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DEUS - EVOLUÇÃO - REDENÇÃO
DEUS
Pergunta: Como podemos compreender Deus? Emmanuel - Kardec inicia sua série de perguntas aos Espíritos questionando sobre o que é Deus, e a ele é feita a seguinte afirmativa: (...) “Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas”. Questionando quando o homem compreenderia a Divindade, responderam-lhe (...) “Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá”. (Do livro Plantão de Respostas)
EVOLUÇÃO
(I)
Emmanuel - O homem atual vive deslumbrado com os bens materiais, que são colocados à sua disposição pela tecnologia que avança a cada dia através de uma propaganda que insiste em coloca-lo como caminho da felicidade. Porém, quando os adquirimos não compramos a solução para os verdadeiros problemas da alma, que são as frustrações, as angústias, a solidão e tantos outros. Entretanto, espiritualizar-se não significa ser miserável, nem tão pouco deixar de desfrutar de maneira racional os bens materiais que o homem com sua inteligência e seu trabalho já criou. Espiritualizar-se é conduzir a vida no caminho do Bem, do amor ao próximo e da caridade material e espiritual, é fazer e domar seus mais instintos, enfim, é fazer crescer o reino de Deus dentro de nós.
EVOLUÇÃO
(II)
Emmanuel - Sim, o esclarecimento é diferente de evolução porque conduz à evolução espiritual. Quando se tem de percorrer uma estrada longa e cheia de pedregulhos, isto não se torna mais fácil quando esta estrada está iluminada? Contudo, o trajeto se torna mais curto ou menos cansativo, porque o viajante consegue enxergar o final da estrada? O esclarecimento apenas nos mostra a direção correta a tomar, mas não poupa a caminhada para se chegar ao objetivo final que é a perfeição. Assim, para manter-se equilibrado, basta persistir no caminho iluminado, mesmo que os pedregulhos, às vezes firam nossos pés. Se resistirmos à tentação de buscarmos “atalhos” na escuridão, porque as pedras no caminho estejam nos parecendo muito grandes, estaremos adquirindo o aprendizado que, no final do caminho, terá nos proporcionado a evolução espiritual. Não devemos temes nossos erros; eles são janelas a nos indicarem o caminho a seguir. Seria impossível vence-los, se não os identificássemos tais quais são, nem maiores, nem menores.
EVOLUÇÃO
(III)
Biafra, etc.? Emmanuel - Se um espírito reencarna em condições aparentemente desfavoráveis é porque obteve o merecimento para tanto. Isto porque, se ele solicita uma oportunidade de resgate de uma dívida do passado, esta oportunidade só lhe é dada quando ele demonstra possuir todos os instrumentos para vencer os obstáculos com os quais deve-se deparar nesta nova existência. Se ele falha; foi porque optou por não usar as qualidades que tem, preferindo manter-se na mesma atitude de encarnações anteriores. Por outro lado, pode-se interpretar o reencarne em condições desfavoráveis também como uma missão, onde o espírito vem preparado para suplantar dificuldades e beneficiar a todos os que o circundam. É o caso dos grandes descobridores de curas na medicina, de grandes inventores, etc. O principal é que a humanidade, em geral, se desenvolve quando surgem problemas que a obrigam a buscar soluções novas. É preciso lembrar, no entanto, que os problemas só são vencidos quando lhes damos a devida proporção.
EVOLUÇÃO
(IV)
Pergunta: O
desenvolvimento espiritual está apenas relacionado com a atual vida do
espírito encarnado ou se junta às experiências anteriores (outras
encarnações)?Emmanuel - O estágio de desenvolvimento espiritual do ser não se relaciona com as ações presente, mas profundamente reflete as vidas anteriores. Entretanto, o mais importante é que se continue trabalhando na Seara do Bem, a fim de que as reencarnações futuras se processem dentro de padrões de moral sempre mais elevados.
EVOLUÇÃO
(V)
Emmanuel - O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem que atingir a finalidade que a Providência lhe assinalou. Ele se instrui por força das sucessivas reencarnações, e as mudanças morais e intelectuais se estabelecem pouco a pouco. Nessas condições, o homem, utilizando-se da liberdade de escolha, processa sua evolução ao longo dos tempos, pois, como nos dizem os espíritos, somos todos por Deus criados já predestinados a nos tornarmos um dia espíritos puros.
EVOLUÇÃO
(VI)
Emmanuel - Em “O Livro dos Espíritos” Kardec pergunta* (...) “Os seres a que chamamos anjos, arcanjos e serafins formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?” (...) Respondem os Espíritos: (...) “Não, são os espíritos puros, os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições”. Logo, cada espírito tem necessidade de experimentação no conhecimento da inteligência, procurando por si mesmo enfatizar o imperativo do próprio aperfeiçoamento no campo moral.
REDENÇÃO
Emmanuel - Redimiremos a nós mesmos, quando compreendermos, conscientemente, ao preço do próprio raciocínio, que todos os sofrimentos decorrem das leis de amor que governam a vida. Para isso, é indispensável entendamos que todos vivemos subordinados ao princípio inelutável da reencarnação e que nos reencarnaremos, na Terra ou em outros mundos, tantas vezes quantas se fizeram necessárias, para que se nos edifique o aperfeiçoamento espiritual, seja diante dos imperativos da evolução, que nos traçam inevitáveis labores educativos, ou à frente dos encargos expiatórios que nos apontam graves tarefas de recapitulação e corrigenda, para o expurgo da consciência culpada. Pergunta: Bastará apenas sofrer para que resgatemos os compromissos adquiridos nas existências passadas? Emmanuel - Se temos o coração aberto em feridas profundas, isso não basta; é preciso transubstanciar as próprias dores em esperanças e ensinamentos. Pergunta: Basta apenas chorar para realizarmos o expurgo do coração? Emmanuel - Às vezes, trazemos o semblante lavado de lágrimas, no entanto, o desespero e a inconformação desmancham-se igualmente em pranto amargo; para expurgar o mundo íntimo é mister valermo-nos da provação como recurso de trabalho, para converter a tribulação em alegria e a dificuldade em lição. Pergunta: Basta apenas bendizer as mãos que nos ferem? Emmanuel - Bendigamos as mãos que nos ferem. Imperioso, porém, nos dediquemos a fazer algo a fim de que se renovem para o entendimento e para a prática do bem, sob a inspiração dos bons exemplos que lhes pudermos ofertar. Pergunta: Basta apenas acreditar na verdade, sofrendo o escárnio dos que a recusam? Emmanuel - Dizemos a verdade e, não raro, riem de nós muitas vezes, só porque isso aconteça, julgam-nos dispensados de trabalhar pela expansão de novas luzes, quando a verdade reclama continuísmo de abnegação para que triunfe a benefício de todos. Pergunta: Basta apenas recolher pedras de ingratidão? Emmanuel - Recolher pedras de ingratidão por pétalas de carinho é heroísmo de muitos. Multidões respiram nesse câmbio, estranho de padecimentos morais, preferindo acomodar-se à hipnose da queixa. A ingratidão é sempre resultado da ignorância e para que a ingratidão alheia produza bênçãos redentoras em nós, é necessário prosseguir plantando entendimento e fraternidade na terra seca da incompreensão, de que muitos outros já desertaram. Pergunta: Para que nos purifiquemos, será suficiente acomodar-nos à tristeza e a soledade, por que nos reclamem serviço demasiado à felicidade dos outros? Emmanuel - Quase sempre exigimos o máximo dos outros na construção da nossa felicidade, sem lhes darmos de nós o máximo na preservação da própria segurança. Entretanto, em apoio de nosso burilamento, urge sustentar atividades e encargos de sacrifício. Pergunta: Ainda para isso será suficiente que padeçamos o assédio da injúria? Emmanuel - Caluniam-nos freqüentemente, no entanto, só pelo fato de sermos apontados pelo dedo da injúria, isso não adianta ao aperfeiçoamento espiritual. Impreterível usar compaixão e bondade, à frente daqueles que nos perseguem. Pergunta: Para que obtenhamos quitação, ante o pretérito culposo, bastará experimentar agruras e provações no reduto doméstico, de ânimo sistematicamente recolhido à rixa e ao mau humor? Emmanuel - Em muitas circunstâncias, o lar é o cárcere dos nossos sonhos, contudo, é útil recordar que vastas fileiras de criaturas se encontram na mesma situação, agravando padecimentos e lutas pelo abandono das responsabilidades que lhes competem. A regeneração pela qual ansiamos espera por nossa felicidade aos compromissos assumidos, com a nossa disposição de arquivar planos de ventura para quando a Divina Sabedoria nos proclame a libertação. Pergunta: A fim de que nos aperfeiçoamos, chegará viver sempre sob inquietações aflitivas? Emmanuel - Vergamo-nos sob o fardo de inquietações opressivas, mas, para que essas inquietações nos sirvam ao reajuste da alma, cabe-nos a obrigação de transforma-las em testemunhos de fé e serviço ao próximo. Pergunta: Em favor do aprimoramento próprio, será suficiente arrepender-nos dos erros e faltas cometidas? Emmanuel - Convém notar que o reconhecimento dos próprios erros, perpetrados nesse ou naquele setor da existência, é o primeiro passo da reabilitação, mas, esse começo é empreendimento nulo se não resolvemos corrigir-nos com humildade e paciência, na execução dos deveres que a vida nos recomenda. Pergunta: É lícito contarmos com o auxílio dos Espíritos Superiores grandes missionários da evolução moral na Terra para que nos apóiem no trabalho da própria regeneração? Emmanuel - Sim, vezes inúmeras, costumamos refletir nas grandes façanhas dos Espíritos valorosos que transformaram a Terra... Acolheram-se à filosofia e criaram novas formas de pensamento,; Abraçaram a ciência e exalçaram o progresso; Elevaram-se na cultura e engrandeceram a arte; Agigantaram-se no trabalho e aperfeiçoaram a vida; entretanto, reencarnaram-se entre os homens, lavrando o solo, mecanizando atividades, burilando palavras, renovando costumes, aprimorando leis, desbravando caminhos... Todos eles, cada qual a seu modo, entregaram-nos as chaves da evolução, melhorando a vida por fora. No íntimo, porém, seja nas horas tranqüilas da existência ou nas crises de aflição que nos supliciem a alma, é forçoso lembrar que a redenção verdadeira nasce dentro de nós. (*) – Kardec, Allan – O Livro dos espíritos – Instituto de Difusão Espírita – 1a. Ed, outubro de 1974, Araras, S.Paulo, página 86, pergunta 128.
(Dos
livros “Plantão De Respostas “ e "Leis do Amor" – Francisco Cândido
Xavier)
Realização:
Instituto André Luiz http://www.institutoandreluiz.org/ Gráficos e Formatação - Lori Loop musical: Zamphir em "O Pastor Solitário" |
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