NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA DAS ÁGUAS
Seguimos uma doutrina chamada de Umbanda os Sete Reinos Sagrados, que apresenta sete reinos que são fases do processo evolutivo do planeta Terra.
Cada um destes sete reinos possui suas características, sua hierarquia espiritual, assim como seu orixá regente.
Já tivemos oportunidade de escrever vários textos comentando esta doutrina.
São estes os sete reinos e seus orixás regentes:
Reino do fogo – Ogum
Reinos da Terra – Xangô
Reino do Ar – Iansã
Reino da Água – Iemanjá
Reino das Matas – Oxossi
Reino da Humanidade – Oxalá
Reinos das Almas – Omulu
Estes sete reinos são etapas da evolução planetária e estão apresentados na ordem que foram se formando em nosso planeta.
A cada reino e sua respectiva hierarquia espiritual, estão associadas diversas características, forças e vibrações que se manifestam em todas as dimensões existentes, sejam física, etérica, mental , emocional e espiritual.
Pela própria natureza deste conceito das sete reinos, estas sete forças estão presentes em todos os lugares e objetos existentes na face do nosso planeta, assim como em qualquer lugar do universo.
É muito fácil identificar na natureza a presença de cada um destes sete reinos, nas aves, animais, nos homens e na espiritualidade.
É desta forma que trabalhamos no Núcleo Mata Verde, organizando as diversas linhas e falanges de trabalhadores espirituais nas sete hierarquias espirituais que estão vinculadas aos sete reinos.
Mas o objetivo deste texto não é falar sobre os sete reinos, a finalidade é falar sobre Nossa Senhora Aparecida.
No dia 12 de Outubro comemoramos o dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira do Brasil.
Nossa senhora é uma Santa Católica e no sincretismo existente na umbanda ela é sincretizada em alguns Terreiros com Oxum.
Oxum é a senhora das águas doces, dos rios e cachoeiras é uma mãe.
Oxum é uma mãe jovem, da mesma forma que Iemanjá é a grande mãe, a mãe adulta e Nanã a mãe Velha, ou seja, a avó que é sincretizada com Santa Ana a Avó de Jesus.
Como já mencionamos no início deste texto, não fazemos uso do sincretismo religioso noNúcleo Mata Verde, não possuímos imagens dos Santos Católicos e para nós os Orixás, sua força, seu axé se manifestam através dos sete reinos, através da natureza.
É desta forma que entendemos e manipulamos estas forças celestiais, sempre para auxiliar os necessitados que procuram ajuda em nosso Núcleo Espiritual.
Mas sempre que fazemos alguma comemoração, que é tradicional na umbanda e que envolve uma data ligada ao sincretismo, fazemos questão de explicar aos presentes sobre a origem do sincretismo religioso existente na umbanda, sobre o Santo Católico comemorado e sobre o Orixá sincretizado.
No dia doze de outubro passado,fizemos uma pesquisa sobre o origem do culto a Nossa Senhora Aparecida e tivemos a grata alegria de encontrarmos vários esclarecimentos e pontos de contato com a doutrina dos sete reinos sagrados.
Segue abaixo texto sobre Nossa Senhora Aparecida, que encontramos na internet com algumas pequenas adaptações:
“Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica.Percebe-se no texto que o nome correto da Santa é “Nossa Senhora da Conceição Aparecida das Águas” e que popularmente ficou conhecida como Nossa Senhora Aparecida.
Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em 1980.
Aparição
A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde.
Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.
Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu.
Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente.
Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria sem a cabeça.
Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la.
A partir daquele momento, segundo os relatos, os três pescadores apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para o porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles.
Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.
Durante os quinze anos seguintes, a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar.
A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem.
A fama dos poderes da imagem foi se espalhando por todas as regiões do Brasil.
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel ofertou à santa, em pagamento de uma promessa, uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
Na Umbanda é sincretizada em alguns Terreiros com Oxum a senhora das águas doces, dos rios e cachoeiras ou com Nossa Senhora da Conceição.
Sua cor é o Azul escuro.
Salve Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nossa Senhora “Aparecida” das águas.”
Ela foi encontrada num rio, ou seja, veio das águas e é uma mãe, portanto tem forte ligação com a hierarquia espiritual do quarto reino, o reino das águas.
É neste reino que vibram todas as mães e entidades femininas.
Foi uma grande surpresa conhecer o nome correto da Santa que é “Nossa Senhora da Conceição Aparecida das Águas” e vou explicar o porque.
Embora oficialmente no Núcleo Mata Verde não adotamos o sincretismo religioso do Orixá com o Santo Católico, existe uma entidade que trabalha em nossa casa que é devoto de Nossa Senhora.
Vovô Tião, o Preto Velho que comanda a falange dos pretos velhos que trabalham no Núcleo Mata Verde é devoto de Nossa Senhora Aparecida.
Vovô Tião é um Preto Velho que gosta muito de conversar e sempre está alegre, costuma dizer que seu nome correto era Sebastião de Angola e que agora virou somente Tião.
Vovô Tião é um velho negro que tem muita fé em nossa senhora aparecida e em Jesus Cristo.
Sempre que vem trabalhar, logo quando chega no Terreiro já vem dizendo “Seja louvado nosso senhor Jesus Cristo e nossa senhora da Conceição”.
Durante estes quarenta anos que trabalho com Vovô Tião, nunca tinha me preocupado com os dizeres deste velho, que sempre está disposto a ajudar aos necessitados que veem em nossa casa em busca de ajuda.
Por desconhecer a história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida das Águas, sempre achei que o nome correto da santa era somente Nossa Senhora Aparecida, e sempre achei que o velho Tião fazia alguma confusão quando ele saudava nossa senhora da conceição e depois falava sobre a mãe preta.
Eu sempre achava estranho quando o Preto Velho falava da Mãe Preta e a chamava de Nossa Senhora da Conceição.
Hoje descobri que o velinho tem razão, que tem muita fé e é devoto de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil.
Saravá os Pretos Velhos!
São Vicente, 18/10/2012
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
fonte: http://www.blog.
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