Não façam ritos que não saibam fazer (novamente avisa: não troquem a conta sagrada pelo nome).
O sacerdote deve saber distinguir entre o ser profano e o ser sagrado, o ato profano e o ato sagrado, o objeto profano e o objeto sagrado.
Não se podem realizar rituais sem que se tenha investidura e conhecimento básico para realizá-los. Chamar a todos, é considerar a todos, indiscriminadamente, como seres talhados para a missão sacerdotal, o que é uma inverdade ou, o que é pior, uma manipulação de interesses. Da mesma forma que nem todas as contas servem para formar-se o colar de uma divindade (como as contas sagradas), nem todos os seres humanos nasceram fadados para a prática sacerdotal.
Para ser um sacerdote são necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais. A simples iniciação de um ser profano, desprovido destes atributos básicos e essenciais, não o habilita como um sacerdote legítimo e legitimado. Da má interpretação e inobservância deste mandamento resulta a grande quantidade de maus sacerdotes que proliferam hoje em dia dentro do Culto. Observa-se a diferença entre “ser sacerdote” e “estar sacerdote”. Aquele que se submete à iniciação visando tão somente o status de sacerdote, jamais será um verdadeiro sacerdote. Estará sacerdote, cargo adquirido pela iniciação, mas jamais será sacerdote, condição imposta por sua vocação, dedicação, espiritualidade e desprendimento. Caberá ao sacerdote iniciador do neófito consultar Ifá, com muito critério, para apurar se aquele noviço será realmente digno do sacerdócio.
FONTE DO TEXTO: 2º mandamento de IFÁ.
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