terça-feira, 14 de maio de 2019

Esclarecimento de Pai Alexandre Cumino sobre os Pretos Velhos !!!!!!

Preto-velho

na Umbandapor Alexandre Cumino

 Salvo estar totalmente enganado, Divaldo e Chico tem posicionamento diferente com relação ao “preto-velho” e Kardec não encontrou nenhum entrave em estabelecer comunicação com o espírito de um ex-escravo, “Pai César”.

Não vamos fazer juízo de valor, nem questionar a postura kardecista, mas, enquanto  umbandista, quero esclarecer a condição espiritual daquele que se apresenta como “preto-velho” na Umbanda, que tem orgulho de sua condição e que não mais é atingido pelas injúrias da carne.
Para tal invoco os fatos registrados no dia 15 de Novembro de 1908, quando Zélio de Moraes, participando de uma sessão kardecista presenciou espíritos de ex-escravos, negros, “pretos-velhos”, serem “convidados a se retirar” de tal sessão. Zélio incorpora uma entidade que pergunta: “Porque expulsam estes humildes?” em seguida explica que foi Frei Gabriel de Malagrida, no entanto também havia sido um índio brasileiro e era como índio que se apresentaria em uma nova religião, a Umbanda, assumindo o nome de Caboclo das Sete Encru­zilhadas.
Sei que muitos estão cansados de ouvir a história do Caboclo das Sete Encruzilhadas, no entanto as palavras diretas deste caboclo não deixam duvidas, de que se manifesta como índio por que quer, vem como caboclo por opção e não por falta de opção. 
Da mesma forma os “pretos-velhos” da Umbanda, se manifestam de tal forma por opção, muitos nem foram negros e nem velhos na ultima encarnação, muito menos escravos. 
A identidade “preto-velho” é uma forma de manifestação, é um grau ou se preferir algo como uma “patente”. É também uma homenagem a tantos espíritos iluminados e missionários que encarnaram como escravos negros, apenas para orientar a nós outros que convivemos com eles naquele tempo.
Por fim, devemos esclarecer que “pretos-velhos” se manifestam em falanges, vários espíritos assumem um mesmo nome e uma mesma forma plasmada, o que caracteriza a organização astral de suas atividades, em uma hierarquia que responde a um irmão mais velho - um hierarca, “dono do nome” -  que foi ou assumiu para si o nome de Pai João, Mãe Maria e outros.
A opção de se manifestar como um “negro-escravo” que é o “preto velho” causa de forma automática um impacto doutrinário, que nos faz entrar em reflexões de auto análise com relação a nossos valores de credo e raça. E implicada um questionamento de “quem somos nós?” para reclamar de tantas coisas pequenas em nossa vida para alguém que sofreu no cativeiro. “Preto velho” é uma “roupagem”, uma forma plasmada opcional e se bebem ou fumam é por manipular estes elementos, na Umbanda que é mágica, nunca por vício ou apego.

Salve os nossos amados Pretos-velhos 
e Pretas-velhas! ✝︎
Um grande abraço,
Colégio Pena Branca ♥︎☉

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