quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Templo de Umbanda Ogum 7 ondas e Cabocla Jupira- por Cristinatormena

 

ESPÍRITOS “ACORRENTADOS” AOS LUGARES

A imagem pode conter: sapatos, atividades ao ar livre e água

No Espiritismo não existe o termo “Espíritos presos à Terra”, e sim, Espíritos obsessores em vários graus, ou Espíritos apegados ainda à matéria, que podem sugar as nossas energias. Sabemos que há recém-desencarnados, que sem terem ciência de que seu corpo morreu, ficam, no dito popular, “vagando” pela Terra, perdido, por recusar ajuda, e insistirem que não morreram. Às vezes, ele até vê seu corpo morto. Assiste seu velório, mas para ele, ele está tendo um pesadelo, onde anseia acordar. É uma ilusão, que em muitos casos, é normal, e temporária. Mas e quando essa ilusão, demora anos a fio? O Espírito, nesse caso, está tão tomado pela ilusão de que tudo continua da mesma forma que deixou, que ele se sente preso no lugar onde viveu, ou ligado demais nas pessoas que deixou. Ou até ligado de forma exacerbada aos pertences (há casos de Espíritos que chegam a se revoltar pelo fato da família ter se desfeito de seus objetos, pois ele ainda acha que são objetos seus). São Espíritos materialistas. Apegados em demasia à matéria. Lembrai-vos que há casos em que as pessoas pedem que se acaso morrerem, fulano ponha em seu caixão, objetos que gostava. Acham que vão precisar deles, quando chegar do lado de lá. Algo que remete aos tempos dos faraós. É mais comum, contudo, o Espírito ficar apegado às pessoas, do que a objetos ou lugares. E isso independe de seu caráter. Muitas vezes, ele fica tão abalado com o desencarne, que insiste em ficar ali, perto dos familiares. Visita a casa, age como se tivesse vivo, e se a força de sua mente for tamanha, provoca até efeitos materiais, como mover maçanetas, e esbarrar em móveis, pra chamar atenção pra si. Mas nós não o vemos, embora eles queiram muito serem vistos. Essa ação, muitas vezes, é temporária. Perdura até ele aceitar ajuda, tomar ciência de que vive do outro lado, e ir se desligando do que deixou pra trás. Mas há Espíritos que são tão tomados pela vida material, que não aceitam o desencarne. Não aceitam ter que deixar a casa onde viveu por décadas. Há Espíritos que ficam presos em ambientes que gostavam e eram apegados demais, como o trabalho, a escola… Vemos muitos filmes de ficção, ou até baseados em dados reais, onde um Espírito atormenta novos moradores da casa onde viveu. Embora na ficção sempre se mostre esses eventos de uma forma cheia de clichês de terror, alguns efeitos são reais. No livro O CÉU E O INFERNO, há vários relatos sobre Espíritos presos ao ambiente em que viveram. Um deles, é do avarento François, que mesmo após cinco anos de desencarnado, continuava na casa onde morava, procurando o dinheiro que havia guardado. Se revoltava pela família ter-lhe vendido a fazenda, e pasmem… quando perguntado por um médium, onde estava no Plano Espiritual, deu o endereço onde, em vida, morava. Noutro relato, um jovem foi morar numa casa tida como assombrada pela população de Castelnaudary, que havia sido exorcizada, sem sucesso, pelo padre local. Na casa, se ouvia barulhos dos mais altos e isso foi motivo para que várias famílias que ali passaram, abandonassem o local. O último morador, faleceu ali dentro. E então o filho desse morador, que não morava com o pai, resolveu morar ali. Porém, ao adentrar o local, o rapaz sentiu um forte soco na face. Aquele Espírito perturbador, que já atormentara seu pai, o último morador da casa; era dos mais agressivos. Apenas quase cinquenta anos depois, esse Espírito, evocado, e já passível de conversa, elucidou o que acontecia naquele ambiente onde se via preso e perturbado. Ali, ele matou o irmão, cortando-lhe a garganta enquanto este dormia. E o mesmo ele fez, anos depois, com a própria esposa. Esse homem viveu o resto da vida dele, sem pagar por esses crimes, e morreu ali mesmo, naquela casa. Era vil, e todo morador que a casa recebia, ele lhe provocava algum incidente que fazia com que o morador fosse embora. O que mais surpreende, é que mesmo passados muitos anos do acontecido, ele ainda carregava o punhal com a qual matou o irmão e a esposa, e ainda estava lavado em sangue. O ato se repetia na sua mente, com a sensação de nunca ter fim, apesar dele ter noção do tempo passado. Certa feita, passei uma temporada na casa de minha tia no interior paulista. Lá, fiz amizade com uma moça, e como malhávamos na mesma academia, e a casa dela era caminho, passei por lá pra chamá-la para irmos juntos, treinar. Eis que no fundo da casa dela, havia uma casa que me chamou a atenção. Tive a impressão de ter alguém ali olhando a gente conversar. Mas a casa estava vazia. À noite, acabei por sonhar com essa casa. Em seu portãozinho, havia uma senhora, descabelada, com o rosto disforme, me ameaçando com uma faca, acaso eu entrasse no quintal. No dia seguinte, comentei esse sonho com essa amiga, e ela tremeu: na casa dos fundos, morava uma mulher, com problemas mentais, que a pouco tempo, havia se matado. Não gostava de visitas na casa da frente. Ou seja, ela continuava ali… Perceba nos três relatos que fiz, que a QUESTÃO DO TEMPO é diferente a esses Espíritos. No caso do avarento Françóis, era apegado aos pertences que deixou, e não tinha noção do tempo que se passou. No segundo caso, o violento de Castelnaudary, tinha noção de que havia passado muitos anos, mas se via preso aos crimes que cometera naquela casa. E no terceiro caso, que me foi uma experiência pessoal, notei que aquela senhora com problemas mentais, recentemente desencarnada; ainda se acreditava viva, e mantinha o costume de afastar os visitantes da casa de frente da sua. Esses três casos mostram como o apego à matéria, interfere no destino de um desencarnado. Uns, conseguem logo se desapegar. Outros, levam muito tempo. Notem também que nesses três casos, SUPONHO que houve ajuda, mas eles, tão apegados à matéria, se recusaram a aceitá-la. O APEGO ÀS COISAS MATERIAIS, têm um resultado pior do que pensais. Elevai o pensamento a Deus, e às coisas Espirituais, “pois da vida, só levamos a vida que a gente leva…” De material, nem nós mesmos… Por isso, QUEBRAI SUAS CORRENTES EM VIDA. Usem os objetos, mas não deixem que eles te usem… UMA NOITE ILUMINADA PARA TODOS.

Michel Luiz Castellar.

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