quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dar um tratamento digno, de uma grande religião, à Umbanda, às vezes é muito difícil.  
Como religião, ela engloba a diversidade no sentido mais amplo da palavra e essa mesma diversidade gera uma gama de conflitos e desentendimentos.
A liberdade para o umbandista é imensa, quando não rixada por algum indivíduo, se faz o que quer e como quer. 
Olhando o perfil de outras potências religiosas como o Cristianismo e o Islamismo, também há ramificações, diferenças e padrões de expressões religiosas. 
No entanto, há um consenso comum: o conhecimento.
Toda grande religião tem a sua escola preparatória, responsável pela multiplicação do saber e a expansão da tradição. 
Na Umbanda, o processo é bilateral, ou seja, de um lado temos o modelo de Umbanda praticada, isto é, aquela aplicada dentro do trabalho, em que você aprende com o Preto Velho, com o Caboclo, etc, juntamente com a orientação da Esquerda. 
Tudo acontecendo no universo da Gira, ao mesmo tempo. 
É como correr atrás da bola até aprender a jogar. 
Cresci assim, fui feito assim, amo muito tudo isso! 
(olha a propaganda, rs).
De outro lado temos o processo de inovação, como por exemplo, o surgimento das escolas-templo. 
Locais consagrados e preparados para o mesmo trabalho: o aprendizado de ponta de conga, com as incorporações e também a estrutura de cursos, que permite um aprendizado livre de vínculos, com oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento espiritual. 
(Amo mais ainda!)
Muitos batem em cima desse modelo em função do valor cobrado pelas atividades que são de ensino, e não práticas convencionais de trabalho espiritual. 
Todo conhecimento se auto-protege! E conhecimento tem valor!
Desconheço o processo de habilitação gratuito, seja no ensino médio ou superior, já que até a rede estadual de ensino tem seu custo de manutenção, que é pago com os NOSSOS impostos.  
As duas correntes são verdadeiras, as duas formas atendem a um propósito superior!
Quando encontro alguém que foi vítima de alguma mãe do poste (aquela que traz a pessoa amada amarrada, atada e enforcada em 24 horas, por uma merreca de 500 reais!) penso o quanto uma boa orientação, seja na Umbanda praticada, ou no conhecimento adquirido na Umbanda ensinada, teria desviado a pessoa desse tipo de coisa (que não tenho coragem de chamar de trabalho).
Não importa se no seu trabalho são usadas guias ou não! 
Não importa se no seu trabalho vai chapéu ou capa! 
Não importa se na sua casa tem aulas de preparação mediúnica! 
O que importa, realmente, é saber e perceber se estamos cumprindo o nosso papel: fazendo o bem e ensinando o povo a rezar, a trapacear a dor, levantar a cabeça e recomeçar!
Umbanda ensinada e Umbanda praticada são os dois lados de uma mesma moeda.
Reflita!

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