terça-feira, 16 de abril de 2019

Médiuns que não aceitam Críticas na Umbanda!

Médiuns que não aceitam críticas – Umbanda

Pensem numa problemática muito comum nos terreiros hoje em dia, é justamente a de que os médiuns NÃO ACEITAM ser confrontados e ficam completamente melindrados, quando colocados sob o crivo da doutrina.
Leiam o que diz o trecho do Livro dos Médiuns e vamos aplicar na Umbanda:
Eu acredito que muitos irmãos já viram aqueles médiuns que se acham o máximo, seus acoplamentos são os melhores, os mais perfeitos, estão acima de qualquer crivo, análise e interpretação.
Imagina… se o dito médium pode ser enganado. Tipo… Eu ser usado por um mistificador, eu o mago dos 7 raios e conhecedor de todos mistérios, hahaha jamais.
Pois é pessoal isso é mais grave do que imaginamos.
Já me deparei com médiuns que chegaram para mim no meu terreiro, com o seguinte perfil:
  • Mãe tenho anos de Umbanda, sou médium passista de atendimento, meus guias já bebem e fumam eteceteras e tals.
QUE MARAVILHA!
Muitos dirigentes cresceriam os olhos e falariam é esses os médiuns que vão fazer a diferença.
Com certeza um médium firme e com experiência faz toda diferença. Desde que, haja veracidade.
Mas a questão é que nem todos que chegam em vossos terreiros dizendo isso, são de fato e estão no patamar do que dizem ser e estar.
Eu particularmente com tantos anos de Umbanda já vi muitos assim.
No meu terreiro, dentro da nossa tradição, o médium pode vir dizendo ser o “papa” da Umbanda ele será colocado em análise sob a ordenança física e espiritual em nossa casa.
Um bom médium não teme tal análise, porque confia na idoneidade e seriedade do seu trabalho, e sabe que tem muito a se doar e aprender.
Muitos desses, quando começam a trabalhar, e começam a serem observados, chega a ser assustador.
Extremamente anímicos, fantasiosos, sugestionáveis. A coisa tá tão grave que o médium está só irradiado, e ele com o suposto guia já está falando. O guia mesmo, metros de distância.
Médiuns que seus “GUIAS” nem um ponto sabem riscar, um riscar de desenhos confusos, médiuns que parecem um pavão de tanto paramentos e apetrechos de seus guias, mas que não sabem nem os fundamentos que envolve tais paramentos, usam como ornamentos.
Bonito de se ver, para grego ver, mas que quando questionados em seus conhecimentos, ficam mais perdidos que cachorro quando cai da mudança.
Nem sempre tais médiuns tem culpa, explico: Tem médium que acham que porque ele está há anos dentro de um determinado terreiro, ele é capacitado, nem sempre é assim, muitos são caçambas vazias, ficaram anos em terreiros péssimos, dirigentes que não sabiam nem para eles, descuidados, daqueles que não estão nem ai para o corpo mediúnico, desde que a mensalidade esteja em suas mãos todo mês. Dão uma atenção maior a seus médiuns quando vão realizar uma festa, um evento, e vão precisar dos filhos para bancar os gastos de suas vaidades. A gente chega a conclusão que tem médium por ai que adora ser usado.
Médiuns que são colocados para atender os consulentes completamente despreparados, nem acoplados perfeitamente estão. Com isso uma chuva de asneiras e bobagens.
Na gira seus guias falam e fazem o que dá na telha. Ops me coloquei mal, guias não, médiuns querendo ser atores, interpretar, dar o show, meros imitadores. Mistificadores? quando cientes com certeza.
E sabe o que é mais triste, o POVO adora um espetáculo, casas cheias de vaidade, arrogância, mas de amparadores, guias idôneos nenhum.
Os únicos espíritos quando há é de espíritos mistificadores e quiumbas.
É de cortar o coração quando um médium escolhe uma casa assim para frequentar, porque são verdadeiras aniquiladoras de bons médiuns, médiuns até promissores mas que com o tempo viram verdadeiros copos (vampirizadores, sugam a vitalidade) vivos de quiumbas e mistificadores.
Quando um médium cai numa casa assim, por questões de sintonia vai atrair espíritos que se sintonizam na energia. Uma casa não idônea, vai atrair espíritos da mesma categoria. Esses tipos de espíritos não suportam ser confrontados, questionados, se irritam quando suas mensagens passavam por um crivo racional de ideais. Lembram-se quando falamos que somos mais influenciados por espíritos do que pensamos, cabe perfeitamente nessa questão, um espírito negativo que venha dominando o mental do seu médium, ele irá dar a ele influências que o tornará arrogante, vaidoso, daqueles médiuns que adoram aduladores. Esse médium se ele entra numa casa com um crivo mais doutrinário esse espírito adoentado quando questionado irá incutir no mental desse médium que aquela casa e dirigente não serve, que ali não é seu lugar, que não gostou do terreiro. Ele o ordena a sair, evidenciando a dominação.
Obviamente que não irá gostar, vocês já viram obsessor, quiumba, mistificador gostar de doutrina? eu nunca. Muito pelo contrário eles gostam de terreiros que não tem doutrina, onde ele possa atuar e realizar seu show. São mestres em enganar e manipular. São terreiros que quem conhece com profundidade o que é Umbanda, enxerga como uma verdadeira baderna.
Acreditem tem médiuns sendo copos a anos.
Eles tem culpa? em partes sim, porque não se colocaram a disposição para o estudo e aprendizagem, nunca se importaram com isso. Nunca se questionaram, por mais sinais dados aparecesse.
“Espiritando”, brincando de guia, que mal tem? até o dia que o destino lhes leva em boas casas e são questionados a se explicarem, e nessa hora o vazio vem, e descobrem que não sabem nada. Vergonha na certa, por mais delicadeza o dirigente se coloque. O vexame é inevitável.
Mas nunca é tarde, para praticar uma espiritualidade idônea e correta. A questão que muitos dos tais “médiuns velhos”, para eles é conivente continuarem seus espetáculos porque suas vaidades e arrogâncias e falta de humildade não permite enxergar tais falhas. Que o espetáculo continue para quiumbas se apresentarem. Uma triste realidade. Cito médiuns velhos porque são os mais difíceis de lidar, mas médiuns novos tem dado tanta dor de cabeça quanto, mas estamos tendo médiuns muito jovens e promissores. Graças a Oxalá.
Muitos saem por ai fritando os outros com suas poderosas ditas entidades, fazendo feitiços contra fulano e beltrano, saem de uma casa para outra, falando e denegrindo sacerdotes um para o outro. Mas eles são? os santinhos do pau oco.
Saibam na espiritualidade a quem muito foi dado a muito será cobrado, e as colheitas chegam. E muitos acabam doentes, dementes. E quem leva a culpa? A Umbanda que muitos a julgam dizendo ser atraso de vida. Mas na realidade esses médiuns é que foram os atrasos para a Umbanda.
Médiuns sejam humildes, busquem aprenderem, espiritualidade e mediunidade exige comprometimento e seriedade. Se vigiem, espíritos trevosos buscam solo fértil, são as ervas daninhas, sejam bons jardineiros no jardim do Orixá, não permitam que matem suas flores.
A mudança parte do princípio que o médium queira mudar. Caso contrário sua decadência e fracasso é certa.
Médiuns simpáticos, carismáticos, esse perfil não os faz bons médiuns. Aparências enganam.
Os guias verdadeiros desses médiuns tentam alertá-los, os conduzem em boas casas, muitos agradecem inúmeras vezes aos guias chefes a assistência e amparo a seus filhos.
Eles escolheram a casa.
Mas alguns desonram os seus próprios guias, a palavra deles, a vontade e ordenança nada vale. Médiuns respeitem seus mestres. A palavra deles é lei. Vocês são veículos deles, e não ao contrário.
Ai um belo dia o médium, simplesmente dá uma pane, se melindra, abandona a boa casa e volta a estaca zero de novo, por pura e simples burrice de não respeitar seus guias e mestres.
E é nesse momento que os guias se afastam. Pois eles entendem que devem respeitar o livre arbítrio, e muitas vezes o médium tem que chegar no fundo do posso, infelizmente.
Esses médiuns costumam na hora do atendimento aos consulentes, terem perfis bem claros, são comumente os tais guias adivinhadores, incutidores de medo, terror, cobranças, os mercenários da espiritualidade. Levando boas pessoas ao erro, ao escândalo, a ruína, a doença, desunião. Pior desmoralizam nossa fé.
Entendam nossos guias nos orientam no caminho do bem. Espíritos que inspiram ao mal, não possuem natureza boa, e são obsessores, mistificadores. Médiuns que se sujeitam a isso por muito tempo, podem cair em obsessores graves, até possessão. Porque o domínio de tais categorias de espíritos se tornam cada dia mais forte e subjugam o médium invigilante e imprudente.
Fico a me perguntar cadê os médiuns de antigamente? envelheceram todos e morreram? Cadê os médiuns que queriam ser filhos, a aprender e se dedicar. Cadê os bons médiuns de hoje? Cadê os bons filhos, amorosos, dedicados e comprometidos. Viraram todos sacerdotes sem serem filhos? Como isso é possível. Alguém pode me explicar? Reflitam.
O astral superior, chora, porque lamenta pela perda dos bons soldados.
Como diz no livro dos médiuns o isolamento proporciona grande dano, e leva esses médiuns a maiores enganos. Por não conseguirem se encaixarem em terreiro algum, acabam optando por trabalharem sozinhos, é mais conivente porque suas manifestações não serão colocadas em análise sustentável e racional. O que é perceptível nessas comunicações é que giram sempre até um certo ponto, baseadas meramente no conhecimento limitado do médium, não há ali de fato uma assistência evoluída com conteúdo. O médium se engessa, não evolui, não se aprimora, não há crescimento. E na realidade ele não dá campo sustentável para os bons espíritos trabalhem. Lembrem-se do solo fértil, grandes árvores crescem em solos preparados e com nutrientes necessários para seu crescimento. Pior ainda quando não receberam missão e mandato superior, inventam de abrir terreiros. Ai é uma catástrofe.
A pior coisa que pode acontecer a um médium é ele se sentir FRUSTRADO, DESMOTIVADO, ENGANADO.
Alguns médiuns por terem tantos anos dentro da religião, acham que sabem tudo, e se acomodam de uma certa forma, não estudam mais, se acham superiores, ninguém pode saber mais que ele, a sua verdade é absoluta. Mandando a real, não existe verdades absolutas no que diz respeito a mediunidade e espiritualidade. Cada comunicação, cada gira, cada caso é uma surpresa, por isso é tão incrível o aprofundamento, é como o azeite da salada, faz toda a diferença.
Mas alguns médiuns se desmotivam justamente porque acham que sabem tudo e são poços de preguiça. Ai ficam nos terreiros parecendo zumbis, culpando a espiritualidade, porque não sentem a mesma vitalidade e energia. Falta-lhes vontade de querer aprender, coragem de se superar, de ser melhor.
Pior ainda é quando se sentiam o máximo em seus saberes, e descobrem que sabiam tão pouco. Ai se sentem pior que tudo, o resto queimado da panela, um nada, infelizmente esse é o fruto da invigilância, do comodismo, do cego guiando cego, E da falta de se questionar sobre certas questões. Se você não semeou, não vai colher.
As vezes é melhor começar do zero, do que continuar fazendo tudo errado.
Umbanda não é lugar de médium que não está a fim. A Umbanda é lugar de médium que veste a camisa do terreiro, é lugar de médium que vibra quando um consulente consegue uma graça, é lugar de médium dedicado, que adora o seu altar, o cheiro do alfazema lhe inebria. A Umbanda precisa de médiuns sérios, comprometidos, que amem o que faz.
O corpo envelhece, mas a alma pode permanecer jovem até os últimos dias. Pensem nisso.
Fé, Amor e Caridade, com os outros, mas não se esqueçam de aplicar consigo mesmos sendo mais generosos e dedicados. Se cuidem, os lobos tem fome, se é que me entendem.
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Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira.

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