Fiel para sempre
No embate contínuo
das inúmeras paixões para a intransferível sublimação espiritual, o cristão,
descontente com as concessões que frui, compreende a necessidade de prosseguir
lutando.
O triunfo imediato, as glórias fáceis, as alegrias ligeiras não
o fascinam, porque lhes confere a transitoriedade.
Ante os monumentos
colossais do passado, agora corroídos pelo tempo, constata a vacuidade dos bens
terrenos.
Colunas de mármores raros cinzelados, granitos preciosos ornados de
metais que produzem pujança e beleza deslumbrante, ressurgem, frios, tristes,
aos seus olhos, narrando a história das mãos escravas que os trabalharam,
lavando com suores e lágrimas de sangue a poeira que os instrumentos produziram
ao dar-lhes forma arrancando dos minerais brutos a mensagem da beleza.
Museus
abarrotados de valores de alto preço, que descrevem conquistas e poder, parecem
páginas que choram em esculturas quebradas e ornatos incompletos, preciosidades
mortas, fitando homens que a miséria mata desde a orfandade e que,
possivelmente, foram os mesmos, que um dia no passado, se banquetearam na
abastança da ilusão.
Lajes que suportaram, indiferentes, o tropel de
exércitos com os seus animais e carros de guerra, continuam, gastas, suportando
máquinas velozes que a técnica constrói...
E as paixões hoje são quase as
mesmas de ontem, senão mais açuladas, mais violentas e devastadoras, no homem
que prossegue inquieto.
Fala-se muito sobre tais belezas, ora transformadas
em mausoléus de lembranças. Sem dúvida, retratam a arte, expressam grandezas
espirituais, muitas delas. Fitando-as, todavia, não há como deixar de inquirir:
“Se Deus concede ao homem ímpio e infeliz tanta fortuna, que não reservará ao
filho generoso e trabalhador que Lhe é fiel?!”
Luta, pois, e sofre, mesmo
sozinho.
Desencarcera-te das primitivas manifestações do instinto, por cujos
impulsos tens transitado e ascende aos panoramas da emoção superior, buscando
com os sentimentos nobres e a inteligência lúcida, a intuição
libertadora.
Não te equivoques com o sorriso dos conquistadores iludidos, nem
suponhas que, promovendo alaridos, eles hajam encontrado a felicidade. O júbilo
que promove balbúrdia é loucura em plena explosão.
A alegria que brota de
dentro é como córrego precioso, que nasce discretamente e dessedenta a terra por
onde cantam, docemente, suas águas passantes.
A atroada dos infelizes é
produzida pela fuga que promovem, aparentando festa interior.
Ei-los que se
embriagam por um dia, se entristecem no outro, murcham repentinamente e se
desgarram na excentridade das alienações mentais, conquanto aplaudidos por
outros enfermos, sumindo pela porta do suicídio direto ou indireto para
defrontar a realidade dolorosa, logo depois.
Todo cristão autêntico
sofre um “espinho na carne”, que lhe dói e é, também, sua advertência.
O Calvário não é apenas a recordação ou o nome do
lugar onde Ele padeceu. É a mensagem eterna da superação do Filho de Deus a
todas as contingências, circunstâncias e imposições humanas, falando de amor,
coragem, renúncia e fé.
Todos os mártires da fé, os heróis do bem e os santos
do amor, caminhando entre os homens, sofriam com alegria o seu calvário, que era
o sinal de união contínua com Ele, o Herói Estelar.
Abre, desse modo, os
teus braços, submete-te à cruz redentora e avança. Pára a ouvir um pouco as
vozes do passado que ensinam experiências e não temas: sê fiel a Jesus até o
fim!
Autor: Joanna de Ângelis
Ex seminarista, com estudos, cursos diversos na amada UMBANDA incluindo o de teologia, praticante desde 1978; vi a necessidade de poder repassar o que aprendo todos dias, quer sejam textos, cursos, vídeos, e-books, aos que possam desejar, sem compromisso algum com quem quer que seja a não ser a DIVULGAÇÃO DE NOSSA AMADA UMBANDA. Se desejarem contato: acevangel@gmail.com
sábado, 11 de fevereiro de 2012
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