A maioria de nós traz a mediunidade de incorporação semiconsciente.
E sendo assim necessitamos de um processo conhecido como desenvolvimento mediúnico...
É nesse desenvolvimento que iremos aprender a dar a passividade necessária para que os espíritos possam se comunicar através de nós, como instrumentos mediúnicos.
O desenvolvimento lembra muito uma auto-escola em que o veículo é nosso corpo, nossa matéria.
Aqui no caso não iremos aprender a dirigir um carro, vamos aprender a emprestar “nosso carro” para que um outro dirija.
Agora pense o quanto lhe é difícil emprestar seu carro para seu irmão, sua irmã, seu pai...Aquele carro que você passou todo o final de semana limpando e dando brilho...Não é difícil?
Muito mais difícil é emprestar seu corpo físico, muito mais dificuldades encontramos...e este processo é justamente o desenvolvimento mediúnico.
Nós nascemos dentro deste “carro”, vemos a vida pela janela deste carro, nos locomovemos através deste carro, nossos cinco sentidos se manifestam através das faculdades e órgãos que este veiculo nos proporciona...E mais do que isso... Não acreditamos que outra pessoa possa dirigir este carro...
Esta é a primeira barreira a ser vencida, acreditar que outra pessoa possa dirigir nosso carro...
OBS: Os guias logo dizem: “Filho, você é cavalo!!!”
Eu quando ouvi isso na minha primeira consulta com preto-velho pensei: “cavalo?” ao que o cambone explicou-me: “ele quer dizer que você é médium!”.
Ah...cavalo é médium...não precisou de maiores explicações, se ele é o guia e eu o cavalo, quer dizer que incorporar é deixar que a entidade te guie...muito simples de explicar...eles sabem tudo mesmo, né...
Bem a primeira coisa que nos mostram é que outra pessoa pode dirigir este carro, como funciona...
Pense naquele carro de auto-escola (americana) que tem dois volantes e pedais dos dois lados...agora lembre-se do desenvolvimento quando começamos a sentir aqueles “trancos” e “tremeliques”...
Lembrou? É aí que o guia está mostrando que mais alguém pode dirigir seu veículo, podemos dizer que ele está sentado no bando ao lado pisando no freio para mostrar que a um convite seu e com a sua passividade ele poderá dirigir este carro...
Daí para frente é começar a soltar o “volante” para que ele possa dirigir...
Sabe enquanto vai indo por uma rua tranqüila...Tudo bem, mas chegando a uma curva, uma lombada ou mesmo uma ladeira...Fazemos questão de pegar o volante...pois ainda não temos segurança em confiar o volante ao guia...Por não sabermos que ele dirige muito melhor do que nós...
Este é o período de desenvolvimento em que o médium não sabe se é ele ou se é o guia...e se não for bem orientado pode até acreditar estar mistificando, o que não é verdade...pois ali estão dois mentais presentes na condução do veiculo...o que tem de aprender aqui é dar a correta passividade para a entidade trabalhar. Temos aqui algumas palavras chave para o desenvolvimento da mediunidade: CONFIANÇA na entidade que está manifestando e muita HUMILDADE para não se iludir em estar adquirindo poderes sobrenaturais e para não pensar que seu guia é o melhor de todos.
Evite pensar que seu caboclo é o GRANDE CACIQUE E PAGÉ “FAZ TUDO” DAS SETE LINHAS, “CABEÇA DE LEGIÃO” AO QUAL TODOS DEVEM SE SUBORDINAR “por não saberem com quem estão falando”.
Saiba que receberá entidades que tem o mesmo valor de todas as outras e que seu guia com certeza acatará e aceitará as normas da casa de luz que o recebeu de braços abertos, não indo contra o que é corrente e aceito dentro daquela casa.
Tomando estes cuidados e confiando, o médium está pronto para deixar o carro ser conduzido pela entidade. Este processo lembra ainda o período em que um adestrador e guia leva para domar seu cavalo que por nunca ter sido montado e viver em liberdade é chamado de selvagem. Domado, o cavalo está pronto a ser montado. Muitos se referem ao médium como aparelho manipulado pela entidade. Importante é darmos a passividade...
Chega um ponto em que deixamos até de prestar muita atenção ao que acontece, relaxando e desligando um pouco da paisagem, simplesmente deixando que o guia nos leve...
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