VII – OS CORPOS ESPIRITUAIS
Publicado: 28/02/2012 em Estudo 3 - UMBANDA - O Mundo que nos cerca
Os corpos espirituais, corpos ou dimensões psíquicas, níveis mentais ou consciências e blicis de persinalidades são termos que vem sendo usados para expressar a constituição do Homem em sua plenitude. Esta terminologia é adotada pela Teosofia, exoterismo, outros ramos do ocultismo e algumas filosofias orientais.
Para os católicos e protestantes existe somente o Corpo Físico e a Alma, o Espiritismo já considera o homem como uma trilogia: Corpo Somatico ou Físico, Prespírito e Espírito. Para Kardec alma e espírito são sinônimos, mas para alguns estudiosos, alma e perispírito é que deveriam ser sinônimos, pois este termo envolve os diversos corpos sutis, até mesmo o etérico que, no entanto, é físico.
Todos os pensadores da igreja primitiva faziam distinção, como Paulo de Tarso, entre o espírito (filma), a alma intermediária (psique) e o corpo físico (soma). O processo evolutivo do conhecimento espírital não para, naturalmente em compreensão de cada época. As obras atuais, sobre tudo as da autoria de André Luiz, trouxeram mais iluminação aos espíiritas acerca da especificação dos invólucros dos Espíritos, ele substitui o nome tradicional de perispírito por psicossoma ou corpo espiritual, ele afirma ainda que o corpo mental é o envoltório sutil da mente e que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que reveste o corpofísico do homem.
Segundo André Luiz, estudando o Homem de acordo com o Espiritismo estabelece que ele é composto de:
1) Corpo Fisico ou Soma;
2) Duplo Etérico ou biossoma;
3) Psicossoma;
4) Corpo Mental;
5) Espírito.
Estudos mais recentes revelam que todo o agregado espiritual se divide em níveis de consciência, que nada mais são do que arquivos de memória, informações que o ser, no decorrer de toda a sua evolução arquivou. São conhecimentos bons ou ruins, sentimentos como o amor ou o ódio, as diversas reações quando se depara com algumas situações, enfim, tudo o que possa servir para o seu crescimento espiritual e o aumento da capacidade de discernimento entre as coisas boas e más.
Observamos que o cérebro físico não consegue interpretar por completo o "assombroso" conhecimento que os níveis de consciência detêm, tornando a criatura encarnada, muito frágil e suscetível a traumas e complexos, que são gerados por informações de experiências mal sucedidas e, às vezes, trágicas.
Analisando estes detalhes, e nos fundamentando na multiplicidade das encarnações, pela qual o homem passa, temos a absoluta certeza de que muitas dessas experiências boas ou más, adquiridas na noite dos séculos, de alguma forma, em maior ou menor grau, conseguem ser interpretadas pelo cérebro do encarnado, na forma de fantasias, pensamentos, desejos, frustrações, automatismos, etc., explicando aí, a diferença de personalidade entre os encarnados.
Pelo que temos analisado, ao longo deste aprendizado, o cérebro físico, que pela imutável lei da natureza, não ultrapassa o limite da atual encarnação, repassa muitas vezes ao ser encarnado, de forma muito mascarada, traumas de uma encarnação anterior muito conturbada e cheia de más experiências que se refletem no encarnado, de formas diversas, como por exemplo o "medo" que aos olhos de um terapeuta, pode se traduzir em situações trágicas vivenciadas em alguma outra encarnação no passado e que agora, o cérebro do encarnado, por não ter vivido àquela época, interpreta na forma de sensações e complexos que se não forem reciclados a tempo, poderão proporcionar, ao encarnado, grandes distúrbios, tanto de ordem mental como de ordem física.
De acordo com a milenar concepção setenária, originária da antiga tradição oriental, o agregado homem-espírito compõe-se de dois extratos distintos:
1) Tríade Divina ou Ternário Superior ou Eu – sede da individualidade, é composta pelos níveis Átmico, Búdico e Mental Superior ou Causal;
2) Quaternário Inferior ou Ego – sede da personalidade, é composta pelos níveis Mental Inferior ou Concreto, Astral ou Emocional, Corpo Etérico, Duplo Etérico ou Corpo Vital e Corpo Físico ou Somático.
Os corpos, Físico e Etérico são corpos materiais, que se perdem pelo fenômeno da morte. Os demais são Espirituais e o ser os vai os abandonando gradativamente na medida em que evolui até se tornar um espírito puro.
Vejamos então os sete corpos:
1) Corpo Físico ou Soma – É objeto de estudo das Ciências biológicas. Para os espiritualistas reencarnacionistas, os espíritas, teosofistas, esotéricos, umbandistas, budistas, hinduísta, e outros, o corpo físico é o instrumento do “espírito” para manifestação, experimentação e aprendizagem no mundo físico. Corpo e o meio físico pertencem à mesma dimensão eletromagnética.
Instrumento de suporte passivo, recebendo a ação dos elementos anímico-espirituais, constituído de compostos químicos originários do próprio planeta. São milhares de organismos vivos organizados e administrados e comandados pelo espírito. O único corpo estudado e relativamente conhecido pela ciência oficial.
O corpo físico é um milagre da engenharia biológica. Com cerca de 100 bilhões de neurônios no cérbero, 40 milhões de células receptoras olfativas que nos permitem sentir cheiros e cerca de 130 milhões de receptores da retina, que nos permitem enxergar, esta delicada, mas complexa cápsula é muito mais do que simplesmente um monte de pele e ossos.
Nele, somatizam-se os impulsos desarmônicos oriundos dos demais corpos, níveis ou subníveis da consciência, em forma de doenças, desajustes ou desarmonias, que são simples efeitos e não causa.
2) Corpo Etérico ou Duplo Etérico – Alma Vital, vitalidade prânica, reproduz o talhe do corpo físico, estrutura tênue, invisível, de natureza eletromagnética densa, mas de comprimento de onda inferior ao da luz ultravioleta, quase imaterial. Tem por função estabelecer a saúde automaticamente, sem interferência da consciência. Está ligado a doação ou exteriorização de energias pois no corpo etérico é que se situam os chacras ou centros de força. O corpo etérico tem importante papel nas terapias energéticas. É muito confundido com o perispírito ou corpo astral.
O Corpo Etérico (a palavra vem do "éter", estado intermediário entre a energia e a matéria) compõe-se de minúsculas linhas de energia "qual teia fulgurante de raios de luz" parecidas com as linhas numa tela de televisão. Todos os seres vivos possuem Duplo Etérico, embora nem todos tenham Corpo Astral ou Mental, ele tem a mesma estrutura do corpo físico e inclui todas as partes anatômicas e todos os órgãos. É o mediador ou elo plástico entre o Corpo Físico e o Astral ou conjunto perispírito. Essas ligações acontecem ou se fazem por cordões ligados aos chacras ou centros de força.
O Duplo Etérico é constituído por ectoplasma – sua base é o éter cósmico e, como composição exterior, o éter físico emanado do próprio planeta Terra e elaborado no fantástico laboratório homem-espírito. É fundamental nos fenômenos de tele-transporte (efeitos físicos) e acoplamento ou sintonia mediúnica. Este corpo possui individualidade própria e tem consciência um tanto instintiva e reduzida, podendo ser dividido em sete níveis ou camadas, conforme estudos e informações recentes da espiritualidade.
Grande número de doenças e desarmonias está alojado no Duplo Etérico, influenciando daí, o Corpo Físico. Sua cor é azul do lado esquerdo e alaranjado do lado direito e, quando em intensa atividade, tende ao azul-cinzento-violáceo. Pode ser afetado por substâncias ácidas, hipnóticas, sedativas ou entorpecentes, e sensíveis também ao perfume, frio, calor, magnetismo, etc. As criaturas dotadas de mediunidade devem ter o máximo cuidado evitando alimentos ou bebidas com as características acima descritas.
Pode ser afastado do corpo por pequena distância, através de anestesia, transe mediúnico, sono, coma alcoólico, hipnotismo, etc. mas tende sempre a reintegração. Sua função mais importante é transmitir para a tela do cérebro todas as vibrações das emoções e impulsos que o perispírito recebe da alma além de absorver a vitalidade ou prana do mundo oculto emanada do Sol, misturando-a com as várias energias vitalizantes do planeta e distribuindo-as ao soma. Seu automatismo é instintivo e biológico, não inteligente.
No caso do ataque epiléptico o Duplo Etérico fica saturado de venenos usinados, acumulados e expurgados pelo perispírito ou níveis mais altos da consciência e afasta-se violentamente do corpo, evitando com isso, danos à delicada construção celular do Corpo Físico. Ele possui função semelhante ao do fusível ou chave disjuntora, que sob o efeito de elevação brusca da tensão elétrica, desliga-se automaticamente, aliviando e preservando o sistema.
É claro que existem outros ataques que não são epilépticos, embora semelhantes, e nessa categoria, pela experiência na mesa mediúnica e pesquisas com os níveis de consciência através do Desdobramento Múltiplo, podemos falar de mais três efeitos (ataques) semelhantes:
· A ação agressiva de um obsessor violento a uma criatura possuidora de alta sensibilidade mediúnica (nervosa) quando direcionada ao pescoço da vítima, produz a mesma aparência do ataque epiléptico.
· Quando a criatura traz em si, mesmo veladas, lembranças de erros graves em vidas passadas e, por remorso, tende a voltar ao local onde errou, ao defrontar-se com os quadros ideoplastizados ou ainda lá existentes, sofre tremendo impacto nervoso e emocional, entrando em convulsão.
· Quando antigas vítimas, agora transformadas em vingadores, plasmam ao redor ou na tela mental da criatura, clichês ou quadros tenebrosos de seus erros em passadas existências. Da mesma forma o choque emocional acontece.
Nos três últimos casos o fenômeno geralmente é inconsciente e de difícil diagnóstico, mas perfeitamente passível de atendimento e cura, a nível espiritual num primeiro estágio e psicológico num segundo.
Podemos tomar também, como exemplo do bloqueio de Duplo Etérico com desastrosas conseqüências imediatas, mediatas e de longo prazo, os casos de vícios químicos como fumo, tóxicos, álcool e uso imprudente de determinados medicamentos. Conhecido é o caso da Talidomida que foi recomendada como atendimento nos enjôos da gravidez e produziu um bloqueio nas articulações dos ombros dos futuros bebês por impedimento do fluxo das energias que formariam os braços. Como conseqüência, nasceram bebês apresentando deficiências físicas irreversíveis.
O Duplo Etérico, quando do desencarne do ser, tem ainda a função de drenar dos níveis mais altos para o cadáver, as energias residuais, aliviando, dessa forma, ao desencarnante as sobrecargas desnecessárias e evitando sofrimentos futuros nos charcos de lama ácida do baixo astral, onde o mesmo teria que drenar esses sedimentos negativos. No desencarne por suicídio, acidente ou síncope cardíaca, há como que um choque violento, pela desintegração dos motos vorticosos (chacras), o que provoca o rompimento dos cordões fluídicos, impedindo a imediata e necessária drenagem de que já falamos.
3) Corpo Astral – Emocional, sensibilidade geral, instinto, emoções passionais. Tem a forma humana, primeiro invólucro espiritual mais próximo da matéria, facilmente visível por clarividentes. Luminosidade variável, branca argêntea, azulada. É o Modelo Organizador Biológico (MOB), o molde que estrutura o Corpo Físico. Observável por fotografias, vidência, moldagens, impressões digitais, tácteis e aparições fantasmagóricas.Todos os espíritos que incorporam em médiuns, possuem esta estrutura corpórea sutil, necessária à sua manutenção no mundo astral. Já os espíritos que não possuem este corpo em virtude de sua evolução, se comunicam com médiuns via intuição mental.
Desconfiamos que os espíritos que estão na forma ovóide e que se apresentam sem a forma humana, na realidade não perderam o Corpo Astral, eles o implodiram. Afirmamos isso em virtude de termos conseguido incorporá-los e restabelecer a sua forma humana. Se houvessem perdido, isso não seria possível.
Por outro lado, verificamos também que os médiuns que se recusam sistematicamente a educar sua mediunidade e colocá-la a serviço do semelhante no trabalho do bem, acumulam energias nesse corpo e no Duplo, deformando-os e prejudicando-os.
Quando as pessoas estabelecem relações umas com as outras, criam cordões, a partir dos chakras, que se ligam. Tais cordões existem em muitos níveis do campo áurico em adição do astral. Quanto mais longa e profunda for a relação, tanto mais numerosos e fortes serão os cordões. Quando as relações terminam esses cordões se dilaceram, causando, não raro, grande sofrimento.
A sua forma pode ser modificada pela vontade ou pela ação de energias negativas auto-induzidas. A maioria das manifestações mediúnicas, ditas de incorporação, processa-se através do corpo astral, o qual é dotado de emoções, sensações, desejos, etc, em maior ou menor grau, em função da evolução espiritual. O corpo astral sofre moléstias e deformações decorrentes de viciações, sexo desregrado, prática persistente do mal e outras ações "pecaminosas". Separa-se, facilmente, durante o sono natural ou induzido, pela ação de traumatismos ou fortes comoções, bem como pela vontade da mente.
O Corpo Astral tem ainda a função da sensibilidade, dor ou prazer, registro das emoções sob vontade, desejos, vícios, sentimentos, paixões, etc., que nele são impressos pela força do psiquismo.
Este corpo é utilizado no mundo espiritual para incorporar espíritos já desprovidos dele, tal como nossas incorporações mediúnicas. O Corpo Astral pode desencaixar (desdobrar) do Físico por anestesia, coma alcoólico, droga, choque emotivo ou desdobramento da mesma forma que o Duplo Etérico. É com ele que são realizados os trabalhos espirituais, projeções astrais conscientes ou por sonho, viajamos e atuamos no tempo e no espaço. Tem a condição de desdobrar-se em sete sub-níveis conservando sua consciência e faculdades.
4) Corpo Mental Inferior ou Concreto – Alma inteligente, mentalidade, associação de idéias, sua aura ovalada envolve todo o corpo, pode ser registrado por fotografias ou percebido pela vidência. É o corpo que engloba as percepções simples, através dos cinco sentidos comuns, avaliando o mundo através do peso, cheiro, cor, tamanho, gosto, som, etc. É o repositório do cognitivo. É o primeiro grande banco de dados onde a mente física busca as informações que precisa, seu raciocínio é seletivo. Ele registra aquilo que, exterior à nossa pele, impressiona o nosso sistema nervoso. Está mais relacionado com o Ego inferior ou Personalidade encarnada.
Este corpo, quando em desequilíbrio, gera sérias dificuldades comportamentais tais como comodismo, busca desenfreada de prazeres mundanos, vícios etc. Normalmente sua forma é ovalada, mas pode ocorrer em raros casos uma forma triangular ou retangular, tem cores variáveis, podendo desdobrar-se em sete sub-níveis com os mesmos atributos que lhe são inerentes.
Este é o veículo de que se utiliza o eu cósmico para se manifestar como intelecto concreto; nele a vontade se transforma em ação, depois da escolha subjacente ao ato volitivo. É o campo do raciocínio elaborado e dele brotam os poderes da mente, os fenômenos da cognição, memória e de avaliação de nossos atos, pois que é sede da consciência ativa, manifestada. Enquanto do corpo astral fluem as sensibilidades físicas e as emoções, o veículo mental pode ser considerado fonte da intelectualidade. É sede das percepções simples e objetivas como de objetos, pessoas, etc. É importante veiculo de ligação e harmonização do binômio razão-emoção. Viciações oriundas de desregramento sexual, uso de drogas e outras podem atingir, fixar-se e danificar este corpo.
5) Corpo Mental Superior ou Abstrato – Memória criativa, pode ser percebida pela vidência. Este corpo é o segundo grande banco de dados de que dispõe o ser. Ele elabora e estrutura princípios e idéias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que por sua vez são geradoras de novas idéias e assim por diante, infinitamente.
Quando ligado às coisas superiores, ocupa-se de estudos e pesquisas visando o aprimoramento do ser. Quando apegado às vivências inferiores em conexão com seus atributos de poder, mando e domínio do meio, cria sérias dificuldades à personalidade encarnada, pois costuma fragmentar-se em sub-níveis, liderando linhas de perturbação com os demais, que se ausentam, ignorando a realidade da personalidade encarnada.
Tem forma de uma rosácea com nove pétalas quando harmônico e saudável, tom cromático de chamas amareladas ou laranja com várias outras nuances de cores, e cada pétala tem um significado por estar ligada ou retratar as vibrações de cada um dos sete níveis, sendo que o Átma, o Astral e Duplo Etérico são representados por duas pétalas cada, O Búdico está representado pela pétala superior em forma de cálice contendo dentro três pétalas menores representando as três almas, Moral, Intuitiva e Consciencial.
Por ser a sede do raciocínio criativo, é nele que acontece a elaboração do processo responsável pelo avanço científico e tecnológico, além de todo nosso embasamento filosófico. É o corpo que faz avaliações, formula teorias, relaciona símbolos e leis. Trata do subjetivo, da imaginação, está mais relacionado com o Eu Superior ou Crístico, com a Individualidade.
É o Corpo Causal, é causa, detentor da vontade e imaginação, é normalmente o gerenciador dos programas e ações do ser. Apega-se facilmente ao mando e poder, é o nível que tem o atributo do domínio do meio onde o ser vive, podendo por alguma contrariedade reagir negativamente a esse meio.
Alguns estudiosos sugerem que o corpo mental seja de natureza magnética, com freqüência muito superior a do corpo astral e deve necessariamente ter muito maior energia de propagação do que os campos mais densos como o físico, etérico e astral, cujas freqüências vibratórias são muito menores. A importância deste fato é demonstrar que a força da mente é poderosa e pode fazer o bem ou o mal, de acordo com a intenção com que é projetada, pois todo pensamento bom é uma oração é todo o pensamento mau é um feitiço, e quem vibra em amor, constrói ao redor de si um campo energético protetor contra a ação de mentes negativas (mau olhado, feitiço, magia negra, etc). Do mesmo modo, os afins se atraem.
6) Corpo Búdico ou Buddhi – De um modo geral o Corpo Buddhi é pouco conhecido. Longe de nossos padrões físicos e de nossos meios de expressão, não há como compará-lo.
É o verdadeiro perispírito, ao final do processo evolutivo, quando os demais a ele se fundiram. É nele que se gravam as ações do espírito e dele partem as notas de harmonia ou desarmonia ali impressas, ou seja, as experiências bem significadas estão ali arquivadas e são patrimônio do espírito. As experiências mal resolvidas são remetidas de volta à personalidade encarnada para novas e melhores significações. E por ser, no espírito, o grande núcleo de potenciação da sua consciência cósmica, suas impulsões terão seus efeitos visíveis e somatizados no Corpo Físico ou no psiquismo da personalidade encarnada.
Tudo o que é inferior tende ao movimento descendente e o soma passa a ser o grande fio terra do ser em evolução. Quando em trabalho de limpeza dos cordões energéticos que ligam os corpos, observamos que ao se desbloquear os cordões, intensa e luminosa torrente de luz multicor jorra até os corpos inferiores. Observados pela visão psíquica (vidência), o Buddhi e o Átmico formam maravilhoso e indescritível conjunto de cristal e luz girando e flutuando no espaço.
Composto pelas três Almas:
· Alma Moral – Discernimento do bem e do mal sob o ponto de vista individual, tem a forma de um sol em chamas, é o veículo que impulsiona o espírito a obediência às leis do local onde
está encarnado e comanda o comportamental da entidade encarnada em relação ao meio.
· Alma Intuitiva – Intuição, inspiração do gênio científico, literário e artístico. Iluminismo. Em forma de ponta de lança triangular irradiando em torno, chamas ramificadas, animada de movimento rotatório lento, antenacaptadora e registradora das informações que vibram no cosmo.
Instrumento da inspiração.
· Alma Consciencial – Em forma de pequeno sol muito brilhante, radiações retilíneas, centro da individualidade espiritual. Consciência coordenadora e diretora da vida, elo de ligação com a Centelha Divina.
Essas três almas são os veículos e instrumentos do espírito. Suas linhas de força formam o corpo do mesmo, matéria hiperfisica, de sutil quintessenciação. Tem como atributo principal o grande núcleo de potenciação da consciência. Lá as experiências e acontecimentos ligados ao ser estão armazenadas e é de lá que partem as ordens do reciclar permanente das experiências mal resolvidas.
7) Corpo Átmico, Espírito Essência ou Centelha Divina – Na concepção do absoluto manifestado e manifestando em cada indivíduo, dá-se o nome de Atamou Espírito. O Corpo Átmico ou Espírito puro, também chamado de Eu Crístico, Eu Cósmico, ou eu Divino é constituído pela Essência Divina, disse JESUS: "Vos sois Deuses", pois somos idênticos a DEUS pelo ser (essência), mas diferente dele pelo existir, pois DEUS é eternamente presente. Deus, O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam.
A linguagem humana é incapaz de descrever objetivamente o espírito. A milenar filosofia védica parece-nos mais esclarecedora, Olorum, o Imanifestado, transcendente e eterno, ao se manifestar, torna-se imanente em sua temporária Ação; os indivíduos d’Ele emanados contém sua essência, assim como o pensador está em seus pensamentos. Assim, somos idênticos a Deus por Ser (Essência), mas diferentes d’Ele, pelo existir, pois Deus “não existe“, Deus é, eternamente presente, daí porque Jesus afirmou ” Vós Sóis deuses“.
O evoluir do Homem consiste em viver e experienciar em todos os níveis da criação, desde o físico até o Divino ou Espiritual, para desta experiência, recolher conhecimento e percepções que propiciam o desenvolvimento harmonioso de seu intelecto e sensibilidade.
Ao longo de sua jornada evolutiva a criatura humana sofre sucessivas "mortes" e vai perdendo seus corpos, sem perder os "valores" inerentes a cada um deles, é como a flor que na sua expressão de beleza pura, contém a essência do vegetal por inteiro.
Podemos observar mais claramente na ilustração a baico, os corpos e seus atributos:
Os Chakras são, segundo a filosofia iogue, canais dentro do corpo etérico (nadis) por onde circula a energia vital (prana) que nutre órgãos e sistemas. Existem várias rotas diferentes e independentes por onde circula esta energia. Os chakras são os pontos onde essas rotas energéticas estão mais próximos da superfície do corpo. Localizam-se no duplo etérico e são responsáveis pela recepção e distribuição das energias mentais, astrais e etéreas de acordo com a necessidade do ser.
Imagine que os chacras são uma lâmpada com uma tomada do lado. Eles tanto indicam a quantidade de energia naquele sistema específico como podem ser usados para recarregar a energia do mesmo sistema. Existem muitos canais e uma grande divergência quanto ao número exato, algumas linhas afirmam existir 32, outras 114 e ainda 88.000, sendo uma concordância entre todos que os principais são sete.
A palavra chakra vem do sânscrito e significa "roda", "disco", "centro" ou "plexo", desta forma eles são percebidos por videntes como vórtices, redemoinhos, de energia vital, espirais girando em alta velocidade vibrando em pontos vitais de nosso corpo.
Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico. Os Vedas (5.000 a.C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, o Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.
Os sete principais chakras estão dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a "prana" (energia vital), flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico (Nadi) principal chamado "Sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de Sushumna e "Pingala" à direita (na mulher, estas posições são invertidas).
Os Nadis conduzem e regulam o "Prana" (energias yin e yang) em espirais concêntricas. Estes Nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianais e pontos. Para os hindús os Nadis são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.
Nosso corpo físico tem uma ligação sutil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam somatizando e transformando energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como cânceres e outras mais graves. Nosso corpo físico tem pontos, que quando ativados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos), caminhos invisíveis dentro do nosso organismo, que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chacras, em pontos que concentram vibrações mais específicas. Vejamos os swte principais Chakras:
1) Chacra Básico ou Raíz – Seu nome em sânscrito é“MULADHARA”. È localizado na base da espinha vertebral, tem quatro pétalas e é visualizado na cor vermelha. É responsável pela vitalidade e pela manutenção dos aspectos sólidos do corpo, relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chacra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormônios, sexualidade exacerbada ou até mesmo a presença de um tumor no local.
O chakra básico esta relacionado com as glândulas supra-renais, cujos hormônios são parte essencial de manutenção da vida no corpo. Os gônadas, os testículos no homem e os ovários na mulher, são a ligação glandular para o chakra raiz. A glândula pituitária às vezes é chamada de "glândula mestra", ela poderia ser considerada como a regente de uma orquestra glandular, pois ao seu "comando", os hormônios são secretados dos testículos e dos ovários. Aqui, há uma relação óbvia com a fertilidade e com o desempenho, com os impulsos e com os instintos sexuais. A secreção das gônadas assegura que os processos naturais, tais como a puberdade, ocorram normalmente, no momento apropriado, e quando há disfunção nesses aspectos, o trabalho específico com o chakra raiz ajudará uma vez mais no processo de cura. É desaconselhável a ativação intempestiva do chacka básico, por presidir as funções genésicas mais primárias e estar ligado às forças telúricas geradas pelo magnetismo do Planeta.
2) Chacra Esplênico – Seu nome em sânscrito é“SWADHISTANA”. É localizado na região correspondente ao baço físico e está intimamente relacionado à circulação sangüínea, tem seis pétalas e é visualizado na cor laranja. É responsável pela energização geral do organismo, e por ele penetram as energias cósmicas mais sutis, que a seguir são distribuídas pelo corpo. Quando esse chacra é estimulado, propicia uma boa captação energética. Disfunções nesse chakra podem gerar anemias e até mesmo a leucemia. É também responsável pela vitalização do duplo etérico, enquanto o chakra básico está mais relacionado ao corpo físico. O chakra esplênico conserva energias particularmente essenciais para a vida.
Ele se liga diretamente ao chakra da garganta, que é o centro da expressão. Quando o fluxo entre esses dois centros é insuficiente, é difícil desempenhar um papel gratificante na vida; entretanto em virtude da sua vitalidade, o chakra esplênico apresenta um grande potencial de cura, tanto para si mesmo como para o ser como um todo. A pessoa que consegue o desenvolvimento positivo desse chakra torna-se um excelente terapeuta produzindo curas extraordinárias.
Algumas obras os denominam como “Sacro”, pois está intimamente relacionado aos fenômenos mediúnicos. É também um grande captador do prana rosa – prana da vitalidade. Pessoas desvitalizadas têm comprometido esse chakra, sendo necessária sua harmonização. Em casos de obsessão do tipo vampirismo, esse é o chakra mais afetado.
Se energizado de forma espontânea e descontrolada poderá ensejar incorporações indesejadas, de maneira bastante incômoda, diz-se então que o chackra está aberto. Nesses casos, é necessário reduzir sua atividade ao nível normal: fecha-se o vórtice e reduz-se a freqüência vibratória por meio de passes.
3) Chacra do Plexo Solar ou Umbilical – Seu nome em sânscrito é “MANIPURA”. É localizado no região do umbigo, tem dez pétalas e é visualizado na cor amarela. Ligado ao sistema digestivo à assimilação dos alimentos e dos nutrientes e ao metabolismo. A assimilação deve ser compreendida num sentido mais amplo que inclui a assimilação mental e psicológica do conhecimento e da experiência. Trata-se do centro da vontade ou do ego inferior.
É também ligado ao elemento fogo, a visão e as energias psíquicas. Sendo assim, a pessoa que tem esse plexo desenvolvido terá maior sensibilidade para perceber as intenções dos outros, sejam boas ou ruins.
O chakra umbilical relaciona-se com o corpo astral, de estrutura bem mais sutil que o duplo etérico e ligado essencialmente às emoções, quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos, o indivíduo tende a ficar preso numa rotina inapropriada e a ser incapaz de perceber o modo pelo qual poderá realizar a mudança criativa em sua vida. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas.
Já o equilíbrio é o dom, isto é, servir sem esperar recompensas. E, o indivíduo que estiver com o chakra umbilical equilibrado terá alegria e paixão de viver.
4) Chacra Cardíaco – Seu nome em sânscrito é“ANAHATA”. É localizado na região do coração físico mais próximo do centro do peito, tem doze pétalas e é visualizado na cor amarelo-esverdedo. Relaciona-se principalmente com o ritmo e o coração. Sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.
Pode-se dizer que ele seja o equilíbrio entre os três chakras que se localizam acima dele e os três da parte inferior do corpo. Seu elemento é o ar. Um indivíduo ligado ao quarto chakra entra numa vibração de compaixão, de desprendimento, de sabedoria e de amor incondicional. Os apegos aos prazeres terrestres, honras e humilhações, não o preocupam. Portanto, vive em harmonia com os mundos interior e exterior.
5) Chacra Laríngeo – Seu nome em sânscrito é“VISHUDDA”. É localizado na frente da garganta e está ligado à tireóide, tem dezesseis pétalas e é visualizado na cor azul-claro. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.
O chakra da garganta é um lugar de encontro e de fusão das energias que fluem descendo do chakra da coroa e das energias que sobem do chakra da raiz, ao passo que o chakra da garganta funciona como uma passagem.
O sistema dos sete chakras é subdividido em dois grupos que apresentam ação recíproca, e o chakra da garganta faz parte dos dois. Como o primeiro dos três chakras superiores, ele se relaciona com a expressão transpessoal e com o Eu superior, o espírito e a alma.
A responsabilidade deste chakra está relacionada à expressão das comunicações espirituais. A ligação com os corpos sutis é mais intensa com o corpo mental inferior que apresenta uma textura nas mesmas cores do chakra laríngeo. Quando das comunicações de mentores, os corpos mentais do médium e do espírito comunicante se encontram tornando possível o repasse da mensagem por meio de palavras. Se houver uma interação ainda maior, envolvendo os chakras cardíaco e frontal, as comunicações serão mais claras e precisas. Quando há dificuldade de comunicação do espírito incorporado, costuma-se ativar esse chackra até provocar a sintonia com a freqüência do espírito, com adequada abertura do canal de comunicação.
6) Chacra Frontal – Seu nome em sânscrito é“AJÑA”. É localizado no ponto entre as sobrancelhas, tem quarenta e oito pétalas e é visualizado na cor azul-índigo. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção sutil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana.
É ligado à glândula pituitária ou hipófise que tem função coordenadora de todas as outras glândulas endócrinas. Deste modo o chakra frontal desempenha papel importantíssimo na vigília espiritual e em toda a química do corpo. Quando bem desenvolvido possibilita a clarividência e os poderes da psicometria.
A ligação do chakra frontal é mais intensa com o corpo mental superior. Corpo da inspiração que dá origem às idéias antes de tomarem forma.
Nos fenômenos mediúnicos, é possível provocar a incorporação de qualquer espírito desencarnado (ou encarnado que esteja desdobrado do corpo físico) tocando com um dedo na área desse chackra, no médium, e ao mesmo tempo, projetando energia para sintonizá-lo com o espírito comunicante.
7) Chacra Coronário ou da Coroa – Seu nome em sânscrito é “SAHASRARA”. É o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa, tem novecentos e sessenta pétalas e é visualizado na cor violeta, branco ou em cores variadas.
É sede da consciência, centro da união divina, conhecido como chakra da coroa, através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.
Os chakras são degraus energéticos, à medida que vamos subindo, chegando ao chakra da coroa, o nível de vibração aumenta. Por meio do chakra coronário, chegamos aos mais elevados níveis de meditação.
Associada ao sétimo chakra, está a glândula pineal, que tem por atividade receber as energias dos chakras e distribuí-las na função celular de todo o sistema endócrino.
Para a Doutrina Espírita os chacras, ali chamados de Centros de força, são intermediadores da energia que flui do Perispírito para o duplo etérico, sob o influxo coordenador do pensamento, podendo trazer saúde ou doença ao corpo físico, são órgãos do mencionado duplo etérico, que como descrito no livroEvolução em Dois Mundos, regulam as atividades corporais, por meio da influência que exercem sobre as glándulas, ao influxo do pensamento é maestro regente de toda esta arquitetura.
Neste sentido, a natureza boa ou má dos pensamentos traz grande influência ao funcionamento dos chacras. A sensualidade exacerbada, por exemplo, tende a causar disturbios na região do centro de força localizado na base da espinha dorsal, o que implica uma série de anomalia nas gônadas, próstata, e glândulas localizadas na região, podendo provocar, desde a infertilidade ao câncer. Eles existem apenas enquanto estamos encarnados, desfazendo-se na desencarnação, pois estão jungidos ao duplo etérico e não ao perispírito (Corpo Astral) como erroneamente se entendem em alguns centros espíritas, muitos, por não aceitarem a existência do duplo etérico, que é o elo de ligação entre o perispírito e o corpo físico, esse que se desfaz no desencarne.
São responsáveis, também, pela coordenação do processo de reencarnação durante o processo denominado de "miniaturização" em que se perde massa perispiritual graduamente até atingir-se o tamanho do feto, promovendo a estabilização energética entre o corpo físico e o perispírito. Também é através do chacra localizado no ombro que a psicografia é possível. Na obra Evolução em Dois Mundos, o espírito André Luiz narra sua evolução nos seres vivos.
Cada chacra, no corpo físico, está diretamente ligado, além de um plexo nervoso, a uma glândula específica. Os sete principais seguem o elenco apontado pela teosofia, mas dezenas de outros existem. Em alguns livros são também nominados de "centros psíquicos" e em Kardec aparecem como "poros perispiríticos". Embora claramente definidos pelas obras psicografadas desde a década de 1940, a aceitação no meio espírita ainda não é total, havendo grande resistência a este estudo, sob alegação de "influência oriental".
Nos anos 60, foi estudado pelo ex-padre e grande espírita, Carlos Torres Pastorino, na obra "A técnica da mediunidade", onde diz que cada um dos chacras está associado a determinadas emoções e sentimentos, isto explica a somatização das emoções em nossos corpos e o funcionamento de técnicas ocidentais modernas como o passe espírita.
Todos os chakras são ativados naturalmente pelo “fogo serpentino” ou eneigia vital do próprio indivíduo, por meditação bem conduzida, preces, conduta reta, pureza interior, prática de caridade, altruísmo e por todos os atos que elevem o homem espiritualmente. Também podem ser ativados através de passes magnéticos ou por energias diretamente aplicadas sobre eles, com o fim de melhorá-los, tratá-los ou curar a pessoa.
Alguns estudiosos ensinam que entre os chakras existe também um dos mais importantes
órgãos de proteção do corpo físico do homem, ainda desconhecido pela maioria das pessoas. Trata-se da “tela búdica”, que evita a ação predatória de espíritos maléficos sobre o corpo físico das criaturas. De natureza magnética, essa tela tem magnetismo extremamente compacto para o corpo astral dos espíritos, de modo a impedi-los de perpetrar danos ao organismo astral e físico das vítimas. Se, no entanto, conseguirem vencer essa barreira magnética, através de técnicas evoluídas e perseguição pertinaz, a vítima estará vencida e a morte sobrevirá facilmente, se assim quiserem seus perseguidores.
Sua reconstituição é possível a Espíritos Superiores, mas em trabalhos bem conduzidos por operadores encarnados, onde predomina a vibração do amor, permitem vibrar o núcleo dos átomos da matéria mental que liberam energia dourada, capaz de reconstituir a tela búdica.
Segundo Allan Kardec, no livro “A gênese”, denomina obsessão como a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um individuo. A obsessão apresenta caracteristicas muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
Podemos observar que existem três fatores geradores dos problemas obsessivos:
1) Fator Interno (Psicológico) – que é criado pelo próprio paciente. É o resultado de experiências traumáticas oriundas da vida atual ou de vidas passadas;
2) Fator Externo (Influenciação espiritual) – Criado por espíritos desencarnados obsessores, desafetos desta ou de vidas passadas, que provocam inúmeros problemas na vida do paciente com intuito de prejudicá-lo, motivados pelo ódio e vingança;
3) Fator Misto: Interno + Externo – Que é provocado pelo próprio paciente e agravado por uma influenciação espiritual obsessora.
Estudiosos afirmam que 95% dos casos de obsessão os obsediados são assediados por espíritos obsessores, inimigos ocultos de seu passado, e que apenas 5% não apresentam nenhuma influência espiritual externa como causa de seus problemas. Portanto, neste caso, a causa é puramente de ordem psicológica. Sendo o homem, na maioria das vezes, obsessor de si mesmo.
Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do “Espírito” do próprio individuo, pois são doentes de alma. Tão grave quanto a obsessão provocada por influências espirituais externas é a causada por fatores internos, também conhecida como “Auto-obsessão”.
A grande maioria dos encarnados, e até mesmo desencarnados, que sofrem de auto-obsessão preferem jogar toda a culpa de seus problemas e aflições aos Espíritos, não assumindo a responsabilidade que são eles próprios a causa de seus problemas. A auto-obsessão é um distúrbio psíquico desencadeado pela “mente doentia do próprio enfermo” que gera um estado permanente de desequilíbrio emocional, tal como: constante impaciência, irritação freqüente, mágoa prolongada, inveja, ciúme patológico, egocentrismo acentuado, medos excessivos, aberrações sexuais, comportamentos obsessivo-compulsivo, e outros comportamentos desajustados.
Entretanto, é importante salientar que a auto-obsessão pode abrir uma brecha para que espíritos obsessores inimigos se aproveitem dessas imperfeições para então obsediá-lo, gerando por exemplo, a síndrome do pânico e outros transtornos psíquicos, como a depressão, doenças orgânicas e diversos comportamentos patológicos. Tais pacientes percorrem os consultórios médicos em busca de um diagnóstico, que nem sempre é identificado corretamente pelos médicos, pelo fato da auto-obsessão ser uma doença da alma, portanto, mais difícil de ser detectada.
Nas doenças da alma, as terapias medicamentosas não são eficazes, pois são resultados da própria imaturidade psicológica e espiritual do enfermo, que cultiva com freqüência a inveja, ciúme, inferioridade, egoísmo, orgulho, ira, medos, insegurança, desconfiança, etc. São pessoas muito voltadas para si mesmas, hipocondríacos, os sofredores por antecipação que dramatizam os fatos do cotidiano, cultivando sentimentos de autopiedade; são vitimas de si próprios, atormentados por si mesmos. Na qualidade de enfermos da alma, facilmente se descontrolam, com explosões de ira no trabalho, em casa ou no trânsito. Na auto-obsessão, somos prisioneiros dos nossos pensamentos negativistas e pessimistas, que nos sufocam e nos aprisionam.
Como podemos observar, na auto-obsessão temos o próprio indivíduo como manifestador de sua desarmonia. As causas são variadas e entendê-las uma a uma permite saber como identificar sua origem e o melhor tratamento a ser realizado. Vejamos então as formas mais conhecidas de auto-obsessão:
1) SÍNDROME DA RESSONÂNCIA VIBRATÓRIA COM O PASSADO – Se Caracteriza por lembranças sugestivas de uma outra encarnação, seguramente fluem de um arquivo de memória que não o existente no cérebro material, e com isso dão evidência da existência de arquivos perenes, situados em campos multi-dimensionais da complexidade humana, portanto, estruturas que preexistem ao berço e sobrevivem ao túmulo.
A pessoa encarnada não se recorda de vidas passadas porque o cérebro físico não viveu aquelas situações, e logicamente, delas não tem registro. Nosso cérebro está apto a tratar de fenômenos que fazem parte da existência atual, e não de outras. Já o espírito eterno que nos habita, guarda todas as cenas vividas nas encarnações anteriores, sensações, emoções e pensamentos, com todo seu colorido.
Ressonância vibratória com o passado, são vislumbres fugazes deses fatos vivenciados em uma outra equação de tempo que, em certas circunstâncias, emergem na encarnação atual, do psiquismo através de “flashes ideoplásticos”de situações vividas em encarnações anteriores. Se a ressonância é de caráter positivo, expressando a recordação de um evento agradável, não desperta maiores atenções, confundindo-se com experiências prazerosas do cotidiano. Porém, no caso de uma ressonância negativa, ocorrem lembranças de certas atitudes infelizes do homem terreno, a exemplo, de suicídios, crimes, desilusões amorosas e prejuízos infligidos aos outros, podem gerar conflitos espirituais duradouros.
São contingências marcantes, responsáveis por profundas cicatrizes psicológicas que permanecem indelevelmente gravadas na memória espiritual, que nas reencarnações seguintes, essas reminiscências podem emergir espontaneamente sob a forma desses "flashes ideoplásticos" e o sujeito passa a manifestar queixas de mal-estar generalizado com sensações de angústia, desespero ou remorso sem causas aparentes, alicerçando um grupo de manifestações neuróticas, bem caracterizadas do ponto de vista médico e espírital.
Uma determinada situação da vida presente, uma pessoa, um olhar, uma jóia, uma paisagem, uma casa, um móvel, um detalhe qualquer pode ser o detonador que traz a sintonia vibratória. Quando a situação de passado foi angustiosa, este passado sobrepõe-se ao presente. A angústia, ocorrendo inúmeras vezes, cria um estado de neurose que com o tempo degenera em psicopatia. Estados vibracionais como estes podem atrair parasitas espirituais que agravam o quadro.
2) CORRENTES MENTAIS PARASITAS AUTO-INDUZIDAS – Certos indivíduos mais sensíveis ou impressionáveis manifestam um verdadeiro temor às aflições corriqueiras da vida. A causa de tudo é o medo patológico que alimentam, e com o passar dos tempos, esse medo indefinido e generalizado, converte-se numa verdadeira expressão de pavor, desestruturando por completo o psiquismo da criatura e alimentando, conseqüentemente, os mais variados distúrbios neurológicos, nos quais as fobias, angústias e pânicos terminam por emoldurarem as conhecidas síndromes psicopatológicas persistentes e de difícil resposta aos procedimentos terapêuticos.
Esse grupo de auto-obsediados faz da preocupação exagerada e do medo patológico a sua rotina de vida. E em meio à desgastante angústia experimentada, alimenta, de uma forma desequilibrada, receio de doenças imaginárias, o receio infundado com o bem-estar dos filhos ou a idéia de que, a qualquer momento, perderão os seus bens materiais, formam assim o imenso contingente de neuróticos crônicos, infelizes e sofredores por antecipação.
Após ser bem identificada e bem avaliada tal eventualidade pela equipe meduínica, a mesma deve motivar o próprio encarnado a uma análise judiciosa de seu comportamento inadequado diante das solicitações da vida. É bem verdade que a sujeição a uma terapia espiritual globalizada, terapia que inclua desde os mais eficientes procedimentos desobsessivos até o emprego dos métodos sugestivos da psicopedagogia evangélica, serve para aliviar, e muito, a sintomatologia desgastante de qualquer patologia anímica, e ao mesmo tempo, estimular o indivíduo na busca incessante do reequilíbrio necessário ao seu bem-estar físico e espiritual, pois o esforço individual na busca da tão sonhada vivência evangélica aos poucos substituirá os comportamentos inadequados e as atitudes infelizes por novos padrões mais salutares e otimistas.
3) RECORDAÇÃO TORMENTOSA, FRAGMENTÁRIA, DE ENCARNAÇÃO ANTERIOR – Nessa síndrome, não há imagens, nem vislumbre de cenas vividas em existências anteriores. O encarnado tem súbito mal-estar, angústias ou estados depressivos que repetem os sofridos em outra(s) vida(s), sofrimento este que parece conseqüência de algo indefinível, fosco, apenas um vislumbre de sensação, que são fragmentos de cenas, tudo esparso e desconexo, mas que se sabe fazer parte de um conjunto, que se sente e é desagradável. Quando não devidamente tratado, pode-se agravar o quadro, por correntes mentais parasitas autoinduzidas, entre outros.
4) ESTIGMAS KÁRMICOS FÍSICOS FORMANDO NÚCLEOS OBSESSIVOS –Existem pessoas que nascem marcadas por sinais, cicatrizes e outras deformações limitando atividades psicomotoras, tornando-as feias em sua aparência física, principalmente nas mulheres, onde a vaidade é mais acentuada. Criaturas assim sofrem horrores por estes processos estigmáticos, em que sempre causam as deformidades e, que nem sempre se encontra a causa, ou explicação lógica do fato ocorrido. Estas anomalias geram núcleos, mais ou menos profundos, de estados angustiosos que evoluem para a neurose e recalques.
Essas deformações costumam aparecer, por exemplo, em suicidas de encarnações anteriores. Como a autodestruição lesou-lhes profundamente os corpos inferiores, somático, etérico, astral e mental, permanecem eles, mesmo depois da morte, com lesões que ressurgem em outra vida, sinal indelével do erro cometido.
Ilustração: Caso acontecido em 1979, numa Casa Espiritualista, em Porto Alegre, onde atenderam uma criança de seis anos portadora de cardiopatia congênita, mistura de sangue venoso com arterial e descompensação funcional. Sendo uma criança, subdesenvolvida, enfermiça, fraca, sempre achacada por resfriados, tinha uma vida de relação muito limitada e era presa de angústia e pesadelos noturnos. Antes de submeter à cirurgia cardíaca (física) e em preparação a ela, buscaram a cura espiritual. Estudando o passado do menino, descobrimos que a causa da cardiopatia era um punhal cravado profundamente no peito dele, na área cardíaca.
Em encarnação pretérita, ele assassinara um amigo numa mansão, onde os dois cortejavam a mesma moça. Desesperado por se ver preterido em favor do rival resolveu eliminá-lo traiçoeiramente. Assim, quando ambos visitavam a moça, convidados para um jantar, aproveitou-se de um momento em que ficaram a sós e, a pretexto de mostrar um belo cavalo, convidou o rival para acompanhá-lo às cavalariças. Enquanto descia a escada um tanto escuro, em dependência térrea pouco freqüentada, voltou-se subitamente e desferiu certeira punhalada no coração do outro, matando-o. Saltou sobre o corpo e foi para o pátio, onde encontrou outras pessoas com as quais se misturou, conversando e agindo como se nada tivesse acontecido.
O crime não foi descoberto, embora o criminoso tivesse ficado sob alguma suspeição. Como ambos os moços pertenciam à alta nobreza, foi fácil, para as autoridades, atribuir o crime a algum ladrão que se viu surpreendido pela vítima, antes que tivesse tempo de roubar.
O tempo passou, mas o criminoso jamais se esqueceu do punhal cravado no peito do amigo e aquele olhar surpreso, no momento em que morria. Como o pensamento tem força criadora, no astral, formou-se na mente do culpado, por fenômeno criativo ideoplástico, uma forma pensamento em que o punhal resplandecia perenemente, manchado de sangue. O punhal tornou-se uma presença real em todos os momentos do espírito do criminoso.
O tempo fez com que a arma passasse a integrar o corpo astral do assassino. Ao desencarnar, o punhal foi com ele. Só que, agora, cravado em seu próprio peito, lei do retorno dos atos praticados: bem gera o bem; mal, o mal.
A energia anômala do punhal, profundamente dissociativa em relação ao delicado equilíbrio biológico das células que iriam construir o órgão cardíaco (durante o processo de formação embrionária), acabou por perturbar acentuadamente o dinamismo da formação dos tecidos, provocando anomalia congênita.
A etiologia da patologia cardíaca era, portanto, nitidamente de ordem espiritual. Fugia, por completo, aos meios normais de investigação e tratamento científicos. A causa estava, em última análise, na ação da lei de harmonia cósmica: obedecendo-a, o criminoso providenciou sua própria punição; nasceu enfermo, na justa medida do mal que desencadeara.
Por misericórdia divina, todavia, a cardiopatia era passível de correção através de ato cirúrgico. Com esse sofrimento, o aluno cósmico ficou sabendo, talvez para sempre, que nunca se devem ferir nossos irmãos, sob nenhum pretexto.
Na Casa do Jardim, foram necessários três atendimentos, em intervalos de sete dias. Com a retirada do punhal fatídico, o menino sofreu a cirurgia programada, com êxito relativo. A vítima do passado foi tratada. Em processos de obsessão simples, o moço apunhalado não abandonava o menino: fora encaminhado à estância de recuperação no astral.
Em março de 1987, houve notícias do estado do paciente. A cicatrização da cirurgia só se completou em quatro meses. Durante cerca de cinco anos, até a data de 1984, portanto permaneceu enfermiço, entrando depois em fase de recuperação. Goza, atualmente, de perfeita saúde.
5) ESTIGMAS KÁRMICOS PSÍQUICOS FORMANDO NÚCLEOS OBSESSIVOS – Estigmas psíquicos são idênticos aos estigmas físicos, a diferença entre um e outro é que no primeiro caso eles são raros, já no segundo, eles se encontram em toda a parte. Uma boa parte de encarnados são portadores destes campos obsessivos, tanto em grau como em intensidade.
Temos os hábitos viciosos, as idéias fixas com opiniões sistemáticas e radicais, os ódios injustificáveis contra o próximo, raças ou instituições, entre outros, que contribuem para aumento do número dos desajustados psíquicos. A melhor forma ou maneira de extirpar esses estigmas é o de orientação, além do tratamento espeiritual, da reforma íntima e da cuidadosa higiene mental.
A pessoa em tratamento deve exercer ativo policiamento de seus atos, aliás, em todos os tipos de tratamentos, modificando o seu modo de ser, pois sem estas qualificações todas as investidas de cura serão ineficazes, por não haver mudança em seu modo de viver, porque quem faz os milagres, na realidade, são os próprios pacientes e como não têm a realidade da vivência em torno de si mesmas, tendo lembrança do seu passado, agindo como se lá estivesse, necessário se faz mostrar o despertar de sua consciência mais profunda, onde estão arquivados os processos dos estigmas, que o indivíduo traz de seu passado, onde foi um rei, rainha, potentado, militar prepotente, etc, trazendo assim em sua bagagem uma mentalidade distorcida, exigindo do próximo a anuência à sua opinião, sem falar da obediência.
Existem também personalidades intelectuais com tendências messiânicas pretendendo liderar as massas com fórmulas inviáveis para o momento histórico, estes foram antigos tribunos e políticos, que ainda mantém o desejo de destaque, achando que têm o direito e dever de orientá-los. O número destes elementos é tão grande, que seria impossível abordá-los em detalhes, mas sabemos que estes exercem influência sobre os demais, e que são manobrados pelas trevas, com quem, por sua invigilância que se caracteriza, costumam vincular nas simbioses obsessivas dos mais variados graus de profundidade.
Aprendemos que no campo do psiquismo os pensamentos são elaborados e devidamente estruturados, a fim de serem reflexionados e adaptados para o mundo físico das células nervosas ou zona consciente, e que esses pensamentos tomam formas alimentando assim nossa pscosfera ambiente, atraindo todos os tipos de energias afins. Com isso, estamos sempre sugeitos as interferências espirituais, influenciando e sendo inflienciados de acordo com nosso nível vibracional e nosso estado de pensamento.
Sabemos também que esse campo vibracional é resultado das várias vivências reencarnatórias, sendo assim, podemos compreender que elevada percentagem das personalidades humanas, traz no intimo do seu próprio ser, raízes e brechas de comunhão com esse passado, através dos quais são suscetíveis de sofrer os mais estranhos processos de obsessão oculta.
A “Indução Espiritual”, que é a influência natural e espontana de um desencarnado para o encarnado, e vice e versa, que na maioria das vezes é de modo casual, sem premeditação ou maldade alguma. O espírito vê o encarnado, sente a sua benéfica aura vital, que o atrai, pelo simples sensação de bem estar. Porém, encontrando-se enfermo ou em sofrimento, transmite ao encarnado suas angústias e dores, a ponto de desarmonizá-lo.
Os sensitivos, sem educação mediúnica, são comum chegarem em casa esgotados, angustiados ou se queixando de profundo mal-estar. Por ressonância vibratória, o desencarnado recebe um certo alívio, uma espécie de calor benéfico que se irradia do corpo vital mas que causa no encarnado o mal-estar de que este se queixa.
Hábitos perniciosos ou víciosos, atraem tais tipos de companhia espiritual. De qualquer maneira, o encarnado é sempre o maior prejudicado, por culpa da sua própria invigilância, "orai e vigiai" são as palavras chaves e o agir conscientemente, é a resposta. A influência exercida pelos desencarnados, em todas as esferas da atividade humana poderá ser feita de maneira sutil e imperceptível, por exemplo, sugerindo uma única palavra escrita ou falada que deturpe o significado da mensagem do encarnado de modo a colocá-lo em situação delicada.
A indução espiritual, embora aparente certa simplicidade, pode evoluir de maneira drástica, ocasionando repercussões mentais bem mais graves, simulando até mesmo, uma subjugação espiritual por vingança. Durante o estado de indução espiritual, existe a transferência da energia desarmônica do desencarnado para o encarnado, este fato poderá agravar outros fatos precedentes, como entrar em ressonância vibratória com um passado angustioso, através de "flashes ideoplásticos”, trazem uma desarmonia psíquica para a vida presente. Ou seja, um fato qualquer na vida presente poderá ativar uma faixa angustiosa de vida passada e tal vibração, gera a sintonia vibracional que permite a aproximação de um espírito desencarnado em desarmonia.
A obsessão espiritual, da qual nós conhecemos, é a ação persistente e consiente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo e apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Ela é a ação nefasta e continuada de um espírito sobre outro, independentemente do estado, de encarnado ou desencarnado, em que se encontrem.
A obsessão implica sempre ação consciente, com objetivo bem nítido, visando fins e efeitos muito definidos, pelo obsessor que sabe muito bem o que está fazendo. Esta ação premeditada, planejada e posta em execução, por vezes, com esmero e sofisticação, constitui a grande causa das enfermidades psíquicas. Quando a obsessão se processa por “imantação mental”, a causa está, sempre em alguma imperfeição moral da vítima, na encarnação presente ou nas anteriores, imperfeição esta que permite a ação influenciadora de espíritos malfazejos.
A obsessão é a enfermidade do século, tão grande é o número de casos rotulados como disfunção cerebral ou psíquica, nos quais, na verdade, ela está presente. Então podemos afirmar que fora às doenças causadas por distúrbios de natureza orgânica, como traumatismo craniano, infecção, arteriosclerose e alguns raros casos de ressonância com o Passado (desta vida), TODAS as enfermidades mentais são de natureza espiritual. A maioria dos casos é de desencarnados atuando sobre encarnados.
A etiologia das obsessões, todavia, é tão complexa quanto profunda, vinculando-se às
dolorosas conseqüências de desvios morais em que encarnado e desencarnado trilharam caminhos da criminalidade franca ou dissimulada; ambos, portanto, devendo contas mais ou menos pesadas, por transgressões à grande Lei da Harmonia Cósmica, por isso passam a se encontrar na condição de obsediado e obsessor, desarmonizados, antagônicos, sofrendo mutuamente os campos vibratórios adversos que eles próprios criaram.
A maioria das ações perniciosas de espíritos sobre encarnados implica todo um extenso processo a se desenrolar no Tempo e no Espaço, em que a atuação odiosa e pertinaz, nada mais é do que um contínuo fluxo de cobrança de mútuas dívidas, perpetuando o sofrimento de ambos os envolvidos. Os perseguidores de ontem, são vítimas hoje, em ajuste de contas interminável, mais trevoso do que dramático, onde ambos, perseguidor e vítima atuais, estão atrasados na evolução espiritual, pois tendo transgredido a Lei da Harmonia Cósmica e não compreendendo os desígnios da Justiça Divina, evocam a si, nos atos de vingança, poder e responsabilidade que são de Deus.
Os tipos de ação obsessiva podem acontecer em desencarnado atuando sobre desencarnado; desencarnado sobre encarnado; encarnado sobre desencarnado, encarnado sobre encarnado ou ainda obsessão recíproca, onde esses dois últimos, estudados sob o título de Pseudo-Obsessão.
A “Pseudo-Obsessão” é a atuação do encarnado sobre o encarnado ou a obsessão recíproca. Todos nós conhecemos criaturas dominadoras, prepotentes e egoístas, que comandam toda uma família, obrigando todos a fazerem exclusivamente o que elas querem. Tão obstinada e ao mesmo tempo descabida pode se tornar esta ação, que, sucedendo a morte do déspota, todas as vítimas de sua convivência às vezes chegam a respirar, aliviadas. No entanto, o processo obsessivo continua, pois a perda do corpo físico não transforma o obsessor.
Este tipo de ação nefasta é mais comum entre encarnados, embora possa haver pseudo-obsessão entre desencarnados. Trata-se de ação perturbadora em que o espírito agente não deseja deliberadamente, prejudicar o ser visado. É conseqüência da ação egoísta de uma criatura que faz de outra o objeto dos seus cuidados e a deseja ardentemente para si própria como propriedade sua. Exige que a outra obedeça cegamente às suas ordens desejando protegê-la, guiá-la e, com tais coerções, impede-a de se relacionar saudável e normalmente com seus semelhantes.
Acreditamos que o fenômeno não deve ser considerado obsessão propriamente dita, pois o agente não tem intuito de prejudicar o outro. Acontece que, embora os motivos possam até ser nobres, a atuação resulta prejudicial, com o tempo, poderá transformar-se em verdadeira obsessão.
A pseudo-obsessão é muito comum em pessoas de personalidade forte, egoístas, dominadoras, que muitas vezes, sujeitam a família à sua vontade tirânica. Ela aparece nas relações de casais, quando um dos cônjuges tenta exercer domínio absoluto sobre o outro, caso clássico, por exemplo, é o do ciumento que cerceia de tal modo a liberdade do ser amado que, cego a tudo, termina por prejudicá-lo seriamente. Nesses casos, conforme a intensidade e continuidade do processo, pode se instalar uma obsessão simples de encarnado sobre encarnado.
O que dizer do filho mimado que chora, bate o pé, joga-se ao chão, até que consegue que o pai ou a mãe lhe dê o que quer ou lhe "sente a mão". Qualquer das duas reações faz com que o pequeno e "inocente" vampiro, absorva as energias do oponente. O que pensar do chefe déspota, no escritório? E dos desaforos? E que tal a mulher dengosa que consegue tudo o que quer? Quais são os limites prováveis?
Enquanto o relacionamento entre encarnados aparenta ter momentos de trégua enquanto dormem, o elemento dominador pode desprender-se do corpo e sugar as energias vitais do corpo físico do outro. Após o desencarne, o elemento dominador poderá continuar a "proteger" as suas relações, a agravante agora é que o assédio torna-se maior ainda, pois o desencarnado não necessita cuidar das obrigações básicas que tem como encarnado, tais como: comer, dormir, trabalhar, etc.
O obsediado poderá reagir as ações do obsessor criando condições para a obsessão recíproca. Quando a vítima tem condições mentais, esboça defesa ativa, ela procura agredir o agressor na mesma proporção em que é agredida estabelecendo assim um círculo vicioso de imantação por ódio mútuo, difícil de ser anulado.
Em menor ou maior intensidade, essas agressões recíprocas aparecem em quase todos os tipos de obsessão, são eventuais, sem características que as tornem perenes, surgindo conforme circunstâncias e fases existenciais, podendo ser concomitantes a determinados acontecimentos. Apesar de apresentarem, às vezes, intensa imantação negativa, esses processos de mútua influência constituem obsessão simples, tendo um único obsessor.
Quando a obsessão recíproca acontece entre desencarnado e encarnado é porque o encarnado tem personalidade muito forte, grande força mental e muita coragem, pois enfrenta o espírito em condições de igualdade. No estado de vigília, a pessoa encarnada normalmente não sabe o drama que esta vivendo, e é durante o sono e desdobrada que passa a ter condições de enfrentar e agredir o contendor.
Um outro processo de ação obsessiva é a “Simbiose”, que na biologia consiste na duradoura associação de seres vivos, harmônica e às vezes necessária, com benefícios recíprocos, a simbiose espiritual obedece ao mesmo princípio. na Biologia, o caráter harmônico e necessário deriva das necessidades complementares que possuem as espécies que realizam tais associações que primitivamente era considerado parasitismo, mas com o tempo, a relação evoluiu e se disciplinou biologicamente, onde o parasitado também começou a tirar proveito da relação.
Existe simbioses entre espíritos como entre encarnados. É comum se ver associações de espíritos junto a médiuns, atendendo aos seus menores chamados, em troca, porém recebem do médium as energias vitais de que carecem. Embora os médiuns às vezes nem suspeitem, seus "associados" espirituais são espíritos inferiores que se juntam aos homens para parasitá-los ou fazer simbiose com eles.
Já no “Parasitismo” propriamente dito, que na Biologia consiste no fenômeno pelo qual um ser vivo extrai direta e necessariamente de outro ser vivo hospedeiro os materiais indispensáveis para a formação e construção de seu próprio protoplasma. O hospedeiro sofre as conseqüências do parasita em graus variáveis, podendo até morrer, haja vista o caso da figueira, que cresce como uma planta parasita, e a medida que cresce, sufoca completamente a planta hospedeira a ponto de secá-la completamente.
O parasitismo espiritual implica sempre na viciação do parasita. O fenômeno não encontra respaldo ou origem nas tendências naturais da espécie humana, pelo contrário, cada indivíduo sempre tem condições de viver por suas próprias forças. Não há compulsão natural à sucção de energias alheias, é a viciação que faz com que muitos humanos, habituados durante muito tempo a viver da exploração, exacerbem esta condição anômala, quando desencarnados.
Tanto quanto o parasitismo entre seres vivos, o espiritual é vício muitíssimo difundido. Casos há em que o parasita não tem consciência do que faz, às vezes, nem sabe que já desencarnou, já outros espíritos, vivendo vida apenas vegetativa, parasitam um encarnado sem que tenham a mínima noção do que fazem, não tem idéias, são enfermos desencarnados em dolorosas situações, é neste parasitismo inconsciente se enquadra a maioria dos casos.
Há também os parasitas que são colocados por obsessores para enfraquecerem os encarnados, casos estes, que aparecem em obsessões complexas, sobretudos quando o paciente se apresenta normalmente debilitado. O primeiro passo do tratamento consiste na separação do parasita do hospedeiro, cuida-se do espírito, tratando-o, e assim facilitando a cura do paciente encarnado. Por fim, tratase de energizar o hospedeiro, indicando-lhe condições e procedimentos preventivos.
Uma outra ação obsessiva, o “Vampirismo” que se diferencia do parasitismo pela intensidade da ação nefasta do vampiro, determinada pela consciência e crueldade com que é praticada, que tem, portanto, a intenção, vampirizam porque querem e sabem o que querem.
André Luiz nos informa no livro Missionários da Luz: "Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas, cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, as possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens."
Há todo um leque de vampiros, em que se encontram criaturas encarnadas e desencarnadas, todos espíritos inferiores, ociosos e primários, que podem vampirizar ou parasitar tanto encarnadps como desencarnados.
Como podemos observar, as ações obsessivas podem ir desde de uma simplesindução espiritual inviluntária até o vampirismo consiente e cruel. A evelução do mundo espiritual é tão grande que existem grandes “técnicos” e “cientistas” que desenvolvem vários aparelhos complexos, para os auxiliarem em seus objetivos obsessivos sordidos.
Com isso além das ações obsessivas que já estudamos existem as mais complexas onde podemos iniciar pela “Síndrome dos Aparelhos Parasitas no Corpo Astral”. A finalidade desses engenhos “eletrônicos” e sofisticados é causar perturbações funcionais em áreas como as da sensibilidade, percepções ou motoras, e outros centros nervosos, como núcleos da base cerebral e da vida vegetativa. Mais perfeitos e complexos, alguns afetam áreas múltiplas e zonas motoras específicas, causando respostas neurológicas como paralisias progressivas, atrofias, hemiplegias, síndromes dolorosas e outras, paralelamente às perturbações psíquicas.
Como se vê, o objetivo é sempre diabólico, desarmonizar a fisiologia nervosa e fazer a vítima sofrer. A presença de aparelhos parasitas já indica o tipo de obsessores que terão de ser enfrentados, em geral podem ser o inimigo da vítima que contrata, mediante barganha, um mago das Trevas, especializado na confecção e instalação desses aparelhos; ou o obsessor é o próprio técnico, que confecciona, instala o aparelho e, como se não bastasse, também zela pelo ininterrupto funcionamento, o que torna o quadro sobremaneira sombrio.
É comum obsessores colocarem objetos envenenados em incisões operatórias, durante cirurgias, para causar nos enfermos o maior mal-estar possível, já que com isso impedem a cicatrização ou ensejam a formação de fístulas¹ perigosas. Usam para tanto, cunhas embebidas em sumos vegetais venenosos, tudo isso no mundo astral, mas com pronta repercussão no corpo físico: dores, prurido intenso, desagradável calor local, inflamação e etc.
Os aparelhos são colocados, com muita precisão e cuidado, no Sistema Nervoso Central dos pacientes. Em geral os portadores de tais aparelhos são obsediados de longa data. O objetivo desses aparelhos é sempre desarmonizar a fisiologia nervosa do paciente e fazê-lo sofrer, e essa interferência constante no sistema nervoso causa perturbações de vulto, não só da fisiologia normal, mas, sobretudo no vasto domínio da mente, com reflexos imediatos para a devida apreciação dos valores da personalidade e suas respostas na conduta do indivíduo.
Como vimos tudo isso se passa no mundo espiritual, no corpo astral, e somente em desdobramento é possível retirar esses artefatos parasitas, o que explica a ineficiência dos "passes" neste tipo de enfermidade.
Temos também as “Arquepadias” (do grego "épados" = magia e "archaios" = antigo) é a síndrome psicopatológica que resulta de magia originada em passado remoto, mas atuando ainda no presente, freqüentemente nos encarnados que apresentam quadros mórbidos estranhos, subjetivos, sem causa médica conhecida e sem lesão somática evidente, são levados na conta de neuróticos incuráveis. Queixam-se de cefaléias, sensação de abafamento, ou crises de falta de ar sem serem asmáticos, outros têm nítida impressão de que estão amarrados, pois chegam a sentir as cordas; alguns somente sentem-se mal em determinadas épocas do ano ou em situações especiais.
Os doentes sofrem no corpo astral, situações de encarnações anteriores. Alguns foram sacerdotes de cultos estranhos e assumiram páctos com entidades representando deuses, selados às vezes com sangue, formando, dessa forma, fortes laços de imantação que ainda não foram desfeitos. Outros, em encarnações no Egito sofreram processos de mumificação especial, apresentando ainda em seu corpo astral as faixas de conservação cadavérica e os respectivos amuletos fortemente magnetizados e alguns sofreram punições e maldições que se imantaram em seus perispíritos e continuam atuando até hoje. Sempre é necessário um tratamento especial em seu corpo astral para haver a liberação total do paciente.
Outra ação obsessiva bem difundida é a “Goécia” ou “Magia Negra”. Sabemos que em todas as civilizações, e desde a mais remota antigüidade, a magia esteve presente. Começou provavelmente, com o homem das cavernas. Sabemos de seus rituais propiciatórios para atrair animais com que se alimentavam, de rituais mágicos em cavernas sepulcrais, de invocações às forças da Natureza para defesa da tribo contra animais e inimigos. Essa magia natural teve suas finalidades distorcidas, tornando-se arma mortífera nas mãos de magos renegados.
A magia é a simples utilização das forças da Natureza, dos seus elementos e dos seres espirituais que os coordenam. A Natureza é a obra de Deus na sua forma pura, não é boa, nem ruim, os seres humanos, que no seu agir errado se utiliza maldosamente dessas energias, e ao longo de seu aprendizado, se torna um mago negro, se distanciando da Lei do Criador.
O pior tipo de obsessão, contudo, por todos os motivos, complexa, é sem dúvida o que envolve a magia negra. Ao nos depararmos com tais casos, de antemão sabemos que será necessário ministrar tratamento criterioso, etapa por etapa; para retirar os obsessores, que nesses casos costumam ser muitos, procedemos à desativação dos campos magnéticos, pois sem esta providência, estes ficariam atuando indefinidamente sobre a vítima. Isto é muito importante: a ação magnética só desaparece se desativada por ação externa em relação à pessoa, ou se o enfermo conseguir elevar seu padrão vibratório a um ponto tal que lhe permita livrar-se, por si próprio, da prisão magnética. Assim como os magos negros se utilizatam das forças da Natureza de maneira errada, para fazerem as magias, podemos contar com a ela também para nos auxiliarem nos desmanches das mesmas.
Os magos das trevas têm atuação bastante conhecida, astuciosa, dissimuladora e diabólica. Apresentam-se às vezes com mansidão, somente com o diálogo, pouco será conseguido, para enfrentá-los, o operador deve ter conhecimento e suficiente experiência de técnicas de contenção, além do poder e proteção espiritual para enfrentá-los. Nunca se poderá esquecer de que, ao longo de séculos, eles vêm se preparando, e muito bem, para neutralizar as ações contra eles, e se possível, revertê-las contra quem tentar neutralizá-los.
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1- Fistila – O termo fístula é utilizado para designar uma comunicação entre dois órgãos ou vasos que normalmente não se comunicam. Exemplos: Fístula tráqueo-esofágica: comunicação anômala entre a traquéia e o esôfago.
Na análise do psiquismo humano e com os conhecimentos que já possuímos sobre psicologia profunda, estarão em evidência não só o campo material (corpo físico), mas também o energético-orientador (espírito), esse mais avançado em qualidades psicológicas e responsável pelas diretrizes inteligentes do ser. É neste campo do psiquismo que os pensamentos são elaborados e devidamente estruturados, a fim de serem reflexionados e adaptados para o mundo físico das células nervosas ou zona consciente.
Por outro lado, não podemos deixar de notar no psiquismo a condição de “centro emissor e receptor de energias específicas”, propiciando ligações dos campos mentais com os nossos afins. O psiquismo humano está sujeito a interações cada vez mais intensas, quando o bloco afetivo está presente de forma preponderante. Nestes casos, as permutas ou trocas mentais se tornam constantes e ativas por questões de sintonia e afinidade.
Desse modo, podemos então compreender as influências psíquicas a que estamos subordinados, que se intensificam quando o elemento emocional e afetivo se encontra ativado, não só no campo do amor, mas também no desamor, ligado ao ódio. Tanto os que amam como os que odeiam desencadeiam imensos pacotes energéticos psíquicos que vão atingir os seus afins em sintonia consciente ou inconsciente.
Estes campos psicológicos, em suas devidas manifestações, necessitam da acolhida e do respectivo entrosamento. Como nossa vida mental é o resultado de muitas etapas encarnatórias, as ligações apresentam profundas relações não só com os fatores e experiências vivenciadas na encarnação presente, mas também com as fontes e registros desse passado encarnatório. Isto faz com que as ligações mentais sejam bastante complexas, com estruturações de difícil decifração e cujo conjunto de emissão e recepção ou ação e reação de toda natureza, seja ela positiva, gerada pelo bem e pela ordem, ou negativa, desencadeada pelo mal e pelo desejo de vingança e ódio, apresente projeções das mais variadas em estados harmônicos.
Os estados de desarmonia que se refletem na organização mental mostram variações de toda ordem, cujo grau de intensidade estará relacionado principalmente com os lastros distônicos do passado, tanto atual qnto encarnatório. A acolhida mental dessas reações se fazem comumente entre encarnados e desencarnados com naturais oscilações, cuja sintomatologia decorrente conhecemos como obsessões espirituais. Muitos dos distúrbios de ordem mental e psíquica têm origem não em problemas orgânicos, mas em processos desencadeados por obsessores.
A obsessão, segundo o espiritismo, seria a interferência prejudicial exercida por um espírito sobre outro, sejam eles "encarnados" ou "desencarnados". Também segundo a crença espírita, aquele que sofre a influência de seres espirituais seria, por definição, um médium. O estudo da obsessão, conjugado à mediunidade, se realizado em maior amplitude, abrangeria o exame de quase toda a humanidade terrestre, pois é o pensamento, através da Aura (Corpo Etéreo), que age e reage, trazendo para o emissor (encarnado ou desencarnado) todas as fecundações felizes ou infelizes que arremessa de si próprio, que acaba por determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe.
A obsessão tanto pode ser resultado da ação de espíritos voltados para o mal que querem prejudicar o outro por sentir prazer nisso, como de espíritos que identificaram no alvo em questão alguém que lhes prejudicou ou agrediu física ou moralmente em outra existência e, não tendo evoluído a ponto de perdoá-lo, dele buscam vingança.
Se não tratada, a obsessão acaba evoluindo para um estado de fascinação, que tanto pode gerar uma ação dirigida contra o alvo, para fazê-lo parecer ridículo e, assim, humilhá-lo, como uma ação dirigida a um grupo ou toda uma comunidade visando criar um movimento de oposição a ele. Podendo ainda, evoluir para um caso de subjugação espiritual, que são os casos mais complexos, pois se trata sempre da ação de espíritos que têm profundo ódio pelo vítima, que fazem de tudo para lhe arruinar a existência ou ampliar seu processos psiquicos.
As obsessões, propriamente ditas, podem ser divididas em duas categorias:
1) Obsessões Simples: Que caracteriza-se por ação maléfica, a qual poderíamos
chamar de superficial, onde o algoz atua através de uma simples sugestão ou indução, não empregando campos-de-força ou instrumentos mais sofisticados.
Trata-se nesses casos, quase sempre, de espontâneo fruto do ódio, onde o agente visa prejudicar a vítima sugestionando-a através de idéias ou imagens, formas de pensamento. Não usa de maiores recursos para que isso se cristalize, a ação é limitada, em seus efeitos, pela força mental da indução. As conseqüências destas agressões têm importância muito relativa já que depende das defesas naturais do obsediado, da intensidade das energias empregadas pelos perseguidores e do tempo de atuação das mesmas.
As obsessões simples podem ser classificadas como “mono-obsessão”, quando houver um único espírito agindo sobre outro, e “poli-obsessão” se forem vários os obsessores que atuam sobre uma mesma vítima. Na poli-obsessão, a ação é produzida por vários obsessores, que agem quase sempre em grupos, e sincronicamente, e é mais perigosa, pois há multiplicações de energias maléficas.
2) Obsessões Complexas: Consideramos por obsessão complexa, todos os casos em que houver ação de magia negra, implantação de aparelhos parasitas, uso de campos-de-força dissociativos ou magnéticos de ação contínua, provocadores de desarmonias que dão origem a processos cancerosos. Esses campos-de-força permanentes podem, também, inibir toda a criatividade das vítimas, ou desfazer projetos acalentados com o maior desvelo, principalmente aqueles que geram dinheiro, levando as vítimas ao total empobrecimento.
Complexos são, igualmente, os casos em que “técnicos das sombras” fixam no obsediado espíritos em sofrimento atroz, visando parasitá-lo ou vampirizá-lo. Vem sendo comum nos depararmos com pessoas aprisionadas em campos magnéticos que as envolvem em vibrações de baixíssima freqüência, se queixando de profundo mal-estar e sensação de opressão que, aumentando rápida e progressivamente, os levam a atitudes e idéias fixas de auto-destruição, tão grande é o desespero que os aflige. A técnica de cercar a vítima com vários tipos de obsessão configura outra característica da obsessão complexa, onde o enfermo vê-se encurralado, indefeso, à mercê de inimigos e predadores desencarnados. Através de planejamento minucioso e executado com rigor militar, os “técnicos do mal” investigam toda a vida da vítima, descobrem e “convocam” seus inimigos desencarnados, desde o passado mais remoto, para convidá-los à vingança e destruição de seu desafeto.
Alguns estudiosos consideram a obsessão como o "mal do século", pois muitas são as suas manifestações e poucas são as comunidades no mundo que sabem como dela tratar integralmente. É importante frisar que os sintomas causados pela obsessão, podem ser causados por distúrbios psiquiátricos já conhecidos, recomendando a vítima em questão a ser avaliada por um profissional da área. A propósito, nenhum centro espírita ou tenda umbandista séria, recomenda que os acometidos de qualquer doença física ou psíquica deixem de lado o tratamento médico.
Paulo Dalgalarrondo, Doutor Psiquiatra da Universidade Estadual de Campinas, em estudo de revisão de trabalhos publicados desde o final do século XIX sobre messianismo; "loucura religiosa" e trabalhos contemporâneos relacionando religião, uso de álcool e drogas, além de algumas condições clínicas (esquizofrenia e suicídio), refere-se à ausência de uma linha de pesquisa que proporcione uma melhor articulação entre investigação empírica e análise teórica dos dados, assim como um diálogo mais próximo da psiquiatria com as ciências sociais, como a antropologia e a sociologia da religião para um maior avanço nesta área. Fornecer um quadro patológico que caracterize as obsessões é um assunto difícil, em virtude da oscilação e da sobreposição dos sintomas associados.
A Medicina ainda não determinou onde começa a doença mental ou a obsessiva, mas admite analisar a presença espiritual deletéria predominando no cenário. Muitas doutrinas espíritas e espiritualistas tem cuidado com zelo do tema das obsessões, apresentando uma classificação didática que vem tornando mais compreensível o processo da influência espiritual no psiquismo do ser humano e o psiquiatra moderno precisa conhecer os variados transes mediúnicos, para avaliar e ampliar os horizontes que o psiquismo humano vem revelando a todo momento.
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