Danilo Lopes Guedes
Ouvimos de nossos guias que devemos deixar nossos problemas do lado de fora de nossa Casa Espiritual, a partir do momento em que entramos para o trabalho religioso. Muitos já ouviram isso de seus próprios mentores ou de mentores de seus próximos. Acho que isso é comum dentro de nosso meio Religioso.
Até porque para que um bom trabalho seja executado, precisamos no mínimo estar com a mente livre de problemas e aberta para fazer a “caridade” ao próximo.
Tudo isso parece fácil e maravilhoso, até porque estamos falando de um problema que geralmente é do próximo, mas e quando o problema está dentro de você ou está residente debaixo do seu teto? O que fazer? Os ensinamentos passados continuam os mesmos? Eu faço isso que venho “pregando”?
Poucas serão as respostas sinceras “NÃO”! Muitos “SIM” surgirão com a sombra da incerteza, e poucos dirão a verdade. Como diz o dito popular: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Pois bem!
Sempre esquecemos que estamos lidando com pessoas, e é fácil apontar, julgar, tirar conclusões, achar sempre que estamos com a razão e os outros estão errados, mas quantos de nós nos colocamos realmente na mesma situação em que a pessoa encontra-se? Ou pelo menos tentamos entender o que está acontecendo? Acho que poucos têm esta atitude, é muito mais fácil julgar se achando o conhecedor da verdade, claro o meu Umbigo é o mais importante. Só que somos seres humanos e esquecemos que também “já pisamos na bola”, e não apenas uma vez, mas várias e se serve de consolo para todos, continuaremos pisando, porque somos os humanos pensantes eerrantes.
Já que estamos “pisando na bola”, então vamos pisar um pouco mais, será que o motivo pela qual você está acusando o próximo, você também já fez com alguém antes? Mas agora pode ser que esteja tomando, então deva doer mais, porque antes você praticou e hoje você é alvo? Mas e aquela pessoa que um dia recebeu a “bordoada” de você, seja ela qual for, como será que esta pessoa se sente, com certeza quem bateu esqueceu, mas quem apanhou não.
Isso é muito visível quando falamos de trair confiança, o que vem há ser uma traição de confiança? Seria em resumo a ação baseada em fofocas, mentiras ou omissões de fatos. Seria não acreditar mais no “caráter” do próximo? Ah, tá! Vamos à hipocrisia, sempre fomos Santos e nunca traímos ninguém?
Nunca traímos a confiança de nossos Pais, de nossos irmãos de sangue, de nossos amigos, de nossos parentes, de nós mesmos, nossa vida é repleta de verdades? Sempre dissemos a verdade? Sempre fomos puros e cristalinos?
Me poupe, então eu “vou acreditar pra não perder a amizade”. E quem perdoou a traição? Ai que medo das respostas, “eu não perdôo de jeito nenhum, porque eu tenho vergonha na cara!”. Legal, bacana da sua parte, só que você já praticou tudo isso acima e mesmo assim foi perdoado(a) um dia por aquele que foi o seu alvo. Só que agora, como você está com o sentimento ferido, não tem a capacidade de olhar pra tudo que fez no passado, e lembrar que um dia teve este perdão, e hoje não é capaz de fazer o mesmo pelo próximo.
É preciso aprender a PERDOAR, até porque não temos o poder do julgamento, não temos a capacidade deste entendimento, então porque não podemos perdoá-lo? Se você que está julgando é tão traidor ou até pior quanto aquele que acusa. Muitos dirão: não tenho o poder do Perdão, ou então não me considero evoluído o suficiente para saber perdoar, bacana, mas é evoluído o suficiente pra julgar, que contraditório não acha?
Não aponte, pois será apontado, não crucifique, pois será crucificado, não ataque, pois será atacado, não ache que a sua existência é melhor que a existência do próximo, porque todos nós diante do criador somos irmãos e sendo assim somos todos iguais.
Agora abra teus olhos à luz, perdoe e abrace aquele que estas julgando hoje, pois amanhã você poderá ser julgado e sentirá na pele os dedos que lhe estão sendo apontados.
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