domingo, 1 de janeiro de 2017

Exú Mirim

negrinho do pastoreiro:
Exú mirim: vou deixar aqui minha opinião bem particular dessa entidade, é um exú que ao mesmo tempo que mostra o lado doce dos ibejis mostra o lado travesso de exú, alguns vem em terra e contam suas passagens terrenas outros falam que nunca encarnaram.
Exú Mirim é uma entidade que pode ajudar muito quando bem doutrinada e cuidada pelo dirigente, mas quando contrariada pode ser bem travessa, fofoqueira, vamos colocar assim, daquelas que não tem papo na língua, desafiar um exú mirim é a pior viagem, ele pode dizer coisas sobre você que você jamais imaginária ouvir de uma entidade.
Exú Mirim podem ser bem travessos as vezes e melindrosos, exigem dos seus médiuns certos cuidados e considerações e caso se sintam ofendidos podem ficar um bom tempo sem dar o ar de vossas graças.
Suas presenças nos terreiros quebra qualquer gelo, sempre acabam descontraindo o ambiente, gostam muito de brincar com todos, mas não gostam que tenham muitas liberdades com eles, é tipo eu posso, você não.
Quando gostam de uma pessoa são muito leais, amigos e ajudam muito.
São muito apegados a proteção de crianças de um modo geral, pessoas idosas e necessitadas, não gostam de injustiças, de mentiras e nem de lamentações. Podem surpreender em quebras de feitiçaria, demandas, curas, e trabalhos de abertura de caminhos de uma forma geral.
Costumam responder a um exú guardião responsável pelo campo de atuação que trabalham e atuam, mas ao contrário dos mesmos não pensam duas vezes se ofendidos. Gostam da famosa meladinha, pinga com mel, ou xiboquinha que é uma bebida composta por vários ingredientes que apreciam.
Antigamente era muito comum serem até associados com a lenda do Saci Pererê, e a história do Negrinho do Pastoreiro, apreciam um bom fumo de corda, e um bom cachimbinho.
Já vi ajudarem em várias questões como infertilidade, trabalho, pendências judiciais, e até mesmo acharem objetos perdidos.
Ao contrário do que se pensa muitos exús mirins podem se mostrar muito arredios, quietos, sem muito papo, ao contrário de outros que não param um minuto se quer.
O grande problema que vejo é a confusão que se fazem desses Exús com os Ibejis, precisa-se entender que Exú Mirim não é como uma criança da linha de ibeji, não vai dos extremos de comportamentos infantis.
São espíritos extremamente únicos dentro de sua essência, devendo-se tomar cuidado ao lidar com os mesmos nunca os trate imprudentemente como uma criança porque não são e podem simplesmente deixar a pessoa numa saia bem justa caso desafiados.
Infelizmente tem-se se feito algumas associações a essas entidades lamentosas e equivocadas, antigamente era muito difícil de se ver um exú mirim num terreiro, porque justamente são muito exigentes e escolhem seus médiuns a dedo, hoje meio que virou moda e estamos vendo cenas tristes e vergonhosas em algumas casas se dizendo estarem recebendo exú mirim.
Se as pessoas soubessem como essa entidade é melindrosa teriam mais cautela ao lidar com o mesmo.
Em alguns momentos gostam de exclusividade e ao contrário do que se vê na linha de Ibeji onde trabalham muito em grupos, em um trabalho onde exú mirim esteja trabalhando pode se observar certos isolamentos, mas não se engane quando preciso se juntam em um minuto.
O que foram em outras vidas, suas passagens,  cada um carrega consigo suas histórias e não gostam muito de as revelar.
Eu costumo dizer que Exú Mirim é o mensageiro de Exú, aquele que caminha por todo lado, você sabe que ele esteve ali, mas você só o pega se ele deixar  ou se o seu guardião permitir. Seus nomes costumam estar correlacionados aos campos de atuação dos mesmos, e de seus guardiões. Por exemplo um exú mirim que responda a um caveira, carrega o nome caveirinha, como outros calunguinha, pimentinha, brasinha etc.
Já li alguns textos a respeito onde se afirma-se que são espíritos encantados acho muito precipitado colocar isso como regra, não se cabe em todos os casos.
Já obtive muitas graças com uma entidade dessa falange chamada Brasinha, o qual devo meus respeitos.
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira.

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