sexta-feira, 3 de julho de 2015

 Elementais

Elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza.
Lá, no meio ao elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo.
Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais.
Na natureza esses seres se agrupam, segundo suas afinidades formando uma espécie de famílias.
Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.
Elementais não tiveram nenhuma encarnação como as conhecemos como humanas. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.
Salamandra, Duende, Saci, Fara, Sereia, Tritão, Ondina, Ninfa, Fada, Lutin, Brolunie, Pixy, Follet, Leprechaun, Elfo, Tomtimtot, Cavernícolas, Gnomos, Trolls, Silfos, Sílfides, Homúnculos..., estes são alguns dos seres que cumprem a tarefa de realizar a evolução da vida e da forma do nosso planeta.
Falar cabalisticamente dos silfos é falar das almas, dos espíritos do ar, pois representam a potência ativa deste elemento, ordenado e provocando suas manifestações. Da mesma forma as ondinas, os gnomos e as salamandras, cada um em seu meio respectivo. São almas gerando, ordenando e dirigindo suas manifestações peculiares, e trabalham dentro de uma linha evolutiva diversa da dos seres humanos. Podem ser percebidas pelo homem em certos estados de consciência.
A linha a que pertencem é chamada de "evolução dévica", situando-se na escala angelical com as outras sete linhas menores, as quais cabe realizar a evolução da vida e da forma do nosso planeta. Acima dos elementais, devas maiores, estão os anjos e os arcanjos. Na escala ascendente da dimensão evolucionária, até que sejam espíritos da natureza (Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Iansã e Exú).
Os elementais são constituídos de luz, um tênue material autoluminoso e suas formas são semelhantes à humana. Por serem assim formados, as variações de consciência ou emoções produzem mudanças de sua coloração e até na própria forma. Eles podem usar duas formas distintas, ou seja, seu corpo astral e o veículo etéreo temporariamente materializado. A forma astral consiste de uma aura esférica multicolorida, energética e o veículo etéreo permite um senso de individualidade.
Nas épocas de germinação, crescimento e desenvolvimento dos vegetais, a vitalidade e a atividade desses seres aumentam pelo seu contato com o mundo físico, aliás, é durante esse período que eles se tornam mais visíveis, dançam, brincam e, de certa forma, ligando-se aos sensitivos e encontrando maior facilidade para se comunicar.
Pode-se citá-los conforme seus respectivos meios. Nas florestas, comandadas por Oxóssi, temos as dríades, lindas de cabelos compridos e luminosos, trabalhando diretamente nas árvores; as fadas muito belas e, com suas fascinantes evoluções, manipulam a clorofila das plantas, estabelecendo a multiplicidade de matizes das flores e fragrâncias que elas exalam, sendo que as fadas mais evoluídas agem transformando, combinando e misturando não apenas coloração e fragrância, mas também a forma de cada pétala ou broto que nasce nos campos, prados, vales, pomares, jardins e grutas; os elfos, que voam pelos campos, estão associados à vida das células da relva a outras plantas, tomando parte na sua formação física; os homúnculos das árvores trabalham dentro do duplo etérico das árvores.
Trabalhando na terra temos os duendes e os gnomos cuidando da sua fecundidade, das pedras e metais preciosos, sendo que alguns deles evoluem tornando-se anjos que presidem áreas de crescentes dimensões, modelando as formas mais densas, puramente sólidas da natureza. Pertencente ao elemento água, as ondinas nunca são encontradas longe dos oceanos, rios, lagos ou córregos; sua forma é feminina, não tem asas, seus movimentos são graciosos a sua beleza arrebatadora; a cascata é o lugar preferido das ondinas e é onde elas se divertem aos bandos, sendo também onde a Umbanda trabalha na purificação de seus adeptos. Os silfos pertencem à linha evolucionária, presidida pelo Senhor do Ar e, como as fadas, também apresentam asas que se estendem por todos os seus corpos etéricos voam, andam, fluem forças através de suas auras, em pequenos grupos com cores a matizes vibrando entre elas, ou acima delas, movimentando-se com extrema rapidez. As salamandras são espíritos do fogo e se apresentam como correntes de energia ígnea que fluem, precipitam-se. Não se amoldando jamais as figuras e posições humanas; de acordo com a vontade do supremo senhor do fogo, fonte da existência, os anjos do fogo vivem e dirigem a ação das energias ígneas solares.
Os elementais são espíritos da natureza, funcionam como agentes cósmicos que não se desenvolvem em seres humanos e que tem como tarefa primordial divinizar o elemento vital, num campo onde não existe a energia emocional.
A Umbanda utiliza, no contato com os elementais, o meio de reaproximar-se novamente da natureza, tomando como base e beleza do trabalho harmonioso dos seres que elaboram o alimento que vivifica a inteligência nascente.

ELEMENTOS DA TRANSMUTAÇÃO

Manipulando os quatro elementos naturais (ar, água, terra e fogo), a Umbanda transmuta os valores energéticos universais, de onde extrai a força mágica que lhe permite interferir na realidade concreta.
Isso porque, dominando o ponto neutro dos fluxos a refluxos da onda modulada que, seu estado mais sutil, é a própria alma, ela promove o equilíbrio do ser humano com a natureza.

1. ELEMENTO - AR

O ar é um elemento da natureza considerado ativo masculino. Em geral é considerado como o primeiro dos elementos. Possui natureza dupla. Está essencialmente relacionado com três conjuntos de idéias: o respiro criativo da vida, a palavra criadora, o vento como ar dinamizado, com a idéia de criação; e finalmente, o próprio espaço, como meio onde se produzem os movimentos e de onde emergem os processos de criação e desenvolvimento da vida.
No campo humano, o ar está premente nos presentes, purificando e vitalizando o sangue que conduz o elemento vital ou agente mágico Universal. Ele é ainda o hálito que respiramos e que se acha simbolizado nas fumaças nos rituais de Umbanda.
A força mágica da fumaça reside no fato dela representar o ato de libertação da forma com uma imediata dissolução do ar, em forma espiralada. Isso permite ao elemento ar atuar como intermediário entre o mundo da forma e o mundo espiritual envolvente e invisível, tornando assim um agente mágico capaz de transformar em resultado eficaz a intenção com que a fumaça é libertada para dissolver-se no ar.
Portanto, pode-se explicar o poder da magia pela sua própria condição de se fortalecer pela transmutação e pelo retorno à plenitude. Uma vez fortalecida por sua identificação com o global. A intenção do ato mágico vai refletir-se como retorno sobre o mundo formal e alcançar o objetivo mágico com eficácia.
Está relacionado na umbanda pela energia que emana nos trabalhos, onde as entidades usam a fumaça com seus cachimbos, palheiro, cigarros e charutos. (quase todas as linhas)

2. ELEMENTO - ÁGUA

A água é um alimento da natureza considerado passivo feminino. O conceito da água estende-se de maneira geral a toda e matéria em estado líquido. Símbolo universal do principio feminino, das emoções e do inconsciente, de todas as substâncias, a água é a de mais complexa interpretação. Este conceito está sempre ligado aos conceitos de fertilização, de materialidade e de geração. A água consiste num fluído denso e numa essência potencial de natureza fluídica.
A água se manifesta de modo bem visível no mundo da forma e seu valor é incontestável. Em nosso planeta a água segue um ciclo de transformação.
Nos rituais de Umbanda, a água é considerada com os seus valores de cada etapa do ciclo das águas. Assim cada etapa está ligada a um determinado Orixá ou força da natureza, todas de origem feminina.
A água do mar, salgada, relaciona-se ao Orixá Yemanjá. O sal sempre teve importância e valor mágico devido a sua propriedade de conservar e evitar a putrefação e, como símbolo, acompanha a água. Sua presença é sempre marcante nas cerimônias do exorcismo. Por isso, o mar se investe da propriedade de receber os detritos físicos a espirituais, bem como objetos de trabalhos feitos. Colocar objetos no mar significa remetê-los ao caos primordial representado pelas águas marinhas.
A água doce está ligada ao Orixá Oxum e representa o amor, a bondade, a doçura, a beleza e a riqueza da vida material e espiritual. Serve como elemento condutor da energia vibratória, como agente mágico que religa o ser humano a Deus pelo batismo. No corpo humano, aliás, ela se manifesta como elemento líquido que representa cerca de 70% do volume do corpo.
Na magia, ela representa ainda o caos diferenciado, a essência divina não formalizada. É representada graficamente por três linhas paralelas horizontais e onduladas, simbolizando as ondas do mar.
Relaciona-se com os batismos, banhos de ervas a descarregos com água doce ou salgada de fontes ou de chuvas. Nos pontos das entidades que encontramos ondas, estas estão relacionadas com a água.

3. ELEMENTO - TERRA

A terra é um elemento da natureza considerado passivo e feminino. Tem duas partes essenciais: a inferior fina, terrena, imóvel e a superior rarefeita, móvel e virtual.
Este elemento se manifesta da forma sólida e a ele é atribuída a propriedade de receber descargas etéreas e materiais.
Elemento mágico de transformação, a terra mantém guardados, em seu interior, os segredos da purificação pela transformação, agindo como filtro magnético que retém a impureza e liberta a pureza. Todos os minerais pertencem ao elemento terra e são encontrados nos mais diversos tipos, por isso geram espontaneamente uma energia tão forte que o simples contato ou aproximação dos outros seres os envolve no seu campo magnético e os domina.
Na Umbanda o elemento terra representa a energia capaz de aliviar a pessoa das cargas dirigidas por alguém ou por alguma coisa. No meio da terra está o mistério da vida e da morte, onde a semente adquire a força vital para nascer e a transformação do corpo se processa na decomposição ou simplesmente onde se morre. A sua capacidade a de atração e transformação; como exemplo, temos a pedra que é do alimento terra e que representa o símbolo da unidade, da durabilidade e da força estática. A terra representa também a solidificação do ritmo criador, que é o contrário do ritmo biológico, pois este é submetido às leis de mudança, decadência e morte.
No corpo humano está representada pelos sais minerais, que fortificam o corpo e o agente vital. Sua simbologia gráfica é a cruz, que é o signo de sua crucificação e do homem.
Relaciona-se com vários trabalhos arriados a pedidos das entidades e é simbolizado pela cruz existente em seus pontos.

4. ELEMENTO - FOGO

O fogo é um elemento da natureza considerado ativo e masculino. Dos quatro elementos é o que mais constantemente se acha associado às religiões. É considerado o símbolo da própria alma e vida humana. É ao mesmo tempo visível e invisível - uma flama etérea e espiritual que se manifesta através de uma flama substancial e material.
Esotericamente, é a representação ou reflexo mais perfeito da "chama una", o princípio divino que é por sua vez, e como conceito, o mais alto símbolo da toda a humanidade. O fogo representa a vida e a morte, a origem e o fim de todas as coisas. Como sinônimo de vida o fogo tem muitos aspectos: pode ser encontrado tanto no nível da paixão animal e do erotismo (O fogo da paixão), como no nível dos mais ingentes esforços espirituais. Ele alcança e transcende o plano do bem (calor e energia vital) e o plano do mal (destruição e conflito), tendo a função de purificador supremo, como no caso de cremações ritualísticas de cadáveres.
A Umbanda considera, dentre os quatro elementos, que o fogo é mais enigmático e surpreendente, pois sua energia é extremamente poderosa. A essência ígnea não se mostra com tanta evidência como ocorre nos outros três elementos, pois o mundo visível o fogo só se mostra em sua forma luminígena. Apenas esta linguagem é comumente chamada de fogo.
Pela mística, o fogo é um alimento com duração na potência. Em outras palavras, pode-se dizer que ele pré-existe às suas manifestações nas modalidades de calor, chama e luz; constata-se que há modalidades sutis de manifestação do fogo, cujas percepções se dão através das emoções e de imagens anêmicas. Além disso o fogo, enquanto símbolo, tem enorme amplitude: significa divino, energia motora cósmica, energia sexual (sentido este bastante nítido no sincretismo fogo-serpente, a força latente responsável pela atividade sexual e pela consciência superior); a afetividade (compreendendo a ternura e a agressão). O fogo da vela simboliza a ligação matéria-espírito, homem-Deus. Seu símbolo gráfico é o corisco, ou o fogo que vem do alto, do céu ou de Deus.
Relaciona-se com a chama da vela.

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