quarta-feira, 28 de outubro de 2015


Adaptado por Alexandre Cumino


Diz a lenda que... Numa aldeia budista um discípulo esperava há horas a chegada de um grande mestre, em frente à porta de sua “choupana”, sentado nos degraus que levam à porta de entrada, do simples e humilde quarto. 

Ali se encontrava este neófito, o dia inteiro, na ansiedade de encontrar o respeitável mestre e poder inquiri-lo com suas dúvidas e ânsia por alcançar os graus aos quais o grande orientador já trilhara em sua longa e prestimosa jornada espiritual. 

Já... lá... pelas tantas da madrugada, o jovem avista o Mestre vindo de longe trançando as pernas de bêbado... 

Mal conseguindo se manter em pé e andar. 

Ao chegar próximo de seu casebre, solicita ao jovem aspirante auxílio para subir os “três degraus” que antecedem seu aposento. 

Entre decepcionado e contrariado, o jovem lhe auxilia a subir, abrir a porta e sentar-se em sua cama, entre reduzida mobília num sóbrio e diminuto quarto. 

Ao sentar-se, o Mestre afirma que pelo auxílio concederia ao neófito a oportunidade de perguntar o que quisesse sobre os mistérios, arcanos ou verdades encobertas pelos véus de maia neste mundo de ilusões...

Mas neste exato momento o jovem vacilou em perguntar algo, estava absorto em seus próprios pensamentos, julgando que o Mestre estava mais para um embusteiro, caído, decrépito e qualquer outro adjetivo que pudesse definir um profano... 

Pensando como foi burro e ingênuo em crer numa suposta condição de Mestre para aquele senhor embriagado à sua frente...

No mesmo instante o Mestre Embriagado leu seus pensamentos, mergulhou em sua alma, tocou sua testa com o dedo indicador e automaticamente o jovem foi alçado para fora do corpo numa viagem transcendente em esferas e realidades inimagináveis, sentiu-se num átimo de iluminação, alcançou segundos de um êxtase puramente místico de encontro com algo inexplicável... 

Por meio do contato com o Mestre e algo ao qual lhe transferiu por sua vontade...
Ao retornar e recobrar a consciência o Mestre afirma ao discípulo:

- Não Confunda Jamais o “Mestre” com o “Homem”. 

E como todo bom Mestre Budista, se limitou a estas poucas palavras, apenas...

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