segunda-feira, 6 de maio de 2024

Terreiro de UMBANDA não é........ Por Cristinatormena

 

Terreiro   de Umbanda  não  é  restaurante e nem open-bar.


Sabemos que em datas comemorativas há a realização de algumas festas e louvações aos Orixás  e guias.

Onde as pessoas  levam comidas, e agrados como prova de devoção.


Mas infelizmente  isso  tem aberto precedentes  para algumas pessoas tirarem proveito, ou usarem como meio e não  como um fim, agindo como verdadeiros  “pombos”.
Pessoas  que aparecem nos terreiros  só  nessas datas comemorativas, nas demais giras, simplesmente somem, não  fazem uma doação  sequer, ou mesmo perguntam se o terreiro necessita de uma  ajuda ou auxílio.


O propósito  real espiritual  fica esquecido  e desmerecido diante de  tantos jogos de interesses.
Já  ouvi comentários que honestamente é  inacreditável  a falta de vergonha alheia.
Citarei  algumas:
Vou no terreiro  de pai ou mãe  ciclano, porque hoje tem festa de Exú  e Pombogira,  e tem bebida e comida a vontade.
Chegou a festa de Cosme e Damião,  preciso buscar meus doces, hoje vou no terreiro  X,  amanhã  vou no terreiro  Y.
Uhuuu! Festa de Ogum, bora comer feijoada até  explodir.

A comida, os alimentos  que são  servidos no terreiro,  após  preparados são  cruzados e abençoados pelos guias chefes. Que se tornam verdadeiros  remédios para cura espiritual. São  alimentos  abençoados e sagrados. Deveriam ser vistos com mais respeito.

Muitos guias se vocês  observarem  não  comem, apenas cruzam os alimentos, colocando neles os bálsamos do mundo espiritual, tornando verdadeiros  remédios. E essa é  a verdadeira  satisfação dos guias, ver a alegria e cura das pessoas.

Não  ligamos de matar a fome de ninguém. Mas o principal  objetivo  não  é  o alimento do corpo Físico  e sim o alimento da Alma.

Conheço  dirigentes  que aboliram  essas festas comemorativas,  pois se cansaram de lidar com gente oportunista e interesseira. Fora que nestas datas há  terreiros  que tem médiuns que  trabalham  muito,  e outros que só  aparecem para usufruir, causando  um desgaste na harmonia entre os médiuns.

Por outro  lado, há  dirigentes  que usam  das datas e festas comemorativas  como um verdadeiro  chamariz e marketing,  para atrair novos “clientes” e adeptos, usando como degrau financeiro.

O principal  objetivo  dessas festas comemorativas é  elevar nossa sintonia, mostrando ao nossos Orixás e Guias nossa devoção, fé,  amor e gratidão  por tantas bênçãos, recebidas e alcançadas.
O verdadeiro  adepto e devoto, participa dessas festas com esse objetivo,  gosta de participar,  levando  flores, bebidas. comidas, colabora nas preparações etc.
Deixando tudo lindo, e com uma energia  maravilhosa.
Esse deveria  ser o verdadeiro  propósito.
Mas infelizmente  para alguns é  outra coisa.

Por isso,  que alguns alcançam suas bênçãos  e graças. Porque trataram o sagrado  com o devido respeito e  devoção.


Um guia verdadeiro  não  vem em terra, para se empanturrar ou  se embebedar.
Eles vem para curar, abençoar, compartilhar, doar. Ensinar sobre fé,  devoção, e caridade.

E aprendam, não é quantidade, luxo, que faz um terreiro abençoado e sim a fé, a caridade, o amor que existe nele.
Em um terreiro  humilde pode ter mais energia e bênçãos do que um terreiro  luxuoso, com mesas fartas etc.

Que muitas vezes exploram seus médiuns, pedindo quantias exorbitantes  de dinheiro, e alimentos, simplesmente para mostrar status e aparência.


Porque  a espiritualidade não  se engana, ela sabe onde está  a verdadeira fé, missão e propósito.

Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira

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