DOCUMENTO OFICIAL PARA A RELIGIÃO DE UMBANDA
Irmãos Religiosos de Umbanda:
Há
alguns anos estamos chamando os irmãos para um momento histórico e
único em nosso meio. Entendemos que a religião de Umbanda possui uma
riqueza ímpar, demonstrada em sua diversidade litúrgica. Porém, o
chamado não é para deliberarmos sobre a liturgia das Casas existentes e
sim, criarmos uma identidade religiosa que definirá o que somos,
respeitando assim, os vários tipos de trabalhos existentes. O pensamento
é sempre no coletivo e não apenas em um grupo fechado, fazendo toda
diferença neste projeto.
Os
temas hoje organizados em formato de documento é a indicação de que não
se trata de um apanhado de ideias, e sim, de uma maneira séria de
defendermos nossos conceitos.
O
intuito de criar o documento está baseado na legitimação e informação
em nível organizacional para entendimento social e religioso,
fortalecendo a todos os Umbandistas, estabelecendo uma linguagem
interpretativa para a sociedade em geral.
O documento intitulado de CARTA MAGNA DE UMBANDA
serve como base orientadora para respostas aos estudiosos de teologia,
sociologia, filosofia e aos seguidores da religião. É importante frisar
que fica disponível a consultas para debates inter-religiosos, onde
outros seguimentos poderão entender melhor o que somos; os nossos
propósitos e como respondemos assuntos de interesse espiritual, social e
humanitário.
O
respeito maior deste trabalho está em chamar os irmãos para deliberar
sobre a construção deste, que é de benefício a todos, diferente de
outras correntes de pensamento que atentaram contra a liberdade de
expressão, perdendo oportunidade de criarmos unidade.
Não
posso deixar de citar que a versão realizada em novembro de 2015, por
algumas federações não é sequer reflexo do documento oficial aqui
disposto. Condenamos veementemente qualquer tentativa de monopólio em
nosso meio e sempre pediremos respeito às opiniões expressadas nos
fóruns já realizados e os que, por ventura, virão.
Este
projeto está em pauta desde 2012, com as deliberações por todo o
território nacional, contando ainda com encontro internacional realizado
em Portugal, na cidade de Leiria, com a participação de líderes da
Europa.
Respeitando
a diversidade existente em nosso meio, foi determinado que este
documento não deverá ser fixo. É necessário que esteja aberto para que
sempre seja melhorado, de preferência, a cada dois anos; ficando
acertado que todos os temas que foram amplamente discutidos, devem ser
respeitados na sua íntegra; sendo criado grupos para as avaliações, caso
haja alguma alteração. Mais uma vez chamo a atenção para o pensamento
religioso, virtuoso, que levará este projeto para as esferas
necessárias, para finalmente termos uma ferramenta de defesa contra o
preconceito.
Uma
religião que preza a igualdade, respeitando a Declaração Universal dos
Direitos Humanos através da Carta da ONU – Organização das Nações Unidas
deve ter este documento máximo, a missão de dignificar seus milhares de
seguidores, deixando o legado para a posteridade.
Ortiz Belo de Souza – idealizador da CARTA MAGNA DE UMBANDA que foi inspirado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, para este trabalho.
CARTA MAGNA DE UMBANDA PREÂMBULO:
Considerando
que a religião de UMBANDA é legitimamente brasileira e foi instituída
pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através da mediunidade de ZÉLIO
FERNANDINO DE MORAES, em 15 de novembro de 1908, em Neves/Niterói, no
Brasil; anunciando pela primeira vez o termo; “UMBANDA”, como
designativo de religião.
A
UMBANDA reconhece as derivações oriundas de seu cruzamento com outras
religiões, ocasionadas pela diversidade religiosa no Brasil, agregando e
adaptando práticas das mesmas, se posicionando totalmente contra
qualquer forma de intolerância e discriminação religiosa.
A
Religião de Umbanda respeita todas as religiões e busca o Estado Laico
existente no Brasil, não discriminando nenhum tipo de manifestação
religiosa que vise o respeito e a evolução do ser humano. Assegurando
que tem de existir um posicionamento único em relação à própria religião
e suas percepções sobre as diversas questões sociais, jurídicas,
culturais, filosóficas e humanas.
Considerando
que alguns que não comungam desta FÉ, acabam por interpretá-la de
maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam a opinião
pública e a mídia.
Tem-se
como assente que o presente documento visa proteger os conceitos
básicos desta religião, dando força a todas as Casas que professam a FÉ
religiosa de UMBANDA. A partir deste instrumento, poder-se-á reivindicar
com mais identidade, que respeitem os direitos religiosos e de
liberdade de culto elencados na Declaração Universal dos Direitos do
Homem (DUDH), nomeadamente, nos seus artigos 2° e 18°, na declaração
sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação
baseadas na religião ou convicção, bem como, noutros marcos legais de
natureza internacional, supranacional e nacional.
Salientando
que a UMBANDA é um conjunto de leis que regem a vida e a harmonia do
Universo, como religião ou como ciência, na UMBANDA, tanto na prática
ritualística material, como na esfera espiritual das comunidades
umbandistas, só se conhece uma hierarquia espiritual: a da evolução de
cada Espírito nos diversos planos da Criação e a vibratória estabelecida
pelo mérito de cada um. A par do conhecimento perfeito da vida, a
UMBANDA aproveita o ambiente material fornecido pela vibração humana
para abrir o verdadeiro caminho da sabedoria, onde se aprende que a
verdade ou a realidade final do Universo é imutável. Dentro da concepção
de que o aproveitamento material fornecido pelo homem é força ativa
indispensável à realização da UMBANDA, é sobre o médium que repousa
integral responsabilidade, somente excedida pelo sua própria compreensão
quanto à missão que lhe é, por escolha, concedida.
Reconhecendo
que a UMBANDA é uma síntese expressiva de Amor, Sabedoria, Respeito,
Tolerância e Renúncia, como nos ensina JESUS e nos apresentam outros
tantos Mestres Crísticos em vários momentos da História e em culturas
tão diversas; o Umbandista utiliza-se da religião como meio de
progresso, amparo e defesa; mas nunca como instrumento de ataque.
Realçando
que a UMBANDA está em vários países, levando a PAZ e a Elevação de uma
Religião que defende os direitos pela igualdade, respeitando a
pluralidade de cada nação. As bases da CARTA MAGNA DE UMBANDA são o
registro dos princípios seguidos por religiosos de Umbanda pelo mundo.
Explicando
que a UMBANDA como religião CRISTÃ, NATURAL E ECOLÓGICA, têm em seus
seguidores os defensores da Natureza; entendemos que os Sagrados Orixás
se manifestam magneticamente com mais intensidade nos sítios vibratórios
da natureza, aonde os religiosos de Umbanda vão constantemente,
promovendo concentrações para refazimento energético, harmonizações e
captação de energias sublimes, reequilibrando-os com as forças da Mãe
Natureza.
Claramente
que, as oferendas realizadas pelos Umbandistas no seio da Natureza,
além de simples, são todas efetuadas com materiais biodegradáveis, que
rapidamente se incorporam no meio ambiente. A religião de UMBANDA
defende a Natureza, preza pelas matas, mares, rios, cachoeiras e
nascentes. Preza também pela fauna e flora, contribuindo, assim, com os
Tratados Internacionais de Preservação da Natureza, indicando a
necessidade de meios de desenvolvimento que não agridem.
Observando
que a CARTA MAGNA DE UMBANDA sugere e defende a necessidade de
organização jurídica e administrativa no que diz respeito à organização
dos Templos e Federações; entendendo que é fundamental órgão que
represente interesses do coletivo, baseando-se no referido documento.
É
de suma importância informar que a UMBANDA indica inclusão nas matérias
de filosofia, história, sociologia, antropologia e outras. O estudo da
CARTA MAGNA DE UMBANDA como fonte didática e como ponto de partida para o
diálogo inter-religioso crê na afirmação de que as religiões constituem
os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a DEUS. Assim
como as demais religiões, a UMBANDA passa a ter um documento que
esclarece de forma objetiva, seus postulados, dando à UMBANDA uma
referência única, tendo por objetivo final, ser um documento nacional e
internacional da religião, por meio do qual poderá se diferenciar de
trabalhos que não condizem com a essência da umbanda.
Admitindo
que o trabalho inicial do presente documento fora iniciado em 2012 e
apresentado em reunião dia 14 de abril de 2013, na rua Brigadeiro
Jordão, 297 – Ipiranga – São Paulo/SP., com participação de várias
lideranças; cada órgão federativo, representado pelos seus diretores,
sacerdotes e lideranças se empenharam, ajudando a trazer propostas para o
Congresso Nacional de Umbanda. A direção dos trabalhos foi do MPU
(Movimento Político Umbandista), com todos os presentes unidos com
responsabilidade pela UMBANDA.
Posteriormente,
houve necessidade de apresentação do documento em vários estados do
Brasil, onde agiram como fonte de ideias e agentes reguladores da CARTA
MAGNA DE UMBANDA, lideranças, Templos de Federações que coadunam com a
necessidade do documento como organizador das práticas e postulados
básicos.
Assumindo
que, o Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes:
escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa,
filósofos e outros que estão inseridos na religião de Umbanda, com a
finalidade de atingir a opinião pública sobre o que é UMBANDA; sua
cultura social, política e religiosa, tendo a responsabilidade de
fundamentar um pensamento único, em relação à vários pontos específicos.
Esses pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da
Religião de Umbanda, e, passam a ser uma forma de normatizar a base da
religião. Porém fica claro aqui não sugerimos que este documento venha,
em nenhum momento, ser algum tipo de codificação, deixando livre quem
não aceita-lo.
Considerando
que, a normatização nada mais é do que uma forma de trazer a unidade,
coerente e inteligente para a difusão da religião de Umbanda,
respeitando a liturgia e os estudos aplicados em cada vertente. Afinal, a
CARTA MAGNA DE UMBANDA propõe a união, não a unificação.
Aponta-se
que, após a sua aprovação e instituição como documento referencial para
a religião, a cada dois anos, será convocado novo Congresso Nacional e
Internacional de Umbanda para reavaliação e aperfeiçoamento da CARTA
MAGNA DE UMBANDA, estando previsto o próximo, para o ano de 2018,
preferencialmente, no mês de novembro.
Desta forma, fica acordado o seguinte:
Denominamos o documento como: CARTA MAGNA DE UMBANDA.
1. A religião de UMBANDA é genuinamente brasileira, com as seguintes características em sua origem:
É
MILENAR, porque seus fundamentos são os mesmos que presidiam o
reencontro com DEUS, desde o início da raça humana no nosso planeta.
É
CÓSMICA, porque seus fundamentos culminaram com a união preconizada
pelo Movimento Umbandista dos quatro pilares do conhecimento humano, que
são: a FILOSOFIA, a CIÊNCIA, a
RELIGIÃO e a ARTE.
É
EVOLUTIVA, em suas manifestações, porque a UMBANDA se manifesta em seu
dia-a-dia, utilizando todos os recursos positivos existentes no ontem,
no hoje e, com certeza, se valerá dos que vierem, no amanhã.
É
CRÍSTICA, porque os seus aspectos, princípios, postulados e finalidades
estão baseados nos ensinamentos dos Mestres da Luz, principalmente no
Mestre Jesus, sendo a manifestação e a vivência do Evangelho Redentor.
Aceitando tudo o que é bom, rejeitando o que não eleva e caminha ao
crescimento do ser humano.
É
BRASILEIRA, em suas origens. Como prática religiosa surgiu e
desenvolveu-se no Brasil, instituída pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas, através da mediunidade de ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES, em
15 de novembro de 1908 e, hoje, também em todo o mundo. E, ainda citamos
que existe corrente que defende sua existente como milenar, aceito por
conta que manifestações espirituais existiram mesmo antes de ZÉLIO;
porém, o registro em Cartório se deu primeiramente com o nome de UMBANDA
através dele, entendendo sua existência de firma jurídica.
2.
A UMBANDA teve na sua origem contribuições positivas das religiões e ou
filosofias Espírita, a Natural Indígena, a Africana, sobretudo, a da
cultura Banta e Sudanesa, assim como, do Catolicismo Popular, entre
outras. Contudo, a Umbanda é isenta de interferências de todas elas, não
se submetendo a nenhum dogma relacionado com as religiões e filosofias
citadas.
3.
A UMBANDA integrou, reinterpretou e adaptou as visões religiosas e
filosóficas aludidas, de acordo com sua própria percepção, dando origem a
uma religião de base sincrética e universalista.
4. A UMBANDA é: doação, caridade, compromisso, prosperidade e humildade.
5. A UMBANDA tem Hino próprio desde 1961, de autoria de José Manoel (letra) e Dalmo Trindade Reis (música).
a) DOAÇÃO
A
UMBANDA tem no voluntariado, no serviço mediúnico a forma de
crescimento natural da religião, onde a participação é fundamental. É
por meio da doação que o medianeiro aprende a valorizar o seu Templo e a
socializar com os seus irmãos.
b) CARIDADE
A
ação caritativa é uma das formas da elevação do espírito. Fora da
caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de
Umbanda. A caridade é a expressão máxima do aprendizado religioso em sua
plenitude pelo médium de Umbanda.
c) COMPROMISSO
A
UMBANDA tem no compromisso do médium com o bem, com a verdade, com a
lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal e com o respeito, a
essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
d) PROSPERIDADE
A
prosperidade se dá a todos os níveis pelo esforço de crescimento e
desenvolvimento diário em todos os sentidos. A prosperidade não se
ganha, se conquista através da prática da honestidade, do esforço, do
conhecimento e pelo trabalho individual, onde, amparado por sua fé e
merecimento, o individuo conquistará seus objetivos.
e) HUMILDADE
O
religioso de Umbanda tem como base espiritual a sua humildade;
entendendo que ele, médium, não é melhor que ninguém, mas sim tem a
responsabilidade maior e compromisso como instrumento da Espiritualidade
em transmitir as mensagens de Luz, passadas pelos planos elevados. Na
Umbanda, existe uma hierarquia espiritual que orienta os trabalhos, com
Dirigentes Espirituais, Médiuns e Auxiliares; porém, todos sabemos que
no plano material somos, em todos os momentos, aprendizes e professores e
todos nós estamos em constante aprendizado, não sendo ninguém melhor do
que o outro, apenas com funções e responsabilidades diferentes.
Entendemos que, quem deve ser glorificado é DEUS e a Espiritualidade,
nunca o medianeiro !
6.
O religioso de Umbanda segue o que foi anunciado pelo seu fundador, o
Caboclo das Sete Encruzilhadas, bem como, os ensinamentos dos inúmeros
Espíritos Crísticos e os Mestres do Amor, como via evolutiva para se
chegar a uma espiritualidade superior.
7.
A UMBANDA trás em si a base religiosa que deve ser respeitada: AMAR,
RESPEITAR, NÃO JULGAR, NÃO CALUNIAR, ATUAR SEMPRE COM A VERDADE, NA BASE
DO BEM, DA EDUCAÇÃO E DA ELEVAÇÃO. O posicionamento ético em qualquer
religião deve se basear em tais predicados, manifestados pelos
verdadeiros religiosos.
8.
Os médiuns e assistidos, em geral, são vistos como religiosos e devem
agir como tal, com FÉ em DEUS, nos ORIXÁS e Guias Espirituais; possuir
os atributos da FÉ, AMAR SEU SEMELHANTE, NÃO JULGAR, NÃO CALUNIAR, SER
PACIFICADOR, ESTAR AO SERVIÇO DO BEM E JAMAIS UTILIZAR O SEU
CONHECIMENTO DE FORMA TORPE.
9. Esses atributos são posicionamentos éticos e morais para todos os que comungam da FÉ UMBANDISTA.
10.
A UMBANDA atua na elevação, na educação religiosa e na evolução dos
espíritos praticando trabalhos que visam o progresso do ser humano,
direcionando a reforma íntima por meio dos postulados de Jesus, da
vibração dos Orixás e dos ensinamentos dos Mestres Iluminados de todos
os tempos, que são transmitidos pelos Guias Espirituais que se
manifestam nos Templos de Umbanda.
11.
A UMBANDA é uma religião que crê na existência de um DEUS ÚNICO,
INTELIGÊNCIA SUPREMA, CAUSA PRIMÁRIA DE TODAS AS COISAS, ETERNO,
IMUTÁVEL, IMATERIAL, ONIPOTENTE, ONIPRESENTE, SOBERANAMENTE JUSTO E BOM,
INFINITO EM TODAS AS SUAS PERFEIÇÕES.
12.
A UMBANDA crê no Mestre JESUS, sincretizado com OXALÁ, pautando o
aspecto doutrinário, baseado nos seus ensinamentos de amor universal.
13.
A Umbanda crê na existência de um panteão divino, onde existem
divindades, denominadas por nós de ORIXÁS, responsáveis diretos por toda
a criação do universo e sustento do planeta Terra e alicerces para
direcionarmos nossas condutas na prática do amor, da caridade e da fé.
Não são deuses, mas sim, denominações humanas para uma classe de Poderes
Reinantes do Divino Criador.
14.
A Umbanda reverencia a Mãe Natureza, por ser nela que se encontra a
mais pura manifestação Divina, por onde os Sagrados Orixás se manifestam
energeticamente com mais intensidade e, também, porque vamos buscar e
nos harmonizar com as forças ali reinantes, sustentadoras de toda a
forma de vida planetária; atraindo ainda forças do universo para
complementar tais vibrações já existentes em nosso Planeta, unindo
assim, poderosas forças divinizadas existentes nos planos espirituais.
15.
A Umbanda crê na existência da comunicação mediúnica por meio de
medianeiros preparados para tal tarefa, em trabalhos caritativos, em
atendimentos fraternos dos Guias Espirituais.
16.
A UMBANDA prima pela simplicidade de seus rituais, o que permite a
dedicação integral do tempo das sessões ao atendimento fraterno dos que a
ela recorrem.
17. Nos atendimentos fraternos está o cerne do assistencialismo da UMBANDA, sempre de forma caritativa.
18.
UMBANDA é sinônimo de prática religiosa e caritativa, não se coadunando
com cobranças abusivas. Não faz parte de seus fundamentos a retribuição
financeira pelos atendimentos fraternos ou pelos passes realizados.
Contudo, é lícito, quando necessário para sustentação, manutenção e
desenvolvimento dos Templos, assim como, para proporcionar conforto e
bem- estar a seus frequentadores, o chamamento dos médiuns e das pessoas
que frequentam o Templo para contribuírem para esses fins. Todavia, a
contribuição far-se-á conforme o critério de cada Templo, mas de uma
forma moderada e ajustada às necessidades, sem que haja discriminação ou
preconceito para com aqueles que não possam contribuir.
19.
No caso específico de sacerdotes/sacerdotisas umbandistas que passaram a
dedicar-se integralmente ao Culto, em determinadas situações e regiões,
cobrando nomeadamente por suas consultas, as sessões (giras) devem
continuar públicas e abertas, onde é facultada a solicitação de
contribuições voluntárias aos membros e assistidos.
20. A UMBANDA possui sacramentos e ritos próprios, tais como: o batismo, o casamento e o fúnebre.
21.
Os principais ritos da UMBANDA são realizados por meio de orações,
pontos cantados, que podem ser ritmados através de instrumentos
musicais.
22.
A UMBANDA realiza sessões e trabalhos de limpeza espiritual e
energética denominados de descarrego, assim como o de aconselhamento e
tratamento espiritual, que visam o bem-estar e o desenvolvimento
espiritual, consciencial, emocional e moral do indivíduo. Nesses
trabalhos são utilizados o passe energético, o uso ritualístico do
tabaco e dos elementos vegetais, designadamente, em DEFUMAÇÕES, em
BANHOS e ou AMACIS. A Umbanda ainda se utiliza de componentes minerais,
tais como: pedras, cristais, metais e a PEMBA, que são elementos
condensadores de energia, como também, da energia essencial dos quatro
elementos básicos da natureza.
23.
A UMBANDA recorre às orações, descarregos, desobsessões, ou, se preciso
for, às oferendas de flores, bebidas, frutos, sucos, chás, alimentos,
incensos e velas. A oferenda, além de operação espiritual/vibracional, é
também uma reverência espontânea aos Sagrados Orixás e é recomendada a
sua prática aos seus fiéis. Visto que entendemos que esses elementos
possuem elevadas vibrações energéticas que podem ser manipuladas
espiritualmente em beneficio de algo ou alguém. Entendemos também que um
dos objetivos da Umbanda é o de elevar e sublimar o espírito e seus
iniciados e assistidos pela ética de Cristo.
PRINCÍPIO DE IGUALDADE
24.
A UMBANDA defende a todos um tratamento digno e igualitário, pois
ninguém pode ser privilegiado, favorecido, prejudicado, discriminado,
privado de direitos ou dispensado de deveres em razão de ascendência,
descendência, sexo, orientação sexual, cor, etnia, raça, idade, língua,
religião, descrença religiosa, grau de instrução, condição econômicae
social, território de origem, convicção política, ideológicae
filosófica.
DIREITO À VIDA
25. A religião de UMBANDA defende que a vida humana é inviolável.
26. Não é admissível para a UMBANDA a pena de morte.
SUICIDIO / EUTANÁSIA / DISTANASIA / HOMICIDIO
27.
A UMBANDA, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e espiritual,
entende que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do Carma e
aprendizados importantes ao espírito.
28. A UMBANDA defende que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a sua vida pelo suicídio.
29.
Só o Criador, através de Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência,
sabe o momento do desenlace carnal de qualquer individuo.
30.
Assim, mesmo no caso em que a morte é inevitável e a pessoa esteja em
situação de sofrimento, a Eutanásia ativa praticada por pessoas, mesmo
que com motivação altruística é compreendida pela UMBANDA como a falta
de resignação e de submissão à vontade do Divino Criador.
31.
A DISTANÁSIA que é prolongamento da vida por tratamentos
extraordinários e a ORTOTANÁSIA, que é a decisão de não se submeter a
tais tratamentos considerados paliativos, do ponto de vista clínico,
legal e espiritual, não ferem o conceito religioso de Umbanda porque o
paciente é livre para submeter-se ou não a tratamentos e cirurgias
consideradas ou não de risco, e se o fizer, virá a falecer de causas
naturais da evolução da doença, sem interferências de pessoas no
processo do Criador.
32. Práticas que atentam contra a vida humana ou animal, não são aceitas pela Umbanda.
33.
Porém, homicídio cometido em legítima defesa própria ou de terceiros,
ou por erro não censurável, não acarreta ônus espirituais sobre tais
fatos.
ABORTO
34. A UMBANDA é contra a prática do aborto considerado interrupção da gestação.
35. Na UMBANDA entende-se que a partir da concepçãoda vida pré-embrionária já existe um Espírito que anseia por sua evolução.
36.
Os progenitores com ou sem auxílio deterceiras pessoas que provoquem o
aborto por qualquer meio, e em todo período da gestação, cometerão uma
transgressão à Lei de Deus, porque isso impede o espírito de passar
pelas provas necessárias à sua evolução, necessitando do corpo em
formação como seu instrumento.
37.
Quando o nascimento da criança colocar em perigo a vida da mãe, é
preferível, por bom senso e na forma da lei, manter a vida da genitora.
38.
O aconselhamento direto com os Guias Espirituais é fundamental para que
as ações se baseiem sempre na Espiritualidade e na particularidade de
cada situação que envolva a formação e desenvolvimento de vida humana.
39.
No caso de ocorrer ou ter ocorrido o aborto por decisão de qualquer
natureza, a UMBANDA jamais condenará os envolvidos, ocupando-se, antes,
em acolhe-los e prestar-lhes orientação e conforto espiritual.
DIREITO À INTEGRIDADE PESSOAL
40. A religião de UMBANDA defende que a integridade moral e física das pessoas é inviolável.
41. Ninguém pode ser submetido à tortura física ou mental, nem a maus tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanas.
PEDOFILIA / MAUS TRATOS
42.
A UMBANDA não aceita qualquer forma ou ato que atente contra a
integridade física e moral da criança e doadolescente, em especial os
casos de pedofilia praticada por todo e qualquer meio, inclusive por
internet, assim comoas condutas de maus tratos, defendendo que as leis
já estabelecidas devam ser aplicadas, nomeadamente, a Convenção dos
Direitos da Criança.
43.
Pessoas que possuem desvio de conduta em relação às crianças e
adolescentes podem estar obsediadas e necessitam de orientação
espiritual e acompanhamento psicológico, além de se submeterem à
aplicação das leis civis e criminais pertinentes.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
44.
A UMBANDA não aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo
aos parâmetros da legislação vigente com destaque para os Princípios das
Nações Unidas para as Pessoas Idosas, Convenção sobre a eliminação de
todas as formas de discriminação contra as mulheres e a Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Carta das Nações Unidas
(O.N.U.), segundo os quais os direitos da pessoa humana devem ser
preservados. No âmbito doméstico, a prática do respeito, aceitação das
diferenças, e convivência de harmonia devem ser cultivados entre os
familiares de todas as idades.
As
relações sexuais, dentro e fora do casamento ou da união estável devem
ser sempre consentidas pelas pessoas envolvidas, sendo que a UMBANDA
condena qualquer ato sexual obtido mediante violência ou contra a
vontade da pessoa.
PRECONCEITO ÉTNICO
45.
A UMBANDA não aceita o preconceito étnico e racial. O preconceito
racial é antes de tudo, uma demonstração de atraso espiritual e
desconhecimento das Leis Divinas. Aquele que diminui ou persegue o irmão
pela cor da pele ou por qualquer outra característica étnica, viola a
regra de ouro presente nas mais diversas tradições espirituais e
religiosas: “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI
MESMO”.
ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO
46.
NA UMBANDA todo ser humano é visto como irmão (ã) espiritual, sendo
aceita qualquer orientação sexual e identidade de gênero. Assim, a
religião entende e acolhe espíritos, e não o gênero ou a sexualidade.
Discriminação e preconceito não são ensinados pelo nossos Guias, posto
que a Umbanda acolhe a todos. Desta forma, é fundamental respeitarmos a
condição de cada indivíduo: heterossexualidade, homossexualidade,
bissexualidade, transexualidade e intersexualidade são questões de foro
íntimo e pessoal.
O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE E NA UMBANDA
47.
A UMBANDA defende o direito de igualdade, sendo que a mulher deve
ocupar qualquer posição na sociedade e no mercado de trabalho, com o
mesmo tratamento, conforme o vertido na Convenção sobre a eliminação de
todas as formas de discriminação contra as mulheres.
48.
As mulheres na UMBANDA estão em todos os níveis hierárquicos da
religião, inclusive na CURIMBA, não apenas no canto, mas também no
toque.
CRIANÇAS NA UMBANDA
49.
NA UMBANDA todas as decisões que digam respeito às crianças devem ter
em conta o seu melhor interesse consideradas suas peculiaridades de
pessoa em desenvolvimento, em harmonia com o estipulado na Convenção dos
Direitos da Criança.
50.
A UMBANDA reconhece que a presença das crianças nas sessões é um
processo importante na sua própria formação espiritual, assim como para
sua educação e assistência religiosas.
51.
A UMBANDA garante às crianças, o direito de conhecer segundo os
preceitos da religião, a mensagem universal da JESUS, sincretizado com
OXALÁ, com sua magnitude em DEUS e nos ORIXÁS, através do atendimento
mediúnico, do batizado, passes e desenvolvimento. Promovendo o respaldo
moral, físico e espiritual contra todas as formas de violência.
52.
A UMBANDA incentiva a criança para que reconheça desde cedo sua
importância, valor e caráter, concedendo-lhe o direito de livre escolha
condizente à sua pureza e maturidade às nossas crenças, garantido sempre
o seu amparo. É admissível e reconhecido a prática da Evangelização
Infantil, a fim de instruir crianças e adolescentes em condutas morais e
éticas, além de proporcionar aulas educativas a respeito da umbanda e
as culturas afro existentes.
IDOSOS NA UMBANDA
53. A UMBANDA defende que os idosos devem ter acesso aos recursos educativos, culturais, recreativos e espirituais da sociedade.
54.
Os idosos devem ser tratados de forma justa, independentemente de sua
idade, não podendo ser privados do acolhimento dentro da religião e do
desenvolvimento mediúnico.
55.
A UMBANDA preconiza o respeito, o amparo e a assistência aos idosos, no
âmbito familiar e social, com base no amor, na caridade, no
reconhecimento e na legislação em vigor, em especial nos Princípios das
Nações Unidas para as Pessoas Idosas.
DEFICIENTES
56.
NA UMBANDA, nenhuma pessoa portadora de deficiência congênita ou
adquirida, seja de natureza física, sensorial ou intelectual é privada
de acolhimento ou desenvolvimento mediúnico.
57.
A UMBANDA compreende que as deficiências se restringem à carne e não ao
espírito, portanto, as limitações do corpo material se tornam nulas,
mediante a nossa fé e o Plano Espiritual. Porquanto, como disseminadores
de amor ao próximo, não nos cabe desmerecer ou restringir quaisquer que
sejam as condições físicas, mentais ou psicológicas de um irmão, pois
somos livres de julgamentos e permitimos que todos aqueles que buscam a
doutrina umbandista sejam tratados com igualdade e respeito.
58.
Aos dirigentes de Templos de Federações pede-se privilegiar a
acessibilidade, conforme a caridade, o bom senso e as leis vigentes,
designadamente, a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Em âmbito
internacional segue a Carta das Nações Unidas, que reconhece a dignidade
e valor inerentes e os direitos iguais e inalienáveis.
ÁLCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS
59.
Todos que recorrem aos Terreiros de Umbanda encontrarão o lado
assistencialista. O dependente químico e o alcóolatra devem ser tratados
sem preconceito e discriminação, tendo total assistência por parte da
Umbanda.
60.
A UMBANDA respeita a vontade e o livre arbítrio do indivíduo de buscar e
aceitar o tratamento espiritual. Nos tratamentos devem ser observados e
respeitados o lado psicológico, a dependência química e a atenção
espiritual deve ser fornecida para o dependente e sua família.
CASAMENTO
61.
A UMBANDA defende que o casamento deve dar-se por amor e livre
arbítrio, onde o casal é orientado e acolhido também espiritualmente.
Independentemente, da orientação sexual, etnia, instrução, condição
social e religião.
62.
Na visão umbandista é irrelevante a heterossexualidade, a
homossexualidade, bissexualidade, a transexualidade e a
intersexualidade,ou se um dos consortes não professar a religião
umbandista. Reservamos a todos, direitos iguais de matrimônio,
respeitando a orientação sexual de cada um.
63.
A UMBANDA compreende que o casamento religioso funciona como base
espiritual para a família e tanto o corpo mediúnico quanto a
assistência, têm o direito a este sacramento.
64. NA UMBANDA, o matrimônio também é assegurado como direito àqueles que já se divorciaram.
DIVÓRCIO
65.
Os Conselheiros Espirituais Umbandistas não incentivam o divórcio.
Porém, não compactuam com relacionamento aparentemente feliz, mas com
espírito abalado pelo ódio, pelo sofrimento, pelo desrespeito, pela
falta de amor que, por muitas vezes, pode causar riscos à integridade
física, moral e espiritual de um dos cônjuges ou ao casal, e por
consequência, traumatizar familiares, filhos e amigos.
66.
O casamento indissolúvel é criação humana, por dogmas religiosos e/ou
de ordem social e econômica. Na UMBANDA, acredita-se que o carma do
casal pode ser breve ou durar uma vida inteira, de acordo com o que sua
própria missão espiritual determina, e não se impõe uma convivência de
infelicidade ou violênciadoméstica e sexual.
ADOÇÃO
67. O posicionamento da UMBANDA não é apenas favorável, mas também incentivador à
adoção.
68.
O acolhimento físico, moral e espiritual do adotado, sempre levando em
consideração as condições dos pais, é o de respeito, carinho, amor e
proteção para o resgate da criança e do adolescente e sua inserção nos
princípios de cidadania, favorecendo-o a ser consciente de suas
responsabilidades e voltado para a prática do bem. Esse ser humano, bem
como aqueles que serão seus pais, precisam da compreensão de sua
condição humana e espiritual, devendo exercer a criação e educação do
adotado segundo os preceitos da dignidade humana, paternidade
responsável e do planejamento familiar, como determina a Convenção dos
Direitos da Criança.
69. Acreditamos no mesmo direito por parte de pais e mães heterossexuais, homossexuais,
bissexuais,
transexuais e intersexuais, pois a amplitude desse ato não se reserva à
condição sexual ou de gênero e, sim, ao resgate cármico em condições
tanto materiais quanto emocionais para a educação da criança e do
adolescente.
PRESERVATIVOS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
70.
A UMBANDA apoia o uso de preservativos e métodos contraceptivos, como
meios de proteção contra DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e
prevenção de gravidez indesejada. Cada qual deve saber e escolher o
momento de gerar um novo ser, que necessitará de amor, compreensão,
educação, orientação e discernimento ao longo de sua vida. Nesse
sentido, o uso de métodos contraceptivos é um modo de proteger a vida.
71.
O uso de contraceptivo é aceito pela religião da UMBANDA, pois respeita
o livre arbítrio, o controle de natalidade e o planejamento familiar.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
72.
A Doutrina UMBANDISTA vê com bons olhos a doação de órgãos, em vida e
depois da morte, nos limites da legislação vigente em cada país.
73.
A UMBANDA defende mesmo que a separação entre o espírito e o corpo
físico não se tenha completado, como nos casos de morte cerebral, deste
modo a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões
penosas e sofrimentos ao espírito doador.
74.
A doação de órgãos não é contrária às leis da Natureza, porque
beneficia outras pessoas e o próprio espírito do doador em sua evolução
espiritual e, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os
conhecimentos científicos no plano material, colocando-os à serviço de
vários necessitados.
75.
O mesmo se dá em relação à doação de sangue, medula e qualquer tecido
orgânico que venha proporcionar ajuda ao semelhante. A UMBANDA, assim
como qualquer religião, necessita incentivar a prática de doação para
amparar milhões de irmãos necessitados pelo mundo.
CREMAÇÃO
76. A UMBANDA não rejeita a cremação.
76. A CREMAÇÃO é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos,
77 horas
de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que
poderá verificar-se com o depósito de despojos humanos em ambiente frio.
Esse período é necessário, pois existem sempre muitos ecos de
sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o
tônus vital, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista os
fluídos orgânicos que o Espírito ainda solicita para as sensações da
existência material.
78.
O sepultamento ou a cremação nada mais representam para o espírito, que
a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em
agentes físicos, das quais se libertou.
CANDIDATOS À POLITICA NA UMBANDA
79.
A UMBANDA chama a atenção para o pensamento sobre a política pública
participativa. É relevante a construção de organização política, pois só
assim, conquistaremos o que é de direito de qualquer cidadão que
professa sua fé.
80. A participação do religioso deve ser incentivada através da consciência de institucionalizarmos nossos ideais.
81.
Os representantes públicos necessitam comprometer-se com a comunidade
religiosa a qual está inserido; deixando seu gabinete aberto para todos
os projetos que visam o coletivo religioso.
LIVRE ARBÍTRIO:
82
– A umbanda, com sua plenitude, assegura aos indivíduos a sua liberdade
e felicidade, não compactuando com a ideologia de “acorrentar” filhos
de fé ou adeptos em detrimento da casa.
83
– Além disso, não compactua/comunga com o emprego de ameaças e
violências psicológicas ou morais para garantir o narrado no tópico
anterior.
84 – Umbanda preza pela liberdade individual e o direito de “Ir e Vir” dos adeptos, não
interferindo
no livre arbítrio dos indivíduos, sendo este, uma das leis divinas de
nossa religião e da própria espiritualidade. Também não exerce qualquer
tipo de violência (moral e psicológica),
falseando verdades sobre a liturgia umbandista para restringir o direito de escolha de seus fieis.
85
- A Umbanda aceita os estudos teológicos desde que respeite todas as
vertentes a ela atribuída, sem ações tendenciosas que crie conflitos
sobre a diversidade existente em seus estudos. Do ponto de vista
acadêmico de historiadores e antoprólogos entende-se que a absorção do
documento Carta Magna de Umbanda é de fundamental importância. A Umbanda
por sua miscigenação e pluralidade de interpretações não pode estar
presa a ideologias que não coadunam com o respeito aos itens 1-
2-11-12-13 e 14, onde demonstra uma diversidade interpretativa de sua
origem e jamais se fixando em um conceito fechado, mas respeitando a
todas as formas de entendimento. Ação ÚNICA desta religião que não se
compara a nenhuma outra existente, portanto deve ser classificada por
antropólogos por este olhar peculiar da religião de Umbanda que
demonstra ser uma grande síntese universal.
******* Vocabulário ******* :
REFORMA
ÍNTIMA: é o processo de elevação da consciência e da condição de um ser
humano. É um processo de auto melhoramento, tanto a nível pessoal
quanto social.
RITUAL
RELIGIOSO: que visa a limpeza energética e espiritual de um
beneficiário, visto que a Umbanda entende que tal como o nosso corpo
físico pode ficar carregado de sujidade, nossa componente espiritual,
astral e energética também, necessita de uma ação de higienização.
AMACI:
é o principal ritual litúrgico da UMBANDA e possui várias finalidades
dentro da mesma que vai de uma simples limpeza no ORI/COROA/CHAKRA
CORONÁRIO a estabelecer, energizar ou fixar uma força espiritual sobre o
mesmo.
ELEMENTO CALCÁRIO: que possui fundamentos litúrgicos e mágicos dentro da religião.
DESOBSESSÃO:
é um tratamento espiritual de pessoas que estejam sofrendo de forma
prejudicial interferência de espíritos negativos que são encaminhados à
esferas de tratamento.
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