A REENCARNAÇÃO
Gabriel Delanne
Tradução de Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita
Brasileira
Objeto do estudo: Capítulos VIII a XII.
Questões para debate:
A. Existe a hereditariedade intelectual ou a hereditariedade é apenas
fisiológica? (Cap. VIII, págs. 173 a 176. Ver itens 115 a 117 do texto abaixo.
Consulte ainda o item 140 deste resumo .)
B. Como explicar a existência dos meninos prodígios? (Cap. VIII,
págs. 176 a 183. Ver itens 117 a 120 do texto abaixo.)
C. Qual é a explicação mais plausível das reminiscências de vidas
anteriores? (Cap. IX, págs. 187 a 196. Ver itens 121 a 126 do texto abaixo.)
D. Que faculdade possuem os psicômetras? (Cap. IX, págs. 199 a 202.
Ver item 128 do texto abaixo.)
E. Que valor tem, nos estudos sobre a reencarnação, o caso de Laura
Raynaud? (Cap. X, págs. 215 a 228. Ver item 131 do texto abaixo.)
F. Por que as lembranças de vida anterior são mais freqüentes entre
as crianças? (Cap. XI, págs. 236 a 246. Ver itens 137 a 139 do texto
abaixo.)
G. Os Espíritos sabem quando vão reencarnar? E sabendo disso podem
anunciá-lo aos encarnados? (Cap. XII, págs. 253 a 264. Ver itens 145 a 147 do
texto abaixo.)
H. Que lições podemos extrair do caso de Alexandrina, filha do Dr.
Carmelo Samona? (Cap. XII, págs. 264 a 277. Ver itens 148 a 152 do texto
abaixo.)
Texto para consulta
115. Os fatos da hereditariedade, segundo Ribot, podem ser
classificados da seguinte maneira: hereditariedade direta, de retorno ou
atavismo, colateral ou indireta e hereditariedade telegônica. (PÁG. 173)
116. A hereditariedade morfológica é a lei, embora apresente
numerosas exceções para os caracteres secundários. Do ponto de vista
intelectual, ela inexiste, havendo considerável número de exemplos de grandes
sábios que saíram dos meios mais ignorantes, como Descartes, Bacon e Kant.
(PÁG. 175)
117. As crianças prodígios constituem a melhor prova de que a
inteligência independe do organismo que a serve. (PÁG. 176)
118. Encontram-se vários exemplos de prodigiosa precocidade em todas
as épocas e em todos os países:
Haendel compunha aos dez anos; Mozart aos 4 anos executava uma sonata e aos 11 compôs duas óperas. (PÁG. 176)
Haendel compunha aos dez anos; Mozart aos 4 anos executava uma sonata e aos 11 compôs duas óperas. (PÁG. 176)
119. Os exemplos de precocidade intelectual se encontram também na
pintura, na poesia, na literatura e nas ciências em geral, e são inconciliáveis
com a teoria que vê na inteligência um produto do organismo. (PÁGS. 178 a
182)
120. A hipótese espírita da preexistência do homem é a única que dá
uma explicação lógica das crianças prodígios. É um erro, porém, pensar que tais
crianças eram simples médiuns, visto que podiam a qualquer momento e em qualquer
circunstância dar provas de suas surpreendentes aptidões. (PÁG. 183)
121. As reminiscências só podem ser explicadas com o ter a alma
vivido anteriormente, embora nossos contraditores digam que não se trata de
recordações de vidas passadas, mas uma doença da memória "a falsa memória",
para Ribot, ou "o sentimento do já visto" ou "do já experimentado", para o Dr.
Chauvet. Chamam-lhe também "paramnesia". (PÁG. 187)
122. Quando o sentimento do já visto se impõe ao observador por fatos
contemporâneos, conversas ou leituras, é conseqüência de uma doença da memória e
não há razão para disso nos ocuparmos. (PÁG. 189)
123. Dá-se o contrário com a reminiscência, quando ao ver uma
paisagem pela primeira vez esse sentimento se faz acompanhar e se completa pelo
conhecimento de coisas e pormenores. (PÁG. 189)
124. Pode acontecer, porém, que o paciente vê em sonho cidades nunca
visitadas e então as descreve. Flammarion refere exemplos disso. (PÁG. 189)
125. É pelo estudo das circunstâncias que poderemos distinguir a
reminiscência de vidas anteriores duma lucidez durante o sono e duma perversão
da memória, ou paramnesia. (PÁG. 193)
126. As reminiscências de vida anterior relatadas por crianças
apresentam, por vezes, tantos pormenores que é difícil explicar o fato de outro
modo que não seja a reencarnação. (PÁGS. 195 e 196)
127. Nem sempre a verificação do fato é possível, mas há muitos
casos em que a realidade dos depoimentos pode ser comprovada. (PÁG. 199)
128. Existem pessoas chamadas psicômetras, que têm a faculdade de
reconstituir cenas do passado quando se lhes põe nas mãos um objeto qualquer
associado àquelas cenas. Uma pedra de um sarcófago egípcio, por exemplo, pode
evocar a idéia do Egito e de cenas funerárias que ali se desenrolaram. Parece
que, quando certas pessoas reconhecem, repentinamente, cidades ou regiões nunca
vistas, esses novos lugares exercem sobre elas uma ação análoga à experimentada
pelos psicômetras. Delanne relata, a respeito desse fato, alguns exemplos
interessantes. (PÁGS. 199 a 202)
129. O caso Matilde de Krapkoff, em 1893, é desses ambíguos em que
hesitamos em classificar se se trata de lembranças de uma vida anterior, ou de
lucidez possibilitada pela faculdade de clarividência. (PÁGS. 202 a 206)
130. O caso referido pela Sra. Spapleton apresenta características
que permitem colocá-la entre as que nos dão provas de uma vida anterior. Existe
algo mais que o "o sentimento do já visto" para as descrições do castelo de
Versalhes. (PÁGS. 208 a 213)
131. O caso de reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr.
Durville, pôde ser completamente verificado e documentado. (PÁGS. 215 a
228)
132. Verificamos que certas crianças têm a intuição de haver vivido
anteriormente, enquanto outras conservam indiscutíveis lembranças de suas vidas
passadas. (PÁG. 229)
133. A clarividência pode explicar certos fatos, mas não explica o
conhecimento de que uma senhora tivesse morrido no início do século XIX de
doença do peito, nem que fosse inumada em uma igreja, nem a certeza que tinha de
haver vivido anteriormente, como se deu com Laura Raynaud. (PÁG. 229)
134. Juliano lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedônia.
Empédocles dizia ter sido rapaz e moça. Ponson du Terrail recordava-se de ter
vivido ao tempo de Henrique III e Henrique IV. Devemos ater-nos, porém, às
narrativas que trazem consigo a prova de autenticidade. (PÁG. 232)
135. Muitas vezes, no sonambulismo e nas enfermidades, o paciente
repete frases inteiras ouvidas no teatro ou lidas antigamente, profundamente
esquecidas no estado normal. Mas uma palestra sustentada em língua desusada,
gozando o indivíduo de todas as faculdades, supõe o funcionamento de um
mecanismo, muito tempo inativo, que se revela no momento próprio. (PÁG.
234)
136. Não se improvisa uma linguagem; ora, se a essa ressurreição
mnemônica se juntam lembranças precisas de fatos e lugares, há fortes indícios
de que a reencarnação é a explicação mais lógica desses fenômenos. (PÁG.
234)
137. Jules-Alphonse, de 7 anos de idade, cura com a imposição de suas
mãos, ou com o auxílio de remédios vegetais que ele receita. Quando se pergunta
onde as houve, responde que ao tempo em que era médico. (PÁG. 236)
138. As lembranças de uma vida anterior se revelam mais
freqüentemente entre as crianças, porque o perispírito, antes da puberdade,
possui ainda um movimento vibratório que, em certas circunstâncias, pode
adquirir bastante intensidade, para fazer recordações da existência anterior.
(PÁG. 237)
139. O fenômeno, nas crianças, de lembranças de vida passada não é
particular a uma época ou a uma nação. Delanne narra uma série de casos
ocorridos em diferentes países. (PÁGS. 238 a 246)
140. Como vimos, a hereditariedade fisiológica não existe para os
fenômenos intelectuais, não só porque os homens de gênio saem muitas vezes dos
meios menos cultivados, como porque seus descendentes não lhes herdam as
faculdades. (PÁG. 247)
141. O Espírito que se encarna traz, em estado latente, o resultado
de seus estudos anteriores e, quando as circunstâncias o permitem, certas
crianças apresentam, desde a mais tenra idade, aptidões incríveis para a
aquisição de conhecimentos que exigem, em outras pessoas, longos anos de estudo.
(PÁGS. 247 e 248)
142. Na maior parte dos casos, a clarividência não deve ser invocada
como explicação do fenômeno, porque, para que a lucidez possa ser posta em ação,
é preciso, em regra, uma causa que estabeleça uma relação entre o vidente e a
cena descrita. (PÁG. 248)
143. É preciso, no entanto, um número mais importante desses
testemunhos, para que esse gênero particular de fenômenos entre definitivamente
no domínio da Ciência. (N.R.: Leiam-se, sobre o assunto: "Vinte Casos Sugestivos
de Reencarnação", de Ian Stevenson, e "Reencarnação no Brasil", de Hernani
Guimarães Andrade, editado em 1987.) (PÁG. 249)
144. A lei das vidas sucessivas, como vimos, não se nos apresenta
mais como simples teoria filosófica, visto que se pode apoiar em fatos
experimentais, como os da regressão da memória, levada além do nascimento atual.
(PÁG. 250)
145. Existem casos em que o Espírito previne os familiares de seu
retorno à Terra. Delanne relata inúmeros exemplos a respeito. (PÁGS. 253 a
256)
146. Após relatar casos de reencarnação anunciados em sessões
espíritas, Delanne comenta o caso de uma jovem que tivera um ódio implacável do
irmão e, desejando progredir, solicitou uma reencarnação como filha dele. (PÁG.
260)
147. Léon Denis refere o caso de um Espírito que anunciou sua
próxima encarnação e, como sinal para
o seu reconhecimento, acrescentou que teria uma cicatriz de 2 centímetros do lado direito da cabeça, o que ocorreu. (PÁG. 264)
o seu reconhecimento, acrescentou que teria uma cicatriz de 2 centímetros do lado direito da cabeça, o que ocorreu. (PÁG. 264)
148. O caso da jovem Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona, conhecido nos meios científicos da Itália, é relatado por Delanne. (PÁGS. 264 a 270)
149. Reencarnada, a nova Alexandrina apresenta o mesmo aspecto físico
da vida precedente: era ela cópia fiel da primeira, afirma o pai. (PÁG.
271)
150. A objeção de que a pequena Alexandrina não poderia
manifestar-se, se a reencarnação tivesse começado, é inexata, pois sabemos que o
Espírito encarnado pode perfeitamente dar comunicações e, com mais forte razão,
quando não se acha, ainda, completamente ligado ao corpo. (PÁG. 276)
151. Os hábitos de Alexandrina reencarnada não se podem atribuir à
influência do meio e da educação, porque sua irmã gêmea, Maria Pace, difere
completamente de Alexandrina. (PÁG. 276)
152. Onze anos depois do nascimento de Alexandrina II, as semelhanças
com a primeira persistiam: além de canhota, tinha os mesmos hábitos e
recordações de lugares e experiências vividas na vida precedente. (PÁG.
277)
153. Os fenômenos referentes ao aviso de uma futura reencarnação são
bastante numerosos para se imporem como realidade. (PÁG. 278)
Londrina, fevereiro de 2001
GEEAG - Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes
GEEAG - Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes
Astolfo Olegário de Oliveira Filho
A Reencarnação.doc
"Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre, tal 頡 lei"
Allan Kardec.
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