Acredito que todos já perceberam que quando não sabemos ou não entendemos algo, o acreditar se torna um tanto abstrato e o vivenciar ou compartilhar o sentido correto e sincero fica muito difícil. Essas situações aprisionam, nos colocam em senzalas próprias e limitam nossas ações e sensações.
Assim, entendo que é importante viver e vivenciar a Umbanda na sua plenitude, consciente de cada ato, de cada movimento, e quando for permitido, de cada fundamento. E para ajudar no sentido da Fé, faço breves apontamentos sobre alguns “porquês” de nossa Umbanda, na esperança que crescemos juntos com Nossa Umbanda e fermentemos nossa Crença com coragem, amor, dedicação e sabedoria.
- PORQUE BATEMOS PALMAS – nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo: Dedo Polegar: Chacra Esplênico (região do baço); Indicador: Cardíaco (coração); Anular: Genésico ou Básico (base da espinha); Médio: Coronal (alto da cabeça); Mínimo: Laringeo (garganta); na região quase central da mão: Chacra Solar (estômago); próximo ao monte de Vênus: Chacra Frontal (testa), portanto quando batemos palmas ativamos todos esses chacras e ativamos nossa energia interna, nossa capacidade de doar e receber energia, também criamos ondas de energias vibrantes e estimulantes que envolvem todos que estão à nossa volta. Depois de uma sequência de palmas estamos com maior facilidade de percepção espiritual, incorporamos, percebemos e sentimos mais facilmente o plano espiritual.
- PORQUE ALGUNS GUIAS ESPIRITUAIS MANCAM – assim como as palmas das mãos e as orelhas, nossos pés se comunicam com todas as partes do nosso corpo, neles também estão terminais nervosos que se comunicam com nossos chacras e com nosso sistema nervoso, portanto quando o Guia manca ou bate o pé no chão ele está ativando pontos energéticos específicos, está ativando chacras, mandando mensagem para nosso sistema nervoso, além é claro, de ativar a energia da terra para descarregar o próprio médium. O mancar do Guia nada tem a ver com uma deficiência física, mesmo porque Ele não tem corpo físico.
- PORQUE ACENDER VELA NA IGREJA – as Entidades que fazem parte da estrutura religiosa umbandista conseguem atingir, atuar e trabalhar em todas as outras religiões, doutrinas e cultos, portanto quando um Preto Velho, por exemplo, pede para um consulente ir à igreja acender velas para almas, ele está “enxergando” um espírito que, possivelmente, está incomodando o consulente e que necessita de um direcionamento dentro de sua realidade religiosa, que não é a Umbanda. Assim sendo, esse espírito é “levado” para sua realidade espiritual que nesse caso é a católica. Não adianta querer doutriná-lo, direcioná-lo ou forçá-lo dentro da Umbanda, ele não entende, não se afiniza e, muitas vezes, não quer essa ajuda. Percebam, quando esse espirito em estado obsessivo recebe o amparo e direcionamento dentro de sua realidade, com a reza ou com o auxilio da igreja, o respeito e o livre arbítrio estão sendo exercidos sobre esse espírito.
- PORQUE BATEMOS A CABEÇA – batemos a cabeça principalmente por três motivos: primeiro porque na terra é que foram enterrados os assentamentos dos Orixás quando os negros ainda se encontravam na condição de escravos, tradição essa que continua até nos dias de hoje, ou seja, é na terra que estão assentadas as maiores Forças de um Terreiro, portanto quando batemos a cabeça, estamos sobre os assentamentos, batendo cabeça às tradições, aos Orixás, nos reverenciando e entregando nossa Coroa, nosso coração, nosso corpo e nosso espírito aos nossos ancestrais e aos Orixás; segundo: o elemento terra transmuta, cura e energiza, ou seja, quando batemos cabeça transmutamos nossos pensamentos, curamos nosso emocional e energizamos nosso espírito; terceiro: é na terra que estão enterrados nossos ancestrais e toda a sabedoria de nossos anciãos, portanto ao batermos nossa cabeça todo o conhecimento e sabedoria que ‘mora’ na terra tende a envolver nosso espírito.
Simplesmente Fascinante, Encantador e Divino, não é mesmo?
Simplesmente Umbanda.
Sempre Fascinante, Encantadora e Divina!
por Mãe Mônica Caraccio
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