Ex seminarista, com estudos, cursos diversos na amada UMBANDA incluindo o de teologia, praticante desde 1978; vi a necessidade de poder repassar o que aprendo todos dias, quer sejam textos, cursos, vídeos, e-books, aos que possam desejar, sem compromisso algum com quem quer que seja a não ser a DIVULGAÇÃO DE NOSSA AMADA UMBANDA. Se desejarem contato: acevangel@gmail.com
sábado, 30 de julho de 2016
Centro de Iluminação Nosso Lar: Calendário para Agosto de 2016
Centro de Iluminação Nosso Lar: Calendário para Agosto de 2016: Trabalho Fechado para Desenvolvimento Mediúnico - Curso Iniciático de Bruxaria Sábado - 06.08.2016 - 15:00 Trabalho de Ciganos S...
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Tudo bem?
Hoje trago para você um pequeno estudo sobre a pemba (muito utilizada na Umbanda) e pós mágicos.
Segundo muitos pesquisadores, a pemba foi trazida pelos bantos, que já a faziam para seus ritos religiosos na África. Esta teoria é reforçada segundo o dicionário de termos afro-brasileiros de Nei Lopes, pelo fato de que a palavra pemba
Hoje trago para você um pequeno estudo sobre a pemba (muito utilizada na Umbanda) e pós mágicos.
Segundo muitos pesquisadores, a pemba foi trazida pelos bantos, que já a faziam para seus ritos religiosos na África. Esta teoria é reforçada segundo o dicionário de termos afro-brasileiros de Nei Lopes, pelo fato de que a palavra pemba
significa cal em kimbundo, e mpemba é o termo para giz em kikongo.
A pemba legítima é importada da África.
Efun mineral: é um pó retirado de calcário, que são encontrados na natureza em várias cores, também chamada de tabatinga.
É utilizado na feitura de santo que serve para pintar o corpo do neófito, chamada de efum fum (pó branco).
O que torna essas pembas vindas da África tão especiais é o fato de que os artesãos entoam cânticos religiosos para consagrá-las enquanto realizam todas as etapas de sua produção: o minério extraído das jazidas de cal é pulverizado, misturado com corantes e cola, modelado e embrulhado em folhas de bananeira, depois de seco.
Efun (barro branco encontrado no fundo dos rios); foi o primeiro condimento utilizado antes da introdução do Sal.
Muito usado em Ebós elaborados para aos Orixás Funfum.
O efun simboliza o Dia, por isso, quando em pó, seja soprado ou friccionado seco é utilizado com o objetivo de expandir, vitalizar, iluminar, clarear, despertar, avivar.
Já o Efun molhado com água pura ou com o soro do Igbin é utilizado para acalmar, tranqüilizar, adormecer, suavizar, abrandar, repousar, proteger.
Por isso que a cabeça do Yawo em reclusão deve
permanecer coberta de pó de Efun o Dia, e durante a noite coberta com Waji e pequenas marcas de Efun.
Efun vegetal: é um pó retirado de frutos tipo: obi, orobo, aridan, pichurin, nós-moscada e folhas sagradas.
A mistura do efun mineral e o efum vegetal recebe o nome de Atin e dentro de algumas tradições ele só deve ser preparada pela iyaefun ou iyalorixa.ou sacerdote do culto.
Efun animal: é um pó retirado de ossos e cartilagens dos animais utilizados em sacrifícios aos orixás.
Nas tradições africanas, esta extração deve ser feita pelo axogun ou babalorixá, entrando na preparação de assentamento de orixá.
O pó de pemba é muito eficaz enquanto prática magística, pois raramente deixa sinais de seu uso, o que é conveniente, especialmente quando o encantamento se destina a pessoas que não devem ter conhecimento de seu uso.
A pemba ralada é usada como um dos ingredientes que compõem muitos Afoshés ou pós mágicos, embora existam pós feitos sem pemba, podendo esta ser substituída por barro de rio ou outro tipo de terra, misturado com ervas, sementes, partes de animais e outros ingredientes, com variações decorrentes da influência dos valores culturais dos diversos povos que formaram as tradições religiosas e mágicas brasileiras.
Em decorrência de sua origem, esses pós também são chamados "pembas", mesmo quando não são feitos com o giz pulverizado, legitimamente africanos.
Espero que tenha gostado.
Yamazaki,
Portal TOM
Espero que tenha gostado.
Yamazaki,
Portal TOM
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quinta-feira, 28 de julho de 2016
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Enviado por Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca
Avenida Gentil de Moura, 380 - Alto do Ipiranga (próximo ao metrô Alto do Ipiranga) - (11) 98785-8484 - Cidade, São Paulo, Brasil. Para maiores informações envie email para cursospenabranca@gmail.com |
Você chutaria o que é sagrado?
O que lhe é sagrado você não chuta, então porquê chutar o que é sagrado para a outra pessoa?
A grande maioria do que vemos de entregas, despachos e oferendas, mesmo nas ruas e encruzilhadas, são manifestações do sagrado de alguém para fazer o bem para si mesmo ou para outro alguém.
Isto que se acostumou chamar de “macumba” não é o que você pensa ser “macumba”. Afinal, todos pensam que “macumba” é “magia negativa”, “feitiçaria”, “bruxedo” e no fundo ninguém sabe o que é “macumba”.
Ainda se usa muito o termo “magia negra”, que não é mais correto de dizer pelo fato que “negro” é raça e assim “magia negra” se confunde com “magia do negro” e “magia africana” tudo associado, preconceituosamente, como magia do mal.
Assim como “magia branca” se associa com “magia do branco” ou “magia europeia” como algo mais nobre e superior. Temos sim “Magia” para o bem ou para o mal.
E dentro deste universo diversas escolas, vertentes e seguimentos mágicos, entre eles por exemplo a “Magia Divina” idealizado na matéria por Rubens Saraceni como uma “Magia do Bem” exclusivamente utilizada para fazer o bem.
No caso de elementos que vemos nas ruas como velas, alguidares, garrafas, farofa e até animais em sua maioria são pedidos de ajuda para Exu e Pombagira (principalmente se estão nas encruzilhadas).
E aí cada vez se enrola mais e mais o preconceito com a ignorância e discriminação. A grande maioria da população não sabe nada de nada sobre religião, umbanda, candomblé, despachos, oferendas,exu, pombagira ou encruzilhadas no entanto todos acham que sabem.
Muitos até tem certeza que sabem alguma coisa, que sabem que tudo isso é macumba feita pra prejudicar alguém.
E daí surgiu esta expressão como verbalização de um comportamento ignorante e criminoso: “chuta que é macumba”. Não por acaso vi estes dias um caso de polícia em que um grupo de umbandistas estava na natureza fazendo uma oferenda e um “senhor” alterado entrou no meio do ritual chutando tudo e batendo nas pessoas.
Caso de polícia claro, um agressor interrompe um ritual sagrado para agredir as pessoas e ainda acha que está certo porque na cabeça torta, torpe, burra e ignorante deste infeliz aquelas pessoas deveriam estar fazendo o mal.
Sabe o que é o “mal”? O “mal” é invariavelmente um espelho do seu ego, vaidades e vícios. Você vê no outro o que está em você mesmo. Então aprenda uma coisa de uma vez por todas: “NÃO CHUTA, porquê é, SAGRADO”!!!
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Centro de Iluminação Nosso Lar: Trabalho de Preto Velho - Homenagem para Nanã Buru...
Centro de Iluminação Nosso Lar: Trabalho de Preto Velho - Homenagem para Nanã Buru...: Sexta - 29.07.2016 - 20:00 Trabalho com a linha de pretos velhos para nos acolher, aconselhar e com muita serenidade nos indicam ...
Saravá Antonio,
Sabia que tem data? Pois é, o dia em que Exu virou Diabo biblicamente, dando origem ao um profundo processo que culminou nos dias de hoje em um Racismo Religioso, algo mais complexo que a própria intolerância e a demonização ignorante sobre Exu.
Amanhã, dia 28, às 11hs farei a LIVE para tratar deste assunto e recomendo fortemente que você participe, compartilhe e faça esta mensagem chegar o mais longo possível.
Sabe Antonio, recebo todos os dias mensagens de pessoas perguntando o que podem fazer para ajudar a melhorar a realidade da Umbanda e posso dizer que compartilhando estes estudos já é um bom caminho e muito simples.
Então até amanhã, aguardo você comigo na fanpage
Umbanda EAD as 11hs e garanto que sua cara será essa:
Grande abraço e grato pela atenção,
Rodrigo Queiroz - Diretor Umbanda EAD
www.umbandaead.com.br
www.umbandaead.com.br
terça-feira, 26 de julho de 2016
História do Exu do Lodo
O Exu do lodo está intimamente ligado a Nanã e a Iemanjá, pois sua energia telúrica se funde coma energia aquosa (pertencente a essas outras entidades).
O Exu do lodo está intimamente ligado a Nanã e a Iemanjá, pois sua energia telúrica se funde coma energia aquosa (pertencente a essas outras entidades).
Por essas razões ele pode ser muito visto em praias, rios e lagos.
Sobre a sua origem conta-se que ele teria sido um médico pesquisador muito conceituado em Amsterdã durante o século XVIII.
Salvou a vida de muitas pessoas ricas e importantes mas sempre se recusou a tratar qualquer pessoa pobre que não tivesse dinheiro.
Nunca fez caridade a pessoa alguma e só se importava com a fama e o status.
Ele chegou a construir dois hospitais mas apesar da insistência de sua mãe em que ele começasse a ajudar também os mais necessitados, em momento algum dispensou qualquer atenção aos doentes que não lhe trouxessem algum benefício financeiro.
Sua mãe acabou falecendo e o seu coração continuou sendo guiado pela arrogância e pelo interesse.
Depois de muitos anos ele próprio veio a falecer e para sua surpresa ele acabou indo para as profundezas das regiões umbralinas (umbral corresponde ao inferno para os espíritas).
Chafurdou no lodo das regiões infernais em grande sofrimento.
Pois desperdiçou sua vida em interesses egoístas e mesquinhos.
Mas após algum tempo de sofrimento sua mãe o socorreu e resgatou dessas regiões de sofrimento.
Ele reconheceu seu erro e se arrependeu profundamente.
Assim foi lhe dada nova chance de redenção e ele voltou a reencarnar.
Dessa vez renasceu no Brasil, em uma família indígena.
Mas veio a falecer cedo, com apenas 8 anos de idade foi mordido por uma cobra venenosa e veio a desencarnar.
Novamente sua mãe o socorreu e no Plano espiritual retomou sua forma adulta (de sua antiga vida), estudou e pediu para cumprir sua missão como médico dos espíritos imundos.
Dessa vez não reencarnaria, mas assumiria a forma de um Guardião do Lodo e recolheria todos aqueles que caíssem nas ilusões (todos que caíssem na lama) da vida assim como ele próprio havia caído.
Assim se tornou a entidade conhecida como Exu do lodo.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
CURSO TRABALHANDO TERAPEUTICAMENTE COM CRISTAIS.
CURSO TRABALHANDO TERAPEUTICAMENTE COM CRISTAIS.: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, CARGA HORÁRIA E INSCRIÇÃO PELO SITE: http://www.livrariadotriangulo.com.br/
sábado, 23 de julho de 2016
O que são oferendas?
Oferendas para Orixás
por Iassan Ayporê Pery
“Muitos médiuns vêm nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá.
Passaremos uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade:
* um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que
estiverem perto ou longe de você;
* um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
* algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
* um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a
massa.
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o
terreiro.
Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
‘Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico
para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém.’
Pronto!
Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou
precisar...
Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
Ditado pelo Caboclo Pery em 07/10/2002
Centro Espiritualista Caboclo Pery
Oferendas na Umbanda
Uma visão mágica dos seus fundamentos
por Rubens Saraceni
Eu sou umbandista e sou médium de incorporação, caso o leitor não saiba.
Pois bem!
Eu era um médium dedicado e aplicado e fazia ao pé da letra o que meus guias espirituais determinavam.
Quando determinavam um banho de pétalas de rosas brancas, eu corria para comprar algumas e, antes de ir ao centro que eu frequentava, preparava meu “banho de rosas”.
Se determinavam que eu tomasse um banho de canjica (milho de canjica fervido até a água ficar
toda branca e leitosa), eu tomava meu banho de canjica sem questionar nada.
Se determinavam que eu tomasse banho com folhas (alecrim, espada-de-são-jorge, guiné, arruda,
erva-cidreira, boldo, folhas de louro, manjericão etc.) eu tratava de adquirir aquela(s) recomendada(s)
e tomava meu “banho de ervas”.
Se recomendavam que eu fosse à natureza e fizesse uma oferenda para um orixá ou um guia
espiritual e levasse velas de determinada cor, certas bebidas, certas frutas, certas flores etc., eu
procurava fazer tudo certo eu não deixava faltar nada, às vezes, até exagerava.
Até aqui nada demais,porque é assim que procedem todos os médiuns umbandistas dedicados e aplicados.
Portanto, não é mérito algum meu proceder assim, pois esse é nosso dever: obedecer às
orientações dos nossos guias, que nos amam e querem o melhor para nós, mesmo não sabendo como
eles nos ajudam.
O fato é que eu, um curioso incorrigível, comecei a prestar atenção às oferendas e conversava
com outros médiuns sobre elas.
E, em nossas ingênuas e bem intencionadas conversas sobre as “coisas” que colocávamos em
nossas oferendas, não atinávamos com o poder mágico dos “elementos” que “entregávamos” aos nossos guias espirituais e aos nossos orixás.
Inclusive, as formas de indicá-las obedeciam a uma linguagem própria, pois às vezes diante de um
guia para uma consulta ele dizia:
- Filho, você precisa dar uma oferenda para orixá tal ou para o guia tal porque precisa fortalecêlo.
Outra vez outro guia espiritual recomendava isto:
- Filho, você precisa firmar uma vela de sete dias para o seu orixá; seu caboclo; seu anjo da
guarda etc., porque ele está fraco e só assim ele poderá ajudá-lo.
Outra vez outro guia espiritual dizia isto:
- Filho, esta pessoa está com uma demanda, e para cortá-la, você precisa dar uma oferenda para
um orixá, um guia da direita ou um guia da esquerda para ele cortá-lo e descarregá-lo.
Outra vez um guia espiritual dizia isto:
- Filho, esta pessoa está com uma demanda muito forte e só levando-a no ponto de força do orixá
tal e fazendo uma oferenda para ele é possível ajudá-la, porque não podemos mexer nesse trabalho
aqui no terreiro.
Pois bem, nós médiuns obedecíamos e tudo ficava bem. Mas, em nossa ignorância e ingenuidade
(no bom sentido, é claro) ficava a impressão de que só seriamos ajudados se “déssemos” algo em troca.
E, para complicar ainda mais o nosso aprendizado, a comunicação dos Exus e Pombas-giras
colocava uma pá de cal sobre o assunto, pois diziam em alto e bom som:
- De graça, Exu não faz nada!
Aí dava um nó cego em nossa religiosidade porque, em nossa ignorância e ingenuidade, eles
deixavam claro que só trabalhariam em nosso benefício se fossem “pagos”.
Para piorar as coisas, ainda tinha algum Exu que dizia isto:
- Quero uma oferenda assim e assim para ajudá-lo a conseguir isso (um emprego, saúde, um
relacionamento etc.) e, depois que conseguir, aí você me dará outra oferenda de agradecimento assim
e assim, certo?
E se não der, aí você perderá tudo o que eu lhe dei, ouviu?
Esse era o alerta extremo e fez com que muitos “pagassem” rigorosamente o que “deviam”.
Isso era assim, isso é até hoje e sempre será assim, não porque as entidades espirituais precisam
ser pagas de fato, e sim porque as oferendas (ou despachos ou ebós) fornecem-lhes os recursos
energéticos que precisam para poderem auxiliar-nos.
Apenas a forma como pedem esses recursos deixava (e ainda deixa) uma indagação no ar:
- Por que preciso pagar ou dar algo em troca para ser ajudado?
Na verdade, essa é a grande verdade jamais revelada, mesmo sendo “guias espirituais” eles
precisam (em certos casos) de que lhes forneçamos os “recursos elementais” para, manipulando-os
magisticamente, ajudarem-nos.
Até certo ponto, eles nos auxiliam com o que possuem em si como seus “poderes pessoais”.
Mas, dali em diante, ou recebem numa oferenda ritual mágico-religiosa os elementos que precisam ou não têm como trabalhar em nosso benefício, porque só ativando os elementos magisticamente conseguirão fazer por nós o que só a “magia elemental” consegue fazer.
Talvez, se tudo tivesse sido colocado de outra forma, tudo teria sido muito mais fácil para as
pessoas que precisavam de auxílio e teriam entendido que na verdade não estavam pagando nada, e sim fornecendo só os recursos elementais (ou energia dos elementos) para que as entidades pudessem
trabalhar seus problemas, pois na criação tudo é energia nos mais variados graus vibratórios e “sem
energia não se produz nada”.
Os elementos colocados dentro de um espaço mágico (ou em uma oferenda ritual mágico-religiosa
em um ponto de forças na natureza) são as fontes naturais geradoras das energias mais “densas” que
existem. Elas, quando ativadas corretamente, realizam coisas que nenhuma outra energia consegue
realizar.
Hoje, olhando com outros olhos o meu passado e o que acontece por aí afora com as “oferendas”,
sinto uma imensa tristeza por não ter tido um guia espiritual ou ao menos uma só pessoa que nos
explicasse essas coisas, e foi preciso que um espírito mensageiro cujo nome simbólico é “Pai Benedito de Aruanda” começasse a nos ensinar por meio dos livros psicografados por mim, fornecendo-nos gradualmente a resposta para muitas das nossas práticas “mágico-religiosas” umbandistas.
E foi preciso a vinda de um espírito mensageiro chamado “Mestre Seiman Hamiser Yê” para nos
abrir parcialmente os fundamentos divinos da magia, permitindo-nos uma compreensão do que já
fazíamos, mas não conhecíamos seus fundamentos ocultos.
Dali em diante, tudo assumiu seu real significado.
Dar forças a um guia, não era porque ele estava fraco, e sim era fornecer-lhe os recursos
elementais magísticos para que ele pudesse trabalhar em nosso benefício.
Dar determinadas frutas, bebidas, velas etc., em uma oferenda, não é porque o guia ou o orixá
precise “comer e beber”, e sim porque são recursos elementais mágicos com os quais nos ajudam na
solução dos nossos problemas.
Texto extraído do livro “A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas”. Rubens Saraceni / Editora
Madras
Oferendas e Assentamentos
por Rubens Saraceni
O que são?
As oferendas são atos magísticos-religiosos e os assentamentos são concentrações de
forças e poderes magísticos dentro de um espaço limitado.
As oferendas podem ter várias finalidades, tais como:
1) Oferenda de agradecimento;
2) Oferenda de pedido de ajuda;
3) Oferenda de desmagiamento negativo;
4) Oferenda de descarrego;
5) Oferenda propiciatória;
6) Oferenda purificadora
7) Oferenda ritual de firmeza de forças na natureza;
8) Oferenda ritual de assentamento de forças e poderes espirituais e dignos.
Comentemos cada uma dessas formas de oferenda:
1) OFERENDA DE AGRADECIMENTO
Esta oferenda é feita em função do auxílio já recebido. Muitas vezes estamos envoltos em
dificuldades de tal importância que nos ajoelhamos e ali, em nossa fé, invocamos Deus e algum dos seus
mistérios ou divindades e pedimos-lhes que nos ajudem, que depois lhes ofertaremos algo em
agradecimento.
Uns fazem promessas, outros prometem uma oferenda na natureza, outros prometem dar algum
auxílio aos necessitados etc.
Quando são promessas, seu cumprimento é uma questão de foro íntimo e, após cumpri-las, as
pessoas sentem-se melhor e em paz com Deus e com a divindade invocada.
Quando são oferendas, a pessoa que as prometeu deverá fazê-las, pois também se sentirá melhor,
e com a grata sensação do dever cumprido.
Em ambos os casos, o não cumprimento do que foi prometido acarretará cobranças conscientes
que, em longo prazo, acarretarão transtornos a quem prometeu e não cumpriu.
Saibam que Deus e suas divindades são oniscientes e, por saberem as causas dos nossos
desequilíbrios e das nossas dificuldades, exigem de nós atitudes que nos reequilibrem e nos livrem das nossas dificuldades.
Portanto, cumprir o que foi prometido não é dar ou fazer algo por Ele e elas, mas é fazermos algo
para e por nós mesmos.
Deus e as divindades não comem, mas, ao lhes ofertarmos uma “ceia ritual” estamos
compartilhando nosso sucesso e nossa vitória, atribuindo-lhes o apoio para que elas acontecessem. Ali, no momento de “comemoração”, estamos dizendo de forma simbólica que sem o seu auxílio e das divindades não teríamos tido sucesso, estamos agradecendo-lhes, e estamos dando prova de nossa fé em seus poderes, reverenciando-os com o que lhes prometemos.
2) OFERENDA DE PEDIDO DE AJUDA
Esta oferenda vai desde uma vela acesa em um castiçal, pedestal ou altar até a ida a um ponto de
forças da natureza, onde abrimos um espaço mágico e depositamos dentro dele os elementos mais afins com as forças e os poderes que serão invocados. Esse tipo de oferenda é muito comum entre os
umbandistas que, por terem muitas forças e poderes à disposição, às vezes a fazem para mais de uma
divindade, para obterem mais rápido a ajuda solicitada. Ela é em si um ato de fé no poder de
realização das forças e dos poderes das entidades de Umbanda Sagrada.
• Forças são espíritos hierarquizados.
• Poderes são as divindades de Deus.
As forças estão assentadas nos pontos de força da natureza e estão à nossa direita e à nossa
esquerda.
Os poderes estão assentados no alto e nos pontos de força da natureza, quando invocados ficam
de frente para nós ouvindo e anotando mentalmente os nossos pedidos que, se forem justos e do nosso merecimento, com certeza serão realizados a nosso favor e benefício.
Esse ato mágico encerra-se em si mesmo e a pessoa que o fez só precisa aguardar.
3) OFERENDA DE DESMAGIAMENTO
Esta oferenda deve ser feita sempre que estivermos magiados por trabalhos pesados, difíceis de
serem desmanchados e anulados dentro do centro de Umbanda.
Há trabalhos de magia negativa que são fáceis de ser cortados, desmanchados e anulados. Mas há
outros de tal monta que, se forem mexidos, desencadeiam reatividades incontroláveis.
Nesses casos, a ação recomendada é a pessoa magiada ir até a natureza e, dentro de um ponto de
forças, invocar alguma força espiritual ou algum poder divino e confiar-lhe a neutralização e a anulação dessas magias complicadíssimas e muito perigosas.
Na natureza, a força ou o poder invocado criam um campo neutralizador ao redor da magia
negativa, isolando-a e envolvendo-a de tal forma que, caso aconteçam reatividades, são contidas e
neutralizadas dentro do próprio campo que as envolvem.
Não são poucos os médiuns ainda inexperientes ou os guias espirituais iniciantes que, no afã de
ajudarem as pessoas magiadas, acabam desencadeando essas reatividades e complicando-se de tal
forma que são obrigados a irem até a natureza e fazerem uma oferenda descarregadora para se
livrarem dos efeitos negativos acarretados.
Muitos guias espirituais e médiuns já tarimbados recomendam à pessoa magiada que ela vá direto
ao ponto de forças e poderes da natureza e ali, dentro dele, faça a oferenda e invoque uma força
espiritual ou um poder divino para que se tome conta da magia negativa, neutralizem-na e a
desmanchem.
Isso é correto, pois a explosão de uma reatividade muito intensa dentro de um centro pode afetar
seus campos protetores de dentro para fora, fato este que abre buracos nele, pelos quais começam a
entrar hordas de espíritos perturbadores.
Há centros de Umbanda cujos campos protetores estão totalmente esburacados e seu interior é
“pesadíssimo”.
4) OFERENDA DE DESCARREGO
Esta oferenda deve ser feita nos pontos de força e de poderes da natureza para que ali aconteçam
os mais variados tipos de descarregos, que vão desde espíritos desequilibrados até quebrantos e mau
olhado.
O descarrego não se refere só aos que projetam contra nos mental ou magisticamente, mas pode
ser usado para nos livrar do que atraímos com pensamentos de baixa qualidade.
Quando estamos vibrando em nosso íntimo sentimentos negativos e nossos pensamentos tornam-se
confusos, nosso magnetismo mental se negativa e baixamos nossas vibrações, imediatamente
começamos a nos ligar por finíssimos cordões com espíritos desequilibrados, também vítimas dos seus sentimentos negativos.
Essas ligações acontecem devido à lei das afinidades, que nos ensina que semelhantes se atraem.
Uma pessoa que estiver vibrando negativamente se ligará automaticamente a outras e a espíritos
com o mesmo padrão vibratório. E isto só a enfraquece ainda mais porque passa a fazer parte de uma
imensa rede de mentais interligados pela baixa qualidade dos seus sentimentos.
É impossível transportar para dentro de um centro de Umbanda milhares de espíritos desequilibrados. Então os guias recomendam que as pessoas nessas condições negativas sejam levadas por um médium bem preparado e que, após fazer uma oferenda às forças e aos poderes do ponto de
forças da natureza, faça ali, no campo de uma divindade, um descarrego completo, livrando-a de
encostos e obsessores espirituais.
O que é possível ser feito dentro dos centros de Umbanda os guias espirituais fazem, mas há
situações tão complexas que somente descarregando tudo na natureza a pessoa ficará livre de todas as
suas “ligações” com o baixo astral, e sem tumultuar o bom andamento dos trabalhos realizados dentro
dos centros de Umbanda.
Texto do Livro “Rituais de Umbanda”. Rubens Saraceni / Ed. Madras
Oferendas Básicas Umbandistas
por Rubens Saraceni
Oferenda ao Orixá Oxalá
• Toalha ou pano de cor branca; • velas brancas; • frutas brancas (melão, goiaba etc.); • vinho
branco doce ou suave; • flores brancas (todas); • fitas brancas; • linhas brancas; • comidas brancas
(canjica, arroz doce, coalhada adocicada etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para circular e fechar
por fora as oferendas); • coco seco e sua água colocada em copos; • coco verde com uma tampa
cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de
cristais de quartzo branco (se for solicitado); • pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em
espiga, cru e ainda leitoso.
Oferenda ao Orixá Oxumaré
• Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas azul
celeste (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras (melão,
maracujá, mamão, pinha etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açúcar ou
mel; • flores coloridas; • coco verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e
fechar a oferenda); • semente de feijão branco semi cozida e misturada ao mel de abelha; • açúcar,
colocado em um prato branco e regado com mel de abelha; • pembas coloridas.
Oferenda ao Orixá Oxóssi
• Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; •
frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e
regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de fruta; •
pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar a oferenda).
Oferenda para o Orixá Xangô
• Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas branca e
marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha); • vinho
tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida
com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate.
Oferenda ao Orixá Ogum
• Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca
e vermelha; • cordões branco e vermelho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia,
laranja, pera, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; •
pembas branca e vermelha; • comida (feijoada).
Oferenda para o Orixá Obaluayê
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas • flores (crisântemos
brancos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce roxa
cozida e regada com mel de abelha, beterraba cozida e regada com mel; mandioca cortada em
“toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho branco licoroso, água em copos, licor de ambrósia); •
pembas brancas.
Oferenda para a Orixá Oyá-Logunan (Tempo)
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas
branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas
(laranja, uva, caqui, amora, figo, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios
brancos).
Oferenda para a Orixá Oxum
• Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul;
• linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e
vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pera, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego etc.); • bebidas
(champanhe de maçã, de uva e licor de cereja).
Oferenda para o Orixá Omulu
• Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca,
preta e vermelha; • fitas branca, preta e vermelha; • linhas branca, preta e vermelha; • pembas
branca, preta e vermelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá,
ameixa preta, ingá, figo); • comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado
com mel, batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com
azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã).
Oferenda para a Orixá Obá
• Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou
magenta; • linhas vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores
(do campo, jasmim, rosas vermelhas).
Oferenda para a Orixá Egunitá
• Toalha ou pano laranja; • velas laranja e vermelha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pembas
laranja; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, caqui); bebidas (licor de menta, champanhe de sidra); •
flores (palmas vermelhas).
Oferenda para a Orixá Iansã
• Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas;
• pembas amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão
amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champanhe de uva ou de sidra; • flores amarelas; •
comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima).
Oferenda para a Orixá Nanã Buroquê
• Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores
(do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa,
amora, figo); • bebidas (champanhe rosé, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor
de morango).
Oferenda para a Orixá Iemanjá
• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas
branca ou azul claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio
branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas
(champanhe de uva e licor de ambrósia); • comidas (manjares; peixes assados; arroz doce com bastante
canela em pó).
Oferenda para o Orixá Exu
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas
preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravo vermelho); • frutas (manga, mamão,
limão); • bebidas (aguardente de cana de açúcar, uísque, conhaque) • comidas (farofa com carne
bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com
cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).
Oferenda aos Pretos Velhos
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; •
frutas de todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco
licoroso); • flores (crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica,
bolo de fubá de milho, milho cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado,
quindim).
Oferenda aos Baianos
• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; •
linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva, pera, laranja,
manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores
(flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com
cebola fatiada, quindim).
Oferenda aos Boiadeiros
• Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca,
vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; •
linhas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azulescuro,
marrom; • frutas (todas); • bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); •
flores (do campo, palmas, cravos); • comidas (feijoada, charque bem cozido, bolos).
Oferenda aos Marinheiros
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul claro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e
azul claro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos brancos, palmas brancas); • frutas (várias); •
comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos, camarões, farofa com carne); • bebidas (rum,
aguardente).
Oferenda para os Erês
• Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca,
cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva,
pêssego, pera, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa); • comidas (doces de frutas, arroz doce,
cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de fruta).
Oferenda para os Exus Mirins
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e
vermelha; • linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravos); • frutas (manga,
limão, laranja, pera, mamão); • bebidas (licores, cinzano, pinga com mel) • comidas (fígado bovino
picado e frito em azeite de dendê, farofas apimentadas).
Oferenda para Pomba-gira
• Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas
vermelhas; • flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas
(champanhe de maçã, de uva, de sidra, licores).
Oferendas para Caboclos(as)
As oferendas para os Caboclos e as Caboclas, no geral, são iguais às dos Orixás que os regem. No
particular, são acrescentados elementos indicados por eles.
Texto extraído do livro “Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos”. Rubens
Saraceni / Ed. Madras
por Rubens Saraceni
Oferenda ao Orixá Oxalá
• Toalha ou pano de cor branca; • velas brancas; • frutas brancas (melão, goiaba etc.); • vinho
branco doce ou suave; • flores brancas (todas); • fitas brancas; • linhas brancas; • comidas brancas
(canjica, arroz doce, coalhada adocicada etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para circular e fechar
por fora as oferendas); • coco seco e sua água colocada em copos; • coco verde com uma tampa
cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de
cristais de quartzo branco (se for solicitado); • pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em
espiga, cru e ainda leitoso.
Oferenda ao Orixá Oxumaré
• Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas azul
celeste (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras (melão,
maracujá, mamão, pinha etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açúcar ou
mel; • flores coloridas; • coco verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e
fechar a oferenda); • semente de feijão branco semi cozida e misturada ao mel de abelha; • açúcar,
colocado em um prato branco e regado com mel de abelha; • pembas coloridas.
Oferenda ao Orixá Oxóssi
• Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; •
frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e
regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de fruta; •
pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar a oferenda).
Oferenda para o Orixá Xangô
• Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas branca e
marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha); • vinho
tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida
com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate.
Oferenda ao Orixá Ogum
• Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca
e vermelha; • cordões branco e vermelho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia,
laranja, pera, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; •
pembas branca e vermelha; • comida (feijoada).
Oferenda para o Orixá Obaluayê
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas • flores (crisântemos
brancos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce roxa
cozida e regada com mel de abelha, beterraba cozida e regada com mel; mandioca cortada em
“toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho branco licoroso, água em copos, licor de ambrósia); •
pembas brancas.
Oferenda para a Orixá Oyá-Logunan (Tempo)
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas
branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas
(laranja, uva, caqui, amora, figo, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios
brancos).
Oferenda para a Orixá Oxum
• Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul;
• linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e
vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pera, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego etc.); • bebidas
(champanhe de maçã, de uva e licor de cereja).
Oferenda para o Orixá Omulu
• Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca,
preta e vermelha; • fitas branca, preta e vermelha; • linhas branca, preta e vermelha; • pembas
branca, preta e vermelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá,
ameixa preta, ingá, figo); • comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado
com mel, batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com
azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã).
Oferenda para a Orixá Obá
• Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou
magenta; • linhas vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores
(do campo, jasmim, rosas vermelhas).
Oferenda para a Orixá Egunitá
• Toalha ou pano laranja; • velas laranja e vermelha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pembas
laranja; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, caqui); bebidas (licor de menta, champanhe de sidra); •
flores (palmas vermelhas).
Oferenda para a Orixá Iansã
• Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas;
• pembas amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão
amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champanhe de uva ou de sidra; • flores amarelas; •
comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima).
Oferenda para a Orixá Nanã Buroquê
• Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores
(do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa,
amora, figo); • bebidas (champanhe rosé, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor
de morango).
Oferenda para a Orixá Iemanjá
• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas
branca ou azul claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio
branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas
(champanhe de uva e licor de ambrósia); • comidas (manjares; peixes assados; arroz doce com bastante
canela em pó).
Oferenda para o Orixá Exu
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas
preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravo vermelho); • frutas (manga, mamão,
limão); • bebidas (aguardente de cana de açúcar, uísque, conhaque) • comidas (farofa com carne
bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com
cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).
Oferenda aos Pretos Velhos
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; •
frutas de todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco
licoroso); • flores (crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica,
bolo de fubá de milho, milho cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado,
quindim).
Oferenda aos Baianos
• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; •
linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva, pera, laranja,
manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores
(flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com
cebola fatiada, quindim).
Oferenda aos Boiadeiros
• Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca,
vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; •
linhas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azulescuro,
marrom; • frutas (todas); • bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); •
flores (do campo, palmas, cravos); • comidas (feijoada, charque bem cozido, bolos).
Oferenda aos Marinheiros
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul claro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e
azul claro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos brancos, palmas brancas); • frutas (várias); •
comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos, camarões, farofa com carne); • bebidas (rum,
aguardente).
Oferenda para os Erês
• Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca,
cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva,
pêssego, pera, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa); • comidas (doces de frutas, arroz doce,
cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de fruta).
Oferenda para os Exus Mirins
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e
vermelha; • linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravos); • frutas (manga,
limão, laranja, pera, mamão); • bebidas (licores, cinzano, pinga com mel) • comidas (fígado bovino
picado e frito em azeite de dendê, farofas apimentadas).
Oferenda para Pomba-gira
• Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas
vermelhas; • flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas
(champanhe de maçã, de uva, de sidra, licores).
Oferendas para Caboclos(as)
As oferendas para os Caboclos e as Caboclas, no geral, são iguais às dos Orixás que os regem. No
particular, são acrescentados elementos indicados por eles.
Texto extraído do livro “Rituais Umbandistas - Oferendas, Firmezas e Assentamentos”. Rubens
Saraceni / Ed. Madras
sexta-feira, 22 de julho de 2016
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quinta-feira, 21 de julho de 2016
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Cristinatormena
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