superação ao atingir o objetivo, que normalmente é sair do braço da mãe e andar quatro passos aos braços do pai, é impagável.
O assunto
Toda esta introdução é para que possamos refletir sobre a mediunidade como mais um sentido sensorial com o qual todos nascem, reservando suas particularidades e especificidades, a mediunidade está para todos e é um sensor como os acima citados, porém este "sexto sentido" vem à luz do indivíduo mais tardiamente, comumente na adolescência, sem regras; pode acontecer já na maturidade bem como em tenra infância.
Já superamos o período histórico em que a mediunidade fora tratada como histeria, loucura ou possessão demoníaca.
Quando a mediunidade se apresenta num meio familiar em que o ambiente é de espiritualistas, tudo será mais fácil, entretanto, cabem algumas considerações em todas as circunstâncias.
Vemos a mediunidade ser tratada ao longo dos tempos como um "dom supremo", coisa de gente "superdotada espiritualmente", fantástico, seres superiores e coisa do tipo, há também aqueles que tratam a mediunidade como um castigo, uma penitência, um karma, uma dívida...
A fantasia...
Respeito a credulidade alheia, mas desculpe... Mediunidade não é nenhuma das opções acima, tampouco se trata de coisa de mutantes, X-men, super herói, nada disso. Todavia, justamente por estas proposições acerca da mediunidade é que quando ela desabrocha num ambiente sem estudo e condução coerente acaba por dar vazão a uma fértil criatividade ilusória perigosa para a vida social e espiritual do indivíduo. É assim que vemos "incorporações" do cavalo de Ogum relinchando no meio do terreiro, vemos o corcunda de notre dame na linha de exus, caboclo cego, preto velho paralítico e tantas outras aberrações comportamentais...
Mediunidade enfim...
Retomando a ideia da mediunidade como um sentido sensorial como os demais básicos, a mediunidade deve ser observada com seriedade e bom senso.
Desenvolver a mediunidade é um processo natural, importante e necessário a todos. Entenda o sentido de desenvolver a mediunidade como um processo de conhecimento, aceitação, exercício e maturação do sentido.
Ilustrando o conceito...
Sempre costumo comparar o seguinte: eu tenho minha audição em perfeito funcionamento, também tenho um paladar funcionando etc. Mas meu ouvido não é como o de um músico estudioso, treinado e disciplinado. Quando ouço uma música, simplesmente ouço o conjunto dos instrumentos que embalam minha audição, entretanto, um músico percebe as notas musicais, os vários instrumentos e até pode indicar o que está ou não afinado ou no compasso ideal. Eu não sei tocar instrumento algum e, portanto, jamais, nesta condição, poderei escutar uma música e reproduzi-la em qualquer instrumento. Posso mudar isso, estudando música e instrumento, me dedicando, exercitando e praticando muito, daqui alguns anos poderei estar apto a isso, mas já que me coloquei como exemplo, neste caso me falta também talento (risos).
O que quero dizer é que audição todos temos, porém alguns exercitam mais este sentido, apuram a capacidade de ouvir e lidar com os sons.
Nem melhor, nem pior...
Por isso não existe mediunidade melhor ou pior, superior ou inferior. Existe sim a mediunidade no indivíduo, este pode ou não amadurecê-la, pode ou não entendê-la e pode ou não praticá-la conscientemente.
Tirar a mediunidade do foco da sobrenaturalidade penso que seja o principal caminho para iniciar um relacionamento maduro com este sentido, que precisa de cuidados importantes. Faz parte do nosso organismo.
Exercite...
Se os músculos não forem exercitados, poderão atrofiar e gerar graves doenças e limitações ao corpo. Com a mediunidade também, se não for exercitada, no mínimo se mantém estacionada.
Há quem diga "Faz trinta anos que sou médium, no entanto faz vinte anos que não pratico”!?!
Trinta anos de mediunidade mal praticada não valem cinco anos de uma mediunidade ativa, praticada com estudo e bom senso.
O tempo determina muita coisa na mediunidade, como o músculo, você não define um músculo indo à academia uma vez por mês por meia hora. Se não houver disciplina, rotina e cuidados, esqueça braços, peitorais e abdômen definidos. De modo que a vivência disciplinada e o exercício rotineiro da mediunidade permitem que a cada dia de prática mediúnica este sentido se fortaleça, amadureça, amplie e alinhe. É com o tempo também que o médium vai criando estabilidade vibratória, confiança e autonomia mediúnica.
Afinal de contas...
A mediunidade é algo mais natural do que pensamos, são muitos os tipos de mediunidade, você não terá a mediunidade que quer, mas a que te pertence, então procure conhecê-la e faça dela o melhor uso possível.
Pense nisso:

Mediunidade não é angelical e nem maligna, o uso que você fará dela é que determinará sua utilidade!
Grande abraço!
Rodrigo  Queirós

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