sexta-feira, 26 de junho de 2015


                Vaidade na Umbanda
12 junho, 2015

Como estabelecer os limites da vaidade humana e do realmente necessário para os trabalhos dentro de um terreiro?
É muito comum ouvirmos as pessoas, frequentadores, médiuns, cambonos, reclamando ou fazendo observações sobre o comportamento deste ou daquele médium, ou até mesmo Guia espiritual. 
E, não obstante nos deparamos com dirigentes de Terreiros fazendo vistas grossas aos mesmos. 
Fato é que se a espiritualidade fosse escolher médiuns perfeitos, nossas casas espirituais com certeza se esvaziariam.
Além do trabalho espiritual, passes, descarregos, os dirigentes espirituais têm o dever de encaminhar as pessoas que os procuram para desenvolver sua mediunidade e mesmo seus médiuns ao “bom caminho”.  
Quem em fase de desenvolvimento não se preocupa com o nome de seus Guias? 
É comum ouvirmos: “será que ‘meu’ Caboclo é fulano? Será que ‘meu’ Preto Velho é esse ou aquele? Será que essa linha é forte, esse nome é conhecido?”  
Isso nada mais é que a vazão da vaidade humana, pois nosso amados Guias e protetores, às vezes, na única intenção de nos protegerem de nós mesmos, se escondem atrás de formas simples de trabalho.
Alguns dirigentes dão asas à vaidade de seus médiuns. 
Não dominam a arte de traze-los à realidade. 
Pois saibam que também responderão perante a Lei Divina…  
Deve-se cautelosamente, para não destruir-lhes a autoestima, incutir-lhes Doutrina. 
Responsabilizá-lo pelo seu trabalho e quebrar paradigmas como inconsciência e consciência. 
Semear o trabalho corporativo dentro do Terreiro, a união de forças, o conjunto, o objetivo comum.
Saibam, o que mais fecha casas espirituais não são os choques de demandas externas, mas sim os choques internos, as fofocas, a inveja, frutos da imperfeição humana e que é acobertada por alguns Paizões e Mãezonas que os acobertam embaixo de suas asas. 
Lembro uma historinha:
Deus permitiu a um homem realizar um desejo, um único desejo. 
Poderia pedir o que quisesse, desde que fosse apenas um desejo. 
A única regra seria: o que ele pedisse, seu irmão teria em dobro. 
Por exemplo: se ele pedisse um carro, seu irmão teria dois; se ele pedisse um milhão de reais, seu irmão teria dois milhões, e assim por diante. 
O homem parou, pensou, pensou, e respondeu 

- Deus, fure-me um olho!

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Cristinatormena

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